ESSV - UER - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Efetividade de um programa de enfermagem de reabilitação no equilíbrio, marcha e independência funcional em idosos hospitalizadosPublication . Limão, Ricardo Patrício; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: Os idosos, revelam crescentemente, maior suscetibilidade às doenças e consequentes hospitalizações. Um dos principais desafios colocados aos enfermeiros especialistas de enfermagem de reabilitação é a minimização do risco de declínio funcional das pessoas idosas aquando da hospitalização. O seu papel na reabilitação do equilíbrio, marcha e independência funcional são preponderantes. Objetivos: Avaliar a efetividade de um programa de exercícios de enfermagem de reabilitação no equilíbrio, marcha e independência funcional em idosos hospitalizados, bem como fatores determinantes. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, quase experimental, transversal, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 40 idosos internados no serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. A intervenção consiste num programa de exercícios de enfermagem de reabilitação multicomponente. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sociodemográfica, clínica, a escala de Medida de Independência Funcional e o Teste de Tinetti. Resultados: Após uma semana de programa de exercícios de Enfermagem de Reabilitação houve uma variação positiva de 45% na média de valores de equilíbrio, de 48,8% na marcha e de 15,5% na independência funcional dos idosos sujeitos a intervenção. A variação positiva aconteceu em 97,5% dos idosos para o equilíbrio, em 92,5% dos idosos para a marcha e em 97,5% dos idosos para a independência funcional. Conclusão: O programa de exercícios de enfermagem de reabilitação parece ser efetivo na melhoria e no restabelecimento do equilíbrio, na marcha e na independência funcional dos idosos hospitalizados, dada a melhoria significativa dos scores destas variáveis após uma semana de treino.
- A efetividade da intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação na deglutição comprometida em doentes pós acidente vascular cerebralPublication . Gomes, Sofia Isabel Ferreira; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: A disfagia é uma morbidade comumente documentada após acidente vascular cerebral (AVC). Esta tem sido associada a um aumento do risco de complicações pulmonares e até mortalidade. As evidências emergentes referem que a deteção precoce da disfagia em doentes pós AVC agudo reduz essas complicações, o tempo de internamento hospitalar e os gastos em saúde. Assim, torna-se indispensável a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, sendo esta uma das áreas prioritárias da Ordem dos Enfermeiros. Objetivos: Verificar as intervenções do enfermeiro especialista em reabilitação face à pessoa com alteração da deglutição (disfagia), em situação de AVC, promovem a sua independência na atividade comer e beber. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do The Joanna Briggs Institute (2017). Foram selecionados estudos nas bases de dados: PubMed, Cochrane Library, CINAHL e Scopus, com publicação entre 2008 a 2018. Os estudos encontrados foram posteriormente avaliados, tendo em consideração os critérios de inclusão e de exclusão. Resultados: A análise dos 5 estudos incluídos na revisão sistemática da literatura demonstra que os enfermeiros especialistas em reabilitação constituem-se como elementos pivôs para garantir os cuidados especializados na pessoa com alteração da deglutição, devendo ser estes profissionais os primeiros a realizarem a avaliação da alteração da deglutição, antes dos outros profissionais. A higiene oral e o estado nutricional assumem-se como elementos fulcrais na gestão da disfagia e a posição correta da cabeça no momento da alimentação e hidratação, impedindo os riscos de aspiração de alimentos sólidos/líquidos. A utilização da terapia isométrica de resistência progressiva orofaríngea associada à dilatação do esfíncter superior do esófago melhora significativamente a segurança da deglutição, com consequente promoção da maneira mais independente possível para que a pessoa possa comer/beber, mantendo-se em segurança a função da deglutição. Após a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, os doentes revelam uma diminuição na aspiração com alimento líquido e alimento semi-sólido. O método combinado da manobra de Mendelsohn e da deglutição de esforço têm um efeito positivo na aspiração em doentes com disfagia após o AVC. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, concluiu-se que os programas de reabilitação para doentes pós AVC com disfagia são um recurso terapêutico com efeitos positivos, sendo um desafio para a enfermagem de reabilitação. Apesar dos seus benefícios clínicos, estes programas de reabilitação são ainda uma realidade sub-representada, o que implica a necessidade da sua promoção e implementação.
