ESSV - UER - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Avaliação de riscos psicossociais para a saúde no trabalho: contributo de um estudo com enfermeirosPublication . Duarte, Vitor Manuel Fernandes; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A temática dos riscos psicossociais ligados ao trabalho tem assumido uma importância crescente, devido á evolução do trabalho nas empresas e às mudanças que ocorrem a nível mundial. Existe maior flexibilidade nas funções e nas competências, com intensificação do trabalho, com consequências negativas para os trabalhadores, para as organizações e para a sociedade. Surgem novos Riscos Psicossociais, pelo que, as actuais tendências na promoção da saúde devem assumir a sua prevenção nos serviços e instituições, numa perspectiva de saúde pública, contribuindo para melhorar a saúde mental no trabalho. Em Portugal, os hospitais são, actualmente, centros com uma elevadíssima concentração de recursos humanos, altamente especializados, e os enfermeiros pelas características do seu trabalho estão expostos a diversos factores de risco profissionais. Face a este enquadramento, definimos como principal objectivo: conhecer os principais factores psicossociais de risco para a saúde dos enfermeiros do distrito de Viseu e determinar quais as variáveis preditivas, de forma a enveredar esforços para minimizar a exposição e impacto destes factores de risco, sensibilizando para esta problemática. Métodos – Nesta pesquisa não experimental, de natureza quantitativa e transversal, seguindo uma via descritivo-correlacional, recorremos a uma amostra não probabilística, constituída por 154 enfermeiros, a trabalhar á mais de 12 meses, em instituições de saúde do distrito de Viseu. A maioria é do sexo feminino (64,3%), com idade média de 38,58 anos. Como instrumentos de medida utilizámos a Escala de Satisfação com o Suporte Social, o Inventario Clínico de Auto Conceito e o Questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire, para avaliar a percepção dos factores de risco psicossociais. Resultados – As dimensões em que os enfermeiros revelam maior exposição ao risco são: previsibilidade; apoio social de colegas; satisfação em relação à chefia directa; confiança vertical; satisfação com o trabalho; insegurança laboral; problemas em dormir; stress e sintomas depressivos. Os itens em que revelam menor exposição ao risco são: auto-eficácia, percepção da saúde e bullying. Os enfermeiros do sexo masculino revelam maior risco relativo às Exigências Físicas e Psicológicas. A idade, superior a 50 anos, constitui um factor de maior risco relativamente às Exigências Físicas e Psicológicas e à Saúde Física e Psicológica. O vínculo definitivo leva a uma maior percepção de riscos relativos á Satisfação no Trabalho e Apoio Social e Familiar. O aumento do tempo de serviço determina uma diminuição da percepção de risco relativamente aos Valores no trabalho e um aumento relativamente à Saúde Física e Psicológica. O aumento do suporte social percebido provoca diminuição da percepção da Satisfação no Trabalho e aumenta a percepção do risco, relativo à Saúde Física e Psicológica. O Auto conceito condiciona uma diminuição da percepção de riscos psicossociais relativos aos Valores no trabalho e um aumento da percepção dos riscos relativos à Saúde Física e Psicológica. Conclusões – Os enfermeiros são em menor número que as enfermeiras, o que reflecte a realidade nacional. Sendo os homens o grupo em minoria, são quem percepciona maior nível de riscos psicossociais. Os enfermeiros com idades superiores a 50 anos, bem como os casados e /ou união de facto têm maior percepção de riscos para a saúde. O trabalho em hospitais contribui para maior risco de insatisfação no trabalho para com o Apoio Social e Familiar. Um bom Suporte Social condiciona uma diminuição da percepção dos riscos. O auto-conceito induz diminuição do risco relativo a valores e à saúde física e psicológica. Deste modo, defendemos a sensibilização das chefias para esta problemática e a adopção, nos locais de trabalho, de medidas que minimizem a exposição aos riscos. PALAVRAS CHAVE Riscos Psicossociais; Enfermeiros; Trabalho.
