ESSV - UESMP - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Adesão terapêutica numa mulher com depressão major: perspetiva da doentePublication . Figueiredo, Maria Lurdes Monteiro; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.Adesão Terapêutica numa Mulher com Depressão Major: Perspetiva da Doente. Introdução: A depressão encontra-se reconhecida no Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016: Resumo Executivo como um problema primordial de saúde pública; é a principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes. A mulher sofre mais de depressão do que o homem numa proporção de 2:1, tendendo para a cronicidade em cerca de 20% dos casos, por ineficácia do tratamento ou fraca adesão à terapêutica, sendo a adoção de estratégias, crucial para minimizar este problema. Face a esta problemática da adesão à terapêutica, decidimos: Identificar fatores que influenciam o comportamento de adesão da doente ao regime terapêutico, conhecer a influência das estratégias usadas pelos profissionais de saúde no comportamento de adesão da doente ao regime terapêutico, conhecer a influência das estratégias utilizadas pela doente para aderir ao regime terapêutico. Metodologia: Ao desejarmos saber se “a mulher com depressão major adere ao regime terapêutico instituído”, optamos pela realização de um estudo qualitativo, fenomenológico e descritivo: estudo de caso, recorrendo-se a um questionário para caracterização sócio demográfica, à história clinica psiquiátrica e ao exame do estado mental, e entrevista semiestruturada, aplicados à participante do estudo. Resultados: Foram identificados fatores influenciadores do comportamento de adesão ao regime terapêutico: fatores económicos, sociais e culturais; fatores relacionados com os serviços e com os profissionais de saúde; fatores relacionados com o tratamento. As estratégias usadas pela doente: os memorandos, e pelo profissional de saúde: estratégias comportamentais e educacionais. Conclusões: A doente apresenta um comportamento de não adesão ao regime terapêutico instituído. Os fatores económicos, sociais e culturais, os fatores relacionados com os serviços de saúde e com os tratamentos, são preditores de não adesão. Os fatores relacionados com os profissionais de saúde são preditores de comportamento de adesão mas não perpetuadores desse mesmo comportamento. As estratégias usadas pela participante do estudo para aderir ao regime terapêutico são preditores de adesão mas, à semelhança dos fatores relacionados com os profissionais de saúde, também não são perpetuadoras desse comportamento. As estratégias usadas pelos profissionais de saúde, são preditoras de adesão ao regime terapêutico mas, à semelhança das usadas pela doente também não são perpetuadoras desse mesmo comportamento. Palavras-Chave: Depressão major, adesão terapêutica, mulher, fatores influenciadores e estratégias.
- Ansiedade, depressão e stresse no familiar cuidador do doente mentalPublication . Santos, Carlos Manuel Nogueira Martins; Cabral, Lídia do RosárioEnquadramento: As atuais orientações políticas sobre a saúde, particularmente sobre a saúde mental vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade, enfatizando a necessidade do desenvolvimento dos suportes sociais naturais, onde se incluem as famílias, emergindo daqui o papel do familiar cuidador. Objetivos: Identificar variáveis sociodemográficas que influenciam a ansiedade, depressão e stresse do cuidador informal do doente mental; determinar a influência de variáveis de contexto familiar sobre a ansiedade, depressão e stresse do cuidador; analisar a relação entre o suporte social e sobrecarga do cuidador com a ansiedade, depressão e stresse do cuidador informal. Material e Métodos: Realizamos um estudo transversal, descritivo-correlacional, tendo, participado 104 cuidadores, a maioria do sexo feminino (62,5%), com idades entre 22 a 77 anos média de 52,03 anos. Utilizaram-se como instrumentos, a: Escala Apgar Familiar; Escala Satisfação com Suporte Social (ESSS); Escala Sobrecarga do Cuidador (ESC); Escalas Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21). Resultados: Constatamos que o género feminino apresenta índices mais elevados (p<0.05) de ansiedade, depressão e stresse; os participantes com 1º, 2ºe 3º ciclos de escolaridade possuem mais ansiedade que os do ensino superior e secundário (p=0,001); cuidadores que vivem em meio rural apresentam maiores níveis de depressão (p=0,044) e stresse (p=0,041); os que percecionam famílias com disfunções acentuadas apresentam maiores níveis de depressão (p=0,001) e stresse (p=0,000); quanto maior a sobrecarga maiores os níveis de ansiedade (p=0,002), depressão e stresse (p=0,000). Conclusões: Face aos resultados é necessário desenvolver estratégias de intervenção local e comunitária para a promoção da saúde mental e prevenção da doença mental. Palavras- chave: Saúde Mental; Cuidador Informal; Ansiedade; Depressão; Stresse.