- Efetividade dos programas de reabilitação cardíaca na insuficiência cardíaca : revisão sistemática da literaturaPublication . Paulo, Marta Alexandra Nascimento; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: A insuficiência cardíaca constitui um problema grave de saúde pública que atinge um elevado número de indivíduos, apresentando taxas de morbilidade e mortalidade elevadas, estando associada a 12,5% dos óbitos ocorridos em Portugal em 2014. A reabilitação cardíaca integra um conjunto de intervenções que promovem a otimização da capacidade física, a melhoria da capacidade funcional, e a diminuição da sintomatologia relacionada com a Insuficiência Cardíaca, com consequente melhoria da qualidade de vida. Objetivos: Avaliar a efetividade dos programas de reabilitação cardíaca (Fase II) nos indivíduos com Insuficiência Cardíaca Classe Funcional II e III (segundo a classificação da NYHA) e encontrar evidências para a prática clínica. Metodologia: Efetuou-se uma revisão sistemática da literatura com base na metodologia PICO, a partir da pesquisa nas bases de dados eletrónicas Pubmed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, CINAHL Complete, PEDro, SciELO e google académico de estudos publicados entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018. Foram selecionados quatro estudos para o corpus do trabalho de acordo com os critérios de avaliação metodológica. Resultados: Da análise dos estudos selecionados constatou-se que os programas de reabilitação cardíaca baseados no exercício físico favorecem o controle dos fatores de risco cardiovascular (diminuição da TA, IMC, perímetro abdominal e hábitos tabágicos) (p<0,01), melhoram o nível de capacidade funcional e a qualidade de vida dos indivíduos com Insuficiência Cardíaca e estão associados à diminuição do risco de hospitalização por Insuficiência Cardíaca (p=0,0004). Existem ainda evidências, de que os programas de reabilitação cardíaca independentemente da modalidade do programa de exercício físico têm impacto positivo na melhoria da capacidade funcional e da qualidade de vida dos doentes com insuficiência cardíaca. Conclusão: As evidências científicas disponíveis demonstram que os programas de reabilitação cardíaca constituem um regime terapêutico com impacto positivo, na reabilitação dos doentes com Insuficiência cardíaca. Contudo, os programas de reabilitação cardíaca são ainda subaproveitados em Portugal, sendo crucial a sua promoção e implementação, como tratamento adjuvante nos doentes com Insuficiência Cardíaca, destacando-se a importância do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação integrado na equipa multidisciplinar na capacitação do doente para realização de exercício físico e monitorização dos fatores de risco.
- Impacto dos exercícios excêntricos na tendinopatia do tendão de Aquiles: Revisão sistemática da literaturaPublication . Areias, Frederico Costa e; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A Tendinopatia do Tendão de Aquiles (TTA) afeta desportistas e não só, na prática de atividade física, no trabalho e na vida social, com consequentes alterações na qualidade de vida. A implementação de um programa de exercícios excêntricos pelo Enfermeiro de Reabilitação parece ter efeitos na Tendinopatia do Tendão de Aquiles e na melhoria da dor. Com este estudo pretende-se avaliar a eficácia deste programa quando comparado com outros tratamentos que atualmente se utilizam no processo reabilitativo. Metodologia: Realizou-se um estudo secundário retrospetivo de uma revisão sistemática da literatura, segundo o guião da Cochrane Handbook. A pesquisa dos estudos foi realizada nas bases de dados Pubmed, PEDro e EbscoHost no período 2008-2018. Respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. O corpus da revisão, após observância dos critérios de avaliação, ficou constituído por 4 estudos. Resultados: Dos resultados obtidos, inferiu-se que a utilização de vibração corporal total apresentou melhores resultados que os exercícios excêntricos a nível do corpo do tendão mas na intensidade da dor ao nível da inserção musculotendinosa, os exercícios excêntricos foram mais eficazes. As melhorias para a maior parte dos participantes foram sentidas no grupo de vibração, seguidas pelo grupo de exercícios excêntricos e pelo grupo de “esperar para ver”. Não houve vantagens em adicionar a terapia a laser ao programa de exercícios excêntricos. Os exercícios concêntricos apresentaram resultados positivos, embora significativamente inferiores aos exercícios excêntricos. A realização de um programa de exercícios excêntricos com um número de repetições “até tolerar”, apresentou resultados igualmente favoráveis, comparativamente à utilização de um programa rígido de 180 repetições diárias. Conclusões: Os resultados evidenciam que a utilização dos exercícios excêntricos é eficaz no controlo da dor e na melhoria da função na TTA quando comparada aos outros tratamentos não médicos. Conclui-se também que participação num programa de repetições “fazer enquanto tolerar” não leva a menos melhorias que um programa rígido de 180 repetições diárias.
