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RE - Número 30 - Outubro de 2004

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Recent Submissions

Now showing 1 - 10 of 21
  • Escolas superiores de enfermagem: que contributos face ao desafio do envelhecimento?
    Publication . Martins, Rosa Maria Lopes
    Numa breve leitura dos documentos que integram a moldura legislativa das instituições do ensino superior, podemos constatar que as escolas superiores são conceptualizadas como “centros de formação cultural e técnica de nível superior às quais cabe ministrar a preparação para o exercício de actividades profissionais altamente qualificadas e promover o desenvolvimento das regiões em que se inserem” (Art.º 2º da Lei 54/90 de 5 de Setembro) Esta função é especificamente reforçada pelo D. Lei n.º 480/88, de 23 de Dezembro, quando nas várias competências atribuídas às escolas de enfermagem enfatiza o desenvolver a investigação científica e técnica do seu âmbito, bem como a obrigatoriedade de colaborar no desenvolvimento sanitário das regiões onde estão inseridas.” A própria Lei de Bases do sistema educativo, que também se aplica ao ensino de Enfermagem, destaca nos diferentes objectivos a necessidade de “formar diplomados para a participação no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua formação contínua e estimular o conhecimento dos problemas do mundo de hoje em particular os nacionais e regionais, prestar serviços à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.”
  • Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vida
    Publication . Martins, Maria da Conceição de Almeida
    Eysenk (1950) desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, com base em procedimentos estatísticos e no conceito de traço, segundo o qual a pessoa pode ser classificada de acordo com as duas dimensões seguintes: a dimensão neuroticismo/estabilidade e a dimensão extroversão/introversão. Estas dimensões são vulgarmente referidas pelas suas primeiras designações: neuroticismo e extroversão, respectivamente. O autor definiu também os termos “Tipo” e “traço” como: ”Tipo é um grupo de traços correlacionados e Traço é um grupo de actos correlacionados do comportamento ou tendência para a acção”. A partir destes aspectos, Eysenk definiu personalidade como “ a organização mais ou menos estável e persistente do carácter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao ambiente que o rodeia” (Eysenk, 1970).
  • Marketing e comunicação: inovação conceptual na gestão de serviços de saúde
    Publication . Ribeiro, Olivério de Paiva
    A função de Marketing & Comunicação (M&C) é uma realidade cada vez mais institucionalizada nos serviços de saúde, a qual, sendo uma inovação na gestão das Instituições, não questiona quem gere, mas faz questionar quem é gerido, atendendo ao seu enquadramento e forma de intervenção. Sendo certa a função definida no sentido de apoiar a alteração de comportamentos (utentes e profissionais), esta nem sempre é exercida da forma mais conveniente ou adequada, por força das próprias pessoas inerentes à função, cuja escolha ou afectação, nem sempre reúne as qualificações desejadas, assumindo ainda assim poderes que lhe são delegados, os quais superam e ultrapassam competências, interferindo na organização de outros grupos profissionais, criando mal-estar a nível interno das instituições de saúde. Neste sentido, e atendendo à inovação desta função nas instituições, parece ainda não estar compreendida a função por parte de alguns responsáveis da área, as funções e o interesse da sua existência. Pretende-se pois com este ensaio fazer uma análise e enquadramento da realidade actual, relativamente à política de saúde e sua evolução, procurando enquadrar a função M&C, face às inovações implementadas em termos de políticas de saúde noutros países, procurando a sua divulgação e integração, bem como em relação aos constrangimentos e problemas vividos no nosso contexto actual
  • Métodos de prestação de cuidados
    Publication . Costa, José dos Santos
    A prestação de cuidados insere-se no seio de uma constelação de fenómenos e acontecimentos. As características da maioria das instituições de saúde, as estruturas de organização, as múltiplas fontes de poder, os valores quantitativos centrados na produtividade tornaram-se, com a marcha do tempo, inadaptados ao crescimento e ao desenvolvimento da organização dos cuidados de saúde. Numerosos sinais se fizeram sentir. Os recursos financeiros insuficientes, o pessoal desmotivado e insatisfeito, as taxas de absentismo e de mobilidade crescentes e o esgotamento do pessoal que cuida caracterizaram os nossos serviços de saúde custosos, mas desumanizados, centrados na técnica e na doença. Esqueceu-se a pessoa, o cliente, a família e o enfermeiro que cuida. Então, quais são os ambientes que podem promover o respeito e a dignidade das pessoas, assim como o compromisso e a presença dos enfermeiros ao lado das pessoas que vivem experiências de saúde? Quais são os cuidados que favorecem os processos interactivos e terapêuticos dirigidos a manter, recuperar e promover a saúde? Quais são os métodos de prestação de cuidados que, ao mesmo tempo, podem assegurar a melhoria da qualidade do cuidado e a vitalidade da organização?
  • Competências / sinergias das equipas de saúde
    Publication . Chaves, Cláudia
    Consideramos equipa e trabalho em equipa noções que fazem parte da mitologia das profissões relacionadas com a saúde. Ainda, relativamente ao facto da formação dos profissionais a OMS (1988), refere que os mesmos devem ter a oportunidade de aprender a trabalhar em conjunto, assim como, deveria dar-se tanta ou mais importância às competências relacionais (saber – ser, saber – estar) do que às instrumentais (saber – fazer) e cognitivas (saber – saber). Estamos de acordo com GRAÇA (1992), que nos diz que é a este nível que as equipas falham por falta de capacidades em relações humanas, por falta do saber – ser e saber – estar em grupo, por falta de liderança eficaz e por falta da heterogeneidade das competências e papeis.
