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- A ansiedade do doente no período pré-operatórioPublication . Lopes, Paula Cristina Gaspar; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.A ansiedade estado é uma emoção comummente vivenciada pelo doente cirúrgico no período pré-operatório. Neste contexto, o presente estudo intitulado “A ansiedade do doente no período pré-operatório”, teve como objectivos: avaliar o nível de ansiedade do doente; determinar o nível de conhecimentos sobre o acto anestésico descritos pelo doente; verificar se as variáveis sociodemográficas têm efeito significativo na ansiedade dos doentes; analisar a relação entre as variáveis clínicas e a ansiedade e analisar a relação entre os conhecimentos sobre o acto anestésico e a ansiedade do doente, no período pré-operatório. O estudo quantitativo, transversal com características analíticas descritivas e correlacionais, foi efectuado numa amostra não probabilística de 180 doentes, propostos para cirurgia programada nos serviços de cirurgia 1 e cirurgia 2 do Centro Hospitalar Tondela -Viseu, EPE, unidade de Viseu, nos meses de Abril e Maio de 2011. Para a colheita de dados foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica, um questionário de avaliação dos conhecimentos sobre o acto anestésico e a versão adaptada da Escala de Auto-Avaliação de Ansiedade de Zung. Na amostra 55.6% são doentes do sexo feminino e 44.4% do sexo masculino. A média das idades foi de 57 anos, 73.9% são casados/união de facto, 62.2% residem em meio rural e 48.9% referem ter a 4ª Classe. Inferimos que a maioria dos doentes já tiveram experiências cirúrgicas e 59.4% tiveram visita de enfermagem pré-operatória. Os conhecimentos sobre o acto anestésico foram maioritariamente adquiridos através de profissionais de saúde (28.8 %), constatando-se que apenas 27.2% dos doentes tem bons conhecimentos sobre o acto anestésico. A ansiedade estado avaliada no período pré-operatório sofreu influência do sexo (mais elevada nas mulheres com 47.0%), das habilitações literárias (mais grave nos doentes com baixa literacia) e da idade (mais elevada nos doentes mais velhos); os doentes detentores de visita de enfermagem pré-operatória têm menor sintomatologia ansiosa e melhores conhecimentos. Em síntese, em face dos resultados obtidos considera-se que os mesmos sustentam a necessidade de sessões de formação no sentido de sensibilizar e motivar os enfermeiros perioperatórios para a implementação sistematizada da visita de enfermagem pré-operatória e de incluir na mesma a avaliação da ansiedade do doente, bem como o planeamento de intervenções para a debelar. Palavras-chave: Ansiedade estado; Conhecimentos; Visita de Enfermagem Pré-Operatória.
- Atitudes do enfermeiro face às infecções associadas aos cuidados de saúdePublication . Oliveira, Tânea Cristina Fonseca; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.ENQUADRAMENTO: As infecções adquiridas em consequência da prestação de cuidados constitui um problema grave, com morbilidade e mortalidade significativas. Estas infecções são evitáveis em cerca de um terço dos casos, pelo que a capacidade de as prevenir pode constituir um dos indicados de qualidade dos cuidados. É um problema escondido, transversal que nenhuma instituição ou país ainda conseguiu resolver. Em cada ano, centenas de milhares de doentes em todo o mundo são afectados pelas IACS, sendo considerado o evento adverso mais frequente durante a prestação de cuidados, em todo o mundo. OBJECTIVOS: Caracterizar as Atitudes adoptadas pelos Enfermeiros face às IACS; Analisar em que medida as variáveis sócio-profissionais e a formação acerca das IACS influenciam as atitudes do Enfermeiro MÉTODOS: O estudo transversal de natureza observacional assenta numa lógica de análise descritivo – correlaciona e foi realizado numa amostra definida pelo método não probabilístico, de forma acidental, durante um período de tempo, constituída por 142 Enfermeiros prestadores de cuidados na ULS da Guarda. O perfil médio revela enfermeiros do sexo feminino (76,80%), com idade média de 36 anos, a exercer a profissão entre os 10-19 anos (40,80%) com uma média 13,04 anos, licenciados (69,50%), com a categoria profissional de Enfermeiro graduado (50,00%), com horário na instituição de 35h/semana (70,40%), com vínculo à Função pública (61,30%) e sem duplo emprego (77,47%). De forma a caracterizar as atitudes do enfermeiro, utilizou-se um instrumento de colheita de dados constituído por uma caracterização sócio-profissional e formação acerca das IACS, a Escala de Atitudes face às IACS (Barroca, Cruz, Gaspar e Valdemar, 2006) e uma resposta aberta acerca das condições no serviço que favorecem a infecção nosocomial. RESULTADOS: Constatou-se que os enfermeiros adoptam atitudes consideradas adequadas, com uma média de 103 respostas adequadas. Nas variáveis pessoais (sexo e idade) infere-se que não há relação entre o sexo e as atitudes do enfermeiro face às IACS. Das variáveis profissionais dos enfermeiros, apenas o duplo emprego influência as atitudes do enfermeiro face às IACS. Por outro lado inferimos que existe uma relação de dependência entre os enfermeiros com formação acerca das IACS e as atitudes do enfermeiro face às IACS. A idade, o tempo de exercício profissional e o número de horas de formação não se revelam preditoras das atitudes do enfermeiro face às IACS. CONCLUSÕES: As evidências encontradas neste estudo referem que o duplo emprego e a formação dos profissionais acerca das IACS influência as atitudes do enfermeiro face a esta problemática. As soluções para os problemas das IACS baseiam-se em medidas de prevenção e controlo de infecção, que requerem a responsabilização e a mudança de comportamentos por parte dos profissionais de saúde.
- Avaliação do risco de pé diabéticoPublication . Lírio, Ana Maria Gomes; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.A condição de Pé Diabético é uma das complicações mais graves em Pessoas com Diabetes. A úlcera do pé diabético leva na maioria das vezes à amputação, que é evitável através do diagnóstico precoce, encaminhamento, referenciação e atuação, por isso é prioritário que todas as pessoas com diabetes sejam avaliadas com o objetivo de serem identificados fatores de risco condicionantes do desenvolvimento de lesões nos pés. O objetivo do estudo foi avaliar o risco de pé diabético. Optou-se por uma abordagem quantitativa, através da colheita de informação de tipo transversal e da sua análise descritiva, com enfoque correlacional. A amostra não probabilista ficou constituída por 70 adultos, maioritariamente do sexo masculino (65.7%), com uma média de idades de 66 anos, residente em meio rural (80.0%). Verificou-se predominância de pessoas portadoras de diabetes entre 10 e 15 anos (37.1%), do tipo II (82.9%), tratadas com antidiabéticos orais e insulina (41.4%) e seguidos na Consulta de Pé Diabético do CHTV entre 2 e 3 anos (40.0%). A avaliação em ambos os pés mostrou que 59.4% dos utentes têm um pé neuropático e 7.8% apresenta um pé neuroisquémico. A presença de úlceras nos pés afeta 38,6% e 30% já sofreram amputações, 20.0% das pessoas com diabetes têm em simultâneo úlceras e amputações, a maioria acontecem na faixa etária dos 72 aos 83 anos (50.1%). O estudo da Estratificação do Risco permitiu constatar que são os homens que apresentam maior risco, e que este aumenta nas pessoas mais velhas. A Classificação do Grau de Risco permitiu apurar que no pé direito, a maioria apresentava risco categoria 0 (38,8%), seguidos dos de categoria 3 (28,4%) e 2 (19,9%), e por fim os que apresentam categoria 1 (13,4%). No que concerne ao pé esquerdo o grupo mais representativo continua a ser nos que apresentam categoria 0 (35,8%), seguidos os de categoria 3 (32,8%). Em terceiro surgem os que têm categoria 1 (16,4%) e por fim os que apresentam neuropatia sensorial e deformidade pé ou doença vascular periférica, ou seja categoria 2 (14,8%). A conjugação de ambos os pés apresenta-se com categoria 0 - 42.9%, seguidos pelos da categoria 3 – 28.6%, em terceiro lugar os que pertencem categoria 2 – 16.1% e por fim os que pertencem à categoria 1 – 12.4%. Segundo os critérios da DGS, a amostra apresenta Alto risco de Pé Diabético (44.6%), seguido dos que apresentam Baixo risco (42.9%) e por fim os que têm Médio risco (12.5%). A avaliação dos pés da pessoa com diabetes permite determinar a estratificação do seu risco e intervir precocemente na prevenção do pé diabético e da consequente amputação, assumindo-se como uma medida de consolidar ganhos em saúde e melhorar a qualidade de vida destas pessoas. Palavras-chave: Diabetes, pé diabético, avaliação, risco.
