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  • Conceções e práticas dos professores sobre educação para a cidadania no 1.º ciclo do ensino básico
    Publication . Costa, Ana; Cardoso, Ana Paula; Rocha, João
    O trabalho de investigação desenvolvido visa sensibilizar a comunidade científica e, principalmente, todos os professores, para a necessidade de incluir a Educação para a Cidadania, de forma transversal, na sua prática pedagógica diária, pois, deve “ser incluída em todos os programas disciplinares e trabalhada por todos os professores” (Afonso, 2007, p.14). A partir do estudo empírico realizado damos a conhecer as conceções e práticas dos professores, principalmente aquelas que podem ser encaradas como resistências dos mesmos à abordagem desta área. Trata-se de um estudo com caráter descritivo, recorrendo ao inquérito por questionário como técnica de recolha de dados. O instrumento elaborado para o efeito foi aplicado à população dos professores do 1.º CEB do concelho de Viseu, fazendo parte da amostra total da investigação noventa e um professores de quatro agrupamentos de escolas. No que diz respeito aos resultados obtidos, em geral, os professores nunca frequentaram ações de formação relacionadas com a Educação para a Cidadania, reconhecendo que há aspetos do seu trabalho que podem ser melhorados através da frequência das mesmas, tratando temas no âmbito do conhecimento didático dos professores e gestão de conflitos em sala de aula. As metodologias que os docentes aplicam mais vezes para desenvolverem competências nesta área são os processos de trabalho reflexivo e de trabalho cooperativo entre os alunos. Os docentes indicaram como maiores dificuldades à abordagem da Educação para a Cidadania a extensão do currículo e a demasiada importância atribuída aos testes e exames. As dimensões da Educação para a Cidadania (Direção-Geral de Educação, 2013) que os professores afirmam estar mais evidentes nas suas práticas, são em primeiro lugar a educação ambiental/desenvolvimento sustentável, a educação para a igualdade de género e a educação para os direitos humanos. As sugestões dadas pelos mesmos para promover aprendizagens significativas no âmbito desta área, constituem um aspeto de grande importância nesta investigação, destacando-se a aposta na formação (professores, e pais/encarregados de educação) e na dinamização de iniciativas que promovam o envolvimento da comunidade educativa, e de outros intervenientes, numa lógica de trabalho cooperativo e/ou colaborativo.
  • O tempo das crianças entre a escola e a família
    Publication . Rocha, João; Pacheco Figueiredo, Maria; Mendes, Adriana
    Atualmente, as crianças passam grande parte do seu tempo na escola e, no final das aulas, frequentam outras atividades com um formato semelhante, restandolhes pouco tempo para fazer o que gostam (Moreira, 2010; Nídio, 2012). Podemos afirmar que o tempo da criança apresenta bastantes semelhanças com o tempo do adulto, em termos de número de horas passadas em atividades que lhes são impostas. A ocupação do tempo da criança é, ainda, na maioria das vezes, dependente do trabalho dos adultos e das suas rotinas (Moreira, 2010). Face a esta problemática, procedemos a um estudo sobre como é que as crianças perspetivam a gestão do seu tempo, a partir da recolha de dados junto dos alunos de uma turma do 3.º ano de escolaridade de uma escola pública de Viseu. Indagámos, a partir de um inquérito por entrevista aplicado individualmente aos alunos, acerca das atividades que estes realizam durante a semana e durante o fim de semana, tentando perceber de que forma os tempos livres são ocupados e como é que gostariam de os ocupar, tendo em atenção as suas perspetivas. A partir da análise dos dados recolhidos, podemos concluir que o tempo das crianças ao longo da semana é maioritariamente institucionalizado, pois a maioria dos alunos frequenta as atividades de tempo livre (ATL) após as aulas e, ainda, outras atividades extracurriculares como futebol, natação, dança, música, entre outras. Desta forma, como Neto (2017) afirma, as crianças trabalham mais horas do que as destinadas ao adulto. Ao fim de semana, por sua vez, o tempo dos inquiridos é principalmente não institucionalizado, no entanto existem crianças que frequentam atividades extracurriculares neste período. Dado o preenchimento do seu dia-a-dia, as crianças assumem que gostariam de ter mais tempo para brincar e estar com a família. Para além disso, a maioria das crianças gostava de alterar a forma como o seu dia está organizado, nomeadamente no que diz respeito à organização do tempo escolar e às atividades de lazer/tempo livre.