Unidade de Enfermagem da Criança e do Adolescente (UECA)
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Unidade de Enfermagem da Criança e do Adolescente (UECA) by advisor "Duarte, João Carvalho"
Now showing 1 - 10 of 19
Results Per Page
Sort Options
- Atitudes dos pais perante a criança com febrePublication . Lucena, Diana de Gouveia; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A fobia da febre contínua a subsistir na atualidade, levando muitos pais a ficar ansiosos perante a febre no seu filho, refletindo-se em atitudes menos adequadas. Objetivos – Identificar se as variáveis sociodemográficas se repercutem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; analisar se as variáveis contextuais da criança interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; averiguar se as variáveis fontes de informação sobre a febre interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis clínicas, fontes de informação, conhecimento e atitudes perante a criança com febre. A amostra é do tipo não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil. Resultados – Amostra é maioritariamente feminina (51.7%), sendo as mulheres, em média (M=34.78 anos .7.976 anos), mais velhas comparativamente aos homens. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico de família, o enfermeiro, os familiares e a experiência própria. O sexo, a idade, a zona de residência e as habilitações literárias são variáveis que interferem nas atitudes dos participantes perante a criança com febre. Existe uma probabilidade de 63.9% de atitudes não adequadas perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados indicam que as atitudes da maioria dos pais/acompanhantes face à criança com febre são desadequadas. O que justifica que os pais/acompanhantes têm de ser mais esclarecidos, fazendo-se uma contextualização e desdramatização sobre o significado da febre, realçando aos pais a sua importância como mecanismo protetor do organismo no combate à infeção, alertando-os para os sinais de alarme que justificam a observação profissional atempada e para a adoção de atitudes adequadas. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Atitudes.
- Conhecimento dos pais perante a criança com febrePublication . Pereira, Manuela das Dores Sousa Moreira Silva; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança é reconhecida como uma manifestação de doença e encarada por muitos pais com uma conotação negativa, causando grande ansiedade e obsessão pela apirexia. Objetivos – Determinar o nível do conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre; verificar se as variáveis sociodemográficas, contextuais da febre e de caraterização da criança interferem no conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre. Métodos – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Saúde Infantil, em instituições de saúde públicas, na região centro de Portugal. Recorreu-se a um questionário de autopreenchimento, com caracterização sociodemográfica, da febre, da criança e do conhecimento sobre a febre. Resultados – Amostra com idade média de 34.7 anos ± 7.9, maioritariamente feminina (51.7%). Com fracos conhecimentos perante a criança com febre prevalecem os participantes com idade ≥ 38 anos (36.2%), que coabitam com companheiro(a) (77.0%), em zona rural (69.3%) e com escolaridade até ao 3º ciclo (53.9%). Os participantes com idade até 37 anos (68,2%), com companheiro(a) (89.0%), residentes em zona urbana (53.0%) e com o ensino superior (43.3%) revelaram bons conhecimentos. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico (65.8%) e o enfermeiro (50.6%). As mulheres, os acompanhantes de crianças com menos idade e com melhores atitudes revelaram melhores conhecimentos perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da realização de sessões de educação para a saúde aos pais/acompanhantes, de modo a aumentar o conhecimento perante a febre na criança. Palavras-chave: Conhecimento - Febre - Criança.
