Repository logo
 
Loading...
Profile Picture
Person

MOTA ROBOREDO AMANTE, FÁTIMA SUSANA

Search Results

Now showing 1 - 10 of 19
  • A oralidade vista a partir dos manuais de Português do Ensino Básico
    Publication . Balula, João Paulo; Castelo, Adelina; Melão, Dulce; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires
    As orientações programáticas de Português para o Ensino Básico têm sublinhado a importância do trabalho explícito sobre a oralidade e, consequentemente, sobre a sua avaliação, indo ao encontro do destaque que é dado à capacidade do bom uso da palavra na sociedade atual. Por sua vez, os manuais escolares, ao fazerem a transposição das orientações programáticas, acabam também por poder influenciar a prática pedagógica. A oralidade é, muitas vezes, entendida exclusivamente como realização informal, fruto de uma atividade inteiramente espontânea, automática e inconsciente, em vez de ser entendida como o resultado de um esforço de planificação deliberado, estruturado e consciente. Apesar de a aquisição da oralidade decorrer da capacidade biológica para a linguagem, a consciência das propriedades deste sistema não existe da mesma forma no falante, exigindo o seu ensino explícito. Espera-se, assim, que, na Escola, seja estabelecida uma relação com a língua, norteada pelo rigor em todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo decisivamente para aumentar o capital linguístico dos alunos. Os manuais escolares são objetos complexos que desempenham funções muito diversas, estando constantemente sob apertado escrutínio. Agregam um vasto conjunto de materiais, em vários suportes, que são também usados pelos professores como guias para a estruturação da aula. Partindo deste enquadramento, pretende-se, com este trabalho, apresentar uma reflexão sobre a abordagem à oralidade nos manuais escolares de Português do Ensino Básico, tendo como base um relatório sobre as repercussões das “Metas Curriculares de Português” na sua organização, complementado com as conclusões de outro estudo centrado nesta problemática. Os resultados deste trabalho mostram que as alterações programáticas não conduzem a mudanças significativas nos manuais quanto à abordagem da oralidade, nomeadamente no que diz respeito à dimensão processual da mesma. Por outro lado, verifica-se que o trabalho proposto no âmbito da leitura e da escrita prevalece sobre as atividades ao nível da oralidade.
  • O contributo dos manuais de Português para as práticas de leitura literária - percursos de análise no 1.º CEB
    Publication . Melão, Dulce; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Castelo, Adelina; Matos, Isabel Aires; Balula, João Paulo
    É reconhecido que o processo de avaliação e certificação dos manuais escolares implicou um conjunto significativo de mudanças na reorganização dos mesmos. Relativamente aos manuais de Português destinados ao 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), tais mudanças repercutiram-se, sobretudo, no reajustamento dos domínios da Oralidade, da Leitura e Escrita, da Gramática e da Educação Literária. Tendo como quadro teórico de referência o cruzamento da reconceptualização da Educação Literária no Programa e Metas Curriculares de Português (2015) com o desenvolvimento de estratégias didáticas de ensino da compreensão na leitura, traçámos os seguintes objetivos: i) analisar o modo como as atividades propostas nos manuais promovem o cumprimento dos objetivos do domínio da Educação Literária em articulação com a compreensão na leitura; ii) compreender que repercussões terão tais opções para a reconstrução conjunta, de docentes e de alunos(as), de itinerários de leitura que possibilitem cultivar o gosto pela mesma. Relativamente às opções metodológicas, a nossa abordagem foi de natureza qualitativa, tendo sido selecionados três manuais do 1.º CEB adaptados ao Programa e Metas Curriculares de Português. Recorremos à técnica da análise de conteúdo para o estabelecimento de categorias a posteriori, de modo a podermos compreender que tipo de atividades os manuais privilegiam e quais as razões que subjazem a tal escolha. Concluímos que as atividades propostas, embora contribuam para a promoção da Educação Literária, se articulam, por vezes, de forma débil, com o desenvolvimento da compreensão na leitura, o que poderá repercutir-se nos itinerários de leitura partilhados em contexto escolar.
