ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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Browsing ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by advisor "Coutinho, Emília Carvalho"
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- Gravidez : vivências de mulheres, casais no interior do paísPublication . Pereira, Carolina Novado; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: Com o objetivo de completar o Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia e o Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, foi realizado um período de estágio em diversas áreas para o desenvolvimento das experiências mínimas exigidas pela diretiva nº2013/55/UE do Parlamento Europeu, apresentando-se na Parte I o seu relatório final. Seguidamente, apresenta-se na Parte II a componente de investigação, onde se procurou desenvolver uma investigação qualitativa acerca da vivência da gravidez por mulheres/casais no interior do país. Objetivos: Desenvolver a aquisição das competências necessárias à obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; compreender as vivências de gravidez de mulheres/casais no interior do país. Metodologia: Para a concretização da Parte I, foi realizado o estágio em Enfermagem de Saúde Materna, obstétrica e Ginecológica, alvo de análise reflexiva com a evidência científica disponível, no cumprimento das experiências mínimas legalmente exigidas e aquisição das competências comuns e específicas do enfermeiro especialista. Na parte II realizou-se uma investigação qualitativa do tipo fenomenológico com base nos pressuposto de Max Van Manen, acerca das vivências de gravidez de mulheres/casais no interior do país. Resultados: O desenvolvimento prático de seis diferentes áreas de estágio permitiu a aquisição de competências comuns e específicas do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica, bem como o cumprimento das experiências mínimas legalmente exigidas. O desenvolvimento do estudo de investigação qualitativa permitiu identificar o grande tema “Viver a gravidez”, e sete categorias, nomeadamente, “Significado atribuído à gravidez”, “Constrangimentos na vivência da gravidez”, “Estratégias do casal face à proibição da presença do pai durante a vigilância da gravidez”, “Sentimentos vivenciados pelo casal durante a gravidez”, “Cuidados Pré-Natais”, “Preparação para o Parto” e “Plano de Parto”, subjacentes à vivência da gravidez de mulheres/casais no interior do país. Conclusão: Com a primeira parte concluiu-se o cumprimento do número de experiências mínimas e a aquisição das competências necessárias à obtenção do título de enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica. Na segunda parte concluiu-se com o estudo sobre a vivência da gravidez de mulheres/casais no interior do país, que esta foi marcada pelos constrangimentos decorrentes das restrições impostas pelo combate à pandemia e da própria interioridade, com especial impacto nas vivências relacionadas com a assistência pré-natal recebida. Palavras-chave: Gravidez; Cuidado pré-natal; Cuidado Centrado na Pessoa; Enfermagem.
- Influência do tipo de parto no aleitamento materno: Revisão sistemática da literaturaPublication . Fonseca, Francelina Maria Vilar; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: A amamentação desempenha um papel crucial na saúde, crescimento e desenvolvimento do bebé e traz benefícios também para a mãe. Objetivo: Avaliar a influência do tipo de parto no aleitamento materno. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura para identificar estudos relevantes a incluir que respondam aos critérios de inclusão previamente delineados. Fez-se pesquisa de estudos datados no friso temporal de 2014 a 2019, nos idiomas português, espanhol e inglês, recorrendo às seguintes plataformas eletrónicas de bases de dados: Pubmed, Clinical Queries | Clinical Study Categories | Etiology, Broad, EBSCOhost. O corpus da revisão ficou constituído por 12 artigos. Resultados: Ficou demonstrado que o início da amamentação é significativamente diferente tendo em conta o tipo de parto. A cesariana e o parto por fórceps associado a trabalhos de parto longos e a admissão de recém-nascidos em unidades neonatais influenciam negativamente o sucesso da amamentação. As mulheres com um parto vaginal prévio à cesariana têm aumentada a probabilidade de iniciar precocemente a amamentação. Há uma associação entre o tipo de parto, a administração de ocitocina e a cessação do aleitamento materno. As mulheres cujo parto foi uma cesariana emergente ou eletiva são as que revelam maior risco de cessação do aleitamento materno exclusivo. A admissão por rotina, em unidades neonatais, bem como o afastamento das suas mães de recémnascidos saudáveis nascidos por cesariana são promotores do aleitamento artificial. A dor do pósparto por cesariana é inibidora da capacidade materna para cuidar e amamentar recém-nascido. As mulheres que estimulam precocemente a lactação revelaram-se mais motivadas para amamentação. A ausência de informação e apoio sobre o aleitamento materno assumem-se também como preditores de um início tardio do aleitamento materno. A Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés é um elemento protetor no que concerne ao início precoce do aleitamento. As taxas de amamentação são influenciadas também pela duração do contacto pele-a-pele. Conclusão: Os resultados configuram-se como um contributo para proporcionar práticas e cuidados de enfermagem diferenciados e especializados no âmbito do aleitamento, tendo como objetivo a otimização das taxas nacionais de prevalência do aleitamento materno. O Enfermeiro Especialista de Saúde Materna e Obstetrícia deve considerar e explorar a maneira pela qual as mulheres que tiveram um parto por cesariana podem ser mais apoiadas para promoção do aleitamento materno precoce.