- Conhecimento e atitudes dos pais perante a criança com febre em contexto de serviço de urgênciaPublication . Silva, Carla Maria Alves da; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança constitui uma das principais manifestações que impul-siona os pais na procura dos cuidados de saúde diferenciados, resultando na utilização ina-propriada de recursos. Objetivos – Identificar as variáveis sociodemográficas que interferem no conhecimento e nas atitudes dos pais perante a criança com febre; avaliar a influência do número de filhos no conhecimento e nas atitudes; identificar as fontes de informação que influenciam o conheci-mento e as atitudes dos pais. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário que inclui a caracterização sociodemográfica, contextual da criança, variá-veis clínicas de fontes de informação e questões que avaliam o conhecimento e as atitudes dos pais perante a febre na criança. A amostragem é não probabilística por conveniência (144 pais/cuidadores). Resultados – Amostra predominantemente feminina (86.8%), os homens são mais velhos (M=34.05 anos .6.45 anos); cerca de 9 em cada 10 das crianças eram acompanhadas pela mãe. Os sintomas que mais preocupam e levaram os participantes a recorrer ao Serviço de Urgência foram: vómitos/desidratação (66.4%), mau estado geral (64.6%), dificuldade respirató-ria (52.1%); em 58.5% dos casos de febre sem foco poder-se-ia ter utilizado os cuidados de saúde primários; a idade da criança e o sexo dummy revelaram-se preditoras dos conhecimen-tos e o sexo preditor das atitudes; as mulheres e os homens com mais idade e com filhos mais jovens possuem melhores conhecimentos; as mulheres têm atitudes mais adequadas. Conclusões – As mulheres possuem conhecimentos intermédios e revelam melhor atitude perante a febre. Quanto maior a escolaridade melhor é o conhecimento e os participantes que procuram como fonte de informação um profissional de saúde, possuem atitudes mais ade-quadas. Assume grande relevância a aquisição de competências que proporcionem aos pais/cuidadores ferramentas que os ajudem a lidar com a fobia da febre. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Conhecimento; Atitudes; Serviço de Urgência.
- Conhecimentos dos profissionais da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1 na criançaPublication . Bernardo, Bruno José Varandas Ramos; Duarte, João Carvalho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A falta de capacitação que existe em muitas comunidades escolares para lidar com a criança com diabetes mellitus, enquanto esta se encontra sob a sua responsabilidade no ambiente escolar, gera dificuldades e insegurança. São necessários instrumentos válidos que permitam obter informação sobre os conhecimentos dos educadores sobre a criança com diabetes mellitus tipo 1 na escola, no sentido de planear intervenções educativas mais dirigidas. Objetivos: Avaliar os conhecimentos da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1 na criança e validar um questionário de avaliação de conhecimentos da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1. Métodos: O estudo delineado insere-se no tipo de investigação não experimental e descritiva, desenvolvido numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 382 indivíduos, com uma média de idades de 43,05 anos (± 8,675), pertencentes a uma comunidade educativa de Escolas Básicas e Secundárias da região centro do país. Foi aplicada a Escala de Conhecimentos Sobre Diabetes Mellitus Tipo 1 na Criança (Francisco, Silva, Bernardo & Martins, 2007), a qual foi ainda sujeita a um estudo psicométrico, que englobou dois a consistência interna e a análise fatorial. Resultados: dos participantes, maioritariamente travavam-se de professores e os restantes técnicos operacionais; a maioria (29,6%) possui entre 37 a 43 anos; 69,7% eram casados/união de facto; 82,3% dos inquiridos viviam na zona urbana, onde destes, a sua maioria era do sexo masculino (83,6%); 78,5% dos participantes possuíam o Ensino Superior. No global, 39,5% tinham conhecimentos sobre a diabetes, salientando-se pela análise inferencial que o sexo feminino, os residentes em zona urbana, os assistentes operacionais apresentaram de forma significativa melhores conhecimentos sobre a diabetes, enquanto a idade, o estado civil e as habilitações literárias não influenciaram os conhecimentos nessa área. A Escala Conhecimentos Sobre a Diabetes na Criança apresenta boa fiabilidade consistência interna. Tendo em conta o estudo psicométrico da escala, constatou-se que, para cada item constituinte da mesma, resultaram valores de Alpha de Cronbach considerados com consistência muito boa. Os fatores apresentaram valores de alfa considerados adequados: o Fator 1 apresentou um alfa de 0,921; o Fator 2 obteve um alfa de 0,865 e o Fator 3 apresentou um alfa de 0,762, o que significa que se está perante valores considerados muito bons para a aplicação futura da escala. Palavras-chave: conhecimentos; diabetes mellitus Tipo 1; criança em idade escolar; comunidade educativa.
