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- Amamentar : quais os contributos das avósPublication . Oliveira, Ana Mafalda Gonçalves; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.RESUMO Enquadramento: O aleitamento materno é fundamental na promoção e proteção da saúde infantil em todo o mundo. Além de biológico, constitui um ato regulado por diversos fatores nos quais se destaca a influência das avós pela transmissão da sua herança cultural. Justifica-se, assim, o trabalho “Amamentar. Quais os contributos das avós?”. Objetivos: Compreender o fenómeno amamentar em mães portuguesas e imigrantes; Identificar os contributos das avós na amamentação percecionados pelas mães portuguesas e imigrantes. Matérias e métodos: O estudo foi realizado no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Baixo Vouga II. Foram 40 as mulheres participantes, portuguesas e imigrantes, que foram mães nos últimos seis meses, que se encontram a amamentar ou amamentaram os filhos e que, aí, recorreram à consulta médica ou de Enfermagem. Na recolha e análise de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo com recurso ao NVivo 9 respetivamente. Resultados: Da análise construíram-se sete categorias: “Motivos para amamentar”; “Vantagens do leite materno”; “Tipos de ajuda percecionados pelas mães relativos à amamentação”; “Crenças e mitos face à amamentação”; “O envolvimento das avós na educação dos netos”; “A avó dá bons conselhos” e “Influência das avós na decisão e manutenção da amamentação”. Conclusão: As mães sentem a influência das avós na amamentação das suas crianças o que lhes transmite maior segurança e confiança nesta prática. Considera-se fundamental que os enfermeiros promovam, protejam e apoiem o aleitamento materno não só junto das puérperas mas também das famílias, nomeadamente das avós. Palavras-chave: amamentação; contributos das avós.
- Auto-percepção materna das competências no cuidar do recém-nascido de termoPublication . Ferreira, Susana Cristina Gomes; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Cuidar do recém-nascido (RN) no domicílio é uma experiência exigente que envolve os pais, altura que enfrentam muitas dificuldades relacionadas com o desenvolvimento de competências cuidativas. Objectivos: Analisar o nível de competências maternas auto-percebidas (CMAP) das puérperas no cuidar do RN de termo entre as 24 e as 72 horas pós-parto, quanto às dimensões cognitivo-motora e cognitivo-afectiva. Avaliar o nível de conhecimento das puérperas relativamente ao transporte seguro do RN de termo. Determinar a relação entre as variáveis sócio-demográficas e obstétricas e a CMAP das puérperas no cuidar o RN de termo. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal. A amostra é constituída por 212 puérperas internadas no serviço de Obstetrícia de um Centro Hospitalar da região centro de Portugal. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário subdividido em três partes: dados sócio-demográficos e obstétricos, dados sobre o transporte do RN e Escala de Auto-percepção Materna das Competências Cuidativas Neonatais de Santos & Mendes (2004). Resultados: A maior parte das puérperas (55,7%) apresenta um alto nível de competência cuidativa, no entanto, 35,4% apresenta um baixo nível e 9% um nível moderado, sendo que a dimensão cognitivo-motora apresenta uma média mais alta que a dimensão congnitivo-afectiva. Uma alta percentagem de puérperas (34%) apresenta um baixo nível de conhecimento sobre o transporte do RN. São as puérperas que têm algum conhecimento sobre a legislação relativa ao transporte do bebé no automóvel que referem uma maior CMAP em relação à “higiene e conforto”, “manutenção da temperatura corporal” e “ evitar os perigos”. As variáveis gravidez planeada, gravidez desejada e aceitação da gravidez influenciam a CMAP. Também, as mulheres imigrantes apresentam uma maior CMAP no que se refere à “alimentação”, “evitar os perigos”, “sono e repouso” e “comunicação/estimulação”. São as mulheres com menos habilitações literárias (até ao 9º ano) as que mostram uma maior CMAP na “alimentação” e na “comunicação/estimulação”. Ainda, as puérperas que vivem com o companheiro/filhos e as que têm mais filhos ostentam uma maior CMAP em todas as subescalas. De igual forma, a experiência prévia com bebés relaciona-se positivamente com a CMAP em todas as subescalas. As mulheres que vigiaram a gravidez numa instituição de carácter público, apresentam uma maior CMAP em cinco das seis subescalas (“evitar os perigos”, “alimentação”, “manutenção da temperatura corporal”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação”). Nestas quatro últimas subescalas são as mulheres que vigiaram a gravidez no privado as que apresentam a menor CMAP. Inexplicavelmente as mulheres que realizaram preparação para o parto mostram uma menor CMAP nas subescalas “alimentação”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação” que aquelas que não a realizaram. As variáveis em estudo, idade, estado civil, actividade laboral, tipo de parto actual, problema de saúde, aleitamento materno e vigilância da gravidez, não influenciam a CMAP. Conclusão: Neste estudo analisamos a auto-percepção das mães acerca do seu nível de competência e os factores que nela interferem, permitindo posteriormente dirigir os ensinos efectuados ao longo do internamento. Palavras-chave: Auto-percepção Materna, Competências Cuidativas, Recém-nascido.
