RE - Número 10 - Abril de 1998
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- A Aquisição de uma L2 (Algumas Variáveis Cognitivas e Afectivas).Publication . Araújo, Maria de Fátima A. CunhaA investigação mais recente sobre o estudo de uma segunda língua confirma a hipótese de que os processos de aquisição (formulação inconsciente de princípios gramaticais) e de aprendizagem (o estudo consciente, de base cognitiva, da gramática) representam dois sistemas de interiorização do conhecimento da língua. Por outro lado, e de acordo com um corpo de pesquisa cada vez mais volumoso, o grau elevado de insucesso no desenvolvimento da capacidade comunicativa na L2 deve-se fundamentalmente ao facto de as metodologias tradicionais terem considerado o estudo da língua como actividade intelectual, secundarizando (ou não considerando mesmo), entre outras, as variáveis afectivas. Estamos perante uma viragem com implicações metodológicas profundas: a focalização desloca-se da formalização para os sentidos das comunicações genuínas, para as mensagens; a compreensão precede a produção; durante as actividades de aquisição os professores não fornecem feedback directo para os erros, de modo a não inibir a participação dos alunos em interacções comunicativas; nas primeiras fases de aquisição o vocabulário é mais importante para a compreensão do que as estruturas de superfície da sintaxe; as regras de gramática têm um lugar importante apenas na fase de edição. Para além de muitas outras. Tentaremos neste trabalho começar por analisar quatro das hipóteses mais actuais sobre a aquisição de uma L2 formuladas por S. Krashen e por J. W. Oller, e reflectir sobre as principais implicações metodológicas que elas contêm. Confirmadas em grande parte dos estudos de investigação levados já a cabo em contextos culturais bem diversificados, elas justificam uma viragem de orientação que os professores de língua inglesa em Portugal deverão considerar e implementar.
- Os Cristãos na Terra SantaPublication . Morujão, GeraldoNo século V a Palestina era praticamente toda cristã, tendo aderido à fé em Cristo a maioria da população local, como resultado natural da pregação do Evangelho, e sem qualquer tipo de pressão. A maior parte dos cristãos nativos que há na Palestina gloriam-se de serem descendentes dos primeiros cristãos da primeira hora, embora tenham deixado de falar a língua aramaica, que se falava no tempo de Jesus; com as invasões muçulmanas acabaram por ser arabizados, passando falar o árabe, inclusive nos ofícios litúrgicos. Causa uma viva emoção conversar e lidar com estes cristãos, pois se tem a sensação de se estar mais perto de Jesus Cristo e dos seus Apóstolos.
- Desenvolvimento Sócio-Afectivo em Educação FísicaPublication . Rosado, AntónioA educação mantém, por finalidade, facilitar o desenvolvimento sócio-afectivo das novas gerações, o sentido de contribuir para que o processo de socialização dos jovens se processe num contexto de desenvolvimento de atitudes, de valores e de comportamentos sociais ajustados. Um dos objectivos fundamentais da Educação Física, partilhado, aliás, com as outras disciplinas curriculares, é o da facilitação do desenvolvimento sócio-afectivo, do desenvolvimento pessoal e social. Os programas nacionais de Educação Física referem preocupações de desenvolvimento de atitudes e valores, nomeadamente de valores associados à participação em Desporto, ao "fair-play" e ao desportivismo, mas, também, de atitudes e valores sociais gerais. Também a organização do ensino e, em particular, a avaliação em Educação Física atribui uma importância considerável à avaliação do domínio sócio-afectivo. A intervenção nesta dimensão é uma das competências fundamentais dos professores tendo sido sublinhado por diversos autores, das mais diversas áreas, a sua importância.
- A educação e o lazerPublication . Marques, Ana IsabelA escola constitui um pilar básico na sociedade para a formação dos indivíduos e da própria comunidade em que se integram. Este atributo da escola é inegável, tanto mais que a maioria das crianças cresce no seio dela. Para Neto (1984), a escola representa o espaço onde se criam condições para promover, de maneira organizada, as aquisições consideradas fundamentais para o normal desenvolvimento da criança. No entanto, parece que a escola se tem empenhado em esquecer que dos 365 dias do ano, os alunos passam cerca de 170 dias na estrutura escolar e que os restantes dias (cerca de 195) correspondem a tempo livre dessa estrutura. A escola parece que quer esquecer essas centenas de horas em que as crianças e os jovens se encontram noutra formação, em autoformação ou mesmo (de)formação. Mas porque não aproveitar as aprendizagens dos alunos durante o tempo extra-escolar? Porque é que a escola teima em não aceitar que uma parte significativa dos conteúdos das aprendizagens escolares são adquiridas voluntariamente pelas crianças e jovens nas suas actividades individuais ou colectivas durante o tempo livre? Será que não há nada de positivo nos interesses dos alunos?
