ESTGV - DA - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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Browsing ESTGV - DA - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by advisor "Brás, Isabel Paula Lopes"
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- Avaliação de risco de reutilização da água tratada da ETAR Viseu Sul para usos de rega e afinsPublication . Santos, Lenise Maria Leite dos; Brás, Isabel Paula LopesA água é um bem essencial para sobrevivência humana e está diretamente ligada ao desenvolvimento socioeconómico. Sendo assim considerada um dos bens mais valiosos do mundo. Porém há uma limitação quanto a esse bem tão preciso, ele é finito. Devido as crescentes alterações climáticas e o aumento populacional a escassez de água já é uma realidade em diversas partes do mundo. Esta necessidade impulsiona a procura de soluções sustentáveis para a crise hídrica que está a crescer. Neste contexto surge a possibilidade de reutilizar águas residuais tratadas como fonte de água não potável para atividades básicas. A reutilização de águas tratadas traz benefícios ambientais e sociais, porém também há riscos associados, o que torna necessário o desenvolvimento de uma avaliação de riscos. Esta dissertação teve como objetivo desenvolver a avaliação de risco da reutilização de águas, a nível de saúde pública e de recursos hídricos, para produção e utilização interna pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Viseu Sul e para utilização externa na rega dos espaços verdes de Viseu. Também foram desenvolvidos uma ferramenta que facilita o processo de desenvolvimento da avaliação no Microsoft Excel e um vídeo para uma campanha de sensibilização a população sobre a reutilização de água. A metodologia utilizada foi a semi-quantitativa de avaliação de risco relativamente à saúde pública e aos recursos hídricos. Foram identificados 8 recetores, sendo 3 destes na produção e utilização interna e 5 envolvidos na utilização externa, dispostos em 47 cenários, divididos entre cenários de ingestão, inalação e adsorção dérmica. O resultado obtido demonstrou que há viabilidade para produção e utilização de Água para Reutilização (ApR) pela ETAR Viseu Sul, com risco global para saúde pública de 0,68, e para utilização na rega dos espaços verdes de Viseu, com risco de 0,75. O risco global para os recursos hídricos foi de 2,33 para azoto e fósforo e 0,78 para E. coli.Todos os riscos foram considerados desprezáveis, considerando os critérios definidos pelo método. Sendo assim, possível concluir que a reutilização de água residual tratada na ETAR Viseu Sul é uma possibilidade boa e viável para suprir as necessidades hídricas da cidade de Viseu, sem colocar em risco a população e o meio ambiente.
- Caracterização da produção e recolha de biorresíduos na área de intervenção da AMRPBPublication . Maia, Sandrina da Silva; Brás, Isabel Paula LopesOs princípios da economia circular e as políticas europeias de gestão de resíduos urbanos têmse centrado gradualmente na importância dos biorresíduos, que tem sido considerado uma das várias frações de resíduos essenciais, tornando urgente o desenvolvimento de estratégias para sua recolha seletiva e valorização. Neste enquadramento, foi realizado o presente trabalho na Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB), entidade responsável pela gestão dos resíduos urbanos de 19 municípios dos distritos de Viseu, da Guarda e de Coimbra, para a apoiar a análise e o desenvolvimento de soluções que permitam o cumprimento das metas impostas na legislação, relativas à separação e valorização de biorresíduos. Especificamente teve-se o objetivo de estudar soluções de recolha seletiva, para a população residente na área de influência da AMRPB, tendo em consideração os hábitos e motivações da população-alvo. A metodologia de trabalho envolveu, numa primeira fase, a recolha de dados de produtores de biorresíduos não domésticos, de acordo com os seus códigos de atividade económica (CAE), seguido de desenvolvimento e aplicação de inquéritos para os utilizadores domésticos e não domésticos da região, com o objetivo de perceber os hábitos de gestão de resíduos. Por fim, elaborou-se um inquérito para as autarquias com o objetivo de avaliar a possibilidade de retoma pelos municípios do composto produzido pela AMRPB a partir dos biorresíduos recolhidos seletivamente. Numa primeira fase, com as quatro bases de dados construídas, segregadas por CAE: HORECA (Hotelaria, restauração e cafés); Comércio (comércio por retalho e por grosso); Serviços Sociais (Educação e IPSS) e Casas de chá/Pastelarias, obtiveram-se um total de 2 935 empresas, tendo sido recolhida toda a informação pertinente para a definição de estratégias de recolha seletiva de biorresíduos junto destes produtores. A análise detalhada de dados, indicou que Viseu seria o município com maior potencial de produção de grandes quantidades de biorresíduos, dado representar 32% de todos os produtores não domésticos identificados. Numa segunda fase, foram entregues um total de 769 inquéritos aos utilizadores da região em estudo, 512 a produtores domésticos e 256 a não domésticos, dos quais foram recebidas globalmente 424 respostas (363 de utilizadores domésticos e 61 de utilizadores não domésticos). Por último, dos inquéritos remetidos aos 19 serviços autárquicos, apenas foram recebidas 13 respostas, que na globalidade indicaram recetividade na potencial utilização do composto produzido pela AMRPB. Todos os dados recolhidos no decorrer dos trabalhos, foram imprescindíveis para o desenvolvimento da nova estratégia de recolha seletiva de biorresíduos. Foi concluído que na região do Planalto Beirão, a recolha seletiva de biorresíduos não domésticos deveria ser realizada porta-à-porta, em áreas de maior densidade, por outro lado, em meio rural, a valorização deveria ser introduzida localmente pelos produtores ou pela comunidade.