- Coping resiliente em doentes cirúrgicosPublication . Ramos, Maria Gracinda Rodrigues; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Atualmente ninguém coloca em questão, que a vivência de uma intervenção cirúrgica é uma experiência geradora de stress requerendo a mobilização das estratégias de coping para com ela lidar de forma minimizar potenciais danos dela decorrentes Neste contexto, o presente estudo intitulado “coping resiliente em doentes cirúrgicos” avaliou a presença do coping resiliente no doente cirúrgico; bem como explorou a existência de influência das variáveis sócio demográficas e clínicas nos comportamentos de coping do doente cirúrgico. Trata-se de um estudo transversal quantitativo, de carácter descritivo e correlacional. Participaram 180 doentes, propostos para cirurgia programada nos serviços de cirurgia 1 e 2 do Centro Hospitalar Tondela -Viseu, EPE, unidade de Viseu, nos meses de abril e maio de 2011. Na amostra 55,6% são do sexo feminino e 44,4 %do sexo masculino. Com idade compreendida entre 18 e 87 anos (M= 57,25 anos), 71,7% são casados, 62,2% reside em zona rural, 48,9% tem apenas a 4ª classe, 93,3% são católicos. Inferimos que 54% usufruiu a visita de enfermagem pré-operatória, 64,4% já tiveram experiências cirúrgicas, em regime de cirurgia programada (62,9%), com boa experiência anestésica 73,3%. Os conhecimentos sobre o ato anestésico (26,1%) foram adquiridos através de familiares, mas apenas 24% são bons conhecimentos, alguns dos doentes revelam medos ainda existem mitos e crenças. Inferimos que 87,8% tem baixa resiliência, sendo dominante este nível de resiliência quer nas mulheres, quer nos homens. Apenas 12,2% dos doentes cirúrgicos pontuaram resiliência moderada. As variáveis sócio demográficas, clínicas e os conhecimentos não se relacionaram de forma significativa com o coping resiliente. Os resultados sugerem que na visita de enfermagem pré-operatoria os enfermeiros deverão promover o conpig resiliente através da implementação sistematizada da visita de enfermagem pré-operatória, informar o doente sobre os acontecimentos do período perioperatório de forma apaziguar os medos, receios e angústias. Para além disso considera-se que seria benéfico desenvolver estudos nesta área, no sentido de conhecer a reação dos doentes à cirurgia. O conhecimento pode fundamentar a atuação dos profissionais de saúde para o desenvolvimento de cuidados que visem promover o coping resiliente. Palavras-chaves: Coping Resiliente, Doente Cirúrgico.
- Desenvolvimento de úlceras de pressão em pessoa vítima de traumaPublication . Costa, Andreia Filipa Fonseca Cruz; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.As Úlceras de Pressão são, atualmente, reveladas na literatura científica como um problema complexo de causa multifatorial, que comporta elevados custos quer a nível individual, familiar e sócio-económico. Considerando ainda que, a sua prevenção é um indicador de qualidade dos cuidados de enfermagem e que a Pessoa Vítima de Trauma comporta um alto risco de desenvolvimento de Úlceras de Pressão, torna-se explicita a pertinência da investigação: “Desenvolvimento de Úlcera de Pressão em Pessoa Vítima de Trauma”. O estudo é de natureza retrospectivo, observacional com enfoque descritivo, correlacional, tendo sido delineados objectivos com o fim de obter respostas científicas e válidas às questões de investigação: Determinar a prevalência de Úlceras de Pressão em Pessoa Vítima de Trauma; Identificar fatores predisponentes do desenvolvimento de Úlceras de Pressão em Pessoa Vítima de Trauma. Para a sua concretização, recorreu-se a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída pelos indivíduos internados no Serviço de Ortopedia do Hospital Infante D. Pedro, Aveiro, no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2010, num total de 500 participantes vítimas de trauma. Os dados foram colhidos do sistema informático, tendo por base uma grelha clínica. Através da análise de resultados podemos aferir: que a prevalência de Úlceras de Pressão em Pessoa Vítima de Trauma é de 4%, sendo que os fatores predisponentes ao desenvolvimento de Úlceras de Pressão são: idade avançada da Pessoa Vítima de Trauma (U= 2422.00; z=-3.756; p=0.000); maior duração do internamento (U = 2562.50; z = - 3.549; p = 0.000); pressão arterial diastólica mais baixa (U = 2618.50; z = -2.115; p =0.034); maior intensidade de dor (última avaliação) (U = 2940.00; z = -1.978; p = 0.048); dependêcia no autocuidado: comer e beber (c 2 = 12.614; p = 0.000); presença