RE - Número 05 - Janeiro de 1997
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- Ensaio de portugalidade em terras africanas durante a governação d´el-rei D. Sebastião D. Francisco Barreto em Moçambique e na região do MonomotapaPublication . Branco, Alberto Manuel VaraD. Francisco Barreto em Terras de Além-Mar. A criação das bases para a operacionalidade económico-social dos portugueses na região de Monomotapa, que corresponde genéricamente ao actual Zimbabwe. Com este empreendimento, o nosso Rei D. Sebastião lança os alicerces da colonização portuguesa na África Oriental a partir de Moçambique, onde a acção missionária dos Jesuítas se fez sentir com bastante eficiência e poder.
- Formação contínua no mercado regional de empregoPublication . Baptista, RuiA criação de valor é apontada como sendo o primeiro objectivo da actividade empresarial. Porém, tal objectivo exige das empresas capacidade de inovação e adaptação, em tempo útil, às novas realidades tecnológicas, económicas e sociais. Neste contexto de mudança o desenvolvimento dos recursos humanos é considerado como uma peça chave na estratégia global da empresa. O sucesso empresarial é cada vez mais dependente de novos conhecimentos e novas competências profissionais. Assim, a formação profissional e a formação escolar são hoje consideradas factor fundamental da promoção do sucesso empresarial, da valorização das pessoas e do desenvolvimento sócio-económico pelo que na sociedade tanto a empresa como a escola se assumem como importantes instituições produtoras de conhecimento e como principais protagonistas dos processos de mudança. Esta mudança exige que os velhos conhecimentos tenham que ser permanentemente enriquecidos com a aquisição de novas competências profissionais.
- O desafio linguístico na nova Europa: o novo discurso pedagógico na relação escolaPublication . Correia, Maria José M. SáA primeira parte deste trabalho analisa o novo desafio linguístico desenhado no quadro da Comunidade Europeia, no respeitante à optimização do ensino das Línguas, à sua rentabilização e ao estabelecimento de códigos de prática pedagógica efectiva que permitam a colaboração na investigação e cooperação entre Centros de Língua do Ensino Superior, numa relação estreita com o Conselho da Europa e as políticas linguísticas por ele advogadas. Dentro desta política salientaremos a promoção da comunicação e cooperação internacional que facilitará a mobilidade de recursos humanos e a troca de ideias, assim como a preservação e desenvolvimento da diversidade cultural e linguística no espaço europeu. Na segunda parte tentaremos abordar, no contexto da CERCLES (Confédération Européene des Centres de Langues dans l'Enseignment Supérieur), a problemática ligada à actuação dos Centros de Língua e do CIELV (Centro de Investigação e Ensino de Línguas de Viseu), na dependência do ISPV, e os desafios que se lhe deparam na ligação Escola-Empresa.
- A orientação escolar e profissional numa dimensão europeiaPublication . Pinho, Maria de Fátima D. A.O progresso técnico e científico, a mundialização da economia e a sociedade da informação, são fenómenos que operam rápidas e profundas mudanças na sociedade actual. A pressão crescente em termos de competitividade dentro da União Europeia e a nível internacional requer, por parte dos sistemas económicos Europeus, qualidade, inovação e capacidade de antecipar mudanças. Não estar preparado para enfrentar as permanentes mudanças contextuais da sociedade actual significa pagar um preço muito elevado: o desemprego e a exclusão social. O combate a estes dois flagelos pressupõe adequação entre oferta e procura no mercado de emprego, o que implica que os indivíduos sejam dotados de qualificações e competências que lhes permitam acompanhar o ritmo das transformações do mercado de emprego e da sociedade em geral. À Orientação Escolar e Profissional cabe o papel de garantir uma adaptação equilibrada entre formação e inserção na vida activa, contribuindo para a requalificação da mão de obra desempregada e complementando o trabalho desenvolvido pelos sistemas de ensino no sentido de proporcionar as qualificações adequadas aos jovens que se encontram nesses sistemas. Deste modo, a actuação dos sistemas de Orientação Escolar e Profissional deve ser repensada e adaptada, de forma a que estes sistemas possam de facto contribuir para uma plena integração social dos cidadãos.
- O ensino superior e o mercado de trabalhoPublication . Fernandes, Luís RodriguesEste ensaio reproduz parte das opiniões expressas no artigo "Employment and Work of British and German Graduates", da autoria de John Brennan, Stina Lyon, Harald Schomburg e Ulrich Teichler (1) sobre a influência do ensino no percurso profissional dos diplomados. Foram tidos em conta outras abordagens à mesma problemática, como a de Christopher Jenks no seu livro "Inequality" (2) e a experiência pessoal do autor.
- Ensino Superior e as Empresas: a perspectiva da CCRCPublication . Reis, JoséAs relações entre o ensino superior e as empresas são, em geral, apreciadas num quadro relativamente simplista, dicotómico e normativo. Usa-se a imagem da "aproximação" querendo com isso significar sobretudo que o ensino superior tem de (deve) aproximar-se do mundo empresarial, abandonando uma posição supostamente longínqua e dirigindo-se para um lugar onde já deveria estar há muito. Do mesmo modo, a ideia de aproximação, ao mesmo tempo que é apenas um movimento de "deslocação" de uma das partes (o ensino superior), traz também consigo a convicção de que as empresas são o mundo onde está a prática, o concreto, o modo certo e moderno de fazer as coisas. As empresas representariam a norma a que o ensino superior se deverá adaptar.