- Bem-estar psicológico da pessoa portadora de espondilite anquilosante : determinantes sociodemográficos, clínicos e psicossociaisPublication . Santos, Ana Rita Duro; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução : As doenças crónicas afetam muitas dimensões do Bem-estar Psicológico (BEP), da qualidade de vida bem como as atividades físicas e sociais dos indivíduos, com todas as consequências e efeitos nefastos que poderão daí advir. Entre essas doenças está a Espondilite Anquilosante (EA), considerada uma condição sem alternativas de melhoras rápidas e de evolução progressiva. Face a este enquadramento, o objetivo central deste trabalho pretende determinar a influência das variáveis preditivas (sociodemográficas, clínicas e psicossociais) do Bem-estar Psicológico, na pessoa com EA, com o intuito de desenvolver estratégias de apoio e sensibilização para esta problemática. Métodos: Conceptualizámos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo-correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 51 portadores, com idades compreendidas entre 19 e 79 anos (M= 47,00; Dp= 14,14) e maioritariamente do sexo masculino (70,59%). Utilizámos instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa: escala de APGAR familiar, questionário SF-36, Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) e os questionários BASDAI e BASFI. Resultados: O Bem-estar Psicológico é maioritariamente percecionado como elevado (47,1%). Na generalidade traduz-se mais elevado no sexo masculino. Foi nas dimensões crescimento pessoal e autonomia, onde os portadores demonstraram melhores índices de BEP. Outras variáveis revelam um efeito estatisticamente significativo sobre o BEP, concretamente: portadores com mais idade apresentam menor capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,05); portadores integrados em famílias mais funcionais apresentam maiores índices de BEP; maior idade de diagnóstico da doença revela menor domínio do meio (p0,05), menor capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,01) e pior score da EBEP (p0,05); ausência de sintomatologia traduz maior capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,01); quem pratica exercício físico e um programa de reabilitação, apresenta maiores índices de BEP; pior QDV, atividade da doença e capacidade funcional, traduzem no geral pior perceção de BEP. Conclusão: As evidências encontradas salientam a importância de uma reflexão multidisciplinar de forma a potencializar um melhor BEP, junto da pessoa com EA. Sugerimos que se aposte em programas de Reabilitação, intervenções junto da Família e campanhas de sensibilização, visando a promoção do BEP destes indivíduos. Palavras Chave: Espondilite Anquilosante; Bem-estar psicológico; Reabilitação; Qualidade de Vida; Família.
- Biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvicoPublication . Santos, Bárbara Sofia Miguel dos; Cunha, Madalena; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O biofeedback afigura-se como um tratamento simples, com mínimos custos e efeitos secundários no tratamento da incontinência anal em doentes com disfunção de pavimento pélvico. No entanto, a sua eficácia é muitas vezes colocada em causa. Este estudo pretende responder a esta questão, bem como procurar entender se esta técnica pode aumentar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Determinar a eficácia do biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico e a eficácia do biofeedback no aumento da qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Métodos: Na realização desta revisão sistemática efetuámos uma pesquisa entre Março e Abril de 2016 em bases de dados indexadas. Os estudos encontrados foram analisados à luz de critérios de inclusão previamente estabelecidos, e a sua qualidade avaliada por dois investigadores, de forma independente. A realização da meta- análise teve por base métodos estatísticos. Resultados: O corpus desta revisão é constituído por 10 artigos. Os resultados da meta-análise indicam haver uma melhoria, embora não estatisticamente significativa nos valores manométricos, em nenhum dos subgrupos avaliados. Bem como, os resultados de meta- análise não encontraram diferenças estatisticamente significativas na análise efetuada à eficácia do biofeedback na qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Destaca-se a importância da relação terapeuta- doente neste processo de melhoria. Conclusões: O biofeedback apresenta-se como um tratamento eficaz da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico, no entanto carece de uma maior investigação. Palavras- chave: incontinência anal, biofeedback, qualidade de vida.
