Browsing by Author "Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient."
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- Adolescentes e sexualidade : conhecimentos e atitudesPublication . Correia, Toni Fernando Aguilar; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Emergem preocupações com todas as dimensões da sexualidade e com o contributo que cada um dos agentes educativos deve dar para a formação de adolescentes responsáveis nas suas escolhas e respeitadores da dignidade da pessoa humana. Objetivos: Descrever as características sócio-demográficas, familiares e de carácter sexual da população em estudo; Identificar os conhecimentos que os adolescentes possuem acerca do planeamento familiar; Caracterizar as atitudes adotadas pelos adolescentes face ao preservativo e pílula; Analisar a influência das variáveis sociodemográficas, das variáveis contextuais à sexualidade e conhecimentos sobre planeamento familiar nas atitudes face ao preservativo e à pílula. Material e métodos: Este estudo, caracteriza-se como sendo do tipo descritivo correlacional não experimental efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística por conveniência é constituída por 1216 adolescentes que frequentam o 9º Ano de Escolaridade em Escolas Públicas Portuguesas, enquadrado no projeto PTDC/CPECED/ 103313/2008. Resultados: Tiveram relações sexuais 15,1% dos rapazes e 10,5% das raparigas. Face ao preservativo, são os adolescentes com 14 anos que apresentam maior percentagem de atitudes muito adequadas (20,6%) e de atitudes inadequadas (21,3%). A maioria dos adolescentes que considera importante utilizar o preservativo apresenta atitudes inadequadas face à pílula (48,5%). A idade (p=0,242) e a residência (p=0,719) não influenciam as atitudes face ao preservativo; O sexo (p=0,038) influencia as atitudes face ao preservativo; A idade (p=0,324), a residência (p=0,862) e a idade de início das relações sexuais (p=0,222) não têm influência nas atitudes face à pílula; O sexo influencia as atitudes face à pílula anticoncetiva; Apresentam menor culpabilidade face ao preservativo os adolescentes que têm o pai (p=0,030) e o namorado (a) (p=0,023) como interlocutores sobre sexualidade; As variáveis de contexto não têm efeito significativo sobre as atitudes face à pílula anticoncetiva (p0,05). Verificou-se a existência de mais atitudes de culpabilidade e funcionalidade face ao preservativo e pílula anticoncetiva entre os adolescentes que possuem fracos conhecimentos sobre planeamento familiar. Conclusão: A educação sexual deve constituir uma aposta dos profissionais de saúde, pois pode ser considerada a principal forma de prevenir comportamentos de risco, não devendo esta abordar unicamente os métodos contracetivos Palavras-chave: Adolescência, Sexualidade, Contraceção.
- Atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetalPublication . Fróis, Deolinda Maria Rodrigues Gonçalves Silva; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A possibilidade de existir uma doença genética ou malformação fetal é semelhante em todos os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, porém o acesso a cuidados de saúde que permitam o seu diagnóstico e enquadramento legal que possibilite a interrupção da gravidez são bastante diferentes. Objetivos: Conhecer as atitudes das grávidas, verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, obstétricas, psicológicas e funcionalidade familiar e as atitudes das grávidas face à possibilidade de interrupção da gravidez por malformação fetal. Obter informações que visam uma melhoria da qualidade assistencial. Métodos: É um estudo transversal, quantitativo, correlacional, realizado através da aplicação de um questionário a 145 grávidas que aguardavam exame ecográfico de rotina durante a gestação. Resultados: Pela análise dos dados a idade média da nossa população é de 29,22 anos sendo o grupo etário mais representado dos 20-35 anos (84,8%), 97,9% das grávidas são de nacionalidade Portuguesa e 95,9% caucasianas.47,6% têm o 2º ciclo; 78,6% empregadas; 81,4% casadas e 77,9% planearam a gravidez, encontrando-se 70,3% no 1ºtrimestre. 61,4% São primíparas e 77,2% não tem antecedentes de interrupção de gravidez. O autoconceito médio total da amostra [75 ± 7,15] é normal, dois terços da amostra não são vulneráveis ao stress. A maioria das inquiridas (80,7%) entende ter uma família altamente funcional. Das grávidas do estudo 41.38% apresentam atitude pouco favorável à interrupção da gravidez por malformação fetal, 19,31% atitude favorável e 39.31% atitude muito favorável. A maturidade psicológica (β=-0,262;p=0,001), apgar familiar (β=-0,212;p=0,08) e a carência de apoio social (β=0,169;p=0,016) são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem pessoal e social”; A idade e a aceitação/rejeição social são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem fetal”; O apgar familiar (β=-0,268;p=0,001) e a maturidade psicológica (β=-0,22;p=0,006) são preditores das atitudes de uma forma global. As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional (X2= 8,85; p= 0,012) Conclusão: As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional da mulher, maturidade psicológica e apgar familiar factos a considerar no âmbito da vigilância pré-natal. Palavras-chave: Atitudes; Malformação fetal; Interrupção da gravidez.
