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ESSV - UEMC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)

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  • Eficácia da administração da cetamina intranasal na gestão da dor aguda : Uma revisão sistemática da literatura
    Publication . Mendes, Carlos Gabriel Martins; Dias, António Madureira
    Eficácia da administração da cetamina intranasal na gestão da dor aguda. Contexto: A administração de medicação analgésica intranasal é de fácil acesso e rápida ação, sendo cada vez mais utilizada e com sucesso para o alívio da dor. Este estudo surge na sequência de determinar a eficácia e efeitos secundários relacionados com a administração intranasal da cetamina, em comparação com a administração de opioides, por diferentes vias. Objetivo: Determinar a eficácia na administração da cetamina intranasal, em comparação com a administração de opioides endovenosos e intranasais. Métodos: A realização da revisão sistemática com meta-análise seguiu os princípios propostos pelo Cochrane Handbook. A análise crítica, a extração e a síntese dos dados foram realizadas por dois investigadores, de forma isolada, e a análise estatística efetuada com recurso ao programa RevMan 5.2.8. Resultados: Foram incluídos três randomized controlled trials, envolvendo um total de 254 participantes. Os resultados da meta-análise apontam para a inexistência de diferenças significativas entre a administração de cetamina intranasal comparativamente à administração de opioides IV e IN, para alívio da dor aguda aos 5, 15 e 30 minutos. No que se refere aos outcomes: cefaleias, náuseas e tonturas como efeitos secundários, estes são mais evidentes no grupo de opioides, comparativamente ao da cetamina IN, embora sem significância estatística. Conclusões: A eficácia na administração da cetamina intranasal é uma alternativa válida perante os analgésicos opioides na gestão da dor aguda, apresentando relevância clínica na redução de efeitos secundários. Descritores: Administração intranasal; Cetamina; Analgésicos opioides; Dor
  • Eficácia do ácido tranexâmico como agente hemostático em pessoas submetidas a artroplastia total primária do joelho e anca : Revisão sistemática da literatura
    Publication . Loureiro, Fábio André Tavares; Dias, António Madureira
    Enquadramento: O ácido tranexâmico (TXA) é um agente anti-fibrinolítico normalmente utilizado para reduzir a perda de sangue e da necessidade de recorrer a transfusões na artroplastia total primária da anca e do joelho, contribuindo para um menor tempo de internamento e recuperação mais célere. Objetivos: Evidenciar a eficácia do protocolo de administração profilática do ácido tranexâmico em pessoas submetidas a artroplastia total primária do joelho e anca. Métodos: Revisão sistemática da literatura realizada através da metodologia PRISMA, tendo por base os critérios PICO. A busca foi realizada nos bancos de dados PubMed e Web of Science, usando uma expressão de busca baseada nos seguintes termos MeSH: arthroplasty" AND ((Arthroplasty, Replacement, Hip) OR ((Arthroplasty, Replacement, Knee)) AND "tranexamic acid" AND "hemostatics" OR Hemostatics” (287 artigos). Após leitura, análise e aplicação dos critérios de inclusão estabelecidos resultaram 4 artigos que foram integrados neste estudo. Aplicadas as orientações da JBI à metodologia PRISMA tendo em conta os critérios PICO. Resultados: As evidências dos estudos revelam que o TXA possui um antifibrinolítico no campo cirúrgico devido à acumulação no espaço extracelular. Todavia, não tem efeito sistémico de ação e, por conseguinte, não impedirá a formação de coágulos noutras zonas. O TXA não foi associado a um risco acrescido de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. A utilização profilática do TXA é igualmente eficaz na redução de hemorragias na ATA e na ATJ. Ambas as cirurgias tiveram um efeito semelhante na fibrinólise. O TXA, administrado na mesma dose, consegue uma redução comparável na hemorragia em doentes submetidos a ARA e ATJ. As alterações nos parâmetros de fibrinólise são semelhantes em ambas as cirurgias e isto pode explicar porque é que a mesma dose de TXA leva a uma redução semelhante na hemorragia. Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que as grandes cirurgias ortopédicas estimulam o sistema de fibrinólise e que o TXA pode neutralizar parcialmente este efeito, tanto local como sistemicamente. Palavras-chave: Artoplastia primária total da anca; Artoplastia primária total do joelho; ácido tranexâmico.