- Cuidador informal de idosos dependentes: dificuldades e sobrecargaPublication . Cordeiro, Luis Alexandre Gonçalves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A temática do idoso tem assumido uma crescente importância devido ao envelhecimento da população que, segundo dados oficiais, não irá abrandar. Devido à situação social e financeira da população portuguesa a manutenção do idoso no domicílio, com maior ou menor dependência, assume um carácter privilegiado, assegurando-se assim, a defesa dos interesses dos idosos e também dos seus familiares. O cuidador informal desempenha um papel preponderante no bem-estar e na qualidade de vida do idoso dependente, no entanto, vários estudos demonstram que é sobre este que recai a maior sobrecarga associada às exigências do cuidar. Assim, o cuidador informal deverá ser alvo de uma especial atenção, diagnosticando precocemente as suas dificuldades e o risco de desenvolver níveis elevados de sobrecarga com o intuito de evitar que ele chegue a uma situação de rutura que poderá por em risco a sua saúde e a saúde daqueles que dele dependem. Face a este enquadramento, definimos como principal objetivo: conhecer os principais fatores de sobrecarga e dificuldades do cuidador informal e determinar quais as variáveis preditivas de sobrecarga e dificuldades, com o intuito de criar uma maior sensibilização para esta problemática e ajudar no desenvolvimento de estratégias de apoio ao cuidador. Métodos – Nesta pesquisa não experimental de natureza quantitativa e transversal, seguindo uma via descritivo-correlacional. Recorremos a uma amostra não probabilística constituída por 63 cuidadores informais, da área dos Centros de Saúde de Santarém, extensão de Saúde de Benfica do Ribatejo e do Hospital Distrital de Santarém, EPE., sendo a maioria do sexo feminino (74.6%), com idade média de 60.05 anos. Como instrumentos de medida utilizámos os índices de Barthel e de Lawton para avaliar o grau de dependência dos idosos; o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI) e o Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador (CADI). Resultados – O grau de dependência do idoso, nas ABVD e nas AIVD, apresenta um efeito significativo sobre os índices totais de dificuldades e sobrecarga dos cuidadores. Das características do cuidador as variáveis: “situação profissional” e a “perceção do seu estado de saúde”, apresentam valor prognóstico nos níveis de sobrecarga e dificuldades, visto termos encontrado significância estatística nos nossos resultados. No contexto da prestação dos cuidados, as variáveis “intensidade dos cuidados”, a “existência de ajuda” e a “co-residência”, apresentam, também, uma influência significativa nos níveis de sobrecarga e dificuldades do cuidador. Na globalidade os cuidadores apresentam mais sobrecarga, respectivamente, nos fatores implicação na vida pessoal, perceção dos mecanismos de eficácia e de controlo, sobrecarga emocional e sobrecarga financeira, e verificam-se mais dificuldades relacionadas com os fatores exigências do cuidar, reações ao cuidar e restrições sociais. Por outro lado, verificamos que os níveis mais baixos de dificuldades e sobrecarga estão associados aos sentimentos do cuidador para com o idoso dependente, à sua satisfação com o desempenho do papel e com a ajuda e apoio que presta ao idoso. Estes dados sugerem que níveis consideráveis de sobrecarga e dificuldades podem co-existir com bons níveis de satisfação com o papel desempenhado. Conclusões – Os cuidadores informais que cuidam de idosos com dependência severa ou total nas atividade de vida diárias (contexto do idoso); cônjuges ou filhos (a) sem atividade laboral, e por isso com rendimentos mais baixos, com uma fraca perceção do seu estado de saúde (contexto do cuidador), que têm ajudas do sistema formal mas sem outras ajudas do sistema informal; com uma intensidade de cuidados superior a 12 horas diárias e com elevadas dificuldades na prestação de cuidados (contexto da prestação de cuidados) estão mais susceptíveis de desenvolver níveis consideráveis de sobrecarga. Deste modo, defendemos que qualquer profissional deve conhecer este perfil assim como os sinais e sintomas de sobrecarga de forma a poder prestar uma melhor assistência não só aos idosos dependentes, como também aqueles que cuidam deles, garantindo que quem cuida não fica por cuidar. PALAVRAS CHAVE Cuidador Informal; Idoso; Dependência; Sobrecarga; Dificuldades.