- As atitudes dos enfermeiros perante o doente alcóolicoPublication . Almeida, Elisa Conceição; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.INTRODUÇÃO: O alcoolismo é considerado um grave problema de saúde pública em todo mundo e Portugal não é exceção, afetando tanto o individuo, como a sua família e a sociedade em geral. As atitudes do enfermeiro perante o doente alcoólico, são elementos importantes e preditivos do tipo de cuidados prestados. OBJECTIVOS: Compreender as atitudes dos enfermeiros perante o doente alcoólico; descrever a perceção e opinião dos enfermeiros em relação ao doente alcoólico e compreender como os enfermeiros desenvolvem o seu trabalhar e se relaciona com o doente alcoólico. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, transversal e exploratório, envolvendo uma amostra de 15 enfermeiros CSP (Centro de Saúde de Mirandela I), com idade média 42 anos e desvio padrão7,2 e 8 enfermeiros dos Cuidados Secundários (Serviço B3, internamento dos doentes agudos, Hospital de Magalhães Lemos), com idade média 30 anos e desvio padrão3,8. Colheita de dados efetuada através de questionário parte I: descrição dos fatores sócio-demográficos e profissionais e parte II: avaliação das atitudes (adaptado da “Escala de Atitudes Frente ao Álcool, Alcoolismo e Alcoólico”; VARGAS e LUIS 2008). RESULTADOS: 85,7% os enfermeiros dos cuidados de saúde secundários deram respostas de atitudes positivas, 87,5% responderam ter experiencia profissional com alcoólicos e 75% têm formação em alcoologia. CONCLUSÕES: os enfermeiros dos cuidados de saúde secundários, demonstram atitudes mais positivas perante o doente alcoólico; têm mais formação em alcoologia e maior experiencia com doentes alcoólicos, comparados com os enfermeiros dos CSP. PALAVRAS-CHAVE: Doente Alcoólico; Enfermeiros; Atitudes.
- Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de ViseuPublication . Valente, Gonçalo André Almeida; Cabral, Lídia Rosário, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A adolescência caracteriza-se por ser uma etapa do ciclo vital onde o desejo de experimentação e de exploração de novas sensações conduz muitos adolescentes à iniciação no consumo de álcool, com consequências nefastas para a saúde do jovem. O comportamento auto-regulado em saúde compreende o controlo das necessidades mais imediatas (controlo de impulsos) e a mobilização de pensamentos, sentimentos e comportamentos para objectivos de saúde a longo prazo. Objectivos: Analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas, de contexto escolar, estilos de vida, envolvimento e expectativas face ao álcool e variáveis psicológicas (autoestima e autoconceito) com as competências de auto-regulação em adolescentes do ensino secundário do distrito de Viseu. Métodos: Recorreu-se a um modelo de investigação quantitativo, transversal, analítico, descritiva e correlacional. Participaram 971 estudantes do ensino secundário público e cooperativo. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a Escala de Envolvimento com o Álcool para Adolescentes de Mayer & Filstead (1979) adaptada por Fonte & Alves (1999), o Questionário Reduzido de Auto-regulação (Carey, Neal & Collins, 2004 adaptado por Castillo & Dias, 2009), o Questionário de Expectativas face ao Álcool para Adolescentes (Pilatti, Godoy & Brussino, 2010), a Escala de Auto-Estima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007), o Inventário Clínico do Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e dados sociodemográficos, escolares e estilos de vida. Resultados: Os estudantes com idades compreendidas entre os 14 – 21 anos, na sua maioria rapazes (50,80%), com idade igual ou inferior a 16 anos (43,40%), residentes em meio rural (66,40%), em coabitação com os pais (77,30%) e inseridos em agregados familiares com um rendimento médio mensal médio alto ou alto (56,70%). Revelaram-se bebedores habituais sem problemas (75,30%), com elevadas expectativas face ao álcool (45,10%), boa auto-estima (47,40%) e com um bom autoconceito (45,30%). A autoregulação (total) foi influenciada pelo envolvimento com o álcool, expectativas face ao álcool, auto-estima negativa e duas das dimensões do autoconceito (maturidade psicológica e impulsividade/actividade). Conclusão: O desenvolvimento de competências de auto-regulação revela-se um investimento em saúde uma vez que, o adolescente com um comportamento auto-regulado assume estilos de vida mais saudáveis, revelando um menor envolvimento com o álcool. Palavras-chave: Adolescência, Álcool, Auto-regulação, Expectativas face ao Álcool, Autoestima e Autoconceito.