- Dotações percebidas pelos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação em PortugalPublication . Silva, Isac Leandro Faria da; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: No âmbito dos sistemas e organizações de saúde é primordial refletir sobre as práticas de cuidados tendo por base a qualidade e segurança dos cuidados. Devido à dotação desconhecida de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação e à carência de estudos que contradigam este paradigma, tornou-se imperioso conhecer a realidade destes profissionais. Assim, o objetivo central consiste em conhecer as dotações em Enfermagem de Reabilitação, bem como os seus determinantes, nos Cuidados de Saúde Primários, Cuidados de Saúde Hospitalares e Cuidados Continuados Integrados. Métodos: Estudo de natureza quantitativa do tipo descritivo-correlacional e exploratório, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 530 Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, maioritariamente do género feminino (73.6%), com uma média de idades de 39.35 anos. A recolha de dados foi realizada no período de 10 de janeiro a 28 de fevereiro de 2018, por meio de questionário on-line de autopreenchimento construído para o efeito. Resultados: Constatámos que, embora a maioria dos profissionais (69.8%) exerça funções especializadas, 58.9% executam-nas a tempo integral e 53.3% a tempo parcial. Quanto ao tempo ideal e real para a prestação de cuidados, observámos que existem diferenças estatisticamente significativas na maioria dos serviços/unidades analisados e, portanto, diferenças entre o rácio real e percebido, nomeadamente na Equipa de Cuidados Continuados Integrados, Unidade de Cuidados Intensivos, Outras Especialidades Médicas, Neurocirurgia e Medicina Física e Reabilitação, assim como nas instituições de Cuidados de Saúde Primários e Hospitalares. Verificámos, ainda, que o aumento do tempo de experiência e de especialização tende a estar associado com a perceção de rácio inferior, sendo este aspeto mais notório no tempo de experiência profissional. Conclusões: Os resultados evidenciaram que o aumento do tempo de cuidados e, consequentemente, a redução do rácio de utentes traduzem a necessidade de dotar a tempo integral as instituições com Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, quantitativa e qualitativamente. Desta premissa resulta consequências diretas na melhoria funcional e na satisfação do utente, bem como uma redução e antecipação de complicações face a uma alta precoce.
- Efetividade dos programas de reabilitação cardíaca home basedPublication . Carvalho, Rui Miguel Martins; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A evidência científica infere que o risco de novos eventos cardiovasculares em doentes com história de doença cardíaca isquémica, que realizam adequados programas de reabilitação cardíaca, é inferior ao risco dos que não usufruem desta resposta em saúde. Por conseguinte, assume-se como relevante a universalidade da implementação de programas de reabilitação cardíaca home based a nível nacional. Neste contexto, o objetivo deste estudo consiste em determinar a efetividade dos programas de reabilitação cardíaca home based na redução da taxa de reinternamento, na redução dos fatores de risco cardiovasculares modificáveis e na melhoria da qualidade de vida relacionada com a saúde em doentes com doença cardíaca isquémica. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura sobre estudos que avaliavam a efetividade dos programas de reabilitação cardíaca home based em doentes com doença cardíaca isquémica. Fez-se pesquisa na PUBMED, EBSCO, Google Académico e SciELO de estudos publicados entre 2012 a 2018, avaliados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, que posteriormente foram avaliados por dois investigadores de forma independente, respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. O corpus da revisão ficou constituído por 3 artigos Resultados: A análise dos estudos demonstra que os programas de reabilitação cardíaca home based baseada em exercícios contribuem para a redução da taxa de reinternamento e associam-se à redução dos fatores de risco cardiovasculares modificáveis, incluindo o tabagismo, pressão arterial, peso corporal e perfil lipídico. Ficou demonstrada uma ligeira adesão de doentes para a reabilitação cardíaca home based do que para a reabilitação centre-based (1,04, IC 95% 1,01 a 1,07). O número de fatores de risco modificáveis apresentou correlação significativa com a reabilitação cardíaca home based, com uma redução dos fatores de risco cardiovasculares modificáveis. Houve diferenças significativas na atividade física (F=4,2, p=0,02), vitalidade (F=10,7, p<0,001) e saúde mental (F=15,9, p <0,001). No que respeita ao efeito sobre os índices de qualidade de vida de vida relacionada com a saúde, a reabilitação cardíaca home based oferece benefícios similares à reabilitação cardíaca centre-based. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, poderá inferir-se que os programas de reabilitação cardíaca home based se constituem como um recurso terapêutico com efeitos, transversalmente positivos, na reabilitação de pessoas com doença cardíaca isquémica, o que implica desafios constantes à enfermagem de reabilitação. Apesar dos benefícios clínicos, a oferta de programas de reabilitação cardíaca home-based ainda é uma realidade sub-representada em Portugal, daí a necessidade da sua promoção e implementação