  • The L1 school subject: assessment of the impact of the common core state standards on primary school textbooks of portuguese
    Publication . Matos, Isabel Aires; Silva, Ana Isabel; Melão, Dulce; Amante, Susana; Castelo, Adelina; Balula, João Paulo
    In Portugal, the last few years have been marked by continuous and rapid changes in the curriculum guidelines of Portuguese in Elementary Education. As a result of these changes, didactic resources have been produced in order to keep up with the fast developments that have been taking place. Bearing in mind that the lifecycle of textbooks is six years in Portugal, analyzing the impact of the above-mentioned changes on these resources becomes of utmost importance. Thus, this paper aims at examining and discussing the changes that the Common Core State Standards for Portuguese (CCSSP), enacted in August 2012, produce in the adaptation of Primary School textbooks of Portuguese. Six Primary School textbooks of Portuguese, published by four different publishing houses, were analyzed, according to the following criteria: (i) the overall structure of the textbook, its division into units and didactic sequences; (ii) operationalisation of the performance descriptors of the CCSSP in textbooks; (iii) texts within textbooks that are proposed as part of the domain of Literary Education (LE). It is possible to observe that there are minor differences between textbooks that have been adapted to the CCSSP and those non-adapted in terms of the global structure, of the organization of didactic units, of the structure of didactic sequences and of most aspects at a micro level. However, we can note that the CCSSP define the literary corpus to be explored and, given the central role played by the text in textbooks (in which the reading, writing, grammar and speaking tasks depend on the text), the lack of the prescribed texts is difficult to overcome. It is in this light that we will study the real impact of the changes in the curriculum guidelines on the production of didactic resources for mother tongue education and we will also reflect on what truly forms the basis of mother tongue textbooks.
  • A Língua Portuguesa em cenários inclusivos: relato de experiências no âmbito do programa investir na capacidade
    Publication . Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires; Balula, João Paulo
    O desiderato da escola inclusiva, equitativa e democrática, bem como o eixo de ação dedicado à educação inclusiva do Quadro Estratégico para a Educação e a Formação para 2020 trazem desafios que se colocam às políticas e práticas educativas corroboradas, também, no Relatório Conjunto da Comissão Europeia e dos Países Membros da União Europeia (2014). A sociedade de conhecimento dificilmente se poderá desligar deste modelo de educação inclusiva, com ela partilhando espaços e tensões que implicam a adaptação de conteúdos curriculares e a (re)criação de instrumentos didáticos. Ainda que o acesso à informação seja mais democrático, rápido e instantâneo, tal inibe o domínio de um assunto com profundidade, bem como a construção de redes de intertextualidades ou de representações mentais. A profundidade, a velocidade, a consistência e a densidade com que se tece o conhecimento e como este se mobiliza são algumas das características apontadas às crianças sobredotadas e talentosas, cujo desempenho e performance poderão ser descritos como extraordinários. Não obstante a prematuridade da investigação no espaço educativo, cabe à escola para todos abrir espaço a crianças precoces e com capacidades acima da média, bem como abrir caminho à reflexão sobre as suas capacidades e talentos. Neste contexto, capitalizar as capacidades das crianças sobredotadas ou talentosas é, também, um objetivo da educação inclusiva. Propomos, nesta comunicação, fazer o relato de experiências levadas a cabo, entre os anos de 2013 e 2015, na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) a partir de uma parceria desenvolvida com um agrupamento de escolas (AEN) do mesmo distrito. Convidada para a operacionalização do Programa Investir na Capacidade (PIC), a participação e envolvimento da ESEV implicaram a conceção e a implementação de um programa de atividades que redimensionam a Língua Portuguesa como espaço de reflexão e como ferramenta para o desenvolvimento da criatividade. A abordagem deste programa de atividades privilegiou o envolvimento dos alunos em tarefas de enriquecimento de conteúdos, pelo acesso a tópicos não abordados no currículo, e pelo facto de se implicarem de forma mais profunda do que a que ocorreria no quotidiano, meta almejada pelo PIC. Tendo como objetivo desenvolver as capacidades de um grupo de alunos do ensino básico, propomo-nos a: a. apresentar as atividades inseridas nos domínios de Criatividade e Comunicação, realizadas com alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos; b. refletir sobre a forma como os alunos desenvolveram as suas capacidades, a partir das diversas dimensões da Língua Portuguesa na resolução de problemas. Como principais resultados evidenciados, salientamos a ampliação do capital lexical nas suas múltiplas dimensões e mobilização para diferentes contextos semântico-pragmáticos; a otimização de estratégias de seleção e organização de informação oral e escrita em diferentes suportes; a exploração e desenvolvimento de estratégias de planificação e o redimensionamento das redes de intertextualidades autorizadas pela exploração estética e semântica de textos de literatura para a infância. 