- Burnout nos enfermeiros da Unidade de Desabituação de CoimbraPublication . Correia, Vasco Manuel Cunha; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.As profissões que implicam a prestação de cuidados a pessoas em situação de fragilidade física e emocional, exigem um investimento emocional elevado por parte dos profissionais. Este fato faz com que o burnout seja alvo de destaque nas profissões que implicam o estabelecimento da Relação de Ajuda, sendo um importante indicador da saúde mental dos profissionais. Na enfermagem o burnout pode surgir como consequência da relação enfermeiro/utente. Neste sentido, foi nosso objetivo avaliar os níveis de burnout dos enfermeiros da Unidade de Desabituação de Coimbra (UDC) do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), Instituto Público (IP), assim como avaliar a sua relação com as características sociodemográficas, profissionais e individuais. Com este propósito foram aplicados questionários a todos os enfermeiros da UDC do IDT, IP. O instrumento de medida utilizado para avaliar o burnout foi o Copenhagen Burnout Inventory (CBI), composto por três subescalas que avaliam o burnout pessoal, o burnout relacionado com o trabalho e o burnout relacionado com o cliente, validado para a população portuguesa por Fonte (2011). A amostra compreende oito enfermeiros com uma média de idade de 33 anos. Os resultados sugerem que os enfermeiros da UDC apresentam níveis elevados de burnout, sendo que é ao nível do burnout relacionado com o cliente que estes valores são mais manifestos. Relativamente à relação do burnout com as variáveis sociodemográficas, profissionais e individuais não se verificou evidência estatisticamente significativa. Estes resultados têm implicações ao nível da compreensão do fenómeno burnout pois sugerem que é ao nível da relação enfermeiro/utente que se verificam níveis mais elevados de burnout. Estes resultados salientam a necessidade de se estabelecer relações de confiança e parceria com os utentes e aumentar o insight sobre os próprios problemas\dificuldades dos enfermeiros, juntamente com a capacidade de encontrar novas vias de resolução de forma a promover a saúde mental destes profissionais. Palavras-chave: Burnout; Enfermeiros; Saúde Mental.
