RE - Número 30 - Outubro de 2004
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- Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vidaPublication . Martins, Maria da Conceição de AlmeidaEysenk (1950) desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, com base em procedimentos estatísticos e no conceito de traço, segundo o qual a pessoa pode ser classificada de acordo com as duas dimensões seguintes: a dimensão neuroticismo/estabilidade e a dimensão extroversão/introversão. Estas dimensões são vulgarmente referidas pelas suas primeiras designações: neuroticismo e extroversão, respectivamente. O autor definiu também os termos “Tipo” e “traço” como: ”Tipo é um grupo de traços correlacionados e Traço é um grupo de actos correlacionados do comportamento ou tendência para a acção”. A partir destes aspectos, Eysenk definiu personalidade como “ a organização mais ou menos estável e persistente do carácter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao ambiente que o rodeia” (Eysenk, 1970).
- Alcoolismo juvenilPublication . Cabral, Lidia do RosárioActualmente, o abuso do álcool tem alcançado proporções massivas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, e está associado a uma série de consequências adversas, das quais o alcoolismo é apenas uma pequena parte, ainda que seja a de maior relevância do ponto de vista clínico. O problema do alcoolismo transformou-se sem dúvida, num dos fenómenos sociais mais generalizados das últimas décadas. Não há dúvida que “sans alcool, pas d’alcoolismo” (LEGRDIN cit in MELLO et al, 1988, p. 16), sendo portanto o tóxico “etanol” o agente da doença alcoólica. Todavia não podemos ignorar que existem factores individuais relacionados com o meio, que condicionam o consumo excessivo de álcool, levando ou não, à dependência, ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de todo este fenómeno de alcoolismo. CORREIA (2002) afirma que as bebidas destiladas ganham cada vez mais adeptos na camada jovem. Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontramo-nos motivados a partilhar algumas preocupações e tentar ser agentes de mudanças de comportamentos dos nossos jovens.
- Baixo peso ao nascimento e hipertensão arterial na infância: estudo epidemiológico de base comunitáriaPublication . Pereira, CarlosIntrodução: Alguns estudos associam o peso ao nascimento com a ocorrência de doenças na vida adulta, designadamente a hipertensão arterial. Contudo, o mecanismo patológico subjacente ao aparecimento dessa doença não se encontra totalmente esclarecido. O objectivo deste estudo visa quantificar a associação entre o peso ao nascimento e a tensão arterial sistólica na infância. Participantes e métodos: Avaliámos uma amostra aleatória 1788 crianças com idades compreendidas entre os seis e os nove anos de idade, matriculados em 14 escolas do primeiro ciclo do ensino básico da cidade do Porto. Um questionário auto-aplicado foi enviado aos pais ou encarregados de educação, que o devolveram à escola juntamente com o boletim de saúde infantil. O peso ao nascimento e o tempo de gestação, foram avaliados através da consulta desse boletim. Na escola, a tensão arterial sistólica foi avaliada três vezes consecutivas com recurso a um aparelho digital (Omnromâ), com a criança na posição de sentado, e posteriormente calculada a respectiva média. Considerámos o percentil 90 como ponto de corte para classificar hipertensão. O estatuto sócio-económico foi avaliado a partir da profissão paterna, agrupada em classes de acordo com o Guia Nacional de Profissões. Resultados: Após ajuste por regressão logística não condicional, os valores mais altos de tensão arterial sistólica (superior ou igual ao percentil 90) associaram-se significativamente com o sexo masculino OR=1,4 (IC95% 1,1-1,8), a idade (sete anos OR=1,3 IC95% 1,0-1,8; oito anos OR=1,9 IC95% 1,4-2,5 e nove anos OR=3,6 IC95% 2,8-4,8), o peso ao nascimento menor que 2500g OR=1,7 (IC95% 1,0-3,2) e o consumo de tabaco pela mãe durante a gravidez OR=1,4 (IC95% 1,0-2,0). Conclusões: Este estudo mostra que as crianças nascidas com baixo peso, apresentam valores mais altos de tensão arterial sistólica. Assume consistência a hipótese proposta por Barker que associa o baixo peso ao nascimento com a ocorrência de hipertensão arterial na vida adulta
- Competências / sinergias das equipas de saúdePublication . Chaves, CláudiaConsideramos equipa e trabalho em equipa noções que fazem parte da mitologia das profissões relacionadas com a saúde. Ainda, relativamente ao facto da formação dos profissionais a OMS (1988), refere que os mesmos devem ter a oportunidade de aprender a trabalhar em conjunto, assim como, deveria dar-se tanta ou mais importância às competências relacionais (saber – ser, saber – estar) do que às instrumentais (saber – fazer) e cognitivas (saber – saber). Estamos de acordo com GRAÇA (1992), que nos diz que é a este nível que as equipas falham por falta de capacidades em relações humanas, por falta do saber – ser e saber – estar em grupo, por falta de liderança eficaz e por falta da heterogeneidade das competências e papeis.
- Competências/sinergias das equipas de saúdePublication . Chaves, CláudiaConsideramos equipa e trabalho em equipa noções que fazem parte da mitologia das profissões relacionadas com a saúde. Ainda, relativamente ao facto da formação dos profissionais a OMS (1988), refere que os mesmos devem ter a oportunidade de aprender a trabalhar em conjunto, assim como, deveria dar-se tanta ou mais importância às competências relacionais (saber – ser, saber – estar) do que às instrumentais (saber – fazer) e cognitivas (saber – saber). Estamos de acordo com GRAÇA (1992), que nos diz que é a este nível que as equipas falham por falta de capacidades em relações humanas, por falta do saber – ser e saber – estar em grupo, por falta de liderança eficaz e por falta da heterogeneidade das competências e papeis.