  • A Língua portuguesa em cenários inclusivos: relato de experiências no âmbito do programa investir na capacidade
    Publication . Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires; Balula, João Paulo
    O desiderato da escola inclusiva, equitativa e democrática, bem como o eixo de ação dedicado à educação inclusiva do Quadro Estratégico para a Educação e a Formação para 2020 trazem desafios que se colocam às políticas e práticas educativas corroboradas, também, no Relatório Conjunto da Comissão Europeia e dos Países Membros da União Europeia (2014). A sociedade de conhecimento dificilmente se poderá desligar deste modelo de educação inclusiva, com ela partilhando espaços e tensões que implicam a adaptação de conteúdos curriculares e a (re)criação de instrumentos didáticos. Ainda que o acesso à informação seja mais democrático, rápido e instantâneo, tal inibe o domínio de um assunto com profundidade, bem como a construção de redes de intertextualidades ou de representações mentais. A profundidade, a velocidade, a consistência e a densidade com que se tece o conhecimento e como este se mobiliza são algumas das características apontadas às crianças sobredotadas e talentosas, cujo desempenho e performance poderão ser descritos como extraordinários. Não obstante a prematuridade da investigação no espaço educativo, cabe à escola para todos abrir espaço a crianças precoces e com capacidades acima da média, bem como abrir caminho à reflexão sobre as suas capacidades e talentos. Neste contexto, capitalizar as capacidades das crianças sobredotadas ou talentosas é, também, um objetivo da educação inclusiva. Propomos, nesta comunicação, fazer o relato de experiências levadas a cabo, entre os anos de 2013 e 2015, na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) a partir de uma parceria desenvolvida com um agrupamento de escolas (AEN) do mesmo distrito. Convidada para a operacionalização do Programa Investir na Capacidade (PIC), a participação e envolvimento da ESEV implicaram a conceção e a implementação de um programa de atividades que redimensionam a Língua Portuguesa como espaço de reflexão e como ferramenta para o desenvolvimento da criatividade. A abordagem deste programa de atividades privilegiou o envolvimento dos alunos em tarefas de enriquecimento de conteúdos, pelo acesso a tópicos não abordados no currículo, e pelo facto de se implicarem de forma mais profunda do que a que ocorreria no quotidiano, meta almejada pelo PIC. Tendo como objetivo desenvolver as capacidades de um grupo de alunos do ensino básico, propomo-nos a: a. apresentar as atividades inseridas nos domínios de Criatividade e Comunicação, realizadas com alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos; b. refletir sobre a forma como os alunos desenvolveram as suas capacidades, a partir das diversas dimensões da Língua Portuguesa na resolução de problemas. Como principais resultados evidenciados, salientamos a ampliação do capital lexical nas suas múltiplas dimensões e mobilização para diferentes contextos semântico-pragmáticos; a otimização de estratégias de seleção e organização de informação oral e escrita em diferentes suportes; a exploração e desenvolvimento de estratégias de planificação e o redimensionamento das redes de intertextualidades autorizadas pela exploração estética e semântica de textos de literatura para a infância. 