- Valorização de resíduos agroindustriais para tingimento de têxteis: Uma Estratégia para a ecoeficiência na indústria têxtil e de vestuárioPublication . Barreto, Anna karolina Borja; Brás, Isabel Paula Lopes; Carvalho, Luísa HoraA indústria têxtil e vestuário é importante para a economia da Europa e de Portugal, contudo, causa grandes impactes ambientais, como elevado consumo de água nos seus processos e consequente poluição, decorrente da utilização de produtos químicos para tingimento, utilização de matérias-primas altamente poluentes como os corantes sintéticos e outros. A presente pesquisa visa obter corantes naturais extraídos dos resíduos agroindustriais, resultantes da produção de vinho (engaço, grainhas e pele das uvas) e produção da pinha dos Pinheiro Manso e Pinheiro Bravo, criando uma alternativa sustentável para o tingimento de têxteis. O processo de valorização destes resíduos em corantes têxteis pode passar pela implementação de diversas estratégias eco-eficientes, como avaliação de ciclo de vida, eco design, produção mais limpa e economia circular. Contudo, numa primeira fase é necessário analisar a potencialidade da sua utilização. Para a concretização dos objetivos, foram realizadas analisada a composição química dos resíduos da videira e da mistura das pinhas do Pinheiro Manso e Pinheiro Bravo. A pesquisa mostrou que as composições dos resíduos da videira e da pinha são distintas, contudo são compostos de elevado valor. Os resíduos da videira são mais representativos que a pinha, com a cinzas, hemicelulose e extratáveis em diclorometano, etanol e água que representam 6,0%, 21,3%, 8,6%, 12,3% e 20,3% respetivamente. Enquanto a pinha revelou possuir mais lenhina, alfacelulose 22,8%, 48,3% que a videira. Também foram analisados os compostos químicos do resíduo da videira acondicionados de maneira diferente (expostas ao ar e não expostas ao ar) por um período de seis semanas, a fim de demostrar os efeitos da conservação na composição do resíduo. Foi constatado que as amostras armazenadas não expostas ao ar sofreram maior degradação. Contudo as duas amostras sofrem um aumento do teor de água, do pH e os extratáveis em dicloromentano, mas os extratáveis em etanol e água reduziram. A deterioração também causou a redução da alfacelulose e hemicelulose, resultando em um aumento das concentrações da lenhina e das cinzas. Os ensaios de extração dos corantes da videira e da pinha, em diferentes concentrações de NaOH (1%, 5%, 10% e 15%) extraem quantidades crescentes de fenóis, entre 13,8% e 24,0%, no caso da videira, e entre 2,3% e 12,2% na pinha, mas decrescentes de antioxidantes, entre 6,5% e 2,8%, na videira e 23,1 e 4,0% na pinha. Nos testes de extração utilizando resíduos da videira armazenados por seis semanas, tanto expostos ao ar quanto fechados, houve uma redução no pH e no teor de sólidos, enquanto os compostos fenólicos e antioxidantes aumentaram. Todas essas características dos extratos influenciaram na solidez da cor. Relativamente à coordenada L* (luminosidade), no tingimento com o extrato da videira as cores ficaram mais escuras com acréscimo de NaOH, já com a pinha ocorreu o contrário. Na coordenada a*, todas as amostras apresentaram tonalidade avermelhada e na coordenada b*, todas as amostras apresentaram tonalidade amarelada. A respeito da solidez à luz, todas as amostras foram afetadas pelo processo de foto-degradação, porém os extratos da pinha demonstraram ser mais suscetível à luz do que os da videira. A diferença cromática foi percetível à primeira vista, pois as amostras ficaram mais claras, menos avermelhadas e mais amareladas. A respeito da solidez á luz, todas as amostras foram afetadas pelo processo de foto-degradação, porém os extratos da pinha demonstraram ser mais suscetível à luz do que a videira. A diferença cromática foi percetível à primeira vista, pois as amostras ficaram mais claras, menos avermelhadas e mais amareladas. Em relação à solidez à água, todas sofreram perda da cor, porém não foi percetível aos olhos humanos na maioria das amostras.