RE - Série 2, n.º 01 especial: (2016)
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- Gerir a febre em crianças: Conhecimentos e práticas dos paisPublication . Santos, Margarida; Casanova, Celina; Prata, Paula; Bica, I.Introdução: a febre é um dos sintomas mais comuns na infância e uma das queixas e razões mais habituais na procura de serviços de saúde.Objetivo: analisar os conhecimentos e as práticas dos pais, com filhos menores de seis anos, na gestão de sintomas da febre.Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo, com uma amostra de conveniência. Colheita de dados por questionário, no norte de Portugal.Resultados: amostra constituída por 145 pais, com idades entre 21 e 47 anos, 46.9% tinham o ensino superior. A maioria usava termómetro eletrónico associado ao toque para avaliar a febre e considerava valores abaixo de 38ºC como febre, 31.2% assumiram dar antipiréticos, ao filho, com valores entre 37ºC e 37.8ºC. A medicação antipirética era a intervenção preferida pela maioria dos pais. Em associação recorriam a intervenção não farmacológica, sendo a mais utilizada a diminuição da quantidade de roupa. Os pais acreditavam que a febre não tratada era capaz de causar meningite, coma, atraso mental e até mesmo morte.Conclusões: os resultados mostram uma clara falta de conhecimento dos pais sobre como cuidar de uma criança com febre: consideram valores relativamente baixos de temperatura corporal como febre e como valor de referência para a administração de antipirético e têm crenças erróneas sobre as consequências da febre na saúde das crianças. As intervenções de educação para a saúde dirigidas aos pais são necessárias para os ensinar a gerir eficazmente os sintomas da febre em crianças.
- Conhecimentos das mães face à amamentação: relação com variáveis sociodemográficasPublication . Andrade, Laurentina; Aparício, Graça; Duarte, JoãoIntrodução: Apesar do investimento na promoção, proteção e apoio à amamentação, reconhece-se a necessidade de maior investimento para que os indicadores preconizados pela OMS possam ser atingidos.Objetivo: Avaliar os conhecimentos das mães sobre a amamentação e sua relação com variáveis sociodemográficas.Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e de corte transversal, conduzido numa amostra não probabilística de 100 mães de lactentes até 1 ano de vida. A recolha de dados foi obtida por um questionário composto pela caraterização sociodemográfica e pelo autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação.Resultados: Revelaram ter bons conhecimentos sobre amamentação 39% das mães e 32% foram classificadas com fracos conhecimentos, admitindo 93% a importância do início da amamentação na primeira hora de vida do bebé e 28% que esta deve ser exclusiva até aos 6 meses, apesar de apenas 45% assinalarem as vantagens para o bebé. O conhecimento da composição do leite materno, proteção imunológica e identificação dos sinais de pega correta foram assinalados por 83% das mães. Os conhecimentos foram mais elevados nas mães com mais habilitações literárias, com idade entre 26-36 anos, casadas e a residirem em meio rural, porém apenas significativos face às habilitações literárias.Conclusões: Se a promoção, proteção e apoio à amamentação tem reconhecido um grande investimento no decurso destes anos, admitimos, face aos resultados do estudo, a necessidade de se adequar a (in)formação ao contexto sociocultural das mães.
- Estudo de validação da escala Satisfação da criança com a consulta de enfermagem da diabetesPublication . Pires, Anabela; Aparício, Graça; Duarte, JoãoIntrodução: A implementação da qualidade nos hospitais tem estimulado a avaliação da satisfação dos utentes, pelo que o uso de instrumentos validados é de extrema importância.Objetivo: Validar a escala “Satisfação da criança com a consulta de enfermagem da diabetes”.Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, em amostra não probabilística de 135 crianças, média de idades de 13.45 anos (Dp= 2.83), utilizadoras da consulta de diabetes em 6 hospitais públicos portugueses. Utilizou-se uma adaptação da Escala de Satisfação dos Utentes com a Consulta de Enfermagem da Diabetes (Chaves, et al., 2012) e foi efetuado o seu estudo psicométrico da escala.Resultados: A solução fatorial final apresentou 13 itens distribuídos por 3 fatores (Avaliação inicial, Orientações e Relação/ Comunicação) que explicam 49.95% da variância total. Os índices de ajustamento global configuraram-se como bons. A escala mostrou fiabilidade de constructo apropriada com fiabilidade compósita superior a 0.70 e validade convergente razoável (aproximadamente 0.50). O coeficiente alfa Cronbach global revelou-se bom (α= 0.847).Conclusões: Os resultados do estudo psicométrico permitem considerar esta escala como um instrumento adequado para utilizar em estudos deste âmbito.