- Conhecimentos e dificuldades das mães face à amamentaçãoPublication . Andrade, Laurentina de Fátima Vaqueiro da Silva; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Devido à elevada prevalência de abandono precoce da amamentação, diversas instituições (e.g., OMS, UNICEF) têm-se preocupado em proteger, promover e apoiar o aleitamento materno um pouco por todo o mundo, defendendo a sua exclusividade durante os primeiros seis meses de vida do bebé, complementado a partir dessa idade pela introdução de alimentos e mantido até aos 2 anos de idade ou mais, se esse for o desejo da mãe. Objetivos: Avaliar os conhecimentos das mães sobre a amamentação; identificar as dificuldades vivenciadas pelas mães em relação à amamentação; analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e obstétricas das mães e os seus conhecimentos e dificuldades sobre a amamentação. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, analítico, correlacional e de corte transversal, conduzido numa amostra não probabilística de 100 mães de recém-nascidos e/ou lactentes até 1 ano de vida, internadas no serviço de obstetrícia, neonatologia, pediatria e urgência de uma Unidade Local de Saúde do Norte do País. As inquiridas tinham idade mínima de 16 e máxima de 43 anos (M=30,77; Dp=6,356). Foi utilizado um questionário de caraterização sociodemográfica e um questionário de autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação, desenvolvido por Sousa (2014). Resultados: Os principais resultados mostraram que 50% das mães consideram possuir bons conhecimentos relativos à amamentação, porém, apenas 39% foram classificadas com bons conhecimentos, enquanto 52% revelaram dificuldades elevadas. Os conhecimentos foram avaliados tendo por base a sinalização correta da importância da amamentação na primeira hora de vida do bebé por 93% das mães, exclusiva até aos 6 meses (28%), a composição do leite materno e composição imunológica 93%, a maioria das mães considerou saber identificar os sinais da pega correta. Relativamente ao horário da amamentação, 62% ainda considera correto amamentar de três em três horas e 14% defende que o bebé deve mamar 10 minutos em cada mama. Os conhecimentos relacionaram-se significativamente com as mães com ensino superior (x2=17,828; p=0,00) e nas que se encontram a amamentar atualmente (UMW=278,000; p=0,01). As dificuldades mais prevalentes associaram-se às fissuras (56,4%), ingurgitamento mamário (38,5%), mastite (3,8%), dor (40%) e dificuldade na pega (60%), tendo-se constatado diferenças estatisticamente significativas associadas ao ingurgitamento mamário, à mastite e abcesso mamário. Exerce influência nas dificuldades das mães, ter sido informada pelo obstetra (UMW=324,000; p=0,02) e não ter expectativas na primeira amamentação (UMW=521,500; p=0,01). Conclusão: O estudo revela bons conhecimentos globais mas dificuldades elevadas, sendo estas as comumente referenciadas noutros estudos. Face a isto, mantem-se necessário apoiar nas dificuldades vividas durante a amamentação, adequando as estratégias de promoção, proteção e apoio ao AM, para que os resultados possam ser bem-sucedidos. Palavras-chave: aleitamento materno, conhecimentos, dificuldades.
