RE - Série 2, n.º 01 especial: (2016)
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- A abstinência e o consumo de álcool entre escolares: a influência das esferas pessoal, familiar e socio-culturalPublication . Bonito, Jorge; Boné, MaraIntrodução: Entre os jovens, o uso regular ou abusivo do álcool parece aliar-se a fatores individuais, em ambiente social. O consumo de bebidas alcoólicas, nas faixas etárias mais jovens, segundo o World Development Report, vai além dos 60%.Objetivo: Este estudo pretendeu conhecer as influências pessoais, dos familiares, do grupo de pertença e do meio escolar, sobre os hábitos de abstinência e de consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens.Métodos: Investigação de carácter qualitativo, com recurso a entrevistas compreensivas semiestruturadas, desenvolvido numa escola do distrito de Évora, Portugal. A amostra é constituída por 10 alunos do 8º ano de escolaridade, cinco não consumidores e cinco consumidores.Resultados: A experimentação acontece entre os 12-14 anos de idade em consequência da curiosidade, motivação explícita ou tácita, para “dar estilo”, do ambiente, da diversão e da observação de comportamentos. Entre os efeitos da ingestão indicados como motivadores ao consumo destaca-se o atingir estados de alegria e boa disposição. Os familiares tendem a incentivar a ingestão moderada em ocasiões festivas. Os elementos do grupo de pertença tendem a motivar, de forma explícita, à ingestão, entre os alunos consumidores.Conclusões: A ingestão de bebidas alcoólicas entre os jovens sofre as influências pessoal, familiar e do grupo de pertença. As iniciativas desenvolvidas na escola tendem a não surtir efeito.
- Apoio Psicológico no Ensino Superior: o Serviço de Psicologia do Instituto Politécnico de ViseuPublication . Cordeiro, Leandra; Amante, Maria JoãoIntrodução: O foco da intervenção psicológica em contexto universitário tem sofrido alterações ao longo do tempo, centrando-se hoje, para além das questões vocacionais e de gestão de carreira, nas vicissitudes ligadas ao desenvolvimento pessoal e ao bem estar intrasubjetivo.Objetivo: descrever e analisar a atividade do Serviço de Psicologia do Instituto Politécnico de Viseu, no período de 2010 a 2015.Métodos: Análise descritiva dos pedidos recebidos no SEP (53), num total de 912 consultas prestadas, identificando género, idade, naturalidade, unidade orgânica, motivo do pedido e principais dificuldades.Resultados: Os estudantes que pedem ajuda são maioritariamente estudantes do sexo feminino (59%), que se encontram deslocados da sua terra natal, permanecendo em Viseu para estudar. Os principais motivos para o pedido de consulta são problemas de ansiedade (41%) e afeto depressivo (21%). No entanto, preocupações com o desempenho académico (15%) e outros problemas afetivos (11%) encetam este pedido de ajuda.Conclusões: Os indicadores clínicos remetem-nos para uma problemática desenvolvimental, com questões ligadas ao momento de transição para a idade adulta (com a exposição de fragilidades anteriores e a ampliação de ansiedades futuras), o que demosntra a pertinência do serviço na promoção da saúde dos estudantes por forma a potenciar competências académicas e a permitir a consolidação de um trajeto futuro.