- Musicalmente saudável : fatores de risco associados a lesões músculoesqueléticas em estudantes de músicaPublication . Beato, Amandine Coelho; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: As Lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT) constituem, atualmente, um problema mundial, com implicações a nível socioeconómico e da saúde dos indivíduos. Os músicos representam também um grupo profissional muito específico e suscetível de desenvolver uma lesão músculo-esquelética (LME), pelas características específicas da sua atividade musical. Os jovens músicos para responderem as expetativas exigentes das demandas musicais, encontram-se muitas vezes susceptíveis aos mais diversos tipos de lesões, derivado do grande esforço físico e mental. Neste contexto, o objetivo do estudo pretende identificar quais os fatores de risco major que se associam aos diferentes perfis de lesão músculo-esquelética em estudantes de música. Metodologia: Optou-se pela elaboração de uma revisão sistemática da literatura seguindo os princípios propostos pelo Cochrane Handbook. A pesquisa do corpus dos estudos realizou-se nas bases de dados PubMed, Embase, Ebsco, B-On e Scielo, pesquisando-se estudos publicados entre Janeiro de 2007 e Julho de 2018. Os estudos foram avaliados por dois investigadores, de forma independente, respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. O corpus da revisão ficou assim constituído após avaliação metodológica por 6 artigos. Resultados: Os resultados dos estudos demonstram uma prevalência de LME significativa e muito equipara aos músicos profissionais. O perfil de lesão mais comumente apresentado nos diversos estudos foi a Dor. Os fatores de risco major identificados, em termos individuais, foram idade jovem e género feminino; de ordem física, as posturas corporais não ergonómicas, a elevada repetição de movimentos e excesso de tensão muscular; e de ordem organizacional/ psicossocial, o nº e tipo de instrumentos executados, o tempo de estudo excessivo, a não realização de pausas durante a prática, a não realização de atividade física nem de exercícios específicos para a prática de um instrumento musical, falta de literacia em saúde, assim como stress. Conclusões: Os resultados obtidos evidenciam a necessidade da implementação de programas de prevenção de LME em escolas de música, de modo a minimizar a sintomatologia do perfil de lesão mais descrito e modificar os fatores de risco identificados, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação, em articulação com as equipas multidisciplinares, por certo terá um papel fundamental.
- Lesões músculoesqueléticas em jovens desportistas : importância do enfermeiro de reabilitaçãoPublication . Saramago, Tiago Filipe Rodrigues; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento – A prática desportiva é transversal a todas as faixas etárias e a vários níveis de jogo, desde a prática recreativa até ao profissionalismo. Contudo, muitas das práticas desportivas caracterizam-se pelo contacto e colisão, estando os desportistas muito suscetíveis à ocorrência de lesões músculo-esqueléticas, com forte impacto na sua qualidade de vida. Objetivos – Identificar a prevalência de lesões músculo-esqueléticas em jovens desportistas; analisar determinantes sociodemográficas, antropométricas e contextuais nessas lesões. Métodos – Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. A amostra é do tipo não probabilístico por conveniência, constituída por 108 jovens desportistas do Futebol Clube do Porto SAD e da Associação Desportiva Social e Cultural Viseu 2001. O instrumento de recolha de dados contém um conjunto de questões de caracterização sociodemográfica, variáveis antropométricas, contextuais à prática desportiva, variáveis contextuais à lesão no contexto da prática desportiva e o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético para avaliar as lesões (Serranheira et al., 2003). Resultado – Verificou-se a existência de uma prevalência de 43,5% de lesões músculoesqueléticas em jovens desportistas nos últimos 12 meses. As lesões músculo-esqueléticas localizam-se fundamentalmente na coluna cervical (15,7%), no ombro esquerdo (13,0%), no cotovelo direito (10,2%), na região lombar (23,1%), na perna/joelho esquerdo (13,0%), e em ambos os tornozelos/pés (10,2%). As variáveis, zona de residência, o Índice de Massa Corporal, o escalão da formação no clube, o uso de mochila apenas em um dos ombros, o facto de ter tido uma lesão no percurso desportivo e terem feito paragens no percurso do desporto, influi na ocorrência das lesões músculo-esqueléticas. Também o profissional que acompanhou o jovem desportista na reabilitação e as paragens das atividades normais devido à lesão estão associados à sintomatologia decorrente das lesões músculoesqueléticas. Conclusões – A prevalência das lesões músculo-esqueléticas nos jovens é de facto significativa e varia em função de alguns determinantes sociodemográficos e contextuais; os enfermeiros especialistas em reabilitação poderão beneficiar das conclusões obtidas neste estudo, assumindo-se como um subsídio para a melhoria dos cuidados prestados aos jovens desportistas, apostando-se mais na prevenção e promoção da qualidade de vida dos jovens desportistas.
