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RE - Número 08 - Outubro de 1997

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Recent Submissions

Now showing 1 - 10 of 27
  • Uma questão de valores: perspetivas
    Publication . Cardoso, Ana Paula
    O presente artigo reflete, de forma crítica, sobre o contraste axiológico de duas culturas (a cultura grega e a cultura ocidental), partindo de um excerto publicado na obra de Manuel Patrício "Teoria da Educação". Esta análise mostra como a hierarquia dos valores é substancialmente diferente e as implicações que isso tem ao nível das nossas atitudes e comportamentos.
  • Duas nótulas queirosianas: I - O Crime do Padre Amaro como reflexo da evolução estético-ideológica de Eça de Queirós
    Publication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de Barros
    Polémico e atemporal, O crime do padre Amaro configurará ad aeternum a sinergia de contributos estéticos e ideológicos que presidiu ao processo da sua publicação, bem como representará, na prática, um percurso da evolução literária. Encetemos uma subtil peregrinação de modo a equacionarmos, não com um pensativo cigarro, mas tão só com uma sinóptica pena, o itinerário da obra e do autor.
  • Flywheel -" A Bateria Electromecânica"..
    Publication . Carvalho, António Manuel Santos; Marques, Bruno Filipe; Apura, Paulo Fernando da Costa
    Desde sempre, o homem necessitou de fontes energéticas. Uma vez que essas fontes não estão sempre disponíveis, existe a necessidade de armazenar a energia para utilização posterior. Isso passa-se com os seres vivos que, alimentando-se, conservam a energia dos alimentos sob a forma de compostos químicos no próprio organismo. Com o desenvolvimento da civilização tornou-se óbvio o armazenamento de várias formas de energia. No caso de um painel solar, só se produz energia durante as horas do dia. Mas o homem também vive de noite, necessitando também de energia eléctrica. Torna-se então clara a necessidade de armazenar a energia produzida durante o dia, muitas vezes em excesso, pois nem sequer é utilizada.
  • Humanismo e Erasmismo no Renascimento português. Pedro Sanches e a musa de Roterdão: o (des)velado Cálamo de pendor Erasmista
    Publication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de Barros
    O Manuscrito F.G. 6368 da Biblioteca Nacional de Lisboa, relicário da obra de Pedro Sanches, inclui um poema em 161 hexâmetros dactílicos, com o título De Superstitionibus Abrantinorum, ou seja, «Acerca das Superstições dos Abrantinos», que mereceu aturado estudo por parte do Doutor Américo da Costa Ramalho 1 e que se revela um texto basilar para a compreensão da personalidade do nosso humanista. Este poema denota um pendor erasmista se tivermos em mente um desvelado cálamo que ousou entrar nos domínios da crítica do exercício da religião. Porém, se o texto pode atestar o perfume da Musa de Roterdão, o autor, talvez devido às suas grandes responsabilidades na Corte - «Supremi Senatus a Secretis, rege Sebastiano», de acordo com o Ms. F.G. 6368 da B.N.L. - não o publicou, nem a outros semelhantes que talvez tivesse escrito, pelo que o cálamo erasmista de Sanches se apresenta velado, em relação à sua época e em relação ao próprio perfil do humanista, no que concerne à sua simpatia para com Erasmo.
  • Integração escolar de minorias étnicas e de luso-descendentes em situação de retorno
    Publication . Matos, Isabel Aires de
    Este artigo pretende contribuir para o debate sobre a introdução de um ensino bilingue nas escolas portuguesas, tendo como público-alvo as minorias étnicas e os luso-descendentes em situação de retorno.
  • Leitura: um modelo teórico e (algumas) propostas de uma prática consistente
    Publication . Araújo, Maria de Fátima A. Cunha
    Ao longo da sua história a humanidade desenvolveu a vida fundamentalmente a partir da comunicação, construindo textos que foram (e continuarão a ser) veículos de partilha de decisões e de saber entre emissores e receptores. Naturalmente que essa comunicação começou por assumir um carácter familiar e a ser materializada pela linguagem, com toda a carga de artificialismo que este meio de expressão comporta. Mas a linguagem não foi o único veículo de interacção com o mundo, mesmo no homem mais primitivo. O seu sentido de sobrevivência leva-o a arquitectar as formas de subsistência possíveis e a pintura rupestre, representando cenas de caçadas, é reveladora dessa outra vertente da comunicação, mais duradoura do que a linguagem, e que é hoje um dos documentos fundamentais que a humanidade possui para penetrar no "segredo" da vida dos nossos antepassados.