- Cuidados paliativos pediátricos : necessidades formativas, coping e perceção de esperança dos profisssionais de saúdePublication . Paixão, Sara Margarida Barreto; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Cuidar a criança com doença crónica complexa (DCC), limitante ou ameaçadora de vida é uma tarefa desafiante, devido às etapas de desenvolvimento da criança, aos dilemas éticos associados e à falta de formação dos próprios profissionais. A formação e educação são indispensáveis para a tomada de decisão dos cuidados de saúde prestados à criança/família nesta condição. Objetivos: Identificar as necessidades de formação dos profissionais em CPP; determinar as suas estratégias de coping, no cuidar da criança com DCC limitante ou ameaçadora de vida; identificar o seu perfil de esperança e analisar a influência das variáveis sociodemográficas, profissionais e das estratégias de coping e de esperança nas necessidades de formação em CPP. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional realizado numa amostra, não probabilística, de 102 profissionais de saúde, 92,2% do género feminino, 64 enfermeiros, 29 médicos pediatras, 6 assistentes sociais e 3 psicólogas, a desempenhar funções numa unidade hospitalar pública da região Centro de Portugal, com idades entre 25 e 63 anos (Média= 39,9 anos; Dp= 9,6). Utilizou-se um questionário informatizado com recurso ao programa formulários do Google com questões de caracterização sociodemográfica, uma adaptação da escala de necessidades de formação em cuidados paliativos, (Candeias 2009), a Escala de coping (Carver, 1997) validada para a população portuguesa por Pais Ribeiro & Rodrigues (2004) e a Escala de Esperança (do futuro) de (Snyder, 1991) validada para a população portuguesa por Ribeiro, Pedro, & Marques (2006). Resultados: Quanto à necessidade de formação em CPP, 39,2% dos profissionais admitem uma necessidade moderada, 32,4% alta necessidade e 28,4% baixa necessidade. Apenas 10,8% já fizeram formação na área. Ter formação em CPP assumiu-se como a única variável que interferiu nas necessidades de formação dos profissionais em CPP, revelando-se que aqueles que já tiveram formação em CPP manifestam mais necessidades de formação (reconhecimento da necessidade de desenvolvimento de competências em CPP p=0,012). As variáveis preditoras da conceção dos CPP são o planear e o desinvestimento comportamental; as variáveis preditoras dos aspetos emocionais no cuidar são a utilização do suporte social emocional e a religião; a variável preditora do trabalho em equipa é a autoculpabilização; as variáveis preditoras do reconhecimento da necessidade de desenvolvimento de competências em CPP são a motivação para trabalhar diretamente com crianças, com necessidade paliativas e suas famílias e o uso de substâncias (medicamentos/álcool). Conclusão: Recomenda-se que todos os serviços de pediatria possuam profissionais, com um nível básico de formação para atender às necessidades específicas das crianças com DCC limitante ou ameaçadora de vida e família. Constatou-se no estudo, que os profissionais possuem pouca formação o que tem impacto na qualidade de prestação de cuidados e na satisfação profissional, e reconhecem áreas específicas para o desenvolvimento de competências Palavras-chave: Profissionais de saúde; Cuidados Paliativos Pediátricos; Necessidades formativas, Coping; Esperança.
- Cultura de segurança da criança hospitalizada num centro hospitalar da zona centro : perceção dos enfermeirosPublication . Garcia, Catarina Raquel Ferreira; Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A segurança dos doentes é reconhecida como um dos pilares fundamentais da qualidade dos cuidados de saúde, sendo prioritário desenvolver uma cultura de segurança que vise minimizar a ocorrência de erros, favorecendo a aprendizagem com os mesmos. Objetivo: Caracterizar a cultura de segurança da criança hospitalizada, percecionada pelos enfermeiros. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, efetuado numa amostra de 68 enfermeiros a exercer funções em serviços de pediatria/neonatologia (52,9%) e serviços de obstetrícia (47,1%) num centro hospitalar da zona Centro. Os participantes são maioritariamente do sexo feminino (98,5%), com idades entre os 27 e os 56 anos, tendo a maioria entre 3 a 7 anos de experiência na prestação de cuidados à criança (35,3%). Utilizámos uma versão adaptada do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture, (Agency for Healthcare Research and Quality, [AHRQ], 2014). Resultados: Como pontos fortes da cultura de segurança salientaram-se as seguintes dimensões: “trabalho em equipa”,“expectativas do supervisor/ gestor e ações que promovam a segurança do doente”, “aprendizagem organizacional – melhoria contínua” e “feedback e comunicação acerca do erro”. Por outro lado, as dimensões que constituem oportunidades de melhoria foram: “trabalho entre unidades”, “apoio à segurança do doente pela gestão”, “resposta ao erro não punitiva” e “frequência da notificação de eventos”. Os enfermeiros licenciados, com idade ≥ a 38 anos e que não possuem formação em segurança do doente e gestão do risco foram os que evidenciaram uma cultura de segurança superior. Conclusão: Para obter melhores resultados nas áreas identificadas como oportunidades de melhoria é fundamental o envolvimento de todos, pois apenas com uma colaboração conjunta teremos uma cultura de segurança mais enraizada e fortalecida.
