RE - Número 31 - Maio de 2005
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Recent Submissions
- As actividades de expressão e educação físico-motora no desenvolvimento da personalidadePublication . Esteves, João LuísO contributo orientado no complexo processo de desenvolvimento da personalidade de crianças e jovens terá sido, desde sempre, uma das maiores preocupações da instituição Escola. De entre as variadíssimas actividades desenvolvidas em contexto escolar destacamos as actividades corporais, em especial as que se apresentam sob a forma de jogo. Fundamentalmente, porque são alvo de forte adesão por parte das crianças devido à motivação que geralmente consigo transportam.E precisamente por serem aliciantes para os alunos, as actividades corporais devem ser, e são-no efectivamente, um veículo privilegiado neste processo de desenvolvimento da personalidade.
- Combustível "hidrogénio"Publication . Santos, Fernando Miguel; Santos, Fernando AntónioA partir da primeira crise petrolífera, na década de 70, passou-se a considerar o hidrogénio como uma possível fonte de energia, através da conversão electroquímica, usando células de combustível, que até então tinham como grande aplicação prática a utilização em missões espaciais. O hidrogénio pode ser considerado como uma fonte de energia intermédia, sendo necessário produzi-lo, transportá-lo e armazená-lo antes de o usar. É ainda preciso encontrar soluções tecnologicamente eficientes, económicas e seguras para o seu manuseamento. O hidrogénio é um combustível leve, mas com baixa densidade de massa por m 3 No entanto, sendo o . combustível de utilização mais eficiente, na prática, a relação de volume entre o hidrogénio e os combustíveis convencionais não lhe é assim tão desfavorável.
- Análise da lei de Verdoorn nas regiões e sectores portuguesesPublication . Martinho, VítorCom este trabalho pretende-se estimar a Lei de Verdoorn (com diversas especificações alternativas), para cada um dos sectores económicos das cinco regiões (NUTs II) de Portugal Continental, para o total da economia regional e para cada uma das referidas regiões, no período 1995 a 1999. Por outro lado, verificar de que forma novas variáveis adicionadas (fluxos de mercadorias, capital e concentração) influenciam os resultados obtidos. Tenciona-se, assim, analisar a existência de economias à escala crescentes que caracterizam os fenómenos de polarização com causas circulares e cumulativas e podem explicar os processos de divergência regional. Visa-se, ainda, analisar de que forma as novas variáveis consideradas influenciam as conclusões sobre a existência de economias à escala crescentes e indagar sobre a complementaridade entre os modelos da polarização, associados à teoria Keynesiana, e os modelos da aglomeração, associados à Nova Geografia Económica (daí terem-se considerado os fluxos de mercadorias e a variável concentração). Isto porque tanto os processos de polarização como os da aglomeração se baseiam em fenómenos circulares e cumulativos, embora a fundamentação teórica seja diferente, ou seja, macro-económica nos desenvolvimentos Keynesianos associados à Lei de Verdoorn e microeconómica na Nova Geografia Económica. Os dados utilizados foram obtidos nas Contas Regionais (2003) do Instituto Nacional de Estatística
- Aplicação da econometria espacial, com métodos "cross-section" e em painel, na análise dos efeitos "spillovers" na produtividade dos sectores económicos das regiões portuguesasPublication . Martinho, VítorA consideração de efeitos espaciais nas análises realizadas com unidades espaciais (regiões, etc) é cada vez mais frequente e para isso, entre outros, contribuiu o trabalho de Anselin (1988). Pelo que neste estudo analisa-se, através de métodos de estimação “cross-section” e em painel, a influência dos efeitos espaciais na produtividade (produto por trabalhador) dos sectores económicos das NUTs III de Portugal Continental, considerando relação de Verdoorn. Constata-se que a produtividade está sujeita a autocorrelação positiva, sobretudo, nos serviços e na totalidade dos serviços e eventualmente na indústria. Os efeitos “spillovers” espaciais “spatial lag” e “spatial error” têm influência na relação de Verdoorn dos sectores económicos das regiões portuguesas, no período considerado (1995-1999).