de diabetes mellitus (p = 0.000); presença de diabetes mellitus: insulino-dependente (p = 0.033); o facto de o doente apresentar cateter urinário na admissão (p = 0.025); a necessidade de colocação de cateter urinário no internamento (c 2 = 38.594; p = 0.000); uso de fralda (p = 0.004); dependência autocuidado: higiene e proteção dos tegumentos (c 2 = 4.269; p = 0.039); presença de tegumento cutâneo: pele seca (p = 0.046); necessidade de contenção física (p = 0.036); toma de antibiótico (c 2 = 9.197; p = 0.002); toma de anti-inflamatório (c 2 = 8.704; p = 0.003); maior tempo desde a admissão até a 1ª aplicação da Escala de Braden (U = 2899.50; z = -1.970; p = 0.049); mais alto risco de Úlcera de Pressão: primeira avaliação (U = 1539.50; z = -4.456; p = 12 0.000); mais alto risco de Úlcera Pressão: última avaliação (U = 1487.50; z = -4.529; p = 0.000). Os resultados sugerem que a etiologia do desenvolvimento de Úlceras de Pressão em Pessoa Vítima de Trauma é multifactorial. Desta forma, enaltece-se a pertinência dos enfermeiros considerarem: a idade da Pessoa Vítima de Trauma, a duração do seu internamento; pressão arterial diastólica, a intensidade de dor; a dependência no autocuidado: comer e beber, eliminação urinária e intestinal e autocuidado: higiene e proteção dos tegumentos; a necessidade de de contenção física; a toma de antibiótico e de anti-inflamatório; o tempo desde a admissão até a 1ª aplicação da Escala de Braden; o risco de Úlcera de Pressão avaliado através da escala de Braden, como elementos integrantes no planeamento/implementação de medidas preventivas do desenvolvimento de Úlceras de Pressão. Estas são preponderantes para a diminuição da prevalência de UPPs e concomitantemente para a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem. Palavras-Chave: Úlceras de Pressão; Risco de Úlcera de Pressão; Instrumento de Avaliação da Pele; Escala de Branden.
- Empowerment e adesão ao regime terapêutico em pessoas portadoras de diabetesPublication . Granado, José João Pires; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.; André, Suzana Maria Fernandes Serrano, co-orient.Enquadramento: A Diabetes Mellitus importante flagelo de saúde pública, contribui para um elevado índice de morbi-mortalidade, devido às complicações associadas que acarretam limitações e incapacidades para o desempenho das actividades de vida diária da pessoa com diabetes. Em consequência, a adesão ao regime terapêutico é um dos focos de atenção dos cuidados de saúde. Como ferramenta promotora duma melhor gestão na diabetes, os enfermeiros promovem o empowerment, processo através do qual a pessoa adquire conhecimentos e desenvolve competências e consequentemente um maior poder e controlo sobre a sua saúde. Objetivos: Identificar factores sociodemográficos e clínicos relacionados com os autocuidados em pessoas com diabetes; Determinar o efeito preditivo do empowerment na adesão ao regime terapêutico em pessoas com diabetes. Metodologia: Estudo descritivo realizado numa amostra não probabilística por conveniência de 150 pessoas com diabetes de ambos os sexos, com uma média de idades de 66,85±9,72 anos, casados/ em união de fato (72,7%), reformados (74,7%) e com baixa escolaridade (78,0%). A colheita de dados, foi suportada num Questionário Sociodemográfico e Clínico, na Escala de Empowerment da Diabetes (Anderson; Funnel; Fitzgerald & Marrero, 2000) e na Escala Atividades de autocuidado com a diabetes, traduzida e validada para português por Bastos & Lopes (2004). Resultados: As mulheres (4,44±0,77), os solteiros/viúvos/divorciados (4,22±0,84), os detentores de situação financeira confortável (5,02±0,62), os que ocupam os tempos livres com desporto/lazer/cultura (4,37±0,79) apresentam melhor adesão ao regime terapêutico. São ainda os indivíduos com diabetes tipo 1 (4,29±0,92), que tomam insulina (4,64±0,88), que realizam a vigilância/monitorização da glicemia e registo no Guia do Diabético (4,35±0,69), e com IMC mais elevado (r=0,548; p=0.000), que pontuaram com melhor adesão. Verificou-se também que quanto maior o empowerment, melhor a adesão ao regime terapêutico (r=0,377; p=0.000). Conclusão: Os resultados sugerem que os determinantes sociodemográficos e clínicos se relacionam de forma significativa com a adesão ao regime terapêutico e que o empowerment, a prediz de forma relevante, pelo que se impõe considerá-los no planeamento das intervenções de enfermagem/ saúde que lhe são dirigidas. Palavras-chave: Adesão ao regime terapêutico, Empowerment, Pessoas com Diabetes.
