ESSV - UESPFC - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus
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- A pequena sereia: arquétipo da adolescênciaPublication . Silva, Ernestina Maria; Silva, Daniel Marques; André, Suzana MariaO actual fascínio pela adolescência é um fenómeno relativamente recente na história do desenvolvimento psicossocial do ser humano e, mais ainda, na história do seu estudo e compreensão. É na segunda metade do século XX que se inicia a grande profusão de investigações nesse domínio. O primeiro livro – Adolescence – foi escrito pelo americano Stanley Hall, em 1905. Segundo ele o adolescente opunha-se à criança pela intensa vida interior de reflexão sobre os sentimentos vivenciados. Era uma visão conflitual e que negligenciava os factores sócio culturais que se vieram posteriormente a considerar como fundamentais (Monteiro e Santos, 1998). Na mesma época S. Freud publica os “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, obra que trouxe uma gigantesca contribuição à compreensibilidade da sexualidade infantil, bem como às transformações da puberdade (Dias e Vicente, 1984). É um período de limites controversos, tanto no seu início como no seu terminus, principalmente em termos de limites cronológicos. O seu início é associado ao início da puberdade (aparecimento da menarca/aparecimento da ejaculação) e o seu fim à aquisição de uma identidade sexual fixa e também à formação do carácter (Sampaio, 1994).
- Percepção dos adolescentes sobre interacções parentaisPublication . André, Suzana Maria; Silva, Ernestina MariaSão os adolescentes e jovens o objecto do nosso trabalho e eles têm constituído ao longo dos anos o centro do nosso interesse. A adolescência é uma fase de desenvolvimento que representa um período de transição entre as vinculações da infância, estabelecidas fundamentalmente no contexto da relação pais-filho, e as ligações afectivas adultas que extravasam as relações familiares (Soares, 1992). É por isso que o adolescente, não sendo já criança, se surpreende a si próprio e aos que lhe estão mais próximos ao manifestar afectos, atitudes e comportamentos da criança que já não é, ao mesmo tempo que se revela capaz de executar actividades do adulto que ainda não é. Segundo a perspectiva psicanalítica, algumas das características fundamentais da adolescência traduzem-se, por um lado, na reactivação do narcisismo e dos conflitos típicos do Complexo de Édipo e por outro, na necessidade de o jovem construir a sua individualidade, passando a percepcionar os pais como entidades diferentes dos idealizados no decorrer da infância. Assim, o adolescente procura o apoio parental, mas simultaneamente procura libertar-se da vigilância parental, isto é, vive uma nova dinâmica relacional entre as necessidades de vinculação e de exploração ou autonomia, cujo processo é muitas vezes vivido pelos pais e pelos filhos, de uma forma ambivalente. Os pais, por um lado, desejam a independência dos seus filhos e que estes tomem as suas decisões; por outro lado, temem as consequências dessa independência. Os filhos, por sua vez, desejam afastar-se dos pais, criando um espaço de privacidade, mas de um modo ambivalente, pois temem a autonomia concedida e o fascínio da liberdade. E é neste contexto da relação pais-filhos que surge o interesse por este estudo. O nosso objectivo foi precisamente identificar a percepção dos adolescentes/jovens sobre as interacções parentais no sentido de reflectirmos sobre a sua expressão de autonomia ou individualidade ou expressão de ligação. Para atingir este nosso objectivo tivemos necessidade de construir uma escala para o efeito.