- Determinantes da qualidade de vida em mulheres com incontinência urináriaPublication . Fernandes, Susana Filipa Pinto; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A incontinência urinária provoca alterações profundas nas várias dimensões da vida de uma mulher, quer pelas limitações fisiológicas impostas pela doença, quer pelo confronto psicológico face à inibição social e familiar, o que determina implicações na sua qualidade de vida (QDV). Objetivos: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária; analisar em que medida as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas interferem na QDV das mulheres com incontinência urinária; verificar se os estilos de vida têm efeito significativo na QDV destas mulheres; analisar a influência do tipo de incontinência urinária na sua QDV; determinar se o estado depressivo influencia a QDV das mulheres com incontinência urinária. Métodos: Optou-se por um estudo não experimental, de natureza quantitativa, do tipo descritivo-correlacional e explicativo. Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de colheita de dados é constituído por um questionário (caracterização sociodemográfica, obstétrica e ginecológica, estilos de vida) e escalas (Escala do Impato da Incontinência (ICIQ-SF Short Form), Valorização da Incontinência Urinária, King’s Health Questionnaire, Inventário de Depressão de Beck). O tipo de amostragem é não probabilístico por conveniência, constituído por mulheres, utentes de um Centro de Saúde e de um Hospital da região centro do país, tendo participado 305 mulheres, com idades compreendidas entre os 29 e os 75 anos. Resultados: De um modo geral, as mulheres em estudo revelaram moderada QDV, afirmando que a incontinência urinária tem impato na sua vida, sobressaindo as que têm incontinência urinária de esforço. Quanto aos resultados relativos às subescalas da QDV, na generalidade, estas são influenciadas pelas seguintes variáveis: idade, nacionalidade, situação profissional atual, área de residência, índice de massa corporal, número de filhos, lesões pélvicas no trabalho de parto, peso da criança à nascença, anos de perda de urina, exercício físico, incontinência urinária de esforço e incontinência urinária de urgência, ingestão de líquidos, hábitos tabágicos. O tipo de parto não interferiu em nenhuma subescala da QDV. Conclusão: Este estudo indicou que as mulheres com incontinência urinária de esforço apresentaram um impato moderado desta patologia na sua QDV. Palavras-chave: Incontinência urinária; Mulher, Determinantes da Qualidade de Vida.