- Funcionalidades dos acessos vasculares em doentes hemodialisadosPublication . Moura, Ana Sílvia Diogo Fernandes; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Palavras-chave: acesso vascular, hemodiálise, funcionalidade do acesso vascular O acesso vascular é vital em doentes com insuficiência renal crónica terminal (IRCT) em programa de diálise e a sua disfunção é a maior causa de morbilidade e hospitalizações, sendo da responsabilidade do enfermeiro dotar cada indivíduo de competências para preservar e cuidar o acesso, criar programas de avaliação da qualidade e implementar procedimentos para maximizar a sua longevidade. Dada a importância e pertinência do tema, sentiu-se necessidade de realizar um estudo exploratório, numa amostra de 127 doentes em tratamento de hemodiálise, com os objectivos de caracterizar o tipo de acesso vascular, avaliar a funcionalidade e determinar a influência das variáveis sociodemográficas e clínicas na funcionalidade do acesso, através do recurso a grelha de observação como instrumento de colheita de dados. A idade média da amostra é de 67,76 anos (Dp=14,372), constituída por 65,4% de homens e 34,6% de mulheres. Os acessos funcionais prevalecem (85,8%) e os acessos disfuncionais são encontrados maioritariamente nas mulheres (22,7%), no grupo etário “>70 anos” (83,2%) e em doentes com cateter venoso central (CVC) com 45,5%. Os IRCT com diabetes apresentam maioritariamente acessos funcionais. Doentes com CVC e com recurso ao Citra-LockTM como solução tampão manifestaram maior percentagem de acessos disfuncionais (60%). É indiscutível a importância da monitorização dos acessos vasculares para permitir uma actuação precoce. O CVC é o tipo de acesso com maior percentagem de disfunção, pelo que é sempre preferível uma fístula arteriovenosa (FAV) ou prótese (PTFE). Para aumentar a sua longevidade compete ao enfermeiro uma vigilância e avaliação regulares, de forma evitar falência do acesso e prevenir possíveis complicações.