  • Personalidade e coronariopatia
    Publication . Dias, António Madureira
    A incidência das doenças coronárias 1 tem aumentado progressivamente nas últimas décadas, nomeadamente nos países ocidentais, bem como as suas nefastas consequências em termos de morbilidade e mortalidade. Este aumento deve-se em grande parte ao facto dos indivíduos aderirem ao que se descreve como uma vida melhor. As pessoas tornam-se obesas e sedentárias, o avanço tecnico-científico submete-as ao stress e à urgência continuada. Em consonância com este facto, Mota Cardoso (1998) refere que talvez “não seja por acaso que, no início deste século de cidade global e de triunfo das luzes, as doenças cardiovasculares sejam a maior causa de mortalidade dos que tiveram acesso aos seus benefícios”. Assim sendo, as lesões coronárias representam o maior problema de Saúde Pública dos países industrializados. Por outro lado, estas revestem-se de uma importância particular pela perda que representa em anos de vida activa para o indivíduo, família, colectividade e economia. Neste artigo teceremos algumas considerações sobre a influência que a personalidade pode ter no aparecimento das doenças cardiovasculares. Assim, começaremos pela definição de personalidade, sua importância e o papel que a personalidade desempenha no comportamento do indivíduo, tendo em conta a interacção dos diferentes factores. Concluiremos esta análise, destacando alguns estudos efectuados nesta área.
  • Alcoolismo juvenil
    Publication . Cabral, Lidia do Rosário
    Actualmente, o abuso do álcool tem alcançado proporções massivas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, e está associado a uma série de consequências adversas, das quais o alcoolismo é apenas uma pequena parte, ainda que seja a de maior relevância do ponto de vista clínico. O problema do alcoolismo transformou-se sem dúvida, num dos fenómenos sociais mais generalizados das últimas décadas. Não há dúvida que “sans alcool, pas d’alcoolismo” (LEGRDIN cit in MELLO et al, 1988, p. 16), sendo portanto o tóxico “etanol” o agente da doença alcoólica. Todavia não podemos ignorar que existem factores individuais relacionados com o meio, que condicionam o consumo excessivo de álcool, levando ou não, à dependência, ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de todo este fenómeno de alcoolismo. CORREIA (2002) afirma que as bebidas destiladas ganham cada vez mais adeptos na camada jovem. Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontramo-nos motivados a partilhar algumas preocupações e tentar ser agentes de mudanças de comportamentos dos nossos jovens.
  • A doença mental e a cura: um olhar antropológico
    Publication . Gonçalves, Amadeu Matos
    A saúde, a doença e os processos de cura são construções sociais, resultantes de um processo complexo que integra factores biológicos, socio-económicos, culturais, psicossociais e religiosos, que permeiam o contexto da história de vida das pessoas e exercem marcada influência nas suas atitudes face à doença e aos processos de cura. Apesar da Antropologia médica ser uma área bastante incipiente em Portugal, os conhecimentos actuais neste domínio sugerem que, apesar dos reconhecidos progressos da medicina oficial, a atribuição conferida pelos utentes aos seus “males” continua embebida em velhos sistemas de crenças populares. Nas páginas que se seguem, faz-se referência a alguns aspectos socioantropológicos que valorizaram a contribuição das ciências sociais e humanas para a compreensão da saúde, da doença, dos processos de procura de saúde, das terapêuticas e dos terapeutas
  • Ser aluno: porque e para que se aprende?
    Publication . Albuquerque, Carlos; Costa, José; Almeida, Vera Lúcia Fernandes
    Numerosos são os estudos, desenvolvidos especificamente no âmbito da educação, que tentam demonstrar os diferentes aspectos implicados na aquisição de saberes; acção essa a que se dá o nome de aprendizagem. O acto de aprender deve ser entendido como uma acção dinâmica. Quando um sujeito aprende, adquire e produz conhecimento mais ou menos inovador. Se partimos do sentido etimológico, a palavra educativo significa “conduzir a partir de”(Atwater & Riley (1993:662); verificamos assim a interacção com o contexto do meio envolvente. Aprender é uma construção que envolve toda a actividade do ser humano: biológica, psicológica, social e cultural, nos seus múltiplos aspectos. Neste sentido, o presente artigo, inscreve-se na preocupação de se analisar, se bem que sucintamente, a pertinência de duas importantes questões, submersas no contexto da aprendizagem: Porque se aprende? Para que se aprende? Na abordagem à primeira questão, surgirá a definição de aprendizagem bem como a referência, inevitável, à motivação que nos move para esta mesma aprendizagem, porquê motivo este processo nos é inédito e em que contexto ocorre. Na abordagem à segunda questão, chamaremos a atenção para as razões que nos levam a aprender, assim como será colocada em relevo a importância da aprendizagem para a nossa construção/edificação enquanto pessoa. Nesta ordem de ideias, não podemos igualmente deixar de falar na acção que a dialéctica aluno-professor exerce neste processo.
  • Cooperação orientada à produção de conhecimento científico
    Publication . Ferreira, Carlos M. S.; Coutinho, Emília; Nelas, Paula Batista
    O termo e conceito cooperação tem vindo a ocupar cada vez mais e com maior ênfase os espaços noticiosos e de debate, sustentando a rede de projectos que se sucedem um pouco por todo o planeta, com fim à construção de uma “casa comum” onde, como nas grandes famílias, as aprendizagens matriciais passam pelo “aprender a viver juntos”, “aprender a aprender juntos” e “aprender a crescer juntos”, princípios de globalização planetária.