- Diferentes olhares sobre a presença de uma pessoa significativa no parto : visão da puérpera, pessoal de saúde, pessoa significativaPublication . Pinheiro, Sofia Catarina Martins; Coutinho, Emília Carvalho, orient.Enquadramento: O parto é um processo natural que envolve fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. Assim, constituiu para a mulher/família uma experiência de impacto emocional significativo. O processo de humanização do parto e nascimento promove o envolvimento afetivo da parturiente como sujeito ativo capaz de escolhas, contribuindo para que ela tenha consciência dos seus direitos e da sua autonomia. A presença de uma pessoa significativa está patente na humanização do parto, sendo expressa pela satisfação das mulheres com o parto. Para o profissional que pretende uma atuação humanista, respeitar, entender os direitos, as necessidades e limites do ser humano é condição indispensável para uma assistência humanizada e de qualidade. Desta forma torna-se fundamental que os enfermeiros de Saúde Materna e Obstetrícia, enquanto prestadores de cuidados, conheçam as vivências que têm as parturientes e acompanhantes ao longo do trabalho de parto e parto, e por tal, melhorem a qualidade da assistência. Objetivo: Compreender o significado atribuído pela parturiente, pessoa significativa e enfermeiro especialista de saúde materna e obstetrícia à presença de uma pessoa significativa no parto. Material e métodos: Estudo de natureza qualitativa, com abordagem descritiva, baseado na recolha de informação detalhada, pela aplicação de uma entrevista semiestruturada. A amostra é constituída por três grupos de participantes, 10 puérperas; 10 pessoas significativas e 8 enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia. Resultados: Os resultados deste estudo permitiram compreender que as vivências do trabalho de parto e parto pela puérpera não divergem muito da pessoa significativa que está cada vez mais preocupado em estar junto da mulher, partilhando as suas vivências. Por sua vez o enfermeiro, embora reconheça a importância do papel da pessoa significativa, ainda necessita de maior sensibilização para a relevância da presença do acompanhante, bem como da forma como lidar com esta presença, fazendo com que este se sinta parte integrante do processo. Conclusão: O apoio emocional de um acompanhante à escolha da parturiente é essencial para que a mulher possa conviver melhor com a dor e ansiedade, durante todo o processo do trabalho de parto e parto. O conhecimento das vivências das puérperas, pessoas significativas e enfermeiros sobre os cuidados ao longo do trabalho de parto, permite que os enfermeiros mudem a visão em relação à pessoa significativa, procurando a melhoria contínua da assistência humanizada e satisfação durante o parto. Palavras-chave: Parto; Humanização; Pessoa significativa.
- Factores associados com o baixo peso ao nascerPublication . Araújo, Lúcia Margarida Correia Reis Sousa; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O baixo peso ao nascer é um fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal, e um indicador geral do nível de saúde de uma população. Associa-se a baixos níveis de desenvolvimento socioeconómico, características maternas e de assistência materno-infantil. Objectivos: Analisar a influência das variáveis sociodemográficas, obstétricas e de assistência pré-natal ao baixo peso ao nascer. Métodos: Estudo transversal, descritivo correlacional e prospetivo. A amostra é não probabilística intencional, constituída por 1846 puérperas, em que 161 apresentam recémnascidos de baixo peso ao nascer. Foi utilizado um questionário aplicado entre Março de 2010 e Maio de 2012, em 26 instituições de saúde públicas portuguesas. Resultados: O baixo peso ao nascer, teve associado: idade gestacional ≥41semanas (p=0,000), sem risco obstétrico(p=0,001), sem risco obstétrico/gravidez não planeada (p=0,036), risco obstétrico/idade materna de risco(p=0,007), risco obstétrico/primeira consulta tardia (p=0,036), sem risco sociodemográfico/Idade gestacional de termo(p=0,000), Risco sociodemográfico/Idade gestacional de termo(p=0,007), risco na assistência prénatal/ idade materna de risco(p=0,020), sem risco na assistência pré-natal/idade gestacional de termo (p=0,000), idade materna de risco/número gestações de risco(p=0,021); baixa escolaridade/rendimentos ≤1000€ (p=0,036), baixa escolaridade/desemprego (p=0,044), número filhos de risco/idade gestacional de termo (p=0,000), patologias na gravidez/idade gestacional de termo (p=0,000), patologias prévias/idade gestacional de termo(p=0,000), e com erro de 10% à baixa escolaridade (p=0,074), não planeamento da gravidez (p=0,089), primeira consulta ˃12semanas (p=0,067), baixa escolaridade/intervalo interparto de risco (p=0,079), baixa escolaridade/sem companheiro(p=0,068). Conclusão: A determinação dos fatores que favorecem o aparecimento do baixo peso ao nascer é fundamental para o planeamento e desenvolvimento de ações no âmbito da saúde materno-infantil. Palavras-chave: Baixo Peso ao Nascer; Recém-nascido; Fatores de Risco; Fatores Socioeconómicos; Assistência pré-natal; Gravidez.