- Consumo de bebidas alcoólicas em crianças do 1º ciclo e seus fatores influenciadoresPublication . Gomes, Teresa Maria Correia; Cabral, Lídia Rosário, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.O álcool é uma substância psicotrópica lícita que está enraizada na nossa cultura, presente e disponível em variados locais e alguns rituais, possui uma grande aceitação social. A precocidade do início do consumo e, o consumo excessivo tornou-se um problema que afeta toda a população. Assim como em outros países do mundo, o alcoolismo e os problemas ligados ao álcool são um grave problema de saúde pública em Portugal. O presente estudo descritivo/correlacional, tem como objetivos verificar se as crianças consomem bebidas alcoólicas, quais os tipos de bebidas alcoólicas, com que frequência o fazem e, quais são os fatores que influenciam este consumo. Utilizou-se para a recolha de dados um questionário aplicado a uma amostra de alunos que frequentam o 2º, 3º e 4º anos do 1º Ciclo do Ensino Básico, Agrupamento de Escolas de Sátão, ano letivo 2011/2012. Resultados: a idade de início de consumo é, em média, 6 anos; o padrão de consumo de álcool difere quanto ao género, sendo os rapazes os que apresentam o padrão mais elevado: consumo diário/semanal. As raparigas têm maior percentagem de não consumidores, consumidores mensais e ocasionais. O local de início do consumo dá-se em casa seguido do café. Habitualmente 92,5% dos rapazes e 87,5% das raparigas consomem bebidas alcoólicas com familiares. Cerca de 70% dos pais e cerca de 30% das mães consomem bebidas alcoólicas. É significativo o valor percentual obtido de irmãos e avós que consomem bebidas alcoólicas. A distribuição do consumo de bebidas alcoólicas pelas crianças com consumo de bebidas alcoólicas pelos pais demonstra-se estatisticamente significativa. O consumo de bebidas alcoólicas tanto pela mãe como pelo pai influencia o consumo de bebidas alcoólicas das crianças comparativamente às crianças que não consomem. Não se observou relação estatisticamente significativa entre as restantes variáveis independentes e o consumo de bebidas alcoólicas pelos alunos da amostra em estudo. Palavras-chave: Criança, Bebidas alcoólicas, Saúde Escolar, Promoção da Saúde.
- A ideação suicida na toxicodependênciaPublication . Costa, Rui Manuel Pereira; Albuquerque, Carlos Manuel Sousa; Gonçalves, Amadeu MatosEnquadramento: A ideação suicida pode ser considerada o primeiro marcador de risco suicida, no caso concreto em toxicodependentes, tendo em conta que o fenómeno da toxicodependência é um complexo e dinâmico processo biopsicossocial. Sem tratamento adequado, pode ter efeitos negativos significativos sobre a vida dos toxicodependentes, incluindo um risco aumentado de comportamentos suicidários, como a ideação suicida. Objetivo: O objetivo central deste trabalho foi explorar a influência da toxicodependência na ideação suicida. Métodos: O desenho de investigação seguido foi a revisão sistemática da literatura. A procura de artigos para a concretização deste trabalho foi realizada de forma cuidadosa e sistemática em duas bases de dados: PubMed, Lilacs, Scielo, Google Academic e B-on. Estabeleceu-se um horizonte temporal de 7 anos (2005 até 2012), recorrendo aos seguintes descritores: “comportamentos suicidários”; “ideação suicida”; “toxicodependência” e “ideação suicida na toxicodependência”. Foram encontrados 18 artigos, dos quais apenas 6 foram analisados, dado obedecerem, na sua plenitude, aos critérios de inclusão. Resultados: A toxicodependência é um fator de risco da ideação suicida. Um número significativo de toxicodependentes revela pensamentos/comportamentos suicidas. Os resultados apurados demonstraram que, na maioria dos estudos, as mulheres toxicodependentes são mais vulneráveis à ideação suicida e às tentativas de suicídio. Predominaram os indivíduos toxicodependentes na faixa etária entre 20 e 29 anos, tendo-se inferido que as variáveis sexo e idade interferem na prevalência da ideação suicida nos toxicodependentes Tentativas anteriores de suicídio e evidências de depressão ou outra doença psiquiátrica são fatores que contribuem para uma aumento de comportamentos suicidários nos toxicodependentes, destacando-se a presença de ideação suicida. Conclusão: Este trabalho, ao nível de implicações na prática profissional, contribuiu para reforçar a ideia de que a prevenção da ideação suicida nos toxicodependentes passa por estabelecer com a pessoa em risco uma relação de confiança e empatia que permita a verbalização e exteriorização do sofrimento psicológico, para posteriormente promover uma intervenção especializada e eficaz. Mesmo na ausência de ideação suicida expressa, o conhecimento dos fatores de risco podem ajudar a identificar indivíduos com ideação suicida. Palavras-Chave: Comportamentos suicidários; ideação suicida; toxicodependência; revisão sistemática da literatura.