- A transumância para o Montemuro: um pretexto para o desenvolvimento ruralPublication . Sousa, Joaquim Soares de; Oliveira, Jorge; Jesus, Lúcia de; Martinho, VítorDesde tempos remotos que se verificam deslocações sazonais de gado na Europa Mediterrânea. A este movimento alternativo e periódico dos rebanhos entre duas regiões oroclimáticas distintas, é designado por transumância. A uma fase primitiva de nomadismo, caracterizada por deslocações que arrastavam consigo homens, animais e toda a comunidade, sucedeu uma outra, mais racional e organizada que, como referem Oliveira e Silva (2000b), é uma “forma de assegurar a alimentação dos animais e de garantir os rendimentos numa altura do ano em que os criadores não dispunham de recursos, face à escassez de pastagens, como consequência dos rigores do clima”. Morais (1998) designa movimentos deste género como “deslocações caminheiras dos gados” e distingue-os consoante se trata de uma forma esporádica e de improviso ou se se traduz numa forma cíclica e organizada. A primeira forma relacionase com o carácter sanitário aquando de epizootias (“cura por mudança de ares”). Quanto à forma cíclica e organizada, Morais (1998) divide-a em transumância propriamente dita e transterminância. A primeira destas está relacionada com deslocações de assinalável importância no espaço e no tempo. Já a transterminância, denominação também usada por outros autores (García e Gándaras, 2004 e Martín, 1991), refere-se a deslocações ocorridas entre “termos” vizinhos ou muito próximos que poderiam incorrer no pagamento do “imposto de montado” (Morais, 1998) ou no pascigo desses “termos” de forma gratuita (por acordos).
- Alguns factores que influenciam a aprendizagem do estudante de enfermagemPublication . Ferreira, ManuelaA aprendizagem está envolvida em múltiplos factores, que se implicam mutuamente e que embora os possamos analisar em separado fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições internas e externas ao sujeito (Malglaive, 1990). O processo de aprender é pessoal, de construção e partilha de experiências passadas que influenciam as aprendizagens futuras. Carvalho (1996) estudou os factores que influenciam a aprendizagem do aluno de Enfermagem. Sublinha que a resposta do aluno perante situações de saúde/doença tem por base a biografia e a personalidade deste, mas também demonstrou que o tipo de relação que os alunos estabelecem com os docentes e profissionais no exercício é fundamental para minimizar o medo e a angústia e melhorar a segurança, a auto-estima e o auto-conceito, aspectos fundamentais para quem tem que estabelecer relação de ajuda. Pereira (1996) também estudou a relação professor/aluno em contexto clínico e concluiu que a qualidade da relação e a afectividade são mais valias para a aprendizagem clínica do estudante. Assim, a aprendizagem numa perspectiva cognitivo-construtivista e como Tavares e Alarcão (1990) descrevem é uma construção pessoal resultante de um processo experiencial, interior à pessoa e que se manifesta por uma modificação de comportamento relativamente estável. Quem aprende acrescenta aos conhecimentos que possui novos conhecimentos, rentabilizando os já existentes. De seguida faremos a análise de alguns factores que nos ajudam a compreender o processo complexo que é a aprendizagem.
- Apoio social na diabetesPublication . Cunha, MadalenaA diabetes é uma doença crónica que pode causar consideráveis restrições físicas, emocionais e sociais, que podem modificar profundamente as várias dimensões da vida das pessoas. Neste contexto, a disponibilidade de apoio social, é hoje aceite como um factor capaz de mitigar a relação entre a doença e a qualidade de vida, pois há razões teóricas e empíricas para acreditar que o apoio social decorrente das relações sociais contribui para o ajustamento e desenvolvimento pessoais, tendo também uma acção mediadora relativamente aos efeitos do stress (Sarason et al., 1988; Vaz Serra, 1999). Assim, procura-se neste artigo fazer o enquadramento genérico da conceptualização e da medição do apoio social. De seguida descrevem-se alguns estudos do apoio social em diabéticos.