  • O contributo dos manuais de Português para práticas de leitura literária - percursos de análise no 1.º Ciclo do Ensino Básico
    Publication . Melão, Dulce; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Castelo, Adelina; Matos, Isabel Aires; Balula, João Paulo
    É reconhecido que o processo de avaliação e certificação dos manuais escolares implicou um conjunto significativo de mudanças na reorganização dos mesmos. Relativamente aos manuais de Português destinados ao 1.º CEB, tais mudanças repercutiram-se, sobretudo, no reajustamento dos domínios da Oralidade, da Leitura e Escrita, da Gramática e da Educação Literária. Tendo como quadro teórico de referência o cruzamento da reconceptualização da Educação Literária no Programa e Metas Curriculares de Português (2015) com o desenvolvimento de estratégias didáticas de ensino da compreensão na leitura, traçámos os seguintes objetivos: i) analisar o modo como as atividades propostas nos manuais promovem o cumprimento dos objetivos do domínio da Educação Literária em articulação com a compreensão na leitura; ii) compreender que repercussões terão tais opções para a reconstrução conjunta, de docentes e de alunos(as), de itinerários de leitura que possibilitem cultivar o gosto pela mesma. Relativamente às opções metodológicas, a nossa abordagem foi de natureza qualitativa, tendo sido selecionados três manuais do 1.º CEB adaptados ao Programa e Metas Curriculares de Português. Recorremos à técnica da análise de conteúdo para o estabelecimento de categorias a posteriori, de modo a podermos compreender que tipo de atividades os manuais privilegiam e quais as razões que subjazem a tal escolha. Concluímos que as atividades propostas, embora contribuam para a promoção da Educação Literária, se articulam, por vezes, de forma débil, com o desenvolvimento da compreensão na leitura, o que poderá repercutir-se nos itinerários de leitura partilhados em contexto escolar.
  • O manual escolar de Português: das políticas às práticas
    Publication . Balula, João Paulo; Matos, Isabel Aires; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana
    O manual escolar sobreviveu ao longo dos tempos, independentemente das diferenças políticas, culturais e de ritmos de mudança, bem como de todas as polémicas a ele associadas. Situado, muitas vezes, entre dois planos separados - por um lado, o plano da conceção e, por outro lado, o plano da aplicação – pode ser visto como uma forma de saber. Considerando que, em Portugal, o processo de elaboração e adoção deste recurso didático visa, entre outros aspetos, garantir a sua conformidade com os programas e as orientações curriculares, pretendemos, com este trabalho, analisar e discutir as alterações dos manuais escolares causadas pelas mudanças ao nível das orientações programáticas. Os resultados da análise de conteúdo efetuada indicam que, apesar do ritmo acelerado de mudança da sociedade atual, as orientações programáticas, determinadas politicamente, são o principal fator que influencia as alterações nos manuais escolares de Português e que a informação sobre as práticas está pouco presente neste processo.
  • A iniciação à prática profissional no curso de Educação Básica: uma reflexão sobre a experiência da Escola Superior de Educação de Viseu
    Publication . Menezes, Luís; Figueiredo, Maria Pacheco; Gomes, Cristina Azevedo; Balula, João Paulo; Novais, Anabela; Jales Ribeiro, Esperança; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Rocha, João; Nunes, João; Lacerda, Carla; Rodrigues, Cátia
    Os cursos de Educação Básica (EB) integram, de acordo com a legislação em vigor, uma componente de Iniciação à Prática Profissional (IPP). A forma de organizar essa componente da formação, embora regulamentada por alguns princípios consignados nos documentos legais, é da responsabilidade de cada uma das instituições de ensino superior que ministram o curso. Neste artigo, apresentamos um estudo que tem como objetivos: (i) refletir sobre o modelo de organização e funcionamento da componente de formação da Iniciação à Prática Profissional que implementamos na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV); (ii) conhecer as perspetivas dos alunos do curso da licenciatura em Educação Básica sobre a IPP. Este estudo ocorre no momento em que o terceiro grupo de estudantes está a terminar o curso de Educação Básica (2010, 2011 e 2012) e em que os primeiros estudantes terminaram ou estão a terminar os seus mestrados profissionalizantes no âmbito da formação de professores e educadores de infância (cursos que permitem dar seguimento ao curso de EB). O estudo adota uma metodologia de natureza interpretativa. Participam no estudo alunos (finalistas da licenciatura de EB) e diplomados em EB (a frequentar os mestrados de formação de professores). Os dados foram recolhidos através de inquérito, por questionário e por entrevista, e análise SWOT. Os resultados do estudo apontam para uma boa aceitação por parte dos alunos do modelo de IPP, reconhecendo a importância de contactarem com os três níveis de ensino, em instituições educativas diversas. Para além disso, valorizam as tarefas desenvolvidas no âmbito da IPP, assim como o apoio da equipa multidisciplinar.