- Influência do perfil funcional e da autoavaliação do idoso na saúde mental e emocionalPublication . Marques, Rosa Maria; Duarte, João Carvalho, orient.; Gonçalves, Amadeu Matos, co-orient.O envelhecimento da população é um dado incontornável do presente, em todo o mundo. Portugal não é exceção, sendo um dos países da UE a envelhecer mais depressa: em 30 anos, a percentagem de portugueses com mais de 65 anos passou de 11% para 17,5%. Em 2050, cerca de 80% da população portuguesa apresentar-se-á envelhecida e dependente (INE, 2011). A Saúde Mental influência o bem-estar do idoso e da população, integrando um recurso essencial para a adaptação às exigências da vida. A vulnerabilidade dos idosos às perturbações mentais justifica a relevância da investigação das manifestações psicopatológicas que apresentam, para orientar as intervenções necessárias à promoção da saúde mental de forma a associar qualidade aos anos vividos (Motta e Aguiar, 2007). Neste sentido, delinearam-se as seguintes questões de investigação e os objetivos: quais as características sociodemográficas que influenciam a Saúde Mental e Emocional dos Idosos?, qual a influência do Perfil Funcional e da Autoavaliação da Saúde Mental e Emocional do idoso? Delinearam-se ainda, os seguintes objetivos de estudo: identificar as variáveis sociodemográficas que influenciam a Saúde Mental e Emocional dos Idosos; analisar o Perfil Funcional e a Autoavaliação da Saúde Mental e Emocional dos Idosos. Este estudo centrando-se no grupo mais idoso da nossa população (idade igual ou superior a 65 anos), o principal objetivo foi avaliar a Saúde Mental dos idosos residentes num lar de 3ª Idade SCMViseu, recorrendo ao Questionário Older Americans Resources and Services (OARS). A amostra compõe-se por 43 indivíduos. Seguindo um critério de amostragem não aleatória e não estratificada, são agregados por sexo e em três grupos etários (≤83 anos, 84-87 anos e ≥88 anos). A média de idade da amostra para ambos os sexos é de 84.79 anos. Na área de recursos sociais, a pontuação de incapacidade funcional (PIF) revela que 39,3% das mulheres são pontuadas de forma mais negativa comparativamente com os homens (46.7%) para a avaliação de Bons Recursos Sociais. Na área de Saúde Mental, para o total da amostra, 51.2% dos idosos considera Má a sua Saúde Mental e Emocional. Os idosos pertencentes ao grupo etário ≥ 88 anos e os homens autoavaliam pior o seu estado de Saúde Mental e Emocional. A PIF na área de Saúde Mental mostra que as mulheres são pontuadas de forma mais positiva do que os homens para a avaliação de Boa Saúde 3Mental. Dos idosos que consideraram Boa a sua Saúde Mental e Emocional, 66.7% apresentam uma boa capacidade funcional, dos que consideram má a sua Saúde Mental e Emocional, 64% apresentam incapacidade funcional, notando-se diferenças estatisticamente significativas. PALAVRAS-CHAVE: Idoso; Saúde Mental; Perfil Funcional, Autoavaliação e Avaliação Multidimensional.
- Necessidades educativas do cuidador informal da pessoa com esquizofreniaPublication . Rodrigues, Marisa Isabel Paiva; Duarte, João Carvalho; Gonçalves, AmadeuAs orientações políticas sobre a saúde, e particularmente sobre a saúde mental vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade, tendo-se verificado um aumento do número de doentes com esquizofrenia a viver com os cuidadores informais. Neste sentido, julgamos que se torna fundamental refletir sobre as necessidades educativas reais dos cuidadores informais da pessoa com esquizofrenia, no contexto onde este presta os cuidados: o domicílio. Este estudo tem como objetivos: caracterizar sócio demograficamente o cuidador informal da pessoa com esquizofrenia; compreender o significado atribuído pelo cuidador informal, à doença mental da pessoa com esquizofrenia; conhecer as dificuldades sentidas pelo cuidador informal ao cuidar da pessoa com esquizofrenia; descrever as estratégias utilizadas pelo cuidador informal face às dificuldades em lidar com a pessoa com esquizofrenia; conhecer a ajuda prestada pelos profissionais de saúde, percebida pelo cuidador informal da pessoa com esquizofrenia. Do ponto de vista metodológico, o presente estudo enquadra-se no método de investigação qualitativa, com características fenomelógicas. Participaram no