- A relevância do apoio social na velhicePublication . Martins, Rosa MariaO debate gerado em torno do envelhecimento e das respostas sociais de apoio aos cidadãos idosos, têm adquirido nos últimos anos e particularmente nas sociedades ocidentais, crescente actualidade e relevância. A notoriedade desta questão, encontra-se na centralidade que o tema tem tido no discurso político e social e na proliferação de iniciativas mais ou menos visíveis e mediáticas que têm como preocupação central questões ligadas a velhice e ao apoio social Apesar de só a partir dos anos 70 o apoio social constituir um quadro teórico integrado e consistente, encontram-se já anteriormente inúmeros estudos ligados à psicologia (sobretudo a comunitária) cujos contributos foram decisivos para o seu desenvolvimento. Marcos fundamentais no campo do apoio social foram também as investigações levadas a cabo por Caplan (1974), Cassel (1974 e 1979), Cobb (1976), Barrón (1996), Vaux (1988), Faria (1999), Vaz Serra (1999), e Matos e Ferreira (2000). O seu interesse deriva não só do facto de terem aberto caminho ao desenvolvimento e conceptualização deste constructo, mas porque a partir delas foi possível conhecer os efeitos sobre a saúde e bem-estar de diferentes tipos de relações, (relações intimas a integração social), passando pelo estudo das redes sociais nos seus aspectos estruturais e funcionais.
- Sida e a mulherPublication . Chaves, Cláudia; Ramalho, Maria José; Carrilho, Paula; Araújo, TeresaOs padrões epidemiológicos da pandemia do VIH/SIDA estão a mudar, fazendo prever que, nos próximos anos, o ratio homem/mulher seja de 1:1. Isto é tanto mais verdade em localizações geográficas onde a transmissão do vírus por via heterossexual é a predominante, com particular relevância para os países em vias de desenvolvimento. De entre estes, África merece destaque, já que aí as cifras assustadoras relativas a esta doença traduzem, de facto, a precariedade da condição de mulheres e crianças. As mulheres são, no presente, o grupo mais vulnerável à SIDA, não só pelas suas condições anatomofisiológicas, mas também pela sua situação social, económica e cultural. O seu papel na família, como cuidadora, parceira sexual e, eventualmente, mãe coloca-as face aos desafios de uma doença que, apesar de crónica, tem, ainda hoje, um desfecho fatal. Simultaneamente vítima e portadora/mensageira da doença, a mulher é confrontada com os seus comportamentos passados ("vítima culpada") ou acaba por se ver presa numa teia de contaminações sucessivas. Com frequência, começa por ser contaminada pelo seu parceiro sexual (muitas vezes, como verdadeira "vítima inocente", já que desconhece condutas e passado do homem com quem vive), tornando-se, depois, ela própria, transmissora da doença aos filhos que, provavelmente, tanto quis proteger.
- A pequena sereia: arquétipo da adolescênciaPublication . Silva, Ernestina Maria; Silva, Daniel Marques; André, Suzana MariaO actual fascínio pela adolescência é um fenómeno relativamente recente na história do desenvolvimento psicossocial do ser humano e, mais ainda, na história do seu estudo e compreensão. É na segunda metade do século XX que se inicia a grande profusão de investigações nesse domínio. O primeiro livro – Adolescence – foi escrito pelo americano Stanley Hall, em 1905. Segundo ele o adolescente opunha-se à criança pela intensa vida interior de reflexão sobre os sentimentos vivenciados. Era uma visão conflitual e que negligenciava os factores sócio culturais que se vieram posteriormente a considerar como fundamentais (Monteiro e Santos, 1998). Na mesma época S. Freud publica os “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, obra que trouxe uma gigantesca contribuição à compreensibilidade da sexualidade infantil, bem como às transformações da puberdade (Dias e Vicente, 1984). É um período de limites controversos, tanto no seu início como no seu terminus, principalmente em termos de limites cronológicos. O seu início é associado ao início da puberdade (aparecimento da menarca/aparecimento da ejaculação) e o seu fim à aquisição de uma identidade sexual fixa e também à formação do carácter (Sampaio, 1994).