- Gestão do regime terapêutico na pessoa com diabetesPublication . Silva, Joana Patrícia Coimbra; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Enquadramento: A evidência científica atual é unânime quanto à importância da adesão às atividades de autocuidado na pessoa portadora de diabetes por forma a minimizar o aparecimento de complicações. Deste modo, compreender a satisfação da pessoa portadora de diabetes com os serviços de saúde e o impacto que esta tem na gestão do regime terapêutico, torna-se obrigação na transição dos sistemas de saúde de resposta a doença aguda para doença crónica. Objetivos: Monitorizar as atividades de autocuidado em pessoas portadoras de diabetes no Centro de Saúde de Ílhavo. Avaliar a satisfação com os serviços de saúde e perceber qual o impacto nas atividades de autocuidado. Métodos: Estudo descritivo realizado numa amostra de 84 diabéticos, maioritariamente do sexo feminino (52,4%) de 67 anos com o 1º ciclo do ensino básico. Utilizou-se a escala: “Summary of diabets self-care activities” de Glasgow, Toobert, Hampson (2000), na versão portuguesa Atividades de autocuidado com a diabetes, de Bastos e Lopes (2004); Satisfação com os Serviços de Saúde (Pimentel, 2010) e Satisfação dos Utentes com os Cuidados de Enfermagem no Centro de Saúde (Ribeiro,2003). Resultados: As dimensões em que os participantes obtiveram melhores cuidados foram a Toma de medicação (M= 6.92;Dp=0.76) e os Cuidados com os Pés (M=6.41; Dp=1.47). As piores foram a Atividade Física e a Monitorização da Glicemia (M=3.47; Dp=2.01 e M=3.44;Dp=2.45). Os homens têm hábitos alimentares que evidenciam maior consumo de pão, bebidas alcoólicas e carnes vermelhas, ingerindo também mais doces. As pessoas com diabetes com menores habilitações literárias apresentam menos cuidados com os pés, piores resultados na toma correta da medicação e praticam menos atividades física. Por sua vez os utentes com maiores habilitações literárias são os que melhores cuidados têm com os pés e na toma correta da medicação, (H=9.528; p=0.049; H=20.000; p=0.000). Relativamente aos serviços de saúde, as pessoas com diabetes estão mais satisfeitas com o serviço médico e menos com o serviço de enfermagem. Os itens com melhor pontuação foram a simpatia e a paciência dos enfermeiros no atendimento; a pior pontuação caracterizou-se pelo não envolvimento dos familiares mais próximos assim como a não preocupação destes profissionais em explicar os direitos e deveres do utente. Podemos inferir que o grau de satisfação dos utentes com os cuidados de enfermagem favorece a adesão ao cuidado alimentar e a toma correta da medicação. Observamos, ainda, que quando aumenta a satisfação dos utentes com a organização, aumenta também a adesão à toma da medicação. Conclusão: O sexo, idade, habilitações literárias, satisfação com os serviços de saúde e a satisfação com o serviço de enfermagem influenciam a gestão do regime terapêutico na pessoa com diabetes. Implementar programas de incentivo a uma alimentação saudável e prática de exercício físico surgem como estratégias promotoras do controlo clínico e epidémico da diabetes. Os resultados mostram que os cuidados de enfermagem têm impacto positivo na gestão do regime terapêutico da pessoa com diabetes, sendo uma resposta eficiente na transição do paradigma dos sistemas de saúde, de doença aguda para doença crónica. Palavras-chave: satisfação; autocuidado, diabetes mellitus.
- Impacto da formação em ciências forensesPublication . Coelho, Mauro Alexandre de Almeida; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Enquadramento: As ciências forenses englobam um conjunto de disciplinas científicas que trabalhando em uníssono e unindo o seu corpo de conhecimentos auxiliam a justiça na resolução de situações de carácter médico-legal. A enfermagem forense reúne em si a avaliação clinica da pessoa vítima de violência e ou perpetuadores de crimes com a identificação e preservação de vestígios. O enfermeiro encontra-se numa posição primordial para avaliar, identificar e cuidar das vítimas, assim como para fomentar a preservação, recolha e documentação de vestígios com carácter forense. Destaca-se a importância de fornecer aos enfermeiros conhecimentos sobre princípios das ciências forenses, de forma a promover a sua aplicação na prática clinica de enfermagem, garantindo o respeito pelos direitos das vítimas e dando o seu contributo na aplicação da justiça. Objetivos: Avaliar o impacto da formação no nível de conhecimentos sobre práticas forenses dos participantes num Curso de Breve de Ciências Forenses. Métodos: O estudo transversal, analítico e correlacional, utiliza uma metodologia quantitativa de forma a testar as hipóteses de investigação, foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 72 participantes no primeiro momento de avaliação e por 51 participantes no segundo momento de avaliação. As amostras são constituídas maioritariamente por indivíduos do género feminino 84,7% e 82,4% respetivamente, apresentaram