- Influência da preparação para o parto na percepção dos cuidados culturais das puérperas da região norte de PortugalPublication . Morais, Carla Andreia Rodrigues Almeida Tunes; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A preparação para o parto enquanto momento de educação para a saúde durante a gravidez devem ser entendidas como algo que permite à mulher encarar e perceber esta fase, bem como aumentar o seu conhecimento e competências enquanto grávida, para que a sua perceção dos cuidados culturais seja a melhor possível, e assim, vivenciar esta experiência sem dúvidas, receios e medos. Objetivos: São objetivos para este estudo determinar a influência das variáveis sociodemográficas e obstétricas na realização de preparação para o parto; analisar a influência da preparação para o parto na perceção dos cuidados culturais e ainda a influência das variáveis sociodemográficas e das variáveis obstétricas na perceção dos cuidados culturais das puérperas da região Norte de Portugal. Métodos: Estudo de natureza epidemiológica, quantitativo, descritivo, correlacional do tipo explicativo, aplicado a 1000 puérperas das maternidades do norte de Portugal, utilizando um questionário e recorrendo à Escala de Perceção dos Cuidados Culturais. Resultados: A amostra deste estudo caracteriza-se por se encontrar em idade reprodutiva, empregadas, casadas, provenientes do meio urbano. Na sua maioria primigestas, revelando uma gravidez vigiada antes do 1ºtrimestre no Serviço Nacional de Saúde. O parto eutócico com recurso à analgesia epidural foi o mais praticado, e 39,6% das puérperas realizaram preparação para o parto. As puérperas que realizaram a preparação para o parto encontram-se em idade reprodutiva, possuem um nível de habilitações literárias elevado, são provenientes do meio urbano e empregadas, revelaram melhor perceção dos cuidados culturais, relativamente ao atendimento personalizado, significado tempo, importância da privacidade e comunicação. Conclusão: A adesão à preparação para o parto por parte das puérperas das regiões Norte de Portugal é bastante reduzida quando comparada com outros países. A sua realização pode diminuir o número de partos instrumentados bem como o número de cesarianas e promover uma melhor perceção dos cuidados culturais durante o trabalho de parto. É necessário fomentar a realização destas aulas, não só, nos meios urbanos, mas também nos meios rurais, assim como, entender o porquê de as mulheres que vigiaram a gravidez no Serviço Nacional de Saúde não aderirem as aulas de preparação para o parto. Palavras-chave: Gravidez; aulas de preparação para o parto; perceção dos cuidados culturais.
- Perceção do bem-estar sexual e qualidade de vida da mulher com incontinência urináriaPublication . Freire, Raquel Carvalho Rodrigues; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A incontinência urinária (UI) é um problema comum entre as mulheres de todas as idades, constitui um problema clínico major, e representa uma causa significativa de insatisfação sexual e deterioração da qualidade de vida (QDV). Objetivos: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com IU; analisar em que medida as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas e os estilos de vida interferem com a QDV das mulheres com IU; analisar a influência do impacto e da valorização da IU na QDV das mulheres; determinar se a satisfação sexual influencia a QDV das mulheres com IU. Métodos: Optou-se por um estudo não experimental, de natureza quantitativa, do tipo descritivo-correlacional e explicativo. Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de colheita de dados é constituído por um questionário (caracterização sociodemográfica, caracterização obstétrica e ginecológica, estilos de vida) e escalas [Escala do Impacto da Incontinência (ICIQ-SF Short Form), Valorização da Incontinência Urinária, Questionário de King’s Health Questionnaire (KHQ), Escala da Sexualidade]. O tipo de amostragem utilizado foi o não probabilístico por conveniência, constituído por 305 mulheres, utentes de um Centro de Saúde e de um Hospital da região centro do País , na faixa etária dos 29 aos 75 anos. Resultados: Na generalidade, as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas e os estilos de vida interferem na QDV das mulheres com IU; na amostra em estudo, há mulheres com uma QDV fraca e moderada, ainda que a maioria a tenha percecionado como elevada; a maioria das mulheres referiu que a IU tem impacto na sua vida, bem como apresentava incontinência urinária de esforço; maioritariamente, as mulheres não molham a cama, não perdem urina durante a relação sexual, não