  • O manual escolar de Português: das políticas às práticas
    Publication . Balula, João Paulo; Matos, Isabel Aires; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana
    O manual escolar tem sobrevivido ao longo dos tempos como artefacto curricular central, independentemente das diferenças políticas, culturais e de ritmos de mudança, bem como de todas as polémicas a ele associadas. Situado, muitas vezes, entre dois planos separados - por um lado, o plano “da conceção, desenho e autorização, nas mãos do perito que domina e concebe o discurso e o regula politicamente” (Bonafé, 2011, p. 89) e, por outro lado, o plano “da aplicação que fica nas mãos do professor, leigo que atua numa posição passiva de recetor dependente daquela em que o discurso o coloca” (Bonafé, 2011, p. 89) – é visto como “uma forma de saber, de circulação legítima do saber e de acesso ao saber” (Bonafé, 2011, p. 16). Considerando que, em Portugal, o processo de elaboração, adoção e utilização deste recurso didático, estabelecido pela lei n.º 47/2006, de 28 de agosto, visa, entre outros aspetos, garantir a sua conformidade com os programas e orientações curriculares, pretendemos, com este trabalho, analisar e discutir as alterações dos manuais escolares causadas pelas mudanças ao nível das orientações programáticas. Foi feita uma análise de conteúdo de onze manuais de Português do ensino básico, publicados por seis editoras diferentes, tendo em conta as seguintes categorias: estrutura global do manual escolar; descritores de desempenho que o manual escolar operacionaliza; e textos destinados a promover a educação literária incluídos no manual escolar. Os resultados da análise indicam que, apesar do ritmo acelerado de mudança da sociedade atual, as orientações programáticas, determinadas politicamente, são o principal fator que influencia as alterações nos manuais escolares de Português e que a informação sobre as práticas está pouco presente neste processo.
  • Entre riscos e rabiscos: da leitura à representação (gráfica) de provérbios
    Publication . Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires; Balula, João Paulo
    De tradição oral e de origem remota, os provérbios circunscrevem a realidade cultural dos seus criadores e utilizadores. A sua riqueza reside, por um lado, na mensagem sintética e por isso, também, pragmática, ao ser utilizada como âncora em contextos específicos; reside, por outro lado, na construção de metáforas conceptuais, tradutoras de verdades e generalizações sedimentadas na observação empírica. É nestas que a língua portuguesa (LP) germina a dimensão cultural e permite a exploração de mundividências partilhadas, transparentes, translúcidas ou opacas. O trabalho que propomos apresentar descreve um conjunto de atividades realizadas com alunos do 5.o ao 8.o ano de escolaridade, no âmbito de um programa desenvolvido por um agrupamento de escolas da região de Viseu e uma instituição de ensino superior durante o ano letivo de 2013-2014. As atividades que propusemos implicaram considerar a LP a partir de diferentes prismas, perspetivando-a não só como código verbal, como herança cultural, mas também como espaço de criação e criatividade. Assim, a sedimentação de significados que foram construindo a LP é apresentada aos alunos como enigma a desvelar. Neste sentido, propomos a) analisar a representação gráfica de provérbios feita por alunos do ensino básico; b) refletir sobre a influência da LP na formação de provérbios em países de expressão portuguesa. A sua interpretação é padronizada, mas permeável a ambiguidades. Neste caso, e a partir da comparação de um exercício de equivalência entre provérbios representados pela variedade do português, revelamos a seleção dos alunos.