- Parentalidade, incapacidade e satisfação com o suporte socialPublication . Silveira, Rosana; Felizardo, Sara; Alves, Ana BertaIntrodução: No quadro das grandes questões sobre as pessoas adultas com incapacidade, constatamos que são escassos os estudos sobre a vida familiar e, especificamente, sobre as potencialidades e dificuldades no exercício da parentalidade, bem como a relevância do suporte social neste domínio.Objetivo: analisar os resultados da autoeficácia parental e do suporte social em progenitores com incapacidade, bem como as relações entre estas variáveis, com o intuito de delinear estratégias de intervenção familiar. Métodos: estudo exploratório e descritivo, tendo-se utilizado uma amostra não probabilística e de conveniência, composta por 30 progenitores com incapacidades sensoriais. Os instrumentos de recolha foram a “Escala de Autoeficácia parental” (Brites, 2010), a “Escala de Satisfação com o Suporte Social” (Ribeiro, 2011) e um questionário com questões de natureza sociodemográfica.Resultados: Em relação à autoeficácia dos progenitores e as suas dimensões, verificou-se que os resultados são mais baixos em comparação com os resultados obtidos em estudos com amostras de progenitores sem incapacidade. No que diz respeito à satisfação com o suporte social, os valores foram elevados, sobretudo, na dimensão de satisfação com o apoio da família. Também foram encontradas correlações positivas e significativas entre os resultados globais e parciais da autoeficácia e da satisfação com o suporte social.Conclusões: As análises apresentadas sugerem que esta linha de investigação sobre questões relativas ao direito de uma vida familiar plena necessita de um maior aprofundamento, nomeadamente, conhecer as barreiras e delinear estratégias de apoio socioeducativo para facilitar a autodeterminação das pessoas com incapacidade.
- Saúde das famílias imigrantes: estratégias pedagógicas na formação em enfermagemPublication . Reis, Alcinda; Spínola, AnaIntrodução: A prática clínica dos enfermeiros com famílias imigrantes apresenta dificuldades na promoção da sua saúde; esta constatação despoleta a necessidade de estratégias pedagógicas na formação em Enfermagem para a construção das competências culturais nos estudantes. Na investigação desenvolvida identificaram-se elementos facilitadores da comunicação e da avaliação inicial das famílias, promotores da adesão e continuidade aos cuidados.Objetivo: analisar a construção de competências culturais nos estudantes do 1º ciclo, partindo de situações estímulo em sala de aula – narrativas de enfermeiros. Métodos: estudo qualitativo e etnográfico; técnicas de recolha de dados: narrativas, observação participante, grupos de discussão e entrevistas. Mobilizou-se o estudo de caso-análise em contexto de sala de aula, enquadrado por narrativas produzidas por enfermeiros – situações-estímulo. Utilizou-se instrumento de colheita de dados para avaliação de pessoa/família imigrante, sugerido por Campinha-Bacote (2011) – LEARN (Listen, Explain, Acknowledge, Recommend, Negociate), para a sua análise e discussão.Resultados: Aprendizagens na intervenção com famílias – valores, costumes, crenças e práticas de saúde, para a tomada de decisão e resolução de problemas.Conclusões: As estratégias pedagógicas revelaram-se facilitadoras das competências culturais nos estudantes, fornecendo orientações e objetivos para o ensino teórico e clínico na promoção da saúde com famílias imigrantes.