- Engenheiros técnicos: que formação?Publication . Sebastião, FernandoA minha comunicação vai incidir, fundamentalmente, sobre as medidas a tomar pelas Escolas Superiores de Engenharia perante a recente alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo tendo por base uma breve reflexão sobre a minha experiência, vivida numa Escola jovem, com formação nesta área, que é a Escola Superior de Tecnologia de Viseu Esta Escola, tal como as suas congéneres entretanto criadas em Portugal, surgiu, entre outros, com o objectivo de formar técnicos superiores necessários aos diversos sectores de actividade da sua área de influência tendo em vista o desenvolvimento sustentado da região e do País.
- O ensino superior nos territórios ocupados da Palestina.Publication . Cunha, Vasco Oliveira eO presente artigo é um documento com características essencialmente de informação sobre uma região singular do mundo - a Palestina. Mais especificamente, os Territórios Ocupados por Israel (excluindo os Montes Golan, uma parcela do território nacional sírio), frequentemente apresentados de forma parcial e, portanto, inquinada.
- A escola: tipo e objectivosPublication . Pinto, AntónioA Escola Superior Agrária de Viseu ( ESAV) foi criada oficialmente no mês de Dezembro de 1994 (Dec. Lei nº 304/94). Encontra-se integrada no Instituto Politécnico de Viseu e assume-se, a nível nacional, como uma das mais recentes escolas agrárias do país que, conjuntamente com as outras 7, completa a rede nacional do ensino agrário politécnico em Portugal. Em nosso entender, o aparecimento da ESAV tratou-se de uma medida governamental adequada, que veio ao encontro das necessidades e aspirações dos jovens e da população em geral de toda esta vasta região beirã que tem como pólo aglutinador a simpática cidade de Viseu. Esta região apresenta enormes e inegáveis potencialidades nos domínios das indústrias agro-alimentares, da produção agrícola e, da produção florestal.
- A Europa Medieval: Tempo de Copistas, Iluminadores e MiniaturistasPublication . Barros, Teresa Antas desuperfície ocupada pela iluminura num manuscrito é variada. O iluminador pode simplesmente contentar-se com elementos decorativos abstractos ou figurativos cuja disposição possua um papel essencial e funcional na estrutura e divisão do texto, sublinhando o valor e a importância de certas passagens ou parágrafos (método decorativo). Pode, por outro lado, juntar ilustrações que acompanhem o texto para esclarecer ou elucidar do seu conteúdo (método ilustrativo). Estes dois métodos sempre se complementaram de uma forma ou doutra desde os princípios da produção medieval. Certos períodos do final da Idade Média acusam uma preponderância do método ilustrativo sem, no entanto, eliminarem completamente a decoração dos fólios.
- Factores associados a comportamentos de (in)disciplina na sala de aulaPublication . Mendes, FranciscoO conceito de disciplina encontra algumas dificuldades de definição, quer por razões de ordem filosófico-pedagógica, quer por razões de ordem terminológica. De ordem filosófico-pedagógica, porque a disciplina decorre de uma determinada concepção de criança, de adulto e de relações adulto-criança. Em síntese, decorre da concepção de Homem, de Sociedade e de Saber que se assume. De ordem terminológica, porque, como sustenta Magalhães (1989,40), "a indisciplina não se define por si, ela surge como a negação de qualquer coisa, seja essa coisa norma ou padrão socialmente aceite, ou regra arbitrariamente imposta".
- Observação introspectiva de uma tarefa do voleibol em ambiente escolarPublication . Sarmento, P.; Moreira, M.; Preto, P.Parece ser já um lugar comum dizer-se que os professores de educação física e os treinadores desportivos tentam ajudar os praticantes (alunos e atletas) no sentido de melhorar as suas prestações e que, para atingirem tal objectivo, têm de observar criteriosamente as suas execuções motoras de modo a poderem fornecer "feedbacks" apropriados que as facilitem e melhorem. Por outro lado há uma constante necessidade de controlar o envolvimento onde estão inseridos de forma a permitir-lhes uma eficaz intervenção pedagógica. Esse controle é efectuado pela sua competência de observação. Estas são as razões primordiais que nos levam a dizer que a observação é uma tarefa inerente ao ensino e ao treino das habilidades físicas e desportivas, tendo em conta a sua necessidade para supervisionar os mais diversificados aspectos do comportamento dos seus alunos (atenção, disciplina, comportamentos apropriados e inapropriados, fora da tarefa, etc.), como também o desenvolvimento dos comportamentos técnicos, possibilitando corrigir erros de execução e, consequentemente, aperfeiçoá-los.