Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER)
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Browsing Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER) by advisor "Martins, Rosa Maria Lopes"
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- Artrite reumatóide : implicações na funcionalidade das pessoasPublication . Figueiredo, Elisabete Vaz de; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: A Artrite Reumatóide (AR) é uma patologia com profundas implicações na funcionalidade das pessoas, com efeitos significativos não só ao nível do funcionamento físico, mas também a nível emocional, familiar, social e económico. Objetivos: Avaliar a funcionalidade das pessoas com artrite reumatóide e analisar a sua relação com as variáveis sócio demográficas, clínicas, dor e qualidade do sono. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 75 pessoas com o diagnóstico de artrite reumatóide, acompanhadas na Unidade de Dor, na Consulta de Reumatologia e na Medicina Física de Reabilitação do CHTV, EPE. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sócio demográfica e clínica, o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh – PSQI e o Health Assessment Questionnaire – HAQ. Resultados: Constatou-se que 60,0% dos inquiridos apresenta dificuldades/incapacidades leves no desempenho das atividades da vida diária, 32,0% apresenta já dificuldades moderadas e 8,0% incapacidade grave, sendo que o valor médio da funcionalidade global avaliado por meio do HAQ foi de 1,48, o que revela a existência de uma incapacidade moderada na nossa amostra. Das variáveis sócio demográficas, a idade (p=0,003), a situação laboral (p=0,000), a escolaridade (p=0,006) e os rendimentos mensais (p=0,001) têm influência no estado funcional das pessoas com AR. Das variáveis clínicas, a intensidade da dor (p=0,007) e o tempo de diagnóstico da doença (p=0,013) mostraram relacionarem-se com a funcionalidade. Em relação à qualidade do sono, apenas existem diferenças estatísticamente significativas nas subescalas “levantar-se” (p=0,030) e “caminhar” (p=0,034), sendo que a má qualidade de sono configurou-se em 94,7% dos inquiridos. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo referem que a idade, a situação laboral, a escolaridade, os rendimentos mensais, o tempo de diagnóstico, a intensidade da dor e a qualidade do sono, associam-se a uma pior funcionalidade nas pessoas com AR. O diagnóstico precoce, a adoção de medidas para a promoção da boa qualidade do sono, a aplicação de medidas farmacológicas e não farmacológicas para o alívio da dor, e ações de formação direcionadas aos doentes com AR, devem ser estratégias a desenvolver junto desta população, numa tentativa de minimizar o impacto negativo que esta doença acarreta. Palavras-chave: artrite reumatóide, estado funcional, qualidade do sono.
- Bem-estar e qualidade de vida da pessoa com patologia respiratória : contributos do enfermeiro especialista em reabilitaçãoPublication . Fernandes, Ana Raquel Crespo; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: As doenças respiratórias atingem uma grande parte da população portuguesa, e são responsáveis por limitar as atividades de vida da pessoa, (AVD´s), desencadeando por isso, alterações na Qualidade de vida (Qvd). O papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) através de um programa e reabilitação respiratória (RR) adequado, é essencial na melhoria desta Qvd, levando a pessoa maximizar o seu potencial funcional e a encontrar mecanismos de adaptação para a sua vida. Objetivos: Avaliar o bem-estar e a Qvd da pessoa com patologia respiratória submetidos às intervenções do EEER em programa de RR num primeiro e segundo momentos. Verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas que influenciam a Qvd e estudar o impacto das intervenções do EEER na Qvd da amostra. Métodos: Estudo quase experimental descritivo, correlacional e transversal. Os dados foram colhidos numa amostra não probabilística por conveniência de 40 pessoas com patologia respiratória diagnosticada, e internados no serviço de pneumologia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda; O instrumento de recolha de dados consistiu num conjunto de questões de caracterização sociodemográfica, questões clínicas, intervenções do EEER, e na aplicação