uma média de idades de 28.62 anos e de 30.23 anos, no segundo momento de avaliação. Aplicou-se o Questionário de Conhecimentos sobre Práticas de Enfermagem Forense – QCPEF de Cunha & Libório (2012). Resultados: Dos participantes 55,6% considera ter um nível de conhecimentos pouco apropriados e 11,1% refere não reunir qualquer conhecimento nesta área. 79,2% dos elementos da amostra gostaria de frequentar formação específica em áreas de ciências forenses. Após frequência do curso Breve em Ciências Forenses os estudantes aumentaram o nível de conhecimentos nas dimensões Conceito de Enfermagem Forense, Situações Forenses, Vestígios Forenses, Comunicação e Documentação em Ciências Forenses, Cuidados de Enfermagem Gerais e Preservação de Vestígios, e no score global dos Conhecimentos sobre Práticas de Enfermagem Forense. Verifica-se um maior aumento do nível de conhecimentos face à dimensão Preservação de Vestígios (Antes: M=15,94 vs Depois: M=18,55), e à dimensão Conceito de Enfermagem Forense (Antes: M= 6,93 vs Depois: M=8,20), verificando-se que os estudantes após receberem formação apresentaram melhores níveis de conhecimentos sobre práticas de ciências forenses. Conclusão: As resultados encontrados denotam a importância da frequência de formação especifica com aumento do aporte de conhecimentos na área das ciências forenses. Assim, com a melhoria na prestação de cuidados às vítimas e ou perpetuadores de crimes e melhor auxílio a prestar à justiça, na preservação de provas de carater forense. Vão ainda ao encontro das necessidades formativas relatadas pelos estudantes. Os cursos académicos, na área da saúde, deverão incluir programas de formação que dotem os profissionais de conhecimentos/competências atualizados. Palavras-chave: conhecimentos em práticas forenses; ciências forenses.
- Implicações do apoio social no empowerment das pessoas portadoras de diabetesPublication . Pereira, Rosa Maria Chibante; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Enquadramento: O empowerment é uma nova filosofia exigível às pessoas portadoras de diabetes na convivência diária com a sua própria doença. O apoio social é um fator determinante no nível de empowerment revelado neste tipo de doentes. Daí se considerar que o apoio social é um recurso que assume um papel de relevo, promovendo e melhorando a autonomia e a autogestão da diabetes; contribuindo para a capacitação dos doentes portadores de diabetes, habilitando-os de competências que permitem ultrapassar os obstáculos com que se deparam no seu dia-a-dia. Objetivos: Relacionar as variáveis sociodemográficas, as referentes ao perfil clínico das pessoas portadoras de diabetes e as alusivas ao apoio social percecionado por estes. Avaliar o empowerment e perceber em que medida o apoio social prediz o empowerment das pessoas portadoras de diabetes. Métodos: O estudo transversal de natureza observacional assenta numa lógica de análise descritivo-correlacional e foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 150 pessoas portadoras de diabetes acompanhadas em unidades de saúde de cuidados de saúde primários da região centro, na Consulta de Diabetes, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012. O perfil médio revela doentes de ambos os sexos (50,0% vs 50,0%), com uma média de idades de 66,85 anos, casados ou a viver em união de facto (72,7%), reformados (74,7%) e com prevalência do 1º ciclo do ensino básico (64,7%). Para mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados, constituído por uma caracterização sociodemográfica e clínica, a Escala de Empowerment da Diabetes (Anderson, Funnel, Fitzgerald & Marrero, 2000) e a Escala de Apoio Social (Matos & Ferreira, 2000). Resultados: Constatou-se que um bom apoio social se encontra representado em 44,0% dos participantes e que um elevado empowerment se configura em 36,7% da amostra. Das variáveis sociodemográficas destacam-se as habilitações literárias que se relacionam positivamente com o empowerment (H = 17,028; p = 0,001), verificando-se, de igual modo, uma relação positiva entre a profissão exercida e o modo como a exerce e o empowerment destes doentes, (H = 11,542; p = 0,021 e H = 11,879; p = 0,003 respetivamente).O apoio social revela-se um preditor positivo do empowerment das pessoas portadoras de diabetes, explicando 17,1% da sua variabilidade, relacionando-se positivamente com a variável dependente, isto é, à medida que aumenta o nível de apoio social percecionado, aumenta o empowerment (r = 0,411; p = 0,000). Conclusão: As evidências encontradas neste estudo referem que o apoio social prediz o empowerment das pessoas portadoras de diabetes de forma relevante. Medidas para englobar a família e todos os recursos de apoio social possíveis, na Consulta de Enfermagem/Diabetes, devem dar prioridade às estratégias relacionadas com o empowerment das pessoas portadoras de diabetes. Palavras-chave: Apoio social; Empowerment; Pessoas Portadoras de Diabetes.
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