- Vivências de puérperas que frequentaram um programa de recuperação pós-partoPublication . Rasteiro, Regina Andreia da Cruz; Coutinho, Emília CarvalhoIntrodução: O pós-parto é um período particularmente desafiante na vida da mulher, que o vivencia de modo muito particular, ao ser confrontada com uma nova realidade, a de ser mãe, e se apercebe de novas exigências, dificuldades e necessidades. Os programas de recuperação pós-parto, maioritariamente desenvolvidos por enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica, pretendem apoiar e empoderar a mulher, aumentando-lhe as suas competências no cuidar o recém-nascido, bem como a sensação de segurança e a confiança necessária para responder aos novos desafios. Objetivo: compreender as vivências das mães que frequentaram um programa de recuperação pós-parto. Métodos: Estudo de investigação qualitativa com abordagem fenomenológica hermenêutica segundo pressupostos de Max van Manen. As participantes do estudo foram 14 mulheres que frequentaram um programa de recuperação pós-parto e que aceitaram integrar este estudo. A recolha de dados foi realizada através de entrevista fenomenológica, na modalidade online, via Skype®. Resultados: São diversas as vivências das mães no período pós-parto, que emergem da análise de dados, as quais identificam alegrias, mas também desconfortos e desafios, muitas vezes inesperados e difíceis. Foram vários os motivos que as levaram a participar nestes programas, dos quais obtiveram vários benefícios, no entanto também apontam alguns constrangimentos e fazem sugestões de melhoria. Consideram que esta experiência foi importante, positiva, útil e enriquecedora, tendo contribuído para o aumento das suas habilidades e competências parentais, e consequentemente empoderamento e confiança. Conclusão: Sendo o pós-parto um período de alegria, mas também de dificuldades e desafios, os programas de recuperação, particularmente desenvolvidos por enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica, foram uma mais-valia na vida das mulheres que os frequentaram e, por isso, devem ser promovidos entre as grávidas e puérperas recomendando-se o seu desenvolvimento, por enfermeiro EESMO, nas comunidades. Descritores em Português: Poder familiar; Período pós-parto; Mães; Papel do profissional de enfermagem; Enfermagem Obstétrica.