- Doença renal infantil : qualidade de vidaPublication . Fernandes, Cátia Alice Pereira; Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca; Duarte, João CarvalhoIntrodução: A crescente incidência de doenças crónicas, nomeadamente a patologia renal, dificulta o desfrutar de uma vida normal, dadas as modificações ocorridas no quotidiano. Objetivos: Caracterizar a qualidade de vida percebida pelas crianças com patologia renal que frequentam campos de férias e analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas. Metodologia: Estudo Ibérico descritivo-correlacional e transversal, misto: quantitativo e qualitativo. A amostra é composta por 29 crianças espanholas e 13 portuguesas, com patologia renal crónica, que frequentaram campos de férias com idades entre 7 e 17 anos. Utilizou-se a escala KINDL (Bullinger & Ravens-Sieberer, 1998a, 1998b), que contempla 7 dimensões: Bem-estar Físico, Bem-Estar Emocional, Autoestima, Família, Amigos, Escola e Situação Clínica. Agregaram-se 6 questões sociodemográficas e um bloco de notas. Resultados: Os participantes revelaram uma perceção positiva da qualidade de vida. A dimensão “Autoestima” foi a melhor percecionada e o “Bem-estar Emocional” a pior. As crianças de nacionalidade espanhola percecionaram melhor qualidade de vida. Relativamente às restantes variáveis, as diferenças não foram estatisticamente significativas. Pela análise de conteúdo efetuada aos testemunhos, emergiram sentimentos positivos, o que nos permite inferir que o campo de férias foi uma atividade que contribuiu para a socialização e melhoria da qualidade de vida das crianças. Conclusão: Estes dados revelam que seria benéfico um acompanhamento individualizado, mais direcionado às necessidades específicas de cada criança, por uma equipa multidisciplinar. Os campos de férias enquanto formativos e lúdicos são essenciais. Palavras-chave: Qualidade de vida; Doença renal; Acampamento.
- Fatores que influenciam a amamentação à alta em recém-nascidos após o internamento numa unidade de apoio perinatal diferenciadoPublication . Almeida, Luísa Isabel Amorim Mota; Aparício, Graça; Duarte, João CarvalhoIntrodução: O leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado a todos os recém-nascidos, salvo raras exceções, sendo uma das formas mais eficientes de suprimir necessidades nutricionais, imunológicas e emocionais do bebé, ainda com maior relevo nos Recém-nascidos doentes e internados em Neonatologia. Inúmeras estratégias hospitalares têm sido implementadas com o objetivo de valorizar a amamentação de recém-nascidos doentes nas Unidades de Apoio Perinatal Diferenciado, promovendo a amamentação e o vínculo afetivo da díade mãe-bebé. Objetivos: Identificar a relação entre as características sociodemográficas maternas, as variáveis obstétricas e clínicas do Recém-Nascidos e os conhecimentos e dificuldades das mães na amamentação à alta de recém-nascidos internados numa Unidade de Apoio Perinatal Diferenciado; Identificar os fatores maternos e do Recém-Nascido que se relacionam com a amamentação á alta do recém-nascidos internados numa Unidade de Apoio Perinatal Diferenciado. Metodologia: Estudo quantitativo, do tipo descritivo analítico-correlacional de corte transversal, realizado numa amostra não probabilística, composta por 100 mães, com média de idade de 29,63 anos (DP= 5,395) que acompanhavam os seus filhos numa Unidade de Apoio Perinatal Diferenciado num hospital público do Norte de Portugal. Para a recolha de dados utilizou-se um questionário de autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação, desenvolvido por Sousa (2014). Resultados: Registou-se um predomínio de mães com o 2º e 3º ciclo do ensino básico, empregadas, a viver numa zona urbana, com companheiro. Do ponto de vista obstétrico, 56% tiveram parto distócico, 69% não frequentaram aulas de preparação para o parto e 51% tinham apenas aquele filho. Clinicamente os bebés nasceram de termo 61% e a patologia mais frequente foi o Risco Infecioso, seguida da prematuridade (32%). Todas as mães consideram que a Unidade de Apoio Perinatal Diferenciado promove a Amamentação e