- A Experiência Vivida de Mulheres Toxicodependentes no Período Pós PartoPublication . Henriques, Carolina; Botelho, Maria Antónia; Catarino, HelenaIntrodução: A maternidade é um dos eventos mais marcante e critico na vida das mulheres. De forma mais ou menos desejada, mais ou menos planeada, ser-se mãe reveste-se de tamanha particularidade a que os profissionais de saúde devem estar especialmente atentos.Métodos: Realizamos um estudo fenomenológico e interpretativo. As participantes foram selecionados de forma intencional. Realizadas 14 entrevistas fenomenológicas com uma abordagem não estruturada. Recorremos aos pressupostos processuais de Van Manen (1990) para análise dos dados.Resultados: Os achados obtidos indicam-nos que as mulheres participantes no nosso estudo percecionam a capacidade intencional de cuidarem dos seus filhos, associando-se uma forte ligação e vinculação aos seus filhos, fazendo-as sentirem-se como mães. Se a historia de vida passada ainda é muito presente nestas mulheres, há como que uma necessidade de o esquecer, permitindolhes terem a capacidade de se projetarem num futuro. Referindo-nos muitas vezes o estigma social que carregam em relação à capacidade de serem ‘boas’ mães, estas mulheres parecem ansiar por um maior apoio quer por parte dos profissionais, quer por parte das instituições.Conclusões: Concluímos que parece ser determinante o desenvolvimento de programas de apoio e projetos de intervenção junto destas mulheres, com vista à sua reabilitação e capacitação.
- Projeto de Intervenção Educativa - R.E.D. BULL (ying)Publication . Gomes, José; Mendes, Andreia; Conceição, Bibiana; Machado, Melanie; Claro, Maria Fátima; Seixo, LuísIntrodução: É na adolescência que os jovens se deparam com o sentimento de ameaça da sua identidade, o que pode despoletar comportamentos agressivos (Hernández, 2013). O bullying é uma forma de violência escolar que tem vindo a apresentar uma elevada prevalência (Andrade, 2012).Objetivo: Aumentar o nível de literacia para a saúde da comunidade escolar (alunos e docentes) relativamente ao bullying e desenvolver o projeto em todas as turmas do 5º ao 9º ano, incluindo os docentes, numa escola do concelho da Figueira da Foz.Métodos: A população alvo é constituída por 203 alunos do 5º ao 9º ano e 13 docentes. É um estudo transversal de investigaçãoação, tendo sido aplicado um questionário de diagnóstico e realizadas sessões de educação para a saúde, avaliadas à posteriori através da aplicação de um novo questionário.Resultados: 93,1% dos estudantes identificaram o que fazer numa situação de bullying, destes, 62,6% afirmaram chamar um adulto; 95,1% sabiam o que era o bullying, 56,8% associaram o conceito à agressão física e 92,6% conheciam os tipos de bullying, dos quais o bullying físico (71,9%) e o bullying verbal (69,5%) foram os tipos mais mencionados. Dos docentes inquiridos, 77% nunca vivenciou nenhuma situação de bullying.Conclusões: Os alunos adquiriram novos saberes no que diz respeito às questões: “Numa situação de agressão o que fazes?”, “Sabes o que é o bullying?”, “O que é o bullying?” “Conheces os tipos de bullying?” e “Quais são os tipos de bullying?”.
- Experiências dos cuidadores sobre a dor na criançaPublication . Silva, Isabel; Silva, Ernestina; Carvalhais, Maribel; Silva, DanielIntrodução: O alívio da dor é uma das maiores preocupações dos cuidadores das crianças (Rossato, Angelo & Silva, 2007). Apesar dos indicadores comportamentais que os cuidadores identificam, existem ainda algumas dificuldades para a avaliação e adoção de medidas de alívio da dor na criança (Bernardes & Castro, 2010).Objetivo: Identificar as experiências dos cuidadores face à dor na criança que recorre ao serviço de urgências.Métodos: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo e fenomenológico, numa amostra de 16 cuidadores de crianças com idades entre os 3 e os 10 anos, que recorreram ao Serviço de Urgências Pediátricas de um Centro Hospitalar da Zona Centro de Portugal, entre fevereiro e março de 2016, por situação de dor. Utilizamos a entrevista semiestruturada e efetuamos análise de conteúdo.Resultados: A dor musculosquelética e a relacionada com otorrinolaringologia são apontadas como motivo de ida à urgência por 44.1% dos pais. As queixas álgicas e as alterações de movimentos e posturas corporais são os significados de dor que os pais mais referem (31.5%). As medidas farmacológicas foram referidas em 69.3%, sendo a combinação destas e das medidas não farmacológicas referidas por 25.2%. Apuramos que 50% dos cuidadores não têm informação suficiente para administrar medicação à criança com dor.Conclusões: Com o estudo ficamos a compreender as experiências dos pais no cuidar da criança com dor. É necessário melhorar a capacitação dos pais nos processos de transição à doença e aumentar o nível de literacia sobre a dor, dando maior ênfase ao papel do enfermeiro nestas áreas.