do Saint George´s Respiratory Questionnaire (SGRQ). Resultados: A amostra é maioritariamente do género masculino (70,0%), com idade superior aos 75 anos (55,0%) em média 72,15 anos. 55,0%, são casados ou vivem em união de facto. Mais de metade dos doentes reside em meio rural (62,5%) e 75% da amostra refere ter apoio familiar quase sempre. A avaliação da Saturação Periférica de Oxigénio (SPO2), mostrou (na 2ª avaliação), valores mais elevados, (95-100%), existindo diferenças estatisticamente significativas (p=0,027), o que significa que houve uma melhoria clínica. São os doentes com diagnostico da doença há menos de 1ano os que apresentam melhor Qvd nos vários domínios e fator global, com diferenças estatisticamente significativas no domínio das atividades (X2=8,005; p=0,046) e no fator global (X2=10,106; p=0,018). São os doentes seguidos em consulta que também manifestam melhor Qvd em todos os domínios e fator global, com diferenças estatísticas no domínio das atividades (X2=120,500; p=0,038) e no fator global (X2=108,000; p=0,017). Apurou-se igualmente que são os que recorrem a um EEER para a RR, os que apresentam melhor Qvd em todos os domínios (sintomas p= 0,059; atividades p= 0,198; impacto psicossocial p=0,753 e fator global p=0,158), em prejuízo dos que recorrem a outros profissionais de saúde. Quanto á avaliação da Qvd, constatou-se que a amostra evidenciava uma melhor Qvd no global, (M=42,8021,67) na 2ª avaliação, isto é, após o programa de RR, particularmente no domínio impacto psicossocial (M=34,60 21,61), seguindo-se o domínio dos sintomas (M=44,0421 Conclusões: Existe de facto uma melhoria na Qvd da pessoa com patologia respiratória após o programa de RR, isto é, houve diferenças positivas entre a Qvd inicial e a posterior à intervenção do EEER. As evidências encontradas destacam a importância da intervenção do EEER, aos doentes, no que respeita à melhoria na Qvd. É por isso, pertinente a implementação de um programa RR adequado, individualizado e precoce, de modo a obter um efeito favorável na saúde dos doentes, melhorar a morbilidade e a manutenção de uma Qvd adequada.
- O comportamento no autocuidado da pessoa com patologia cardíacaPublication . Barreiros, Ana Margarida Cardoso; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: Capacitar as pessoas para a gestão da sua saúde e dos sintomas, na presença de doença crónica e para atingir o nível máximo de independência funcional promovendo o autocuidado é um dos desígnios dos profissionais de enfermagem de reabilitação. Nesta perspetiva o desenvolvimento deste estudo parte do pressuposto básico de que a variável autocuidado é influenciada pelas capacidades e limitações em termos de atividades de vida diárias, estratégias de conservação de energia, posições de descanso em fase de descompensação e sinais de alerta. Objetivo: Avaliar a relação entre as variáveis sociodemográficas, clinicas ou psicológicas e o comportamento do autocuidado dos doentes com problemas cardíacos. Metodologia: foi delineado um estudo de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo e correlacional. A amostra foi constituída por 74 indivíduos com patologia cardíaca, que frequentam a consulta externa de Cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. O instrumento utilizado para a recolha de dados integra um questionário sociodemográfico e clínico, escala de apoio social (Matos e Ferreira), questionário de estado de saúde (SF-36V2) e a escala europeia do comportamento do autocuidado na insuficiência cardíaca. Resultados: prevalece o sexo masculino (com cerca de 71 anos de idade, casados ou a viver em união de fato e a patologia cardíaca que predomina é a insuficiência cardíaca, seguida do EAM com IC e por último a Angina com IC. Existe relação significativa entre as variáveis sociodemográficas com o comportamento do autocuidado. Quando aumenta o apoio social diminui o comportamento adequado dos utentes face ao seu autocuidado e quando o comportamento no autocuidado diminui aumento a saúde mental e física contudo é mais significativa na saúde física. Conclusão: o comportamento no autocuidado em doentes com patologia cardíaca sofre influência de variáveis sociodemográficas, clínicas e psicológicas. Palavras – Chave: Autocuidado, comportamento, patologias cardíacas, Reabilitação Cardíaca.