- Determinantes da adesão a hábitos e estilos de vida saudáveis na gravidezPublication . Bernardino, Sara Ferreira; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A adoção de um estilo de vida saudável durante a gravidez é importante na prevenção de complicações gestacionais. O enfermeiro desempenha um papel relevante na vigilância da gravidez, o que lhe permite indagar o seu conhecimento, orientar a grávida, reforçar a sua motivação e antecipar as complicações, embora a escolha por um estilo de vida saudável seja sempre individual. O principal objetivo deste trabalho é conhecer a adesão das grávidas a hábitos e estilos de vida saudáveis (alimentação equilibrada e diversificada, não consumo de substâncias lícitas como o álcool e tabaco e prática regular de atividade física), e subsequentemente os seus determinantes. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 131 grávidas seguidas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, maioritariamente casadas (61,07%), da classe média, residentes equitativamente em meio rural (50,38%) e urbano (49,62%) e com uma média de idades de 32,89 anos (Dp= 4,85). O instrumento de colheita de dados, incorporou seis secções destinadas à mensuração de variáveis de contexto sociodemográfico, laboral, antropométrico, dados clínicos inerentes à gravidez, prática de consumos e estilos comportamentais e ainda o Questionário sobre Atividade Física e Gravidez, aferido e validado para a população portuguesa. Resultados: Relativamente à alimentação, a maioria das gestantes (59,54%) cumpre 3 ou 4 das 9 recomendações da Direção-Geral da Saúde analisadas. Verificámos uma tendência para a diminuição de comportamentos de risco ao longo da gestação, nomeadamente no consumo de álcool, tabaco e café. A intensidade da atividade física praticada pelas grávidas é, predominantemente, leve e do tipo doméstica. Do estudo dos determinantes inferiu-se que a adoção de estilos de vida mais saudáveis está sobretudo associada a grávidas mais novas, da classe I (classe socioeconómica superior alta), residentes em meio rural, empregadas e que se mantêm no ativo, obesas (segundo o IMC prévio à gravidez), primíparas, que vigiam a gravidez em várias instituições de saúde em simultâneo, com aconselhamento nutricional e para a prática de atividade física personalizado e que têm algum tipo de complicação decorrente da gravidez. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo sugerem que a gravidez motiva a adesão a estilos de vida mais saudáveis, no entanto, a prática de atividade física e os hábitos alimentares encontram-se aquém do recomendado. Parece-nos importante promover e incentivar as gestantes a modificarem/adotarem estilos de vida mais saudáveis e persistentes no tempo, propondo que essa vigilância e monitorização seja realizada por equipas cada vez mais multidisciplinares, com a inclusão de um EEER. Palavras-chave: Gravidez, Estilo de Vida Saudável, Promoção da Saúde.
- Determinantes da capacidade funcional do doente após acidente vascular cerebralPublication . Coelho, Rosa Maria Alves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado o mais prevalente e incapacitante distúrbio neurovascular, do qual resultam significativos défices neurológicos que se traduzem na perca de uma ou mais funções, com consequências directas na independência da pessoa que experimenta esta doença, bem como acarretando severas implicações na sua vida pessoal, familiar e social. Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.
- Determinantes da capacidade funcional em indivíduos com coxartrose submetidos a artroplastia total da ancaPublication . Gonçalves, Luís Miguel Dias; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: o aumento da esperança média de vida e consequentemente da prevalência de doenças osteoarticulares, tem permitido à cirurgia ortopédica adquirir protagonismo no tratamento da coxartrose, sendo a artroplastia total da anca o procedimento cirúrgico mais utilizado e efetivo no alívio da dor, aumento da capacidade funcional e diminuição das limitações. Para a enfermagem de reabilitação é imperativo o conhecimento dessas limitações e um diagnóstico funcional dos doentes com coxartrose. O objetivo foi identificar determinantes da capacidade funcional dos indivíduos submetidos a artroplastia total da anca. Métodos: realizámos estudo descritivo correlacional, transversal e quantitativo, tendo recorrido a uma amostra não probabilística de conveniência, composta por 66 indivíduos submetidos a artroplastia total da anca, com uma idade média de 70,6 anos, na sua maioria do género masculino (62%) e com baixo status socioeconómico (71,3%). O instrumento de colheita de dados incorporou: uma ficha sociodemográfica e clínica; o índice Lequesne (IL) para avaliar a gravidade da osteoartrose; a escala de Harris (HHS) para avaliar a capacidade funcional da anca comprometida; e o índice de Barthel (IB) para avaliar a independência dos inquiridos, todos eles com bons valores de consistência interna. Resultados: verificamos que existem variáveis que se assumem como determinantes da capacidade funcional do indivíduo com coxartrose e submetido a artroplastia total da anca, destacando-se no período pré-operatório (admissão): o grau de osteoartrose da anca (IL), o nível de independência funcional (IB) e a dor sentida pelos indivíduos; e no período pós-operatório (alta): o nível de independência funcional (IB), a dor sentida pelos indivíduos, o número de sessões de reabilitação, a amplitude de movimento articular e a força muscular. Os resultados revelam também que a capacidade funcional é pior nos indivíduos do género feminino entre os 70 - 79 anos ligados a serviços pessoais de proteção, segurança e vendedores e à agricultura, com osteoartrose extremamente grave, IMC acima do peso normal, dor moderada e com dependência funcional moderada. Conclusão: os resultados da nossa investigação demonstram claramente que existem défices funcionais significativos associados à coxartrose e ao pós-operatório de artroplastia total da anca, concluímos portanto que é importante implementar um programa de reabilitação personalizado e multidisciplinar que englobe todo o período perioperatório, assumindo um papel potenciador de ganhos funcionais e que consequentemente promova a independência funcional. Palavras-chave: Independência Funcional, Artroplastia Total da Anca, Reabilitação, Coxartrose.