- Atitudes dos adolescentes face à sexualidade : algumas variáveis intervenientesPublication . Marques, Ana Lúcia Oliveira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Quando procuramos compreender a sexualidade adolescente, temos que considerar aspetos biológicos, como o genótipo e aspetos sociais, como a família, o grupo, a sociedade e a cultura onde cada individuo se encontra inserido. Os desafios que se colocam aos adolescentes, neste âmbito, são muitos e podem levar à adoção de atitudes e condutas sexuais com implicações na sua saúde, quer a nível físico, psicológico ou social. Objetivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e as atitudes face a sexualidade, a motivação para fazer ou não fazer sexo, a cultura organizacional da família e os conhecimentos sobre contraceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo correlacional e explicativo transversal com uma amostra não probabilística por conveniência de 809 estudantes a frequentar escolas profissionais da região centro. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a escala de atitudes face à sexualidade (Nelas et al, 2010), a escala de motivação para fazer ou não fazer sexo de Alfares (1997) cit in Gouveia et al (2010), a escala de atitudes face ao preservativo e à pilula de Ramos et al (2008) e o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007). Resultados: A amostra é constituída por 343 jovens do sexo feminino e 466 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e os 23 anos. São, na sua maioria solteiros (96,9%), portugueses (84,5), moram na aldeia (61,6%), são caucasianos (83,2%) e católicos (91,4%). A idade mínima de início das relações sexuais foi 12 anos nas raparigas e 10 nos rapazes e a máxima foi 20 anos nas raparigas e 21 nos rapazes. 63,0% dos estudantes já iniciaram as relações sexuais. Existem diferenças estatisticamente significativas entre o estado civil, o curso, a organização da família, a motivação para fazer e não fazer sexo e as atitudes face à sexualidade. Conclusão: Perceber as atitudes dos jovens, face à sexualidade, implica conhecer as variáveis que as podem influenciar, nomeadamente a cultura familiar, a área de formação, a idade e o género, pois interferem significativamente nas mesmas. Sempre que se criem programas de educação sexual nas escolas profissionais, estas variáveis devem ser consideradas. PALAVRAS-CHAVE: jovens, sexualidade, atitude, motivação, métodos contracetivos, família.
- Atitudes maternas face à amamentaçãoPublication . Fernandes, Cláudia Sofia Fialho Nisa; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, orient.Enquadramento: Verifica-se que a amamentação para além de nutrir, protege e favorece o desenvolvimento cognitivo, a criação do vínculo afectivo entre mãe e filho. É um momento único e rico de carinho, afecto, doação e troca. O aleitamento materno (AM) depende de vários factores, tais como: sócio culturais, profissionais, nível de educação e da acção dos profissionais de saúde e dos media e reúne benefícios para a criança, mãe, família e sociedade. Objectivos: É nossa intenção com este estudo, determinar se o perfil sócio demográfico, as variáveis obstétricas, o aleitamento materno e o contacto pele a pele na primeira horas de vida e o alojamento conjunto influenciam as atitudes maternas face à amamentação. Métodos: Trata-se de estudo de natureza quantitativa, transversal, de carácter descritivo correlacional e explicativo, sendo a amostra não probabilística por conveniência (n=312). A recolha de dados efectuou-se através de um questionário sócio demográfico, o inventário do afecto materno e a escala de atitudes maternas face à amamentação. Foi aplicado às mães na consulta de saúde infantil dos 2 anos de idade, no período de 1 de Outubro de 2010 a 30 de Dezembro de 2011 nos centros de Saúde dos concelhos da Covilhã, Fundão, Guarda e Viseu. Resultados: O estudo realizado permitiu verificar que as mulheres com melhores atitudes maternas face à amamentação são as que têm idades entre os 19-35 anos, casadas/união de facto, residentes em vila, com ensino superior e trabalhadores qualificados, numa situação profissional empregada a tempo inteiro. O estado civil e a escolaridade o nº de gestações anteriores, o tipo de parto, o tipo de gravidez (termo/prematuridade) a existência de filhos com amamentação anterior, o tempo de amamentar e a introdução da chupeta, são preditoras das atitudes maternas face à amamentação. Conclusão: Embora o aleitamento materno seja um processo biologicamente determinado é influenciado pelo ambiente que rodeia a mulher, o número de gestações anteriores, o tipo de parto, o contacto pele a pele, bem como algumas características sócio demográficas. Assim, estas variáveis devem ser consideradas nas políticas de promoção do aleitamento materno. Palavra-chave: Amamentação, Atitudes Maternas.