- Conhecer para capacitar o cuidador informal da pessoa dependente em contexto de cuidados continuados: Intervenções do enfermeiro de reabilitaçãoPublication . Almeida, Francisco José Freixinho de; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: O Cuidador Informal (CI) enfrenta múltiplas dificuldades no cuidado da pessoa dependente. O Enfermeiro de Reabilitação, pode desempenhar um papel determinante na capacitação destes cuidadores, direcionando as suas intervenções a partir das dificuldades apresentadas. Assim, é propósito deste estudo identificar as dificuldades do CI de pessoa com dependência que beneficiou do apoio da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Métodos: Estudo não-experimental, quantitativo, transversal e de carácter descritivocorrelacional, recorrendo a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 119 CI de pessoa dependente, na sua maioria mulheres, filhas da pessoa dependente e com idade média de 60,14 anos (± 13,71). Os dados foram recolhidos na sub-região Viseu Dão Lafões, através do autopreenchimento de um questionário. Da aplicação deste instrumento resultou o estudo psicométrico da Escala de Avaliação das Dificuldades do Cuidador Informal, que apresenta um nível de fidelidade muito bom (α = 0,953), possuindo os quatro fatores correlações com a escala total, fortes a muito fortes, oscilando entre R = 0,737 (Fator 4) e R = 0,892 (Fator 2). Resultados: Estes CI manifestam, maioritariamente, dificuldades moderadas, sendo estas mais elevadas ao nível do fator cuidar de mim, em particular nos itens “exercícios de relaxamento e de alongamento muscular que pode realizar para prevenir lesões músculoesqueléticas” e “como gerir o tempo necessário para si próprio” e do fator atividades de vida diária, em especial no “banho”, “subir e descer escadas” e “transferências”. Prestar cuidados a pessoas com maior grau de dependência, em habitações com mais barreiras e por cuidadores com mais idade, revelam-se como preditores das dificuldades do CI. Conclusão: estes resultados indicam que os CI apresentam dificuldades a vários níveis do cuidar da pessoa dependente, fortalecendo a necessidade dos Enfermeiros de Reabilitação, no contexto da RNCCI, conhecerem essas dificuldades e planearem programas de apoio e intervenção a eles dirigidos, no sentido da sua capacitação. Palavras-chave: cuidador informal; dificuldades; enfermeiro de reabilitação; cuidados continuados.
- Dependência no autocuidado dos idosos residentes em larPublication . Rodrigues, Ana Maria de Almeida Marques; Martins, Rosa Maria LopesO autocuidado é indispensável à conservação da vida e resulta do crescimento diário da pessoa, na experiência como cuidador de si mesmo e de quem faz parte das suas relações. É a chave dos cuidados de saúde, sendo interpretado como uma orientação para a ação de enfermagem que, através das ações de autocuidado, podem implementar intervenções para a promoção da saúde e/ou prevenção da doença. Os objetivos do estudo direcionam-se para a importância na identificação do perfil de autocuidado dos idosos, ou seja, na determinação dos diferentes níveis de dependência no autocuidado dos idosos a residir em lar. Entendemos este conhecimento, (proveniente dos resultados do estudo) como um contributo relevante no sentido de melhorar o modo como o apoio e/ou a ajuda pode ser ajustada a cada indivíduo, uma vez que estas adaptações só são possíveis perante o diagnóstico real da dependência das pessoas. Metodologia: Este estudo inclui-se num paradigma de investigação quantitativa, do tipo não experimental, transversal, descritivo e correlacional. A população em estudo são os idosos residentes no lar Residência Rainha D. Leonor em Viseu. Utilizou-se uma amostra não probabilística acidental, em função do peso relativo dos idosos desta instituição constituída por 136 idosos. O instrumento de colheita de dados inclui a escala de dependência no autocuidado. Resultados: Os idosos são maioritariamente mulheres, viúvas, com baixa instrução literária e com média de idade de 86 anos. Verificamos que as patologias predominantes são do foro cardíaco (70,6%), osteoarticular (62,5%) e neurológico (55,1%). Considerando o nível global de dependência no autocuidado, verificamos que 46,4% da amostra é independente, 36,0% é dependente em grau elevado e 17,6% dependente em grau parcial, ou seja, 53,6% apresenta algum grau de dependência no autocuidado. Conclusão: Os resultados deste estudo permitem a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências que são de extrema importância na prática de cuidados de enfermagem de reabilitação, pois as necessidades de saúde desta população sofrem contínuas modificações ao longo do processo de envelhecimento, exigindo práticas atualizadas, no sentido de abranger a promoção dos processos de preservação e de autonomia. Palavras-Chave: Autocuidado, Idoso, Institucionalização.