- O marketing e a escola: um exemploPublication . Abrantes, José LuísO Marketing nem sempre foi tido em conta nas relações entre as Escolas e as organizações que serve, nomeadamente aquelas onde no final coloca os alunos que forma. Pretende-se aqui dar um contributo para a discussão deste tema, explicando em primeiro lugar o que é o marketing para, em seguida, se relacionar o marketing com as Escolas e explicar o ponto de partida para a aplicação do marketing nas organizações não lucrativas e, em particular, nos estabelecimentos de ensino. Por último, daremos um exemplo concreto da sua aplicação.
- Curso de gestão: ajustamento à realidade económica regional. O papel dos estágiosPublication . Simões, JoaquimQuando, há algumas décadas, alguns pensadores procuraram conferir racionalidade ao facto de a taxa de crescimento económico ser, em muitos países, marcadamente superior ao crescimento dos factores de produção convencionais (terra, trabalho, capital), um "novo" recurso produtivo era identificado: o Capital Humano. O Homem, entendido até então como um ser dotado de capacidades produtivas biologicamente determinadas, sem grandes exigências de conhecimentos e aptidões (e pouco susceptíveis de valorização), passa a ser reconhecido como o ser que, detendo a capacidade criativa dentro do processo produtivo, deve ser considerado em função de capacidades e qualificações que pode enriquecer e valorizar através do investimento em si próprio. O Capital Humano é então, neste sentido, um factor raro, pelo que, em obediência aos princípios da racionalidade económica, se deve evitar o seu desperdício e promover a sua valorização. O reconhecimento destas ideias implicava desde logo a necessidade de as sociedades se envolverem em políticas conducentes à "acumulação" deste factor. À educação, enquanto meio de fornecimento e desenvolvimento de atributos e capacidades produtivas, competiria um papel essencial nesse processo. Na actualidade estas ideias são, de alguma forma, pacíficas. O que em muitos casos se tem revelado difícil é a sua concretização prática. É que a lógica das ideias apresentadas assenta num pressuposto essencial: o Capital Humano produzido é ajustado às características do sistema sócio-económico. Se transportarmos esta ideia genérica para o domínio da educação, então esse ajustamento implica que o sistema de ensino seja capaz de fornecer aos indivíduos uma formação compatível com as necessidades das estruturas produtivas. E esta terá que ser, de facto, uma preocupação de todos, particularmente daqueles que no domínio da educação têm responsabilidades acrescidas. Se o sistema não for capaz de cumprir este desígnio, cair-se-á certamente numa contradição indesejável: a existência de analfabetismo funcional a par de um eventual excedente de diplomados. Como agentes com algumas responsabilidades no Curso de Gestão leccionado no âmbito do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Viseu e como docentes desse curso, essa é uma preocupação que também nos compete. E passada quase uma década sobre o início do referido curso pensamos poder dizer que ele tem cumprido, de forma satisfatória, esse desígnio. Ao longo deste artigo procuraremos fundamentar esta posição. No entanto e antecipando algumas ideias, pensamos que esse relativo sucesso assenta em grande medida no diálogo que o departamento e o curso têm procurado manter com as estruturas empresariais da região. E nesse diálogo, como veremos, um elemento tem desempenhado papel determinante: os estágios realizados pelos alunos junto das empresas.
- Os Novos Alunos da EST do Politécnico de Viseu.Publication . Francisco, Francisco F.; Martins, José Carlos M.; Bebiano, Rui A. Quadroso âmbito dum grupo de trabalho nomeado pela Comissão Coordenadora do Conselho Científico de 14 de Junho de 1996, realizaram-se alguns inquéritos, dos quais se destaca o que foi apresentado aos "Novos Alunos". A oportunidade de tornar público parte do estudo e algumas das conclusões retiradas do inquérito surgiu agora com a publicação da Millenium. Em síntese podemos dizer que a população estudantil da Escola Superior de Tecnologia é constituída por alunos jovens (média inferior a 20 anos), maioritariamente do sexo masculino (58%) e provenientes em grande parte da região de Viseu e concelhos limítrofes. Do litoral norte e centro vêm também muitos alunos (32%). A grande maioria inscreve-se no curso que pretende e na escola que deseja, com excepções registadas nos cursos de Eng. de Madeiras e Eng. do Ambiente. O curso maior é o de Gestão de Empresas e o mais pequeno o de Engenharia de Sistemas e Informática. O inquérito foi realizado no acto da matrícula e colocado anonimamente aos "Novos Alunos". Responderam quatrocentos e dezoito alunos, estimando-se que com os alunos retidos no primeiro ano a população escolar seja superior a meio milhar de indivíduos.
- A Ligação da Escola ao Meio como Factor de Desenvolvimento - Uma ReflexãoPublication . Matos, Elisabeth Ferreira da SilvaO desenvolvimento de uma região passa muito pela natureza da respectiva economia local. Neste sentido é importante que esta se desenvolva não apenas em resultado das decisões de localização de empresas dotadas de mobilidade, mas sobretudo pela intensificação das "interdependências industriais locais" no âmbito de um sistema gerador de economias de aglomeração. Este é um caminho longo que tem essencialmente duas fases, uma em que se constrói capacidade profissional e competência técnica, em que se assegura a manutenção das unidades produtivas, do volume de emprego, etc.. A seguinte corresponde ao seu aprofundamento, com a divisão do trabalho entre empresas e o desenvolvimento de novas funções numa lógica de integração produtiva. As economias de aglomeração desenvolvem-se não só pela densidade das interdependências sectoriais, mas também pelas características da mão-de-obra local (disponibilidade, competências e qualificações) e pelo ambiente favorável à circulação da informação que promovem uma certa aprendizagem colectiva.