têm infeções urinárias, dores na bexiga, nem têm problemas relacionados com a perda de urina; a maioria das mulheres com uma QDV fraca e a maioria das mulheres com uma QDV moderada revelou uma sexualidade fraca, enquanto a maioria das mulheres com uma QDV elevada apresentou uma sexualidade alta; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevada é a perceção de saúde; quantos mais filhos tiveram, mais idade e quanto maior é a incontinência de urgência, maior é a perceção da saúde; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevado é o seu impacto na QDV; quanto maior a estima sexual, quanto maior é a incontinência de esforço, a preocupação sexual e o número de vezes que esteve grávida, maiores são as suas limitações e maior é o seu impacto na QDV; quanto maior a incontinência de esforço na mulher, mais elevadas são as limitações físicas; quanto maior o impacto na incontinência e maior a incontinência de urgência, maiores são as limitações físicas; quanto maior é a incontinência de esforço, a idade e o IMC mais elevadas são as limitações sociais nas mulheres. Inferiu-se que quanto maior é o impacto da IU, mais elevadas são as relações pessoais; quanto maior a incontinência de esforço, os anos de perda de urina e o total da sexualidade, mais afetada é a relação pessoal, mais afetadas estão as emoções, mais sonolência têm as mulheres, e maior é a deterioração da QDV. Conclusão: Concluiu-se que nas mulheres com IU estão afetados vários domínios da sua existência, o que interfere na sua QDV. Palavras-chave: Incontinência urinária; Mulher, Bem-Estar Sexual; Qualidade de Vida.
- Percepção de cuidados culturais no parto de imigrantes em PortugalPublication . Garcia, Esther Carril; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A imigração tal como o parto são processos de transição. Neste sentido, as parturientes imigrantes poderão viver situações de ansiedade, e a forma como percepcionam os cuidados que lhes são prestados pode variar consideravelmente num leque de significados diversos mais ou menos gratificantes, ou pelo contrário, mais ou menos constrangedores. Desta forma tornase fundamental que os enfermeiros de Saúde Materna e Obstetrícia, enquanto prestadores de cuidados, conheçam as percepções das imigrantes parturientes ao longo do trabalho de parto e parto,por forma a evitar interpretações erróneas que obstaculizam a prestação de cuidados culturalmente congruentes. Objetivo: Analisar a percepção em cuidados culturais de puérperas imigrantes durante o trabalho de parto Participantes e métodos: Estudo observacional de natureza quantitativa, transversal, de carácter descritivo-correlacional, inserido num projeto de doutoramento. A amostra é constituída por 868 parturientes imigrantes internadas em 34 maternidades/hospitais com maternidade portuguesas, da região Norte, Centro, Sul e Grande Lisboa. O instrumento de recolha de dados permite caracterizar a amostra nas variáveis sociodemográficas, maternas/obstétricas e de vigilância da gravidez. O protocolo inclui ainda a escala de percepção de cuidados culturais de Parreira (2010). Resultados: As puérperas com 36 anos ou mais, as que possuem habilitações literárias de nível superior, que foram assistidas em maternidades da região da Grande Lisboa, com rendimento mensal familiar inferior a 500 euros, com índice de aglomeração fraco, que vigiaram a gravidez, que não tiveram acompanhamento por pessoa significativa, que não tiveram analgesia e que não assistiram às aulas de preparação para o parto discordaram de ter afirmaram não ter sido alvo de cuidados culturais apropriados ao invés das que planearam a gravidez. Por sua vez, as participantes cuja gravidez foi vigiada, que tiveram acompanhamento por pessoa significativa, que receberam analgesia, que assistiram às aulas de preparação para o parto e as que foram assistidas na região do Centro, ainda que tenham sido alvo de cuidados culturais apropriados não o foram em relação à comunicação, ambiente, cultura material e tempo. Conclusão: Parte de imigrantes que se encontram numa situação de maior vulnerabilidade discorda ter sido alvo de cuidados culturalmente apropriados, o que poderá traduzir uma deficiente sensibilidade e treino cultural dos enfermeiros especialistas de Saúde Materna e Obstetrícia, no cuidar durante o trabalho de parto e parto, no sentido de ir ao encontro das necessidades percepcionadas durante o trabalho de parto e parto, pelo que propomos formação em serviço porforma a eliminar os obstáculos à prestação de cuidados culturalmente congruentes. Palavras-chave: Percepção de cuidados culturais, Trabalho de parto, Imigração.