- Determinantes da incapacidade funcional em doentes com AVCPublication . Girão, Sónia Marisa Morais; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução- O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a primeira causa de morte em Portugal, sendo também responsável pelo elevado índice de incapacidade e dependência funcional da população adulta portuguesa, afetando significativamente os aspetos da vida física, económica e social. Os processos de reabilitação continuados têm-se mostrado bastante eficazes na recuperação da independência funcional destes doentes. Assim sendo o objetivo geral deste estudo consiste em avaliar o nível de independência funcional e os fatores determinantes nesses níveis, em doentes sujeitos a programas de reabilitação continuados e doentes sem reabilitação. Métodos- O presente estudo é de carácter quantitativo, enquadrando-se num desenho de estudo descritivo transversal e analítico, no qual participaram 60 indivíduos que sofreram AVC, pertencendo 36 ao grupo experimental e 24 ao grupo de controle. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clinica, uma escala de APGAR Familiar e uma Escala de Medida de Independência funcional (MIF). Resultados- A análise por grupos mostra que o grupo experimental é mais independente que o grupo de controle, ou seja, o nível de independência funcional é mais elevado na sua generalidade na amostra de indivíduos sujeitos a processos de reabilitação. As variáveis que influenciaram significativamente a independência funcional foram: o género (no comportamento social no G.cont),o estado civil (solteiros/viúvo mais independentes aos níveis dos cuidados pessoais, controle dos esfíncteres, mobilidade e locomoção no G. exp), habilitações académicas (maior escolaridade maior independência no G. exp) fatores de risco (doentes sem fatores de risco no G. cont são mais independentes nos cuidados pessoais, controle de esfíncteres e locomoção), indivíduos com AVC isquémico são mais independentes nos cuidados pessoais e locomoção, e os que realizaram trombólise são mais independentes nas diferentes dimensões nos dois grupos. Conclusão- As variáveis sociodemográficas e clinicas exercem influência apenas em algumas dimensões da independência funcional dos utentes após o AVC e a reabilitação desenvolvida de forma continuada, aumenta o grau de independência dos doentes diminuindo o grau de incapacidade. Palavras-chave- Acidente Vascular Cerebral, Incapacidade, Independência Funcional, Reabilitação.
- Disfagia no doente com AVC : prevalência e determinantesPublication . Silva, Teresa Margarida Marques Dias da; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: O acidente vascular cerebral (AVC) assume em Portugal elevadas taxas de morbilidade e reinternamento hospitalar. A disfagia surge como uma complicação frequente deste evento neurológico, com índices de morbilidade elevados pelo risco de desnutrição, desidratação e aspiração broncopulmonar. O diagnóstico e a sua monitorização no processo de reabilitação do doente são ações fundamentais na prevenção de aspirações alimentares, redução do internamento hospitalar e na eficácia da reabilitação do doente. Objetivo: Identificar e avaliar o grau de disfagia na pessoa com AVC e analisar a relação entre esta, e as variáveis socio-demográficas e clínicas no sentido de poder melhorar futuramente os cuidados de enfermagem de reabilitação. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 25 doentes com diagnóstico de AVC, internados na Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), em unidades de Convalescença e Reabilitação. O instrumento de colheita de dados integra uma seção de caracterização sócio-demográfica e clínica e duas escalas: Escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) e Índice de Barthel, a fim de avaliar a disfagia e a funcionalidade, respetivamente. Resultados: A amostra apresenta uma média de idade de 76,8 anos, sendo 68% do sexo feminino e 32% do sexo masculino. Verificámos que 68% dos participantes apresenta mais de dois antecedentes clínicos e apenas 24% dos participantes não apresenta disfagia. Dos restantes, 12% apresenta disfagia grave, 36% moderada e 28% disfagia ligeira. A área de lesão parece influenciar a deglutição, demonstrando a Artéria Cerebral Média (ACM) e Artéria Cerebral Posterior (ACP) como áreas de maior sensibilidade. Denotou-se que quanto maior o grau de dependência, maior gravidade de disfagia. Conclusão: Doentes com AVC isquémico apresentam disfagia, com gravidade relacionada com a área vascular. A existência de vários antecedentes clínicos pode gerar perturbações na deglutição do doente. De igual modo, quanto maior for a dependência funcional do doente, maior é o grau de disfagia e o risco de aspiração pulmonar. Palavras-chave: AVC; Disfagia; Reabilitação.
