ESEV - DCA - Capítulo em obra nacional, como autor
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Browsing ESEV - DCA - Capítulo em obra nacional, como autor by Author "Barroso, Paulo"
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- A discursividade entre o facto e a ficçãoPublication . Barroso, PauloO discurso jornalístico centra-se numa função referencial e informativa. Serve de testemunho ou prova de verdade sobre o que existe e acontece na realidade. Todavia, até que ponto um discurso jornalístico (texto e imagem) não é subjetivo pela vivência, perceção e prespetiva do emissor? Será um ponto de vista ideológico e parcial ou imune à emotividade e à esteticização do acontecimento? Será puramente objetivo e de interpretação universal?
- O discurso da mediação: hermenêutica, retórica e poética em Paul RicoeurPublication . Barroso, PauloEste artigo analisa a configuração do discurso pelas artes da hermenêutica, retórica e poética. Parte-se da hermenêutica linguística de Paul Ricoeur que, influenciado por Aristóteles, destacou estas artes no re-descrever, no argumentar e no configurar os discursos, respetivamente. O objetivo é demonstrar a influência intemporal das aludidas artes, tão distintas como complementares, na constituição do discurso intencionado e estratégico, que produz sentidos eficazes e que resulta do trabalho diferenciado sobre a linguagem que cada uma destas artes permite realizar. Defende-se que o discurso possui uma função de mediação e que a dialética entre estas três artes é determinante para essa função. Segue-se uma estratégia de explanação e conceptualização para se concluir pela relevância do modo de dizer através de discursos ou recursos estratégicos trabalhados.
- Massificação e hiper-realidade: mudança ou continuidade?Publication . Barroso, PauloA massificação da modernidade e das culturas visuais, a hiper-realidade e o que é autêntico ou real são questões colocadas pelo uso das imagens. Estas amplificam os efeitos de distracção e de alienação, porque a imagem é popular, de absorção imediata, espectacular, atractiva, um “pronto-a-pensar” peculiar de uma fast culture. Através de uma estratégia reflexiva e aporética, pretende-se conceptualizar e problematizar a concepção da modernidade que é sistematicamente massificada e transformada em hiper-realidade, compreendendo as consequências dessa transformação para a sociedade.
- Nietzsche e a arte como ontologia vs. pedagogia: temos arte para não morrermos da verdade?Publication . Barroso, PauloTemos arte para não morrermos da verdade? Se sim, o que pode ensinar a arte? Podemos aprender com a arte? Como? A partir de alguns exemplos, pretende-se questionar o papel da arte recorrendo à perspetiva crítica de Nietzsche. Para Nietzsche, a arte é independente de juízos morais e da utilidade científica. A arte vivifica sentimentos e promove a desejabilidade da vida; dirige-se aos afetos. A origem da arte está na tragédia, no sofrimento humano, o que a liga à vida. Temos arte para não morrermos da verdade, porque o valor da arte é mostrar que é possível viver sem a ideia de que existe a verdade. A arte é metafísica, modo de revelação do que é. O mundo (fenómeno estético) só tem existência metafísica. Assim, o objetivo da arte não é educar; é revelar o ser. É o primado da ontologia sobre a pedagogia.
- A semiose do espaço: sacralização geográfica e construção de património intangívelPublication . Barroso, PauloA fé e as vivências religiosas determinam a percepção e concepção do espaço. O processo de sacralização do espaço deve-se à semiose do espaço como lugar de manifestação do sagrado (e.g. o reconhecimento de hierofanias). O espaço perde homogeneidade e se distingue entre “sagrado” e “profano”. Esta distinção serve fins espirituais, mas produz identidade entre os crentes e o espaço, ao mesmo tempo que transforma o espaço em património espiritual e cultural. A sacralização do espaço está associada quer a factores psicológicos ou “mitopoiético” (crenças e rituais que criam identidade e simbolismo nos locais de culto, porque formam e conservam a matriz espiritual sobre o território) quer a factores físicos ou geográficos (características do relevo, pois os lugares de culto no cimo de montes, montanhas e outeiros são frequentes símbolos de devoção popular, cuja imponência fascina pela altura). Nesta perspectiva, o objectivo deste texto é: a) abordar a influência de uma geografia do sagrado; b) relevar o papel do processo de sacralização na organização espacial dos lugares; e c) reconhecer a relação intrínseca da génese e dinâmica do espaço sagrado com a sua frequente e necessária recriação de uma psicologia colectiva, conforme os desígnios espirituais.