- A Automedicaçao nos alunos da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de BragançaPublication . Castro, Cristiana; Martins, Joana; Nunes, José; Sousa, Filomena; Antão, CelesteIntrodução: a automedicação é um fenómeno mais ou menos frequente e usado há muitos anos e a sua incidência e distribuição é relatada por organizações de saúde. Na opinião de Medeiros (2011) esta prática consiste no consumo de medicamentos com o objetivo de tratar e aliviar sintomas de doença bem como promover a saúde sem recurso à prescrição médica.Métodos: trata-se de um estudo quantitativo, observacional descritivo e transversal. Foi usado um questionário construído para o efeito.Objetivo: Avaliar se a automedicação é uma prática usada pelos estudantes da Escola Superior de Saúde (ESSa) do Instituto Politécnico de Bragança e identificar ainda os motivos que levam a esta prática. A amostra foi constituída por 219 estudantes da ESSa. Para a análise dos dados utilizou-se o programa excel.Resultados: a prevalência da automedicação foi de 98%. Os medicamentos mais usados,analgésicos e antipiréticos com respostas de 86%. A razão mais apontada para o recurso a prática da automedicação foi um “problema de saúde ligeiro” (79,5). Foi considerada uma prática de risco por 77% dos estudantes.Conclusões: a automedicação é uma prática evidente nos alunos ESSa. Estes resultados revelam alguma contradição e preocupação na medida em que apesar dos estudantes reconhecerem ser uma prática arriscada ela é praticada por muitos dos inquiridos.
- Conhecimentos das mães face à amamentação: relação com variáveis sociodemográficasPublication . Andrade, Laurentina; Aparício, Graça; Duarte, JoãoIntrodução: Apesar do investimento na promoção, proteção e apoio à amamentação, reconhece-se a necessidade de maior investimento para que os indicadores preconizados pela OMS possam ser atingidos.Objetivo: Avaliar os conhecimentos das mães sobre a amamentação e sua relação com variáveis sociodemográficas.Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e de corte transversal, conduzido numa amostra não probabilística de 100 mães de lactentes até 1 ano de vida. A recolha de dados foi obtida por um questionário composto pela caraterização sociodemográfica e pelo autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação.Resultados: Revelaram ter bons conhecimentos sobre amamentação 39% das mães e 32% foram classificadas com fracos conhecimentos, admitindo 93% a importância do início da amamentação na primeira hora de vida do bebé e 28% que esta deve ser exclusiva até aos 6 meses, apesar de apenas 45% assinalarem as vantagens para o bebé. O conhecimento da composição do leite materno, proteção imunológica e identificação dos sinais de pega correta foram assinalados por 83% das mães. Os conhecimentos foram mais elevados nas mães com mais habilitações literárias, com idade entre 26-36 anos, casadas e a residirem em meio rural, porém apenas significativos face às habilitações literárias.Conclusões: Se a promoção, proteção e apoio à amamentação tem reconhecido um grande investimento no decurso destes anos, admitimos, face aos resultados do estudo, a necessidade de se adequar a (in)formação ao contexto sociocultural das mães.
- Estudo da Osteoporose em mulheres portuguesas com mais de 50 anos: Análise dos fatores de risco e adesão à terapêuticaPublication . Carvalho, Maria João; Moreira, Fernando; Pinho, Cláudia; Cruz, AgostinhoIntrodução: A osteoporose é uma doença caraterizada por baixa densidade óssea. Em Portugal cerca de 500 mil pessoas sofrem da patologia. Para a implementação de tratamento é necessária a medição da densidade óssea e a avaliação dos fatores de risco. Devido ao caráter assintomático da patologia os pacientes não aderem corretamente à medicação, possuindo um risco aumentado de fratura e comorbilidades associadas.Objetivo: O estudo teve como objetivos avaliar a relação entre diferentes variáveis e a prevalência de osteoporose e avaliar a adesão à terapêutica em doentes medicados.Métodos: No estudo foram incluídas mulheres com idade igual ou superior a 50 anos (n=107). A recolha de dados foi feita por questionário e foi realizada a medição da densidade óssea por Ultrassonometria Quantitativa do Calcâneo.Resultados: Após a medição da densidade óssea, 43.9% das mulheres apresentavam densidade óssea normal, 37.4% osteopenia e 18.7% osteoporose. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre a idade (p=0.000), a menopausa (p=0.013) e o T-score. As inquiridas que tomavam bifosfonatos, utentes idosas e com períodos de terapêutica superior a 6 meses apresentavam taxas de incumprimento mais elevadas.Conclusões: A idade, a menopausa e o histórico familiar de osteoporose são fatores de risco para o desenvolvimento da patologia. A idade e o tempo de tratamento levam a uma menor adesão à terapêutica.