- Valores de vida em estudantes do ensino superior envolvidos em educação pelos paresPublication . Corte, Agostinha; Brito, IrmaIntrodução: A Educação pelos Pares é uma estratégia de duplo empowerment que, utilizada na educação para a saúde, pode beneficiar tanto o educador como o educando.Objetivo: Explorou-se a relação entre a atribuição de importância aos valores de vida e as características sociodemográficas, os estilos de vida, o sentido de coerência interna e a auto estima.Métodos: Estudo qualitativo e quantitativo e recolha de dados por questionário de autopreenchimento a uma amostra de 396 participantes. 48.0% da amostra Já realizou voluntariado consideraram importante ter simpatia, ser comunicativo, ter responsabilidade e vontade facilitava as intervenções; as dificuldades eram falta de tempo, a insegurança e timidez. Os Valores de Vida mais pontuados foram a Responsabilidade e Preocupação com os outros. Para a autoestima e o sentido de coerência revelaram resultados com níveis elevados sem diferença estatisticamente significativa. Nos estilos de vida, o padrão de consumo de bebidas alcoólicas em contextos recreativos e comportamentos de adesão a proteção sexual, verificou-se forte associação com os valores de vida Saúde e atividade física e Humildade. Estes resultados evidenciam que quanto mais comportamentos de risco menor é a preocupação com a saúde; e que quanto maior o sentido de responsabilidade e de preocupação com os outros e com a família, menores são os comportamentos de risco.Conclusões: Os resultados desta investigação apontam para incluir na formação de educadores de pares reflexões sobre valores de vida como uma estratégia para uma maior auto-suficiência, resiliência e responsabilidade pessoal e social e ainda para que se sintam mais confiantes em intervenções no terreno.
- A abstinência e o consumo de álcool entre escolares: a influência das esferas pessoal, familiar e socio-culturalPublication . Bonito, Jorge; Boné, MaraIntrodução: Entre os jovens, o uso regular ou abusivo do álcool parece aliar-se a fatores individuais, em ambiente social. O consumo de bebidas alcoólicas, nas faixas etárias mais jovens, segundo o World Development Report, vai além dos 60%.Objetivo: Este estudo pretendeu conhecer as influências pessoais, dos familiares, do grupo de pertença e do meio escolar, sobre os hábitos de abstinência e de consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens.Métodos: Investigação de carácter qualitativo, com recurso a entrevistas compreensivas semiestruturadas, desenvolvido numa escola do distrito de Évora, Portugal. A amostra é constituída por 10 alunos do 8º ano de escolaridade, cinco não consumidores e cinco consumidores.Resultados: A experimentação acontece entre os 12-14 anos de idade em consequência da curiosidade, motivação explícita ou tácita, para “dar estilo”, do ambiente, da diversão e da observação de comportamentos. Entre os efeitos da ingestão indicados como motivadores ao consumo destaca-se o atingir estados de alegria e boa disposição. Os familiares tendem a incentivar a ingestão moderada em ocasiões festivas. Os elementos do grupo de pertença tendem a motivar, de forma explícita, à ingestão, entre os alunos consumidores.Conclusões: A ingestão de bebidas alcoólicas entre os jovens sofre as influências pessoal, familiar e do grupo de pertença. As iniciativas desenvolvidas na escola tendem a não surtir efeito.
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