- Conhecimento sobre sida e sexualidade dos adolescentesPublication . Bento, Ermelinda Manuela Teixeira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, co-orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) assume-se como o mais grave problema de saúde pública da era moderna, apelidada pela OMS como a Primeira Crise Mundial da Saúde é uma doença que transpõe a sua índole de patologia do sistema imunitário anunciando-se como uma doença social, de índole comportamental que tem nos adolescentes um dos grupos de maior vulnerabilidade. De acordo com os dados da UNAIDS (2012), o grupo etário dos 15 aos 24 anos representa o agregado de maior contaminação, atingindo 41% dos novos casos. A adolescência é uma fase de mudanças, de descobertas, de conquista de autonomia e de construção de uma nova identidade em que uma nova sexualidade se vai moldando e tomando forma de vivência em vivência, de descoberta em descoberta, num contexto por vezes pouco favorável, determinado pela sua imaturidade, comportamentos sexuais de risco e por uma informação ineficiente, não legitimada, que obtiveram e utilizam de forma oculta. Foi neste contexto que se delineou o objectivo geral deste estudo, determinar as relações de causalidade entre as variáveis sociodemográficas, de contexto escolar, de contexto familiar, variáveis psicológicas e as atitudes face à sexualidade com o nível de conhecimentos sobre Sida dos adolescentes do ensino secundário do distrito de Viseu. Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 971 adolescentes, do 10º, 11º e 12º ano. Os inquiridos têm idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos, com uma média de 16,80 anos, com um desvio padrão de 1,38. Vivem maioritariamente em meio rural (66,40%), em agregados familiares com rendimento mensal médio alto ou alto (56,70%). Para avaliação dos conhecimentos foi utilizada a Escala de Conhecimentos sobre Sida para Adolescentes (Zimet et al. 1998) que validamos para a população portuguesa com propriedades psicométricas que certificam a sua validade; índice de fiabilidade, calculado pelo método das metades de Split Half apresenta um alfa de Cronbach global = 0,875; primeira metade =0,817;segunda metade=0,752. Os adolescentes que apresentam um maior nível de conhecimentos sobre Sida são do sexo feminino (t=5,25; p=0,000), têm 17 anos (F=5,63; p=0,004) e vivem em agregados com rendimentos rendimento médio alto e alto. (t=-2,05; p=0,040). Os adolescentes do 12º ano são os que revelam mais conhecimentos ( =15,62±4,51) e as diferenças situam-se entre os do 10º, e os dos 11º e 12º anos com probabilidades respectivamente de (p=0.009) e (p=0.000). Os alunos que nunca chumbaram possuem médias de conhecimentos mais elevados com significância estatística (t=5,75; p=0,000). Os jovens com baixa auto-estima possuem menos conhecimentos (X 2=26,425; p=0,000), sendo as diferenças obtidas registadas entre os de baixa e elevada auto-estima (p=0.000). Os resultados obtidos pela regressão múltipla indicam como variáveis preditivas do conhecimento as atitudes face à sexualidade (0,329), a impulsividade/actividade (0,152) e a autoeficácia (0,068) revelando que a mais conhecimentos sobre Sida corresponde um melhor autoconceito, melhor auto-eficácia e melhores atitudes face à sexualidade. A análise dos resultados obtidos leva-nos a concluir que o conhecimento, condição essencial para uma tomada de decisão responsável, é influenciado por muitos factores intrínsecos e extrínsecos às vivências do adolescente das quais destacamos o sexo, a idade, o contexto familiar e escolar, a auto-estima e o auto-conceito e as atitudes face à sexualidade. Palavras-chave: Conhecimentos sobre Sida, adolescência, auto-estima, auto-conceito, atitudes face á sexualidade.