consideraram os enfermeiros como o profissional mais indicado para prestar apoio (92%) e esclarecer as dúvidas (96%). O nível de conhecimentos sobre amamentação foi classificado como suficiente para 48% das mães e 53% apresentaram dificuldades com a amamentação. O estudo revelou ainda que os conhecimentos eram mais elevados nas mães com ensino superior, que tiveram um parto distócico, que tinham apenas um filho, nas mães de recém-nascidos com outras patologias e nas que não tinham amamentado anteriormente. As dificuldades evidenciaram-se nas mães que tiveram parto eutócico e nas que tiveram um filho macrossómico. Conclusão: A passagem do conhecimento do profissional para a capacitação da mãe para a amamentação, sobretudo perante um bebé com patologia é uma tarefa árdua a ser ultrapassada. Os profissionais de saúde deverão iniciar uma reflexão conjunta sobre as suas práticas e formação sobre aleitamento materno, confrontando as simetrias e\ou assimetrias entre os pontos de vista dos enfermeiros e utentes, para melhor serem ultrapassadas as dificuldades. PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento materno; Conhecimentos; Dificuldades; Enfermeiros; Mães; Neonatologia.
- O foco papel parental e o desenvolvimento da prática de enfermagem na parceria de cuidadoPublication . Nunes, Célia Carla de Carvalho; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: As transições no desempenho da parentalidade, vivenciadas durante a hospitalização são muito significativas para o campo de atuação e intervenção autónoma do enfermeiro, pelo que o papel parental constitui um foco relevante em enfermagem pediátrica. Decorrente da introdução dos sistemas de informação em enfermagem nos contextos da prática clinica nacional, da necessidade de adoção da parametrização nacional única para uma linguagem unificada em enfermagem, os enfermeiros necessitam de identificar corretamente os focos da sua atenção, proceder às inerentes intervenções de diagnóstico, construção dos diagnósticos, implementação das intervenções de enfermagem e determinação dos ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem, reflexivos da mestria do cuidar. Tal, exige que os contextos da prática clinica se transformem a ritmos e tempos nem sempre compatíveis com as capacidades individuais e organizacionais instaladas. A investigações-ação é uma opção metodológica que promove o caminhar, assegurando não apenas a visibilidade do exercício profissional mas acima de tudo, a garantia de cuidados de excelência ao cidadão. Neste sentido explora-se a prática profissional na parceria de cuidados focalizando o potencial de participação dos pais nos cuidados e o estímulo que desencadeia o cuidar e sua associação à negociação de cuidados. Objetivos: Quantificar a prevalência de registo do foco papel parental como diagnóstico real e potencial, nos anos 2015 e 2016 no serviço de pediatria do CHTMAD; identificar as barreiras encontradas à elaboração do diagnóstico de enfermagem no foco papel parental; identificar os conhecimentos dos enfermeiros no foco papel parental, padrões de qualidade dos cuidados de enfermagem e indicadores em enfermagem antes e após a formação; caracterizar a parceria de cuidados estabelecida entre enfermeiros e pais da criança hospitalizada; propor indicadores de Enfermagem: Processo, Resultado e Epidemiológicos, no foco papel parental. Metodologia: Estudo de investigação-ação desenvolvido em cinco fases: 1ª Fase - Diagnóstico, 2ª fase - Planeamento da ação, 3ª Fase - Implementação, 4ª Fase - Avaliação, 5ª Fase - Implementação do adquirido. Recolha de dados através de: questionário dirigido aos enfermeiros sobre conhecimento em Padrões de Qualidade, Indicadores de Enfermagem e papel parental antes e após a formação; formulário aplicado aos pais sobre o processo de parceria de cuidados durante a hospitalização; e consulta de dados, recolhidos pela unidade de informática através do programa business intelligence, registados no processo clínico das crianças internadas no serviço de pediatria do CHTMAD sobre o foco papel parental referentes aos anos 2015 e 2016. A amostra é