estudo nove cuidadores informais de pessoas com esquizofrenia, seguidas na consulta externa do DPSM-CHTV, EPE. O instrumento de colheita de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada. Os resultados sugerem que o doente com esquizofrenia é cuidado sobretudo pela família, sendo as mães os cuidadores por excelência. Trata-se de cuidadores idosos que cuidam do doente há vários anos. Revelam ter poucos conhecimentos acerca da doença mental (esquizofrenia). Apresentam várias dificuldades no papel de cuidador, tais como: dificuldades em lidar com os sintomas do doente, sendo a mais mencionada a agressividade e o isolamento social; dificuldades na execução de tarefas, onde referem a má adesão do doente ao regime terapêutico; dificuldades sociais, relacionadas com a escassez de recursos comunitários; dificuldades psicológicas, através de emoções negativas vividas e dificuldades financeiras. Os cuidadores usam como principal estratégia de coping a fuga ao problema (67%), emoções negativas (22%) e apenas 11% aceita o problema. Quanto ao contributo dos profissionais de saúde, percebidos pelo cuidador informal na sua preparação para o cuidar, a maioria referenciou uma parceria de cuidados não vivida, com ausência de planeamento de alta (78%) e com desconhecimento das suas necessidades (100%). Os enfermeiros (segundo os cuidadores) não contribuíram na preparação para o cuidar. Como necessidades educativas surgem: fatores básicos sobre a doença mental; lidar com os sintomas do doente; aumentar o funcionamento social do doente e recursos/apoios comunitários. Podemos concluir, que os cuidadores sentem que os serviços de saúde mental não lhes dão o apoio de que necessitam, esperando dos profissionais de saúde/enfermeiros mais informação tendo em conta as suas necessidades como cuidadores. Em função dos dados obtidos, propõe-se que haja uma evolução no sentido de gerar parcerias no cuidar com os cuidadores informais. Deste modo, pretende-se suscitar uma reflexão sobre os cuidados numa área cheia de desafios que implica mais e melhores competências para o enfermeiro - a área da psicoeducação.
- Percepção do cuidador informal acerca do cuidar o doente com esquizofreniaPublication . Pereira, António Manuel Santos; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.Introdução: A família sente vários tipos de dificuldades no cuidar o doente mental no domicílio. O conhecimento desta realidade é fundamental para melhorar a qualidade dos cuidados prestados. Neste trabalho identificamos aspectos, em que todos podem contribuir, para uma melhoria da saúde do doente e família. Objectivo: - Conhecer a opinião do cuidador informal quanto ao preconceito da esquizofrenia, no que se relaciona ao seu familiar; Saber se o cuidador informal já vivenciou sentimentos de preconceito da sociedade em geral, por ter um familiar com esquizofrenia; Verificar se o doente mental é agressivo para o cuidador informal; Saber se o cuidador informal compreende a sintomatologia apresentada pelo doente mental; Perceber se cuidar o doente mental provoca sobrecarga física, financeira e emocional ao cuidador informal. Métodos: Estudo de caso, qualitativo, de natureza fenomenológica. A amostra é constituída por um prestador de cuidados informal. A colheita de dados é feita através de uma entrevista semi-estruturada, sendo realizadas questões relativas ao cuidar o doente com esquizofrenia, especificamente a percepção acerca da sintomatologia, a sobrecarga familiar e o preconceito. Resultados: Verificamos que o cuidador informal, procura informar-se acerca da doença, demonstrou conhecer a sintomatologia apresentada pelo doente, referiu já ter sido agredido verbal e fisicamente pelo doente, identificou a incurabilidade e a perigosidade como únicos aspectos relativos ao preconceito da esquizofrenia e reconheceu o prejuízo nas relações sociais e de lazer, a interacção familiar com o doente e a preocupação com o futuro, como factores de sobrecarga familiar. Conclusão: Cuidar do doente com esquizofrenia causa sobrecarga física e emocional ao cuidador informal e a este, está também associado um elevado risco e mesmo situações de agressividade verbal e física por parte do doente. Palavras-chave: Esquizofrenia, cuidador informal, sobrecarga familiar, preconceito.