- Cultura organizacional da família e sexualidade na adolescênciaPublication . Grilo, Célia Maria Jesus Ferreira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A adolescência é uma etapa da vida que se caracteriza pela progressiva aquisição de autonomia e mudanças nas relações familiares, mas também muitas vezes por imaturidade emocional e susceptibilidade à influência de pares que facilmente podem resultar na adoção de comportamentos e atitudes considerados de risco para a sua integridade. Objectivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e de contexto sexual, a cultura organizacional da família e as atitudes adotadas pelos adolescentes face a sexualidade. Método: Estudo observacional descritivo correlacional, efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística de 1216 adolescentes que frequentam o 9º ano em escolas públicas do interior centro de Portugal realizado no âmbito do projecto MISIJ –FCTFPTDC/ CPE-CED/103313/2008. Foi aplicado o questionário sobre a caraterização sociodemográfica e de contexto sexual; o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007) e a escala de atitudes face à sexualidade de Nelas et al (2010). Resultados: A maioria (54.77%) é do sexo feminino e (45.23%) do sexo masculino, entre 14 e 18 anos. A média de idades foi de 14.69 anos; a maioria reside em aldeia (48.8%). 12.6% já iniciaram relações sexuais; entre os 10 e os 18 anos com média de 13,83 anos, os rapazes (15.1%) mais do que as raparigas (10.5%). Dos que fazem contraceção 39.4% são do sexo feminino e 60.6 % são do sexo masculino; 12,9% os rapazes não utilizam o preservativo em todas as relações, e o mesmo se verifica para 17,8% das raparigas. A maioria (48.1%) apresenta atitudes favoráveis face à sexualidade e 24.9% revelou atitudes desfavoráveis. Os rapazes (53.7%) apresentam atitudes mais favoráveis face à sexualidade no global do que as raparigas (46.3%), (X2=36.348, p=0.000 Existem diferenças estatisticamente significativas entre o sexo (p=0.000), a idade (p=0.004), a cultura organizacional da família (p<0.005), o diálogo sobre sexualidade com professores (p=0.000), com profissionais de saúde (p=0.000), e as atitudes dos adolescentes face à sexualidade. Conclusão: Família e sociedade devem assumir a importância da sexualidade como factor de equilíbrio do ser humano ao longo da vida e criar modelos de saúde e espaços de confiança que sustentem a educação sexual das crianças e adolescentes, tornando-os mais empoderados, saudáveis e felizes. PALAVRAS-CHAVE: adolescência, família, sexualidade, atitudes.