- Determinantes das perturbações musculoesqueléticas nos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idosoPublication . Veiga, Ricardo Jorge Santos; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional com competências e conhecimentos para, após o diagnóstico, implementar e monitorizar os resultados dos programas de redução do risco das perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho (PME), junto dos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idoso, avaliando e introduzindo no processo de prestação de cuidados os necessários ajustamentos, promovendo assim, práticas mais seguras e eficazes. Assim, o presente estudo centrou-se em identificar os determinantes das PME nestes trabalhadores e suas repercussões na saúde. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 120 indivíduos, na sua maioria do género feminino (95,8%) e com uma média de idades de 43,21 anos (Dp=10,812 anos). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se o inquérito de saúde e trabalho (INSAT), aferido para este domínio de investigação. Resultados: Estes cuidadores formais manifestam défices de saúde com principal relevância para os relacionados com a mobilidade física e dor, quer pela existência de constrangimentos de natureza física e biomecânica, organizacional e psicossocial, bem como de natureza individual. Os problemas de saúde identificados por estes trabalhadores, resultantes das condições e características do trabalho foram: dores de costas (90,8%), dores musculares e articulares (82,5%), varizes (64,2%), dores de cabeça (49,2%) e ansiedade ou irritabilidade (47,5%). Ser do género feminino, ter idade entre os 49-58 anos, ser viúvo ou divorciado, ter doenças crónicas, tomar medicação e efetuar horário diurno, revelaram-se como determinantes percursores das PME assim como, a nível laboral, as características e os constrangimentos organizacionais e relacionais relacionados com o esforço físico, a intensidade e tempo de trabalho, as exigências emocionais, a insuficiência de autonomia e a má qualidade das relações sociais. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de estratégias preventivas das PME neste grupo profissional, onde é fundamental a intervenção do enfermeiro de reabilitação na implementação de programas de promoção da saúde, gestão do stresse e riscos psicossociais e formação profissional. Palavras-chave: Doenças musculosqueléticas; Enfermagem de Reabilitação; Saúde Ocupacional.