- A perda gestacional e o processo de luto : quando o início é o fim da vidaPublication . Dias, Marilin Cristina Martins; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.O fenómeno da perda gestacional constitui um acontecimento doloroso e terrível para quem o vivencia, gerador de um grande sofrimento, de fortes emoções e de acentuadas dificuldades adaptativas. É na procura da compreensão deste fenómeno que se enquadra a presente investigação, tendo sido definidos como principais objetivos do estudo: compreender o significado atribuído pela mulher à vivência da perda gestacional; compreender as reações da mulher à perda gestacional; identificar as experiências subjetivas da mulher que vivencia uma perda gestacional face aos cuidados de enfermagem; e compreender o significado atribuído pela mulher que vivencia uma perda gestacional ao desempenho dos enfermeiros. Por se tratar de um estudo de natureza qualitativa, de abordagem fenomenológica, assente nos pressupostos de Max Van-Manen, foram consideradas as experiências vividas por 14 mulheres que experienciaram o fenómeno da perda gestacional e o processo de luto há mais de 2 meses. A recolha de dados decorreu entre Agosto de 2011 e Maio de 2012, através da realização de entrevistas semi-estruturadas. Pode-se concluir que, independentemente da idade gestacional aquando da perda, esta é sempre geradora de sentimentos muito dolorosos e penalizadores; que todas as mulheres valorizaram o papel dos enfermeiros, percecionando contudo que as atitudes tomadas por estes nem sempre foram de encontro às suas necessidades; e que este tipo de experiência tem repercussões profundas para a vida da mulher/casal, influenciando até a vivência de gravidezes futuras. Só a compreensão do fenómeno da perda gestacional e do processo de luto assente na perceção e significação atribuída pelas mulheres, dotará os profissionais de saúde e particularmente os enfermeiros de conhecimentos que lhes permitirão adotar atitudes e comportamentos adequados e culturalmente congruentes tendo em conta a especificidade e individualidade de cada mulher/casal/família Palavras-chave: Perda Gestacional, Mulher, Processo de Luto, Cuidados de Enfermagem.
- Perda gestacional e processo de luto : vivências do enfermeiro especialista de saúde materna e obstetríciaPublication . Monteiro, Vera Lúcia Rocha; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Quando inesperadamente a morte inverte o ciclo vital, esta afigura-se habitualmente como um cataclismo na vida das pessoas. O conhecimento da perda gestacional frequentemente ocorre em ambiente hospitalar implicando o envolvimento de profissionais de saúde, e nomeadamente do Enfermeiro Especialista de Saúde Materna e Obstétrica. Faz parte da sua missão prestar cuidados de enfermagem dignos e culturalmente congruentes, assumindo as suas responsabilidades, aprofundando conhecimentos e adquirindo competências, pois a sua atuação influencia a forma como as mulheres/casais vivenciam essa perda e a forma como a ultrapassam. Este estudo tem como objetivos: Compreender o significado atribuído pelos enfermeiros ao cuidar em situação de perda gestacional e processo de luto; Compreender as reações/ações dos enfermeiros perante casais que vivenciam uma situação de perda gestacional; Identificar os constrangimentos vividos pelos enfermeiros no cuidar em situação de perda gestacional e Identificar as necessidades de formação dos enfermeiros para cuidar em situação de perda gestacional. A presente investigação insere-se no paradigma qualitativo, com uma abordagem fenomenológica. A amostra é constituída por 10 enfermeiros Especialistas de Saúde Materna a exercer funções na Maternidade Bissaya Barreto. O instrumento de colheita de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada. Na análise recorreu-se ao método fenomenológico de Max van Manen. A perda gestacional é encarada pelos enfermeiros como a perda de um sonho, a quebra de expectativas que a grávida/casal tinha, um projeto a dois que fica inacabado. Esta situação provoca sentimentos de frustração e incómodo e leva os profissionais a questionarem-se sobre as atitudes a ter. Referem dificuldades em gerir os seus sentimentos e não saberem o que fazer para ajudar. Consideram a formação nesta área muito importante para poder ajudar os pais enlutados referindo que a experiência e as características pessoais são determinantes na sua prestação de cuidados. Palavras-chave: Perda Gestacional; Enfermeiro; Cuidados de Enfermagem.