  • Índice de choque e de mortalidade em vítimas de violência interpessoal assistidas no serviço de urgência
    Publication . Figueiredo, Natália de Almeida Lopes; Cunha, Madalena
    Introdução: A violência interpessoal é um problema de saúde publica com considerável impacto pessoal, social e económico. A estratificação do índice de choque e de mortalidade destas vítimas no serviço de urgência, permite intervenções ajustadas com o intuito de aumentar a sua sobrevida. Objetivos: Determinar o índice de choque e de mortalidade em vítimas de violência interpessoal assistidas no serviço de urgência e analisar a influencia das variáveis sociodemográficas, antecedentes pessoais e variáveis de contexto no índice de choque e de mortalidade. Métodos: Estudo observacional, com coorte transversal e foco retrospetivo, numa amostra de 221 vítimas de violência interpessoal, admitidas no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Foram aplicadas as escalas Schok Índex (Mutschler, et al., 2013) e a MGAP (Sartorius et al., 2010). O estudo teve parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição. Resultados: Prevaleceu a violência na comunidade em ambos os géneros (25.6%), o choque ligeiro (60.7%) e o baixo índice de mortalidade (95.4%) foram os índices de gravidade mais representativos. A idade tem influência no índice de choque e de mortalidade. A violência na comunidade e o tempo de permanência no serviço de urgência têm influência no índice de mortalidade. Quanto maior o índice de choque, maior o índice de mortalidade, apesar de sem diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: O índice de choque ligeiro e o baixo índice de mortalidade foram os mais representativos demonstrando uma elevada sobrevida das vítimas. O cálculo destes índices garante a gestão adequada da assistência à pessoa vítima de violência interpessoal, permitindo estabelecer intervenções diferenciadas reduzindo o risco de mortalidade. Vítimas mais jovens apresentam maior risco de choque e de mortalidade. Vítimas de violência na comunidade e com tempos de permanência inferior a 240 minutos apresentam maior índice de mortalidade. O estudo demostrou a necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a melhoria de registos concisos e objetivos. Palavras-chave: violência interpessoal; índice de choque; índice de mortalidade; urgência
  • A liderança transformacional percecionada pelos enfermeiros e sua motivação
    Publication . Araújo, Rui Alberto Coelho de; Ribeiro, Olivério de Paiva
    Enquadramento: Os enfermeiros são peças chave para que as organizações de saúde atinjam o sucesso. Neste sentido, é fundamental um estilo de liderança eficaz que promova o compromisso e a motivação destes profissionais, de forma a garantir que estes atinjam os objetivos individuais e coletivos. Objetivos: Identificar a relação das variáveis sociodemográficas na motivação dos enfermeiros; analisar a relação das variáveis de caracterização profissional na motivação dos enfermeiros; determinar se a liderança transformacional percecionada está relacionada com a motivação dos enfermeiros. Métodos: Estudo com abordagem descritivo-correlacional, transversal com análise quantitativa numa amostra obtida por conveniência, por redes, constituída por 215 enfermeiros, dos quais 160 (74.4%) eram do sexo feminino e 55 (25.6%) do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 24 e os 62 anos. O instrumento de recolha de dados integrou um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional, a escala Global Transformational Leadership e a Escala Multifatorial de Motivação no Trabalho (Multi-Moti). Resultados: Relativamente à motivação verificou-se que a dimensão organização do trabalho estabeleceu diferenças estatisticamente significativas com o sexo, setor, área de funções e função principal. No que concerne, à dimensão desempenho observou-se que esta apresentou diferenças estatisticamente significativas com o sexo, habilitações académicas, tempo de serviço, setor, área de funções e função principal. Por sua vez, na subescala realização/poder constataram-se diferenças estatisticamente significativas entre esta e o sexo, habilitações académicas, título profissional, tempo de serviço, setor, área de funções e função principal. No que respeita à dimensão envolvimento observaram-se diferenças estatisticamente significativas com o título profissional, setor, área de funções e função principal. Por outro lado, todas as dimensões da escala de motivação estabelecem uma relação altamente significativa e direta com a liderança transformacional. Conclusão: A liderança transformacional é um instrumento imprescindível na área da enfermagem com inúmeros contributos para a motivação dos enfermeiros e para o sucesso organizacional. Palavras-chave: Motivação, Liderança, Enfermagem