- Efeitos da risoterapia no humor e na felicidade dos profissionais de saúdePublication . Videira, Isabel Maria Martins de Almeida; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento - A risoterapia é uma técnica psicoterapêutica que produz benefícios mentais, físicos e emocionais mediante o riso. Os profissionais de saúde, dadas as caraterísticas da sua profissão, são os que mais lidam com a fadiga, frustração, medo e ansiedade.Todo esse quadro gera um clima de pressão, tensão e esgotamento em ambiente do trabalho e, por isso, a terapia do riso contribui grandemente para fortalecer o desenvolvimento e crescimento pessoal, a melhoria da autoestima, confiança, e satisfação pessoal. Objetivos - Avaliar o efeito da risoterapia no humor e na felicidade dos profissionais de saúde após sessões de risoterapia e identificar fatores determinantes nesses dois constutos. Métodos - Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Pode ainda considerar-se como préexperimental ou quasi experimental do grupo único, como pré e pós-teste, com o objetivo de comparar resultados. A amostra é do tipo não probabilístico por conveniência, constituída por 52 profissionais de saúde que trabalham nos serviços de Cardiologia, Unidade de Cuidados Intensivos Coronários e Hemodinâmica do Centro Hospitalar Tondela-Viseu - EPE. Foram planeadas duas sessões de risoterapia: a primeira ocorreu no dia 14 de dezembro de 2015 e a segunda passado um mês, no dia 14 janeiro de 2016, tendo sido pedido aos participantes para preencherem o instrumento de colheita de dados no início e no final de cada sessão, com o objetivo de fazer um estudo comparativo entre os diferentes momentos. O instrumento de recolha de dados contém um questionário sociodemográfico e de caracterização profissional, a Multidimensional Senseof Humor Scale (MSHS), desenvolvida por Thorson e Powell (1993a), adaptação portuguesa de José e Parreira (2008), a Escala Sobre a Felicidade - ESAF (Barros, 2001). Resultados - Amostra maioritariamente feminina (73%), com idades entre os 27 e os 61 anos, com uma idade média de 40 anos (±9.567), com predomínio de enfermeiros (63.5%). Houve um ganho médio de felicidade depois de cada sessão de risoterapia, sugerindo que as sessões de risoterapia influenciam a felicidade manifestada pelos profissionais de saúde. O sexo interferiu no sentido de humor dos profissionais de saúde, particularmente na Produção e uso social do humor (p=.004), Humor adaptativo (p=.001), Atitude pessoal face ao humor (p=.048), Apreciação do humor (p=.004) e na nota global do Sentido de humor (p=.000). O tipo de horário de trabalho influenciou as dimensões Objeção ao uso do humor (p=.003) e Apreciação do humor (p=.008). A média de humor antes da primeira sessão foi de 87.00 (±8.94), tendo aumentado após o final da primeira sessão de risoterapia para 91.01 (±11.21). No final, verificou-se um aumento do humor nos profissionais de saúde (M=91.11±11.11). Conclusão - Através das duas sessões de risoterapia, verificaram-se ganhos no sentido de humor dos profissionais de saúde, reforçando o pressuposto que as sessões de risoterapia proporcionam uma mudança no estado emocional e na perceção das coisas, tornando as pessoas mais felizes, otimistas e aguçando o sentido de humor. Palavras-chave: humor, felicidade, risoterapia, profissionais de saúde.