- Estudo de validação da escala Satisfação da criança com a consulta de enfermagem da diabetesPublication . Pires, Anabela; Aparício, Graça; Duarte, JoãoIntrodução: A implementação da qualidade nos hospitais tem estimulado a avaliação da satisfação dos utentes, pelo que o uso de instrumentos validados é de extrema importância.Objetivo: Validar a escala “Satisfação da criança com a consulta de enfermagem da diabetes”.Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, em amostra não probabilística de 135 crianças, média de idades de 13.45 anos (Dp= 2.83), utilizadoras da consulta de diabetes em 6 hospitais públicos portugueses. Utilizou-se uma adaptação da Escala de Satisfação dos Utentes com a Consulta de Enfermagem da Diabetes (Chaves, et al., 2012) e foi efetuado o seu estudo psicométrico da escala.Resultados: A solução fatorial final apresentou 13 itens distribuídos por 3 fatores (Avaliação inicial, Orientações e Relação/ Comunicação) que explicam 49.95% da variância total. Os índices de ajustamento global configuraram-se como bons. A escala mostrou fiabilidade de constructo apropriada com fiabilidade compósita superior a 0.70 e validade convergente razoável (aproximadamente 0.50). O coeficiente alfa Cronbach global revelou-se bom (α= 0.847).Conclusões: Os resultados do estudo psicométrico permitem considerar esta escala como um instrumento adequado para utilizar em estudos deste âmbito.
- A Experiência Vivida de Mulheres Toxicodependentes no Período Pós PartoPublication . Henriques, Carolina; Botelho, Maria Antónia; Catarino, HelenaIntrodução: A maternidade é um dos eventos mais marcante e critico na vida das mulheres. De forma mais ou menos desejada, mais ou menos planeada, ser-se mãe reveste-se de tamanha particularidade a que os profissionais de saúde devem estar especialmente atentos.Métodos: Realizamos um estudo fenomenológico e interpretativo. As participantes foram selecionados de forma intencional. Realizadas 14 entrevistas fenomenológicas com uma abordagem não estruturada. Recorremos aos pressupostos processuais de Van Manen (1990) para análise dos dados.Resultados: Os achados obtidos indicam-nos que as mulheres participantes no nosso estudo percecionam a capacidade intencional de cuidarem dos seus filhos, associando-se uma forte ligação e vinculação aos seus filhos, fazendo-as sentirem-se como mães. Se a historia de vida passada ainda é muito presente nestas mulheres, há como que uma necessidade de o esquecer, permitindolhes terem a capacidade de se projetarem num futuro. Referindo-nos muitas vezes o estigma social que carregam em relação à capacidade de serem ‘boas’ mães, estas mulheres parecem ansiar por um maior apoio quer por parte dos profissionais, quer por parte das instituições.Conclusões: Concluímos que parece ser determinante o desenvolvimento de programas de apoio e projetos de intervenção junto destas mulheres, com vista à sua reabilitação e capacitação.
- Experiências dos cuidadores sobre a dor na criançaPublication . Silva, Isabel; Silva, Ernestina; Carvalhais, Maribel; Silva, DanielIntrodução: O alívio da dor é uma das maiores preocupações dos cuidadores das crianças (Rossato, Angelo & Silva, 2007). Apesar dos indicadores comportamentais que os cuidadores identificam, existem ainda algumas dificuldades para a avaliação e adoção de medidas de alívio da dor na criança (Bernardes & Castro, 2010).Objetivo: Identificar as experiências dos cuidadores face à dor na criança que recorre ao serviço de urgências.Métodos: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo e fenomenológico, numa amostra de 16 cuidadores de crianças com idades entre os 3 e os 10 anos, que recorreram ao Serviço de Urgências Pediátricas de um Centro Hospitalar da Zona Centro de Portugal, entre fevereiro e março de 2016, por situação de dor. Utilizamos a entrevista semiestruturada e efetuamos análise de conteúdo.Resultados: A dor musculosquelética e a relacionada com otorrinolaringologia são apontadas como motivo de ida à urgência por 44.1% dos pais. As queixas álgicas e as alterações de movimentos e posturas corporais são os significados de dor que os pais mais referem (31.5%). As medidas farmacológicas foram referidas em 69.3%, sendo a combinação destas e das medidas não farmacológicas referidas por 25.2%. Apuramos que 50% dos cuidadores não têm informação suficiente para administrar medicação à criança com dor.Conclusões: Com o estudo ficamos a compreender as experiências dos pais no cuidar da criança com dor. É necessário melhorar a capacitação dos pais nos processos de transição à doença e aumentar o nível de literacia sobre a dor, dando maior ênfase ao papel do enfermeiro nestas áreas.
