CI&DEI - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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Browsing CI&DEI - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri) by advisor "Alves, Ana Berta"
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- Autoeficácia parental e satisfação com o suporte social em pais com incapacidadePublication . Silveira, Rosana Maria Freitas; Felizardo, Sara; Alves, Ana BertaNo quadro das grandes questões sobre as pessoas adultas com incapacidade, constatamos que são escassos os estudos sobre a vida familiar e, especificamente, sobre as potencialidades e dificuldades no exercício da parentalidade, bem como a relevância do suporte social neste domínio. O presente estudo tem como objetivos: i) analisar os níveis de autoeficácia parental e de satisfação com o suporte social em pais com incapacidade; ii) conhecer a relação entre a autoeficácia parental e a satisfação com o suporte social e respetivas dimensões; iii) perceber as diferenças na autoeficácia parental e satisfação com o suporte social, em função do género, estado civil, habilitações literárias e número de filhos. Trata-se de um estudo quantitativo, não experimental e correlacional e, para o efeito, foi utilizada uma amostra não probabilística e de conveniência, composta por 30 pais com incapacidades sensoriais. Os instrumentos de recolha foram a “Escala de Autoeficácia parental” (Brites, 2010) e a “Escala de Satisfação com o Suporte Social” (Ribeiro, 2011). Os resultados sugerem que os níveis de autoeficácia dos pais e as suas dimensões são mais baixos em comparação com os resultados obtidos em estudos com amostras de pais sem incapacidade. Na satisfação com o suporte social, especificamente, na dimensão Satisfação com os Amigos, foram observadas diferenças estatisticamente significativas, considerando o estado civil e o número de filhos, bem como na escala total do suporte social em função do número de filhos. Conclusões: As análises apresentadas sugerem que esta linha de investigação sobre questões relativas ao direito de uma vida familiar plena necessita de um maior aprofundamento, nomeadamente, conhecer as barreiras e delinear estratégias de apoio socioeducativo para facilitar a autodeterminação das pessoas com incapacidade.
- Envolvimento parental na escola e indicadores de risco : contributos para a intervençãoPublication . Ferreira, Marta Sofia De Almeida; Felizardo, Sara; Alves, Ana BertaA escola e a família são dois pilares fundamentais no desenvolvimento das crianças e jovens. Compreender a relação escola-família permite obter uma visão mais específica das práticas de envolvimento parental. Apesar dos benefícios comprovados, o envolvimento parental na escola não é valorizado da mesma forma pelas famílias. O reduzido envolvimento parental vem sobretudo dos pais mais vulneráveis, com contextos de risco, cujas crianças são as que mais podem beneficiar com um maior envolvimento. Tendo como referencial o quadro teórico proposto por Epstein (2002), o presente estudo tem como propósito aferir as perceções de envolvimento parental na escola dos pais de alunos do ensino básico e, em que medida, são influenciadas por variáveis sociodemográficas e situações que indicam fragilidade/risco pessoal dos filhos. Definimos os seguintes objetivos orientadores: i) analisar as perceções parentais sobre o seu envolvimento na escola (e respetivas dimensões); ii) identificar as variáveis sociodemográficas relativas aos pais e alunos, suscetíveis de influenciarem o envolvimento parental na escola; iii) perceber como o envolvimento parental é influenciado por indicadores de risco/ fragilidade pessoal (retenção escolar sucesso/insucesso escolar, NEE); iv) perceber as relações entre o envolvimento parental e o rendimento escolar; v) complementar os resultados decorrentes da componente quantitativa do estudo com uma abordagem qualitativa e compreensiva das perceções de pais/EE, com e sem indicadores de risco, sobre o seu envolvimento na escola e outras dimensões familiares. Neste contexto, foi utilizado um plano de investigação misto que contempla metodologias qualitativas e quantitativas. A amostra é não probabilística, de conveniência, composta por 362 pais/EE inquiridos através de dois questionários, o QEPE – versão para pais (Pereira, 2002) e um questionário sociodemográfico, e 14 pais/EE entrevistados, utilizando para o efeito um guião de entrevista semiestruturado. Os resultados do estudo revelam que nos três Ciclos do Ensino Básico as perceções de envolvimento parental são mais elevadas nas práticas relacionadas com o envolvimento nas atividades de aprendizagem em casa e na comunicação escola-família. Os dados permitem também afirmar que as perceções de envolvimento parental são influenciadas pela idade e ciclo de ensino dos alunos; pelas habilitações académicas dos pais e por situações de risco (Necessidades Educativas Especiais, insucesso escolar e risco social). Verificaram-se ainda relações significativas e negativas entre o envolvimento parental na escola e a idade dos alunos; e relações positivas entre o envolvimento e o rendimento escolar dos alunos. Na componente qualitativa e compreensiva do estudo, verificamos que os pais com indicadores de risco apresentam discursos que sugerem menor estabilidade nas rotinas, maiores necessidades nas áreas económica e emocional, maior apoio da rede formal, menor adequação das condições de estudo, fraca participação nas ações da escola e menor conhecimento do regulamento e projeto educativo da escola. Além disso, referem a escassez de tempo e transporte como maiores barreiras ao envolvimento e revelam expetativas negativas sobre o futuro dos filhos.
- Resiliência, perceção de apoio dos pais e envolvimento dos alunos na escolaPublication . Cantarinha, Diana Rita Matos; Felizardo, Sara; Alves, Ana BertaA resiliência é uma variável que permite o ajustamento psicossocial das crianças apesar do risco (Lerner et al., 2013, cit. por Rodríguez-Fernández, Díaz, Madariaga, Arrivillaga, & Galende, 2016). Esta tem um papel crucial na adaptação escolar da criança, bem como na promoção do bem-estar da mesma. Os fatores de proteção desta variável incluem um ambiente familiar acolhedor, equilibrado e saudável, apoio parental e relações positivas com os pares (Masten, 2007, cit. por Rodríguez-Fernández et al., 2016). O objetivo principal deste estudo é analisar os níveis de resiliência, de perceção do apoio dos pais e de envolvimento dos alunos na escola, em turmas do 2º e 3º ciclos. A amostra é não probabilística e de conveniência, tendo participado 150 alunos, sendo a média de idades 13.05 (±1.60). Foram aplicados os seguintes instrumentos: questionário para recolha de dados sociodemográficos, familiares e escolares; Inventário Measuring State and Child Resilience, constituído por duas subescalas, a State-Resilience e a Child- Resilience; Escala Quadri-Dimensional para o Envolvimento dos Alunos na Escola e Escala de Perceção de Apoio dos Pais. Foram encontradas diferenças significativas na resiliência em função da idade (maior resiliência nos alunos mais novos), ciclo de estudo (maior resiliência nos jovens do 2.º ciclo do Ensino Básico) e estado civil dos pais (maior resiliência nos jovens com pais casados/união de facto). Também se verificaram relações moderadas a fortes, positivas e significativas, entre a resiliência, envolvimento dos alunos e perceção do apoio dos pais, o que está em linha com a literatura científica no domínio.