  • Enfermeiros especialistas em enfermagem médico-cirúrgica : satisfação com o curso e satisfação profissional
    Publication . Ferreira, Andreia Alexandra Rocha; Silva, Daniel Marques da
    Enquadramento: A procura permanente da melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem reveste-se de uma natureza dinâmica e sistemática que impõe a renovação, a capacidade de mudança e de inovação, como como o aperfeiçoamento de capacidades e de competências, considerando a relevância dos cuidados de saúde que se prestam. Neste sentido, os enfermeiros procuram os cursos pós-graduados de especialidade, como é exemplo a Enfermagem Médico-Cirúrgica. Objetivos: Avaliar o nível de satisfação dos enfermeiros no exercício de funções de especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica; avaliar a satisfação com o curso de especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica; avaliar a satisfação profissional dos enfermeiros especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica; relacionar as caraterísticas sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica com a satisfação no exercício de funções de especialista, com a satisfação com o curso e com a satisfação profissional no trabalho; identificar as razões da escolha da especialidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 141 enfermeiros especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica a exercerem funções na zona centro de Portugal, maioritariamente do género feminino (68,1%), com uma média de idades de 39,45 anos (±6.92 anos). O instrumento de recolha de dados contém um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional, a Escala de Satisfação enquanto Enfermeiro Especialista (Silva & Ferreira, 2018) questões sobre os motivos que mais contribuem para a satisfação e insatisfação profissional dos enfermeiros especialistas , a Escala de Satisfação com o Curso (Silva & Ferreira, 2018) e encontra-se a Escala de Avaliação da Satisfação no Trabalho dos Enfermeiros (Ferreira & Loureiro, 2012). Resultados:. Satisfação com a especialidade - Os enfermeiros sentem-se mais satisfeitos com as competências como especialista (M=3,30±0,81), os enfermeiros que trabalham em regime de horário fixo são os mais satisfeitos com a especialidade (p=0,020). A satisfação com a especialidade é mais evidente por parte dos que gostam da profissão e que têm a categoria de especialista, p=0,002) e os que desempenham as funções de especialista. Os dois motivos que mais contribuem para a sua insatisfação profissional, enquanto enfermeiro especialista, foram a remuneração, a falta de reconhecimento social (31,91%), a não progressão na carreira (31,91%) e a falta de reconhecimento por parte da chefia (16,31%). Os motivos que mais contribuem para a satisfação profissional, enquanto enfermeiro especialista, são a aquisição de conhecimentos com base científica (31,20%), as competências adquiridas para prestar cuidados (12,76%) e o reconhecimento geral (11,34%). Satisfação com o curso - Os enfermeiros adapataram-se bem ao curso e sentem-se satisfeitos com o mesmo sendo mais valorizada a articulação das disciplinas (M=3,78±0,77). Os enfermeiros casados ou a viverem em união de facto estão mais satisfeitos com o curso (satisfação com a adaptação ao curso; p=0,001; satisfação com a organização e ambiente escolar p=0,039; fator global p=0,008). Satisfação com o trabalho – na satisfação com o trabalho foi mais valorizado o contexto de trabalho (M=4,01±0,58). Os enfermeiros casados/união de facto estão mais satisfeitos com o trabalho (satisfação com os benefícios e recompensas, p=0,031; satisfação com a comunicação p=0,028; fator global p=0,032). Os enfermeiros com a categoria de especialista e os que desempenham funções de especialista estão mais satisfeitos com o trabalho. Os enfermeiros com menos carga horária semanal, com horário fixo, que não acumulam funções e que gostam da profissão estão mais satisfeitos com o trabalho Conclusões: Globalmente, os enfermeiros especialistas encontram-se satisfeitos com a especialidade, com o curso e com a profissão. Para se garantir a excelência da prática de cuidados de enfermagem, de forma a prosseguir os objetivos e a missão da profissão, as instituições de saúde devem elaborar estratégias para melhorar a satisfação, promover e potenciar um maior reconhecimento dos enfermeiros especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica, proporcionandolhes melhores condições de trabalho, para que se possam prestar melhores cuidados e ter um maior rendimento profissional.