- Determinantes das expectativas e satisfação das mulheres durante o trabalho de parto, parto e pós-partoPublication . Marques, Ana Carolina Madaíl; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A forma como a mulher percepciona as práticas obstétricas varia em função de um amplo e diverso conjunto de factores individuais, socioculturais, e situacionais. Conhecer o que a mulher considera importante dos cuidados de saúde, o que espera, o que encontra e sente, permite-nos adequar a assistência proporcionada às necessidades da mulher, melhorando o nível de satisfação e qualidade dos cuidados prestados. Objetivos: Identificar as determinantes das expectativas e satisfação das mulheres durante o trabalho de parto, parto e pós-parto. Determinar a influência de factores sociodemográficos e obstétricos nas expectativas e satisfação da mulher no trabalho de parto, parto e pós-parto. Determinar se a percepção da mulher face às práticas obstétricas influenciam as expectativas e satisfação com o trabalho de parto, parto e pós-parto. Métodos: Estudo não-experimental, quantitativo, transversal, descritivo e correlacional com uma amostra não probabilística por conveniência (n=104). A recolha de dados efectuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e história obstétrica, duas escalas: a Importância e Percepção das Práticas Obstétricas e um Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto. Este instrumento de colheita de dados foi aplicado as puérperas do serviço de Obstetrícia/Ginecologia. Resultados: A idade das mulheres oscilou entre os 19 e os 41 anos, 80,0% são casadas e 87,5% possuem uma família nuclear, são primíparas (46,4%), têm em média 38,63 semanas de gestação. 99% vigiou a gravidez. Verificou-se que a idade (p=0,042), a escolaridade (p=0,014), o local de vigilância da gravidez (p=0,020) influenciam as expectativas e satisfação das mulheres. A Percepção da actuação perante a dor tem poder preditivo sobre as expectativas da mulher, a percepção e actuação perante a dor, importância do apoio sociofamiliar e importância da atenção ao pós-parto/alta tem poder preditivo na satisfação das mulheres. Conclusão: Conhecer as expectativas, a satisfação da mulher perante as práticas obstétricas, permite aos profissionais introduzir mudanças nas suas práticas e desenvolver estratégias na procura da excelência do cuidar. Verificou-se que quanto maior forem as expectativas mais elevada será a satisfação da mulher face aos cuidados recebidos durante o trabalho de parto e parto havendo necessidade de considerar as várias dimensões da preparação para o parto e parentalidade no plano de vigilância de gravidez. Palavras-chave: Percepção, expectativas, satisfação, práticas obstétricas.
- Dor perineal no pós parto: estudo de alguns factores associadosPublication . Ferreira, Carlos Manuel Mascarenhas; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.Enquadramento: A dor perineal como consequência do parto vaginal é um dos problemas mais frequentes no puerpério e pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres, interferindo na realização das suas actividades diárias. Objectivos: Pretendeu-se analisar a influência de variáveis sócio-demográficas (idade, habilitações literárias) e obstétricas (paridade, IMC, peso do recém-nascido) e ainda dos factores traumatismo perineal e técnicas de sutura no nível de dor perineal no pós-parto, bem como a relação existente entre os respectivos momentos de avaliação (2º, 10º e 45º dia) em quatro situações distintas: repouso, movimento, sentadas e a urinar. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 281 puérperas com partos eutócicos realizados num hospital do centro do país. O instrumento de recolha de dados incluiu dois questionários: um dirigido às puérperas, destinado a obter dados sócio-demográficos, obstétricos e de avaliação da dor perineal e outro dirigido aos profissionais, para obtenção de dados sobre o parto actual. Resultados: As variáveis habilitações literárias, paridade e peso do recém-nascido tiveram uma influência significativa no nível de dor perineal no pós-parto, respectivamente no décimo dia quando as puérperas estavam sentadas (p=0,041), no segundo dia quando sentadas (p=0,001) e no 45º dia a urinar (p=0,000). A variável traumatismo perineal evidenciou um efeito significativo no nível de dor perineal no segundo dia após o parto quando as puérperas se encontravam em movimento e sentadas (p=0,007 e p=0,002, respectivamente) e também no 45º dia quando estavam a urinar (p=0,039), sendo as mulheres com o traumatismo perineal mais grave (episiotomia e laceração do 1º ou 2º grau) as que referiram mais dor nestas três avaliações. A relação entre os momentos de avaliação (2º, 10º e 45º dia) no nível de dor perineal mostrou-se significativa em todas as situações consideradas (p=0,000). Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo convidam-nos à reflexão sobre estratégias a desenvolver no futuro, de modo a serem implementados programas de intervenção adequados tendo em vista a redução da dor perineal no pós-parto e, consequentemente, a promoção da saúde e do bem-estar das puérperas. Palavras-chave: parto eutócico; puerpério; dor perineal; traumatismo perineal; técnicas de sutura.