- Vivências do casal nos programas de preparação para o parto e nascimentoPublication . Alves, Susana Maria Martins; Coutinho, Emília CarvalhoIntrodução: Os programas de preparação para o parto e nascimento constituem-se espaços privilegiados de interação entre o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e as grávidas/casais. É um espaço de desenvolvimento da confiança mútua, respeito pela singularidade de cada casal e compreensão dos seus anseios, expectativas, necessidades e dúvidas. Importa também referir que os estágios contribuíram para mais conhecimentos teórico-práticos, tendo sido um caminho para a prática de especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, culminando com o desenvolvimento de competências comuns e específicas. Este foi um percurso que permitiu uma prática de uma enfermagem especializada e avançada, sendo essencial para promover cuidados eficazes, seguros e de elevada qualidade, como se descreve na primeira parte deste realtório. Participantes e métodos: Este relatório teve como objetivos legitimar a obtenção de competências do Enfermeiro Especialista em Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica e conhecer as vivências do casal nos programas de preparação para o parto e nascimento, através da realização de um estudo de investigação qualitativa, utilizando o método fenomenológico-hermenêutico apresentado por Max van Manen, aprovado por Comissão de Ética. Pelo método de bola de neve, selecionaram-se 10 participantes, para entrevista fenomenológica, 5 mulheres e 5 homens. Os dados recolhidos foram alvo de análise quliatativa de dados suportada pelo software Nvivo® versão 12. As entrevistas decorreram entre os dias 27/01/2022 e 16/02/2022. Resultados: Apresentam-se as 10 categoriais e subcategorias emergentes da análise: “Benefícios atribuídos pelo casal ao programa”, subdivididos pelos “Benefícios para a mulher”, onde se destacou “Obter conhecimentos”, “Controlar a dor”, “Sentir-se ajudada” e “Ser bom”; “Benefícios para o homem”, sendo os mais referenciados “Aprender sobre os cuidados ao recém-nascido” e “Preparar para o desempenho da parentalidade”; “Constrangimentos vivenciados pelo homem durante a gravidez”, onde a “Incapacidade para lidar com as alterações de humor da mulher” e “Desconhecimento sobre o processo gravídico” foram os constrangimentos mais referidos pelos homens; prevaleceram o “cansaço”, “dor lombar” e “dor ciática” como “Desconfortos vivenciados pela mulher durante a gravidez”; “Estratégias adotadas pelo casal face aos constrangimentos vivenciados durante a gravidez” mais referenciadas foram “Abstrair-se dos problemas”, “Passear com a esposa” e “Praticar exercícios de Kegel”; “Intervenções da equipa de Enfermagem valorizadas pelo casal alvo dos seus cuidados” subdividiram em “Intervenções da Enfermeira de Cuidados Gerais valorizadas pelo casal”, com duas subespecificações “Transmitir conhecimentos específicos”, sendo esta a mais referenciada, e “Intervenções da Enfermeira ESMO valorizadas pelo casal”, com cinco subespecificações, onde “Esclarecer dúvidas” foi a mais reiterada pelos participantes. Importa referir que os participantes identificaram lacunas do Enfermeiro de Cuidados Gerais, sendo a mais referenciada a “Incapacidade de ajuda efetiva”; “Transição para a parentalidade”, dois participantes relataram que antes da frequência do programa havia a “Ausência da consciencialização do papel de pai” e, após a sua frequência, emergiu o sentimento de “Sentir-se envolvido”; nos “Atributos da EESMO valorizados pelo casal” sobressaiu ser “Extraordinária no cuidar” e em relação aos “Atributos do Enfermeiro de cuidados gerais valorizados pelo casal”, evidenciou-se ser “Boa pessoa”; nas “Intervenções desenvolvidas pela pessoa significativa durante o processo de maternidade e paternidade valorizadas pelo homem e pela mulher”, emergiram duas subcategorias, sendo a primeira relativa às intervenções “Valorizadas pela mulher”, na qual “Ajudar a fazer exercícios de alívio da dor durante o trabalho de parto”, “Estar presente”, “Apoiar na amamentação”, “Promover relaxamento”, “Tomar conta do bebé” foram as mais referenciadas, na subcategoria intervenções “Valorizadas pelo homem”, “Partilhar conhecimento” foi a mais designada. Conclusão: A realização dos estágios mostram que o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, pelas competências que possui e, alicerçando-se nos seus conhecimentos especializados, assume um papel de destaque ao nível das boas práticas obstétricas, o que foi reforçado com a perceção dos participantes que valorizaram a sua frequência no programa de preparação para o parto e nascimento, destacando o papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Palavras-chave: Enfermagem; Casal; Programa de preparação para o parto e nascimento.