- Gerir a febre em crianças: Conhecimentos e práticas dos paisPublication . Santos, Margarida; Casanova, Celina; Prata, Paula; Bica, I.Introdução: a febre é um dos sintomas mais comuns na infância e uma das queixas e razões mais habituais na procura de serviços de saúde.Objetivo: analisar os conhecimentos e as práticas dos pais, com filhos menores de seis anos, na gestão de sintomas da febre.Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo, com uma amostra de conveniência. Colheita de dados por questionário, no norte de Portugal.Resultados: amostra constituída por 145 pais, com idades entre 21 e 47 anos, 46.9% tinham o ensino superior. A maioria usava termómetro eletrónico associado ao toque para avaliar a febre e considerava valores abaixo de 38ºC como febre, 31.2% assumiram dar antipiréticos, ao filho, com valores entre 37ºC e 37.8ºC. A medicação antipirética era a intervenção preferida pela maioria dos pais. Em associação recorriam a intervenção não farmacológica, sendo a mais utilizada a diminuição da quantidade de roupa. Os pais acreditavam que a febre não tratada era capaz de causar meningite, coma, atraso mental e até mesmo morte.Conclusões: os resultados mostram uma clara falta de conhecimento dos pais sobre como cuidar de uma criança com febre: consideram valores relativamente baixos de temperatura corporal como febre e como valor de referência para a administração de antipirético e têm crenças erróneas sobre as consequências da febre na saúde das crianças. As intervenções de educação para a saúde dirigidas aos pais são necessárias para os ensinar a gerir eficazmente os sintomas da febre em crianças.
- Nível de sobrecarga subjetiva em cuidadores formais de idosos institucionalizadosPublication . Calha, António; Chambel, DanielaIntrodução: Vários estudos têm demonstrado que a experiência de cuidador pode ser encarada como um fator crónico de stress para aqueles que prestam cuidados a idosos. Existem, no entanto, poucos estudos sobre sobrecarga de cuidadores em contextos formais de prestação de cuidados.Objetivo: Identificar o impacto do cuidado a idosos na sobrecarga de cuidadores profissionais.Métodos: Trata-se de uma investigação quantitativa, descritiva e correlacional com 52 participantes de dois lares de idosos do distrito de Portalegre. Para avaliar o nível de sobrecarga foi utilizada uma versão adaptada da escala de Zarit de Sobrecarga do Cuidador.Resultados: O nível de sobrecarga subjetiva é relativamente elevado entre os cuidadores formais de idosos incluídos na amostra, situandose a média em 2,31 (numa escala que varia entre 0, correspondente ao nível mais baixo de sobrecarga possível, e 4 correspondente ao nível mais elevado). Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas (t(50)=1.401; p=0.167) entre homens (M=2,15) e mulheres (M=2,34). Da mesma forma, não foram identificadas correlações estatisticamente significativas entre o nível de sobrecarga e a idade do cuidador (r=-0.102; p=0.475) e o número de filho(a)s r=0.111; p=0.433.Conclusões: Estes resultados indiciam que a natureza do trabalho com idosos pode constituir uma variável independente na relação com o nível de sobrecarga. São necessário mais estudos que analisem a relação entre o nível subjetivo de sobrecarga e as características específicas dos contextos formais de prestação de cuidados a idosos.
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