- Determinantes de alterações músculo-esqueléticas nos adolescentes : implicações para a enfermagem de reabilitaçãoPublication . Almeida, Carina Rodrigues de; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O tendencial aumento da incidência e prevalência de alterações músculo esqueléticas tem sido encarado como algo preocupante, sobretudo na faixa etária da adolescência, dada a sua evolução para a cronicidade. Porém, uma intervenção atempada, dirigida às necessidades específicas desta faixa etária, tal como é preconizado no Programa de Saúde Escolar, promove a capacitação na educação postural, área em que o enfermeiro de reabilitação pode ter um papel crucial. Neste contexto, este estudo tem como principais objectivos: avaliar a prevalência das alterações músculo-esqueléticas em adolescentes; e identificar um conjunto de determinantes sociodemográficos, antropométricos e circunstanciais associados a essas mesmas alterações músculo-esqueléticas. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra probabilística aleatória simples, composta por 200 adolescentes que frequentam três escolas do concelho de Viseu, na sua maioria do sexo feminino (52%), residentes em meio rural (70,5%) e com uma média de idades de 12,54 anos (Dp=1,76). O instrumento de colheita de dados incorpora 4 secções: caracterização sociodemografica, antropométrica, circunstancial; e avaliação das perturbações músculoesqueléticas, com recurso ao Questionário Nórdico Músculo-Esquelético. Resultados: Da análise dos dados sobressai que em 57% dos casos, o peso da mochila excede os 10% do peso corporal e 45,5% adotam uma posição ergonómica desadequada, percepcionando os adolescentes atingimento das alterações músculoesqueléticas, sobretudo a nível do pescoço, nos últimos 12 meses: (35%), seguido do ombro (27,5%), tornozelo (26%), zona lombar (22,5%), joelhos (19,5%), punho/mão (13%), anca (11%), tórax (10,5%) e, finalmente, cotovelo (4,5%). Como determinantes das perturbações músculo-esqueléticas foram identificados: o ano letivo, o género, a prática de desporto, a qualidade de sono, o tipo de colchão, o peso da mochila, o mobiliário escolar e a posição ergonómica. Especificando, são os adolescentes que frequentam o 7º ano, do género masculino, que praticam desporto, com má qualidade de sono, que dormem em colchões duros, que têm peso da mochila superior a 10% do peso corporal, que consideram o mobiliário escolar desconfortável e com postura desadequada (posição da coluna curvada, longe da cadeira e posição dos pés pendurados/esticados) que apresentam uma maior incidência de altrações musculo-esqueléticas. Já o efeito da idade, local de residência, estabelecimento de ensino, antecedentes patológicos, uso de cacifo, meio de transporte casa-escola e escolacasa, método de transporte do material escolar e tempo gasto no transporte do material escolar não se revelou estatisticamente significativo. Conclusão: Este estudo evidencia a ideia de que as perturbações músculoesqueléticas estão presentes num grupo significativo de adolescentes. Facto que permite constatar a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção na área da saúde escolar, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação em articulação com a educação pode ser determinante. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações músculo-esqueléticas, prevenção, enfermagem de reabilitação.
- Determinantes de alterações posturais em adultos seniores : contributos da biofotogrametria computadorizadaPublication . Teixeira, Catarina Maria Correia Costa; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: Com o envelhecimento da população, as alterações posturais representam uma séria ameaça, com importantes implicações no nível de saúde e qualidade de vida. O grande investimento na atuação preventiva, no combate aos seus determinantes, ou posteriormente no processo de reabilitação, impõe um apelo especial à conjugação de esforços por parte de todos os interlocutores. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar os principais determinantes associadas a alterações posturais em adultos seniores, recorrendo à biofotogrametria computorizada. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, intencional e por conveniência, composta por 50 seniores, a sua maioria do sexo feminino 76,00%, casados 52,00%, residentes em meio rural 62,00% e 90,00% reformados, com média de idades 69,72 anos (Dp=5,68). O protocolo de pesquisa inclui, além de uma ficha sociodemográfica e clínica, um procedimento de avaliação postural através biofotogrametria computadorizada, descrito como método de medição de ângulos posturais, através de software específico e validado para marcação de pontos protocolados com consequente registo de 4 fotografias nas vistas laterais, anterior e posterior. Resultados: Da amostra verificou-se que 70,00% seniores referem dor nas costas e 30.00% não referem queixas álgicas, 48,00% estão nutridos, 94,00% não fumam e 70,00% praticam atividade física. As alterações posturais mais frequentes foram anteriorização cabeça, que pode traduzir hipercifose torácica, elevação espinha ilíaca antero-superior e elevação ombro esquerdo, que pode traduzir escoliose. Verificou-se que variáveis género, estado civil, zona residência, dor na coluna, atividade física, reabilitação, hábitos tabágicos influenciam alterações posturais, excepto a situação profissional, coabitação, quedas. Conclusão A evidência dos resultados obtidos dá corpo à importância da análise postural enquanto método objetivo de avaliação postural, ressaltando necessidade de mais estudos neste âmbito de forma a obter-se um melhor planeamento de cuidados de enfermagem reabilitação. Palavras-Chave: Seniores, Postura, Biofotogrametria, Reabilitação.