- Cooperação orientada à produção de conhecimento científicoPublication . Ferreira, Carlos M. S.; Coutinho, Emília; Nelas, Paula BatistaO termo e conceito cooperação tem vindo a ocupar cada vez mais e com maior ênfase os espaços noticiosos e de debate, sustentando a rede de projectos que se sucedem um pouco por todo o planeta, com fim à construção de uma “casa comum” onde, como nas grandes famílias, as aprendizagens matriciais passam pelo “aprender a viver juntos”, “aprender a aprender juntos” e “aprender a crescer juntos”, princípios de globalização planetária.
- Cuidar em parceria: subsídio para a vinculação pais/bebé pré-termoPublication . Ferreira, Manuela; Costa, Maria da GraçaCasey em 1988 criou o seu modelo de parceria nos cuidados, para utilização no âmbito da prestação de cuidados pediátricos. Defende que "para preservar o crescimento e desenvolvimento da criança, os cuidados a esta devem ser em forma de protecção, estímulo e amor" assim sendo ninguém melhor que os pais para os prestar. Na presença de um bebé pré-termo, torna-se obrigatório permitir que se desenvolvam mecanismos capazes de estabelecerem a interacção mãe/filho precocemente, dado o risco que as situações de crise habitualmente acarretam. A análise do modelo de Casey leva-nos a acreditar que, ao ser aplicado numa unidade de cuidados neonatais, ele irá dar o seu contributo para que a vinculação mãe/filho seja estabelecida e/ou mantida, permitindo de forma flexível, manter ou desenvolver a força dos papéis e laços familiares, promovendo a normalidade da sua unidade. Este modelo permite um crescimento físico, emocional e social da família. Nele os pais não são visitantes nem técnicos, são parceiros no cuidar.
- Direitos e valores fundamentais no início da vida humanaPublication . Silva, Ernestina Maria; Silva, Daniel Marques daCom o aumento dos conhecimentos sobre a vida intra-uterina, ao permitir visualizar, avaliar e intervir durante esse tempo da vida humana, hoje é possível uma melhor protecção dos direitos humanos desde o seu início. Reconhecem-se hoje os direitos da criança desde o período germinal, período embrionário e fetal. Vivemos também um período de crescimento de toda uma cultura que valoriza a relação mãe/filho desde o início da gestação. Aparentemente, os resultados do progresso dos conhecimentos e da tecnologia seriam para defender a vida humana de agressões lesivas da sua própria humanidade. Porém, na realidade, o conhecimento antecipado de que ele sofre de doenças graves ou que corre riscos de nascer prematuro permitirá algumas vezes a sua cura ou encaminhamento da mãe para centros diferenciados, mas noutros casos permitirá reconhecer a sua inviabilidade ou que possui uma deficiência definitiva e irremediável que poderá provocar sentimentos de ambivalência nos pais sendo angustiante a decisão de abortar ou não. Entendemos que os pais, por vezes, enfrentam dilemas éticos de difícil resolução e que no uso da sua autonomia e após ter sido fornecido o consentimento informado, é a eles que cabe a decisão dos caminhos a traçar. Neste sentido, pretendemos sensibilizar os profissionais de saúde para o respeito da autonomia e dignidade dos pais, mas ao mesmo tempo motivar para a defesa e salvaguarda dos Direitos e valores subjacentes à vida humana seja do embrião, feto, recém-nascido – CRIANÇA
- A doença mental e a cura: um olhar antropológicoPublication . Gonçalves, Amadeu MatosA saúde, a doença e os processos de cura são construções sociais, resultantes de um processo complexo que integra factores biológicos, socio-económicos, culturais, psicossociais e religiosos, que permeiam o contexto da história de vida das pessoas e exercem marcada influência nas suas atitudes face à doença e aos processos de cura. Apesar da Antropologia médica ser uma área bastante incipiente em Portugal, os conhecimentos actuais neste domínio sugerem que, apesar dos reconhecidos progressos da medicina oficial, a atribuição conferida pelos utentes aos seus “males” continua embebida em velhos sistemas de crenças populares. Nas páginas que se seguem, faz-se referência a alguns aspectos socioantropológicos que valorizaram a contribuição das ciências sociais e humanas para a compreensão da saúde, da doença, dos processos de procura de saúde, das terapêuticas e dos terapeutas
- Ensino clínico na formação em enfermagemPublication . Silva, Daniel Marques da; Silva, Ernestina MariaNo currículo dos cursos superiores de enfermagem existem estágios – ensinos clínicos – que se realizam em instituições de saúde ou na comunidade, em diferentes contextos da actividade profissional do enfermeiro. Este ensino clínico, vulgarmente designado por estágio, é, na perspectiva de Martin (1991:162), “um tempo de trabalho, de observação, de aprendizagem e de avaliação, em que se promove o encontro entre o professor e o aluno num contexto de trabalho”. Para Vasconcelos (1992:28) “os estágios destinam-se a complementar a formação teórico-prática, nas condições concretas do posto de trabalho de uma organização que se compromete a facultar a informação em condições para isso necessárias”.
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