constituída por 15 enfermeiros do serviço de pediatria do CHTMAD alvo de intervenção do programa de formação/implementação, que decorreu de abril a junho de 2016 e por 95 pais acompanhantes das crianças hospitalizadas, alvo da intervenção dos enfermeiros. Resultados: Após a sessão formativa, verificou-se um aumento dos conhecimentos dos enfermeiros no foco papel parental (p=0,001), padrões de qualidade (p=0,005) indicadores de qualidade (p=0,006), e diminuição das dificuldades/barreiras na documentação das práticas de enfermagem (p=0,016). Quanto aos Atributos das crianças - verifica-se que apresentavam uma condição desenvolvimental normal no domicílio e que essas necessidades, embora com frequências menores, se mantêm, no hospital. Contudo, na alimentação (p=0,026), higiene (p=0,032) segurança (p=0,015) e desenvolvimento infantil (p=0,006) as crianças passaram a ter necessidades de tipo especial. Contrariamente às necessidades de sustento, as necessidades complexas mostram um acréscimo no hospital, quanto ao equipamento (32,6%), soroterapia (56,8%), medicação (92,6%), dor (62,1%) e procedimentos de diagnóstico ou tratamento (43,2%). Quanto ao potencial de participação - Os pais, no hospital, revelaram maior potencial de participação nas necessidades de sustento (alimentação, eliminação, higiene, segurança, desenvolvimento infantil). Parte dos pais passam a participar em necessidades especiais, como monitorizar a dor (n=51; 69,9%), uso de estratégias não farmacológicas para eliminar a dor (n=53; 70,7%) e solicitar competências da criança para o autocontrolo da dor (n=38; 84,4%). Quanto ao Estimulo para participar nos cuidados - A maioria dos pais refere que o estímulo para participar nos cuidados às necessidades de sustento/especiais à criança durante a hospitalização assenta na negociação dos cuidados (56,8%). Os cuidados de enfermagem foram orientados para a manutenção do papel parental desenvolvimental/especial. Quanto ao responsável pelo cuidado em função do estímulo e das necessidades da criança - é maioritariamente a mãe a responsável pelo cuidado nas necessidades de sustento, alimentação (40%), eliminação (85,3%), higiene (57,8%), segurança (42,1%) e desenvolvimento infantil (85,3%) com participação por estímulo auto-iniciado (adotação de decisões sem planeamento explícito); sempre que está presente a díade mãe/enfermeiro, o valor mais expressivo recai na negociação de cuidados quer nas necessidades de sustento, como a alimentação (60%), eliminação (14,7%), higiene (42,2%), segurança (57,9%) e desenvolvimento infantil (14,7%), quer nas necessidades especiais/complexas (58,3%) como a medicação (n=34; 100%), bem como no controlo da dor (72,6%); é o enfermeiro o responsável pelo cuidado nas necessidades especiais/complexas, como equipamento (75,0%), soroterapia (98,2%) e procedimentos de diagnóstico/tratamento. As mães mantiveram o seu desempenho no papel parental desenvolvimental, no entanto, participaram em cuidados especiais/complexos, havendo negociação de cuidados para a sua participação (100%), revelando que os cuidados de enfermagem promoveram o papel parental especial. Antes do processo de formação os registos informatizados no Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem eram escassos, em relação à elaboração do diagnóstico no foco papel parental. Após a formação constatou-se um aumento do número de registos de enfermagem no foco papel parental, sobretudo no mês seguinte à sessão de formação. Conclusão: O estudo traz implicações para a prática de enfermagem no que se refere à educação e formação contínua, bem como à assunção da responsabilização e consciencialização dos profissionais sobre o papel parental e sua importância na parceria de cuidados. A intervenção formativa foi relevante na aquisição de conhecimentos dos enfermeiros face à incorporação de melhores práticas no foco papel parental, condição determinante, embora com a sua visibilidade condicionada, na obtenção de ganhos em saúde, o que justifica a proposta de introdução de indicadores de enfermagem. Palavras-chave: Foco Papel Parental; Enfermagem; Parceria de cuidado.