- Estilos de vida e vigilância de saúde sexual e reprodutiva da mulher portuguesaPublication . Ferreira, Sofia Marques Grilo; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Verifica-se que a atitude das mulheres em relação á realização do rastreio é determinante para a incidência do cancro do colo do útero e do cancro da mama, sendo este um evidente problema de saúde pública. Objectivos: Objectivamos com este estudo, identificar os factores associados à adesão das mulheres à vigilância de saúde sexual e reprodutiva; analisar em que medida os conhecimentos das mulheres acerca do autoexame e do cancro do colo do útero e o estilo de vida estão relacionados com a adesão à vigilância de saúde sexual e reprodutiva. Método: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, não experimental, descritivo, correlacional e transversal, com uma amostra constituída por 522 mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos que frequentam os cuidados de saúde primários nos ACES DÃO LAFÕES I, II, III. Resultados: Em relação às variáveis sociodemográficas e profissionais verificamos que os grupos etários, o estado civil, o agregado familiar, as habilitações literárias, a profissão e o número de filhos foram preditores da adesão à vigilância de saúde sexual e reprodutiva. A realização do autoexame da mama e os conhecimentos acerca do cancro do colo do útero (CCU) mostraram ser preditores da adesão à vigilância de saúde sexual e reprodutiva. Nas crenças de saúde acerca do autoexame da mama e do cancro da mama (AEM e CM) na escala global, os obstáculos AEM, os benefícios AEM e a eficácia AEM são preditores da adesão à vigilância de saúde sexual e reprodutiva. As crenças de saúde acerca do CCU no que se refere aos obstáculos e benefícios face à citologia são preditores da adesão à vigilância de saúde sexual e reprodutiva. Conclusão: A tomada de decisão relacionadas com a adoção de comportamentos de saúde implicam uma análise prévia das variáveis a ela associados. Assim, a recomendação médica para realização do auto exame da mama e citologia, as crenças de saúde que cada mulher tem, o seu estilo de vida, bem como outras características sociodemográficas, devem ser consideradas pelos enfermeiros especialistas na promoção da saúde sexual e reprodutiva da mulher. Palavras-chave: Estilos de vida, vigilância da saúde sexual e reprodutiva, crenças de saúde, cancro da mama e cancro do colo do útero.
- As implicações do envolvimento do pai na gravidez parto na ligação emocional com o bebéPublication . Nogueira, João Rui Duarte Farias; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.Palavras-chave: ligação emocional, pai, bebé, envolvimento, gravidez, parto O estudo tem como objectivo conhecer as implicações do envolvimento do pai na gravidez/parto na ligação emocional com o bebé. A ligação emocional entre pai e filho é determinante para a transição deste para a paternidade e para o desenvolvimento do bebé. Quando o pai está fortemente ligado ao seu filho sente-se mais responsável pela sua família, por lhe providenciar apoio emocional, físico e financeiro. A literatura recente indica que a idade (não muito elevada), um bom nível de escolaridade, o planeamento da gravidez e aguardar o nascimento do 1º filho promovem o envolvimento do pai na gravidez, o que aumenta a vinculação pré-natal. É um estudo transversal, quantitativo de carácter descritivo-analítico. Pretendemos verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, o envolvimento na gravidez ou o corte do cordão umbilical com a ligação emocional do pai com o bebé. O estudo foi realizado através da aplicação de um questionário em três momentos diferentes (durante o trabalho de parto, no 1º e no 3º dia após o parto) a 222 pais, no Hospital de São Teotónio EPE - Viseu entre Novembro de 2010 e Janeiro de 2011. A ligação emocional do pai com o bebé foi medida utilizando a escala Bonding, validada para a população Portuguesa (FIGUEIREDO [et al.] 2005 a). Pela análise dos dados com um intervalo de confiança de 95%, verificámos que a idade (entre 25 e 40 anos) (p=0,024), o acompanhamento da grávida às consultas de vigilância da gravidez (p=0,011), o acompanhamento da grávida nos preparativos para o nascimento do bebé (p= 0,002), a leitura de informação sobre o bebé em desenvolvimento (p=0,006), o envolvimento na gravidez (p=0,000) e o corte do cordão umbilical (p=0,001) influenciam positivamente a ligação emocional do pai com o bebé. Os resultados apontam para uma melhoria na ligação afectiva entre o pai e o bebé se os profissionais de saúde promoverem o envolvimento do pai na gravidez, nomeadamente através do acompanhamento da grávida às consultas de vigilância da gravidez, nos preparativos para o nascimento do bebé e na leitura de informação sobre o bebé em desenvolvimento. O envolvimento do pai no parto, estando atento às suas expectativas e proporcionando o corte do cordão umbilical, também parece influenciar positivamente a sua ligação emocional com o bebé.