RE - Número 31 - Maio de 2005
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- As actividades de expressão e educação físico-motora no desenvolvimento da personalidadePublication . Esteves, João LuísO contributo orientado no complexo processo de desenvolvimento da personalidade de crianças e jovens terá sido, desde sempre, uma das maiores preocupações da instituição Escola. De entre as variadíssimas actividades desenvolvidas em contexto escolar destacamos as actividades corporais, em especial as que se apresentam sob a forma de jogo. Fundamentalmente, porque são alvo de forte adesão por parte das crianças devido à motivação que geralmente consigo transportam.E precisamente por serem aliciantes para os alunos, as actividades corporais devem ser, e são-no efectivamente, um veículo privilegiado neste processo de desenvolvimento da personalidade.
- Alguns factores que influenciam a aprendizagem do estudante de enfermagemPublication . Ferreira, ManuelaA aprendizagem está envolvida em múltiplos factores, que se implicam mutuamente e que embora os possamos analisar em separado fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições internas e externas ao sujeito (Malglaive, 1990). O processo de aprender é pessoal, de construção e partilha de experiências passadas que influenciam as aprendizagens futuras. Carvalho (1996) estudou os factores que influenciam a aprendizagem do aluno de Enfermagem. Sublinha que a resposta do aluno perante situações de saúde/doença tem por base a biografia e a personalidade deste, mas também demonstrou que o tipo de relação que os alunos estabelecem com os docentes e profissionais no exercício é fundamental para minimizar o medo e a angústia e melhorar a segurança, a auto-estima e o auto-conceito, aspectos fundamentais para quem tem que estabelecer relação de ajuda. Pereira (1996) também estudou a relação professor/aluno em contexto clínico e concluiu que a qualidade da relação e a afectividade são mais valias para a aprendizagem clínica do estudante. Assim, a aprendizagem numa perspectiva cognitivo-construtivista e como Tavares e Alarcão (1990) descrevem é uma construção pessoal resultante de um processo experiencial, interior à pessoa e que se manifesta por uma modificação de comportamento relativamente estável. Quem aprende acrescenta aos conhecimentos que possui novos conhecimentos, rentabilizando os já existentes. De seguida faremos a análise de alguns factores que nos ajudam a compreender o processo complexo que é a aprendizagem.
- Análise da lei de Verdoorn nas regiões e sectores portuguesesPublication . Martinho, VítorCom este trabalho pretende-se estimar a Lei de Verdoorn (com diversas especificações alternativas), para cada um dos sectores económicos das cinco regiões (NUTs II) de Portugal Continental, para o total da economia regional e para cada uma das referidas regiões, no período 1995 a 1999. Por outro lado, verificar de que forma novas variáveis adicionadas (fluxos de mercadorias, capital e concentração) influenciam os resultados obtidos. Tenciona-se, assim, analisar a existência de economias à escala crescentes que caracterizam os fenómenos de polarização com causas circulares e cumulativas e podem explicar os processos de divergência regional. Visa-se, ainda, analisar de que forma as novas variáveis consideradas influenciam as conclusões sobre a existência de economias à escala crescentes e indagar sobre a complementaridade entre os modelos da polarização, associados à teoria Keynesiana, e os modelos da aglomeração, associados à Nova Geografia Económica (daí terem-se considerado os fluxos de mercadorias e a variável concentração). Isto porque tanto os processos de polarização como os da aglomeração se baseiam em fenómenos circulares e cumulativos, embora a fundamentação teórica seja diferente, ou seja, macro-económica nos desenvolvimentos Keynesianos associados à Lei de Verdoorn e microeconómica na Nova Geografia Económica. Os dados utilizados foram obtidos nas Contas Regionais (2003) do Instituto Nacional de Estatística
- Aplicação da econometria espacial, com métodos "cross-section" e em painel, na análise dos efeitos "spillovers" na produtividade dos sectores económicos das regiões portuguesasPublication . Martinho, VítorA consideração de efeitos espaciais nas análises realizadas com unidades espaciais (regiões, etc) é cada vez mais frequente e para isso, entre outros, contribuiu o trabalho de Anselin (1988). Pelo que neste estudo analisa-se, através de métodos de estimação “cross-section” e em painel, a influência dos efeitos espaciais na produtividade (produto por trabalhador) dos sectores económicos das NUTs III de Portugal Continental, considerando relação de Verdoorn. Constata-se que a produtividade está sujeita a autocorrelação positiva, sobretudo, nos serviços e na totalidade dos serviços e eventualmente na indústria. Os efeitos “spillovers” espaciais “spatial lag” e “spatial error” têm influência na relação de Verdoorn dos sectores económicos das regiões portuguesas, no período considerado (1995-1999).
- Apoio social na diabetesPublication . Cunha, MadalenaA diabetes é uma doença crónica que pode causar consideráveis restrições físicas, emocionais e sociais, que podem modificar profundamente as várias dimensões da vida das pessoas. Neste contexto, a disponibilidade de apoio social, é hoje aceite como um factor capaz de mitigar a relação entre a doença e a qualidade de vida, pois há razões teóricas e empíricas para acreditar que o apoio social decorrente das relações sociais contribui para o ajustamento e desenvolvimento pessoais, tendo também uma acção mediadora relativamente aos efeitos do stress (Sarason et al., 1988; Vaz Serra, 1999). Assim, procura-se neste artigo fazer o enquadramento genérico da conceptualização e da medição do apoio social. De seguida descrevem-se alguns estudos do apoio social em diabéticos.