- O papel do enfermeiro de reabilitação na capacitação do cuidador informal nos cuidados domiciliários : revisão da literaturaPublication . Santos, Cristina Alexandra da Silva; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: As alterações sociodemográficas atuais e o aumento crescente do número de pessoas dependentes no domicílio a necessitar de cuidados, implicam mudanças nas políticas de saúde, onde os Cuidadores Informais assumem um importante papel como aliados da equipa de saúde. Objetivo: Identificar as intervenções do enfermeiro de reabilitação num programa de reabilitação domiciliária, de forma a capacitar a Pessoa e os Cuidadores Informais no processo de gestão da doença. Metodologia: Considerou-se pertinente realizar uma Revisão Sistemática da Literatura, recorrendo à metodologia PICO (Population, Intervention/Issue Of Interest, Comparison Intervention Or Comparison Group, Outcome), a partir de bases de dados eletrónicas de referência, com o objetivo de promover a reflexão na ação e sobre a ação. Foi elaborada a questão de investigação no seguinte formato: ”O papel do enfermeiro de reabilitação na capacitação do cuidador informal nos cuidados domiciliários”. Resultados: Constatamos que as intervenções do enfermeiro especialista em reabilitação na comunidade e junto dos cuidadores se desenvolvem em vários níveis, nomeadamente: na manutenção de um ambiente seguro, na identificação de barreiras arquitetónicas e nas propostas de eliminação das mesmas, na orientação de alterações estruturais/físicas do domicílio de forma a facilitar a adaptação à nova condição de saúde, na monitorização da condição da pessoa com limitações, através da utilização de instrumentos de medida que permitem a avaliação da dependência/independência e das dificuldades sentidas na realização das atividades da vida diária. Atuam, ainda, na capacitação dos cuidadores na realização de cuidados ao doente dependente, na prevenção do aparecimento de complicações que possam atrasar o processo de reabilitação, no estabelecimento de objetivos reais e atingíveis com o programa de reabilitação, bem como no desenvolvimento de estratégias adaptativas e conhecimento do material de apoio existente Conclusão: Os programas de reabilitação realizados no domicílio, através das intervenções do enfermeiro de reabilitação, contribuem para uma melhor efetividade na capacitação da pessoa/cuidador informal no processo de autogestão da doença, com melhoria da autonomia da pessoa e com evidentes ganhos em saúde.
- Prótese total da anca : efetividade de um programa de reabilitaçãoPublication . Santos, Maria de Fátima Pereira dos; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: A prótese total da anca (PTA) é recomendada para pessoas com artropatia da anca, com dor permanente ou limitações na realização das atividades de vida diárias (AVD). A PTA pode resultar em comprometimento da capacidade funcional da pessoa no que se refere à realização das AVD, refletindo-se na sua qualidade de vida. O enfermeiro de Reabilitação através das suas intervenções pode promover substantivamente o potencial de recuperação do doente para níveis eficazes de funcionalidade. Neste contexto, este estudo pretende verificar a efetividade da aplicação de um programa de enfermagem de reabilitação na pessoa submetida a PTA. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, tendo por base as recomendações do Cochrane Handbook. Recorreu-se à PUBMED, EBSCO, Google Académico e SciELO, motores de busca que permitiram localizar estudos publicados entre janeiro de 2009 e agosto de 2018, os quais posteriormente foram avaliados por dois investigadores de forma independente, tendo por base os critérios de inclusão e de exclusão. O corpus da revisão ficou formado por 5 estudos, que apresentaram boa qualidade metodológica. Resultados: A análise dos estudos demonstra que as pessoas com PTA submetidas a um programa de reabilitação apresentam maior independência funcional, mobilidade, equilíbrio e mais qualidade de vida. A intervenção programada de ensinos de enfermagem de reabilitação no pré e pós-operatório revela melhorias significativas no que diz respeito à dor, aos níveis de independência nas AVD, na amplitude de movimentos, com redução dos níveis de ansiedade/stresse, melhoria substancial da qualidade de marcha, reduzindo o tempo de internamento. As pessoas com PTA, após a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, apresentaram melhorias significativas ao nível de independência funcional, quando comparadas com pessoas sem esta intervenção. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, poderá inferir-se que a reabilitação funcional da pessoa com PTA é um recurso terapêutico com efeitos positivos, assumindo-se como um desafio à enfermagem de reabilitação. Os estudos sugerem a implementação de protocolos pós-operatórios iniciais, incluindo intervenções aditivas com eficácia clínica comprovada.