  • Prevalência de quedas em UCCI
    Publication . Cruz, Ana Sofia de Oliveira; Ribeiro, Olivério de Paiva; Duarte, João Carvalho
    Introdução: O aumento da esperança média de vida, é considerado um dos maiores triunfos da sociedade, no entanto, este acarreta desafios para a sociedade atual. Nos idosos, as quedas são consideradas como os acidentes mais frequentes que levam ao aumento da mortalidade e da morbilidade. Ao nível das instituições, a prevalência de quedas é considerada como um critério de qualidade. Assim, o objetivo central consiste em conhecer a prevalência de quedas e os fatores predisponentes. Método: Estudo de natureza quantitativa, retrospetivo, comparativo e descritivocorrelecional. A amostra é constituída por 200 utentes, 100 utentes internados na tipologia de Longa Duração e Manutenção e 100 utentes internando da tipologia de média Duração e Reabilitação. A colheita de dados visou o contexto sociodemográfico, dados referentes ao internamento, dados relativos ao nível de dependência (Índice de Barthel) e ao risco de queda (Escala de Morse). Resultados: Verificou-se que a maioria da população em estudo é do género feminino (58,5%), e que tem uma média de idade de ronda os 79,3 anos. Dos utentes institucionalizados, 53,5% estavam sozinhos (solteiros, divorciados ou viúvos) e que a nível da escolaridade 66% tinham o 1ºCiclo/4ª classe. Esta amostra trata-se maioritariamente de pessoas reformadas (88,5%). Ao nível da área clinica verificou-se que a maioria da amostra ficou internada menos de 90 dias, sendo que a principais patologias observadas foram do foro cardiovascular e músculo-esquelético 29% e 25,5%, respetivamente. Concluiu-se que a idade, o tempo de permanência na instituição, a incontinência (vesical e intestinal) e a polimedicação, entre outros, são fatores que influenciam o risco de queda dos utentes. Conclusão: os resultados revelaram a existência de fatores preditores no risco de queda, sendo deste modo importante uma avaliação e uma implementação de estratégias que visem a diminuição desta prevalência. Deste modo, conclui-se que se alcançou um maior conhecimento sobre o fenómeno em estudo, o que permite uma melhor adaptação na prática de enfermagem.
  • Acidentes em idade pediátrica : estudo descritivo
    Publication . Rodrigues, Simone Maria; Ribeiro, Olivério de Paiva
    Enquadramento: A idade pediátrica é propícia à ocorrência de acidentes, as lesões continuam entre as principais causas de morte nesta faixa etária. Os profissionais de saúde encontram-se numa situação privilegiada para identificar as causas e por forma a promover medidas preventivas. Objetivos: Determinar a incidência dos acidentes, que no ano 2017 geraram uma solicitação de atendimento no Serviço de Urgência Pediátrico (SUP); Identificar os aspectos epidemiológicos dos acidentes em idade pediátrica, por forma a aportar uma vertente ao conhecimento global dos acidentes na região de Vila Real, com potencial utilidade e aplicabilidade na clínica assistencial; Contribuir para a promoção da segurança infantil e prevenção de acidentes em idade pediátrica. Metodologia: Uma investigação quantitativa, de analise descritiva, procurando dar-se uma visão da distribuição percentual dos acidentes registados. Os dados recolhidos, sobre o acidente ou lesão, foram obtidos através das aplicações SONHO, SClinico e Sistema de Triagem de Manchester, tendo sido exportados para o programa Excel, e analisados através do sistema informático estatístico SPSS. Os dados apresentados referem-se a todos os acidentes registados no Serviço de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro – Unidade de Vila Real, no ano de 2017, tendo sido excluído o motivo de admissão Doença. Resultados: Verificar-se que 4,4% das admissões no SUP são referentes a acidentes, sendo a maioria do sexo masculino. Numa análise de causa dos acidentes, a queda é o principal motivo de admissão. O traumatismo crânio-encefálico é o fluxograma mais vezes utilizado pelo enfermeiro na Triagem de Manchester, sendo a cabeça o segmento corporal mais atingido. Globalmente os acidentes ocorrem maioritariamente no domicilio e na escola. Conclusão: Para a definição de prioridades de prevenção, é fundamental conhecer a epidemiologia, por forma a servir de base às ações e estratégias a implementar. As medidas de prevenção devem concentrar-se nos três níveis: primárias, secundária, terciária. Apesar das medidas implementadas, verifica-se que ainda é em casa e na escola onde o maior numero de acidentes ocorre. Deve haver o cuidado de garantir um ambiente seguro, onde a criança possa crescer e explorar o meio livremente.