  • Língua - Programa Socrates - Promoção da aprendizagem de línguas na comunidade
    Publication . Silva, Sónia
    A crescente mundialização da economia, os progressos científicos e tecnológicos impõem-nos, hoje, pela sua celeridade, grau de abrangência e implicações, a necessidade de criação de uma resposta rápida e eficaz ao nível da Educação e Formação, que passa pela qualificação apropriada dos recursos humanos. A resposta europeia a este conjunto de desafios consiste na definição de políticas gerais e utilização de instrumentos de implementação vários, como é o caso do programa de apoio comunitário SOCRATES, que cobre todo o espectro educativo. O programa SOCRATES (ver Millenium nº.4) reflecte a preocupação da valorização dos recursos humanos, uma das maiores riquezas da Europa, em toda a sua extensão, procurando promover o desenvolvimento de competências específicas e/ou transversais que permitam uma adaptação harmoniosa do cidadão europeu a um contexto mais vasto em todos os aspectos. As competências linguísticas são fundamentais neste contexto europeu que se pretende coeso, culturalmente compreensivo e economicamente competitivo. É notório o destaque dado à importância da aprendizagem das línguas em todo o programa SOCRATES, no entanto é na sua secção LÍNGUA que são lançadas as oportunidades mais específicamente orientadas para os objectivos acima descritos.
  • Linhas de coesão em " A Morgada de Romariz",de Camilo Castelo Branco
    Publication . Sousa, Martim de Gouveia e
    Na literatura, como nas restantes artes, estamos em crer que nada se perde. Ao contrário, tudo significa. Daí, e para que uma melhor dilucidação se efectue, ser necessário observarmos o que se nos depara, no exterior e no interior. Um simples vocábulo pode empecer a decodificação do texto literário, para tal bastando lembrar a consabida "norma" de que só chegará à literariedade quem conquistar a literalidade. Assim, e acertando pela terminologia kristeviana, poderemos dizer que o fenotexto (estrutura de superfície) e o genotexto (estrutura profunda) de um qualquer exemplar literário mantêm entre si uma relação indissociável e programática. A coesão de um texto, entendendo-se aqui este último como uma tessitura semiótica e linguística, é um facto inalienável, por mais longe que nos sintamos da sua com- preensão. A leitura, por seu lado, e um tanto na esteira da estética da recepção, é ela própria uma tentativa de construção de uma coesão textual .
  • O Ensino Agrícola em Viseu: do pioneirismo ao impasse.
    Publication . Coutinho, Rui
    Já nos finais do século passado e início deste, a cidade de Viseu era um dos maiores centros académicos do país, sendo apenas suplantada por Lisboa, Porto, Coimbra e Faro. De parceria com Lisboa, Coimbra e Évora, teve o privilégio de ser pioneira no Ensino Agrícola em Portugal. A Escola Prática de Agricultura de Viseu instalou-se na Casa do Arco, tendo sido até anfitriã da família real. Após longa espera, oposições acérrimas e muita coragem, em 1992, volta a ter o Ensino Agrícola mas, pasme-se, ainda não possui nem instalações próprias nem Terra para trabalhar. Parece-nos ser útil comparar, não só o protagonismo do passado com o impasse da actualidade, mas também reiterar as justificações da existência da Escola Superior Agrária de Viseu, num distrito dotado de potencialidades e diversidades agrícolas únicas no país. Estamos em 1852. O Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria incluía, entre os mais diversos organismos, repartições consagradas a actividades agrícolas.
  • O Romance da Feiticeira Cotovia e o Romanceiro Português
    Publication . Correia, Manuel José Monteiro Sá
    O Auto da Feiticeira Cotovia de Natália Correia é para nós um desafio: tentar descobrir neste longo poema da sua autora marcas em que transpareçam, mesmo que seja para obter um efeito especial, temas ou formas populares. Isto é, a poesia, neste caso de Natália Correia, é sobretudo expressão de intuições do real, adivinhações, achados verbais, mais ou menos voluntários, emotividade de raiz obscura, efusão de lirismo puro que propicia um encontro com o popularizante e o aproveitamento consciente de termos ou formas populares tidas como tais.