- Cenário urbano para o estudante do ensino superior noturno na cidade de São Paulo: triste realidade ou palco de heróis?Publication . Filho, Armando Terribili; Quaglio, PaschoalO ensino superior no Brasil tem nos cursos de graduação 3.479.913 matrículas, das quais, 57,6% estão no período noturno. A cidade de São Paulo, a mais populosa do país, com 10.434.252 habitantes, tem 377.471 matrículas, das quais estima-se que mais de 250.000 estejam no período noturno. O estudante do período noturno, que em geral, trabalha durante todo o dia e vai direto do local de trabalho para a instituição de ensino, enfrenta um cenário urbano hostil: trânsito caótico, dificuldades de transportes e problemas de segurança pública, entre outros. Pesquisa realizada em 2002, junto a 244 estudantes de um curso de Administração de Empresas de uma instituição privada localizada na zona norte da cidade evidenciou estes aspectos. Em 2004, pesquisa realizada a junto 16 alunos de pósgraduação de curso noturno (latu sensu) em Docência do Ensino Superior, os quais também são professores, ratificou as constatações anteriores.
- Combustível "hidrogénio"Publication . Santos, Fernando Miguel; Santos, Fernando AntónioA partir da primeira crise petrolífera, na década de 70, passou-se a considerar o hidrogénio como uma possível fonte de energia, através da conversão electroquímica, usando células de combustível, que até então tinham como grande aplicação prática a utilização em missões espaciais. O hidrogénio pode ser considerado como uma fonte de energia intermédia, sendo necessário produzi-lo, transportá-lo e armazená-lo antes de o usar. É ainda preciso encontrar soluções tecnologicamente eficientes, económicas e seguras para o seu manuseamento. O hidrogénio é um combustível leve, mas com baixa densidade de massa por m 3 No entanto, sendo o . combustível de utilização mais eficiente, na prática, a relação de volume entre o hidrogénio e os combustíveis convencionais não lhe é assim tão desfavorável.
- Do mito aos mitos irrecicláveis: reflexõesPublication . Lopes, Ana MariaNo Dicionário da Língua Portuguesa encontramos as seguintes definições de mito: narrativa fabulosa de origem popular; relato das proezas de deuses ou de heróis, susceptível de dar uma explicação do real satisfatória para um espírito primitivo; alegoria, etc. O Dicionário esclarece ainda que a palavra mito provém do grego mÿthos, que significa palavra expressa, dando mais tarde origem à palavra latina mythu, que significa fábula. Nenhuma das definições anteriores parece convincente no contexto da sociedade pós-industrial, pós-capitalista, pós-moderna, pós-humana(?) em que vivemos. Assim, e porque esta matéria me interessa, tanto em termos pessoais, como académicos, centro-me em obras que abordem a temática com maior acuidade.
- A mitologia Grega, uma concepção genial produzida pela humanidade: os condicionalismos religiosos e históricos na civilização HelénicaPublication . Branco, Alberto Manuel VaraA mitologia grega, um fascinante e vivido espelho da multifacetada natureza humana, evoluiu significativamente com a integração progressiva dos antigos deuses e cultos pré-helénicos, vinculados aos ciclos agrícolas e de outros elementos saídos das cosmogonias orientais. A mitologia grega introduziu aspectos vinculados à natureza, que eram elementos renovadores nesse campo e deram origem a uma ampla série de entidades mitológicas, cuja dimensão foi determinante e significativa para o conhecimento do espírito dos povos mediterrânicos. Desse processo surge a cristalização de uma complexa cosmogonia sistematizada por Hesíodo e a existência de um panteão politeísta, que adquiriu características definidas na obra de Homero. De assinalar a componente iconográfica comum em certos aspectos imagéticos, que haveriam de encontrar um complemento realístico, adequado à introdução de referências dóricas e aqueias na cultura grega clássica. As características comuns a todos os deuses gregos deram a conhecer a sua relação com os fenómenos da natureza, cujas forças regiam e a sua figura antropomórfica, baseada em modelos e costumes humanos. A riqueza do mundo mitológico grego não acaba nos relatos sobre os deuses olímpicos e as suas frequentes intervenções nos assuntos humanos. Nas suas lendas, é aflorada uma vasta trama de divindades menores, relacionadas com a natureza. Por outro lado, são figuras de destaque os heróis, descendentes ou protegidos pelos deuses, cujas façanhas são narradas em ciclos individuais ou relatos genéricos, nomeadamente a Odisseia.
- A morte de Ivan IltichPublication . Velloso, Renato RibeiroO livro escrito por Léon Tolstoi, “A morte de Ivan Ilitich”, é considerado a obra artística mais perfeita da história mundial, a agonia de um juiz ao saber que está com uma doença incurável e próximo da morte, ou seja, o destino de cada um de nós. Ivan Ilitch um homem de meia idade, sem grandes qualidades ou defeitos, que vive uma existência inútil. Um burocrata russo, frio, pacato e acima de tudo banal, juiz de um tribunal onde, julgava o destino das pessoas da maneira mais asséptica e impessoal possível. E subitamente vê-se doente, uma doença terrível de cura e diagnóstico impossível, e com dores cada vez mais crescentes, incontroláveis, angustiantes e a certeza de estar cada vez mais próximo da morte, e que é inevitável. Esse é o ponto de partida para um sofrimento atroz, que o persegue por meses.