  • Eficácia da anestesia tópica na punção da fístula arteriovenosa da pessoa em programa de hemodiálise
    Publication . Santos, Joana Rodrigues dos; Dias, António Madureira
    Introdução: A presença de dor é um problema permanente em doentes sob o tratamento de hemodiálise que, além da dor crónica associada aos distúrbios minerais e ósseos, são expostos a outro tipo de dor associada à canulação do acesso vascular devido à repetição do ato de, geralmente, três vezes por semana e aproximadamente 300 vezes por ano, com agulhas de grande calibre. Objetivo: avaliar a eficácia da aplicação de um anestésico tópico, previamente à punção do acesso arteriovenoso, sendo a população alvo os doentes em programa de Hemodiálise. Metodologia: O presente estudo é de caracter experimental preditivo-casual. A amostra final é constituída por 30 doentes que integram o programa de Hemodiálise do Hospital Amato Lusitano, 15 pertencentes ao grupo experimental e 15 ao grupo de controlo. Após a intervenção, os resultados foram obtidos através da aplicação de um Questionário. Resultados: A amostra é constituída por 30 doentes, 15 do grupo experimental e 15 do grupo de controlo, e os indivíduos são maioritariamente masculinos, com 78,6% e de 71,4%, respetivamente. A idade média dos doentes do grupo experimental é de 71,14 anos ± 12,8 e do grupo de controlo é de 74,50 anos ± 10,0. Relativamente ao alívio da dor no momento da punção do acesso vascular com a aplicação do cloreto de etilo, verificaram-se sete observações com uma diferença negativa, o que traduz um registo do alívio sintomático da dor com a aplicação do anestésico tópico (postos negativos= -5,86; postos positivos=2,00; Z=-2,203; p < 0,05). Do total da amostra do grupo experimental, foram apenas dois casos que registaram um aumento da dor com a aplicação do anestésico tópico. Conclusão: Existe relação entre a aplicação do anestésico tópico no momento da punção do acesso arteriovenoso e o alívio da dor associado à técnica.
  • Expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos
    Publication . Santos, Daniela Dinis dos; Duarte, João Carvalho
    Enquadramento: Os cuidados paliativos objetivam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes e seus familiares, prevenir e aliviar o sofrimento, através da identificação precoce e de um tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Nessa perspetiva, para que os enfermeiros possam aliviar a dor e outros sintomas que resultam em sofrimento e para que possam prestar todo o apoio ao doente/família, é imprescindível formação específica na área. Objetivos: Conhecer as expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos. Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.
  • Prevalência de infeção respiratória e urinária no doente internado com acidente vascular cerebral
    Publication . Campos, Soraia Helena Cardoso Tavares; Silva, Daniel Marques da
    Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo e define-se como um défice neurológico súbito motivado por isquémia ou hemorragia no sistema nervoso central. Infeções do trato respiratório e urinário têm sido identificadas como complicações graves após AVC. Assim o objetivo geral consiste em identificar fatores associados ao desenvolvimento de infeção respiratória e urinária nos doentes internados com AVC. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, exploratório-descritivo, transversal, retrospetivo, do tipo não experimental. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 127 doentes internados numa Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais com idades compreendidas entre os 38 e os 95 anos (𝑥̅₌75,49 anos), sendo 51,2% do sexo feminino e 48,8% de sexo masculino. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário adhoc composto por questões de caracterização sociodemográfica, clínica e circunstancial. Resultados: A prevalência de infeção respiratória foi de 16,5% e a infeção urinária de 9,4%. O número de dias de internamento variou entre 5 e 50 dias, correspondendo uma média de 10,28 (±7,12). A maioria dos doentes apresenta AVC isquémico (78,7%), a infeção respiratória predomina nos doentes idosos e a infeção urinária nos adultos. O tempo de internamento, a dependência nas atividades diárias prévia ao AVC (mRS), o grau de défice neurológico (NIHSS), o estado de consciência (GCS) e existência de fatores de risco infeccioso foram associados ao desenvolvimento de infeção respiratória. O tempo de internamento, o tipo de AVC e a presença de fatores de risco infeccioso foram associados ao desenvolvimento de infeção urinária. A maioria dos doentes iniciou programa de reabilitação no internamento (83,5%). Conclusão: Identificamos alguns fatores associados ao desenvolvimento de infeção respiratória e urinária o que nos permite desenvolver e implementar intervenções, que visem a diminuição da incidência futura de infeção nos doentes internados com AVC.