- A efetividade da intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação na deglutição comprometida em doentes pós acidente vascular cerebralPublication . Gomes, Sofia Isabel Ferreira; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: A disfagia é uma morbidade comumente documentada após acidente vascular cerebral (AVC). Esta tem sido associada a um aumento do risco de complicações pulmonares e até mortalidade. As evidências emergentes referem que a deteção precoce da disfagia em doentes pós AVC agudo reduz essas complicações, o tempo de internamento hospitalar e os gastos em saúde. Assim, torna-se indispensável a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, sendo esta uma das áreas prioritárias da Ordem dos Enfermeiros. Objetivos: Verificar as intervenções do enfermeiro especialista em reabilitação face à pessoa com alteração da deglutição (disfagia), em situação de AVC, promovem a sua independência na atividade comer e beber. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do The Joanna Briggs Institute (2017). Foram selecionados estudos nas bases de dados: PubMed, Cochrane Library, CINAHL e Scopus, com publicação entre 2008 a 2018. Os estudos encontrados foram posteriormente avaliados, tendo em consideração os critérios de inclusão e de exclusão. Resultados: A análise dos 5 estudos incluídos na revisão sistemática da literatura demonstra que os enfermeiros especialistas em reabilitação constituem-se como elementos pivôs para garantir os cuidados especializados na pessoa com alteração da deglutição, devendo ser estes profissionais os primeiros a realizarem a avaliação da alteração da deglutição, antes dos outros profissionais. A higiene oral e o estado nutricional assumem-se como elementos fulcrais na gestão da disfagia e a posição correta da cabeça no momento da alimentação e hidratação, impedindo os riscos de aspiração de alimentos sólidos/líquidos. A utilização da terapia isométrica de resistência progressiva orofaríngea associada à dilatação do esfíncter superior do esófago melhora significativamente a segurança da deglutição, com consequente promoção da maneira mais independente possível para que a pessoa possa comer/beber, mantendo-se em segurança a função da deglutição. Após a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, os doentes revelam uma diminuição na aspiração com alimento líquido e alimento semi-sólido. O método combinado da manobra de Mendelsohn e da deglutição de esforço têm um efeito positivo na aspiração em doentes com disfagia após o AVC. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, concluiu-se que os programas de reabilitação para doentes pós AVC com disfagia são um recurso terapêutico com efeitos positivos, sendo um desafio para a enfermagem de reabilitação. Apesar dos seus benefícios clínicos, estes programas de reabilitação são ainda uma realidade sub-representada, o que implica a necessidade da sua promoção e implementação.
- Efetividade de um programa de enfermagem de reabilitação no equilíbrio, marcha e independência funcional em idosos hospitalizadosPublication . Limão, Ricardo Patrício; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: Os idosos, revelam crescentemente, maior suscetibilidade às doenças e consequentes hospitalizações. Um dos principais desafios colocados aos enfermeiros especialistas de enfermagem de reabilitação é a minimização do risco de declínio funcional das pessoas idosas aquando da hospitalização. O seu papel na reabilitação do equilíbrio, marcha e independência funcional são preponderantes. Objetivos: Avaliar a efetividade de um programa de exercícios de enfermagem de reabilitação no equilíbrio, marcha e independência funcional em idosos hospitalizados, bem como fatores determinantes. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, quase experimental, transversal, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 40 idosos internados no serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. A intervenção consiste num programa de exercícios de enfermagem de reabilitação multicomponente. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sociodemográfica, clínica, a escala de Medida de Independência Funcional e o Teste de Tinetti. Resultados: Após uma semana de programa de exercícios de Enfermagem de Reabilitação houve uma variação positiva de 45% na média de valores de equilíbrio, de 48,8% na marcha e de 15,5% na independência funcional dos idosos sujeitos a intervenção. A variação positiva aconteceu em 97,5% dos idosos para o equilíbrio, em 92,5% dos idosos para a marcha e em 97,5% dos idosos para a independência funcional. Conclusão: O programa de exercícios de enfermagem de reabilitação parece ser efetivo na melhoria e no restabelecimento do equilíbrio, na marcha e na independência funcional dos idosos hospitalizados, dada a melhoria significativa dos scores destas variáveis após uma semana de treino.