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- Adolescentes e sexualidade : conhecimentos e atitudesPublication . Correia, Toni Fernando Aguilar; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Emergem preocupações com todas as dimensões da sexualidade e com o contributo que cada um dos agentes educativos deve dar para a formação de adolescentes responsáveis nas suas escolhas e respeitadores da dignidade da pessoa humana. Objetivos: Descrever as características sócio-demográficas, familiares e de carácter sexual da população em estudo; Identificar os conhecimentos que os adolescentes possuem acerca do planeamento familiar; Caracterizar as atitudes adotadas pelos adolescentes face ao preservativo e pílula; Analisar a influência das variáveis sociodemográficas, das variáveis contextuais à sexualidade e conhecimentos sobre planeamento familiar nas atitudes face ao preservativo e à pílula. Material e métodos: Este estudo, caracteriza-se como sendo do tipo descritivo correlacional não experimental efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística por conveniência é constituída por 1216 adolescentes que frequentam o 9º Ano de Escolaridade em Escolas Públicas Portuguesas, enquadrado no projeto PTDC/CPECED/ 103313/2008. Resultados: Tiveram relações sexuais 15,1% dos rapazes e 10,5% das raparigas. Face ao preservativo, são os adolescentes com 14 anos que apresentam maior percentagem de atitudes muito adequadas (20,6%) e de atitudes inadequadas (21,3%). A maioria dos adolescentes que considera importante utilizar o preservativo apresenta atitudes inadequadas face à pílula (48,5%). A idade (p=0,242) e a residência (p=0,719) não influenciam as atitudes face ao preservativo; O sexo (p=0,038) influencia as atitudes face ao preservativo; A idade (p=0,324), a residência (p=0,862) e a idade de início das relações sexuais (p=0,222) não têm influência nas atitudes face à pílula; O sexo influencia as atitudes face à pílula anticoncetiva; Apresentam menor culpabilidade face ao preservativo os adolescentes que têm o pai (p=0,030) e o namorado (a) (p=0,023) como interlocutores sobre sexualidade; As variáveis de contexto não têm efeito significativo sobre as atitudes face à pílula anticoncetiva (p0,05). Verificou-se a existência de mais atitudes de culpabilidade e funcionalidade face ao preservativo e pílula anticoncetiva entre os adolescentes que possuem fracos conhecimentos sobre planeamento familiar. Conclusão: A educação sexual deve constituir uma aposta dos profissionais de saúde, pois pode ser considerada a principal forma de prevenir comportamentos de risco, não devendo esta abordar unicamente os métodos contracetivos Palavras-chave: Adolescência, Sexualidade, Contraceção.
- Amamentar : quais os contributos das avósPublication . Oliveira, Ana Mafalda Gonçalves; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.RESUMO Enquadramento: O aleitamento materno é fundamental na promoção e proteção da saúde infantil em todo o mundo. Além de biológico, constitui um ato regulado por diversos fatores nos quais se destaca a influência das avós pela transmissão da sua herança cultural. Justifica-se, assim, o trabalho “Amamentar. Quais os contributos das avós?”. Objetivos: Compreender o fenómeno amamentar em mães portuguesas e imigrantes; Identificar os contributos das avós na amamentação percecionados pelas mães portuguesas e imigrantes. Matérias e métodos: O estudo foi realizado no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Baixo Vouga II. Foram 40 as mulheres participantes, portuguesas e imigrantes, que foram mães nos últimos seis meses, que se encontram a amamentar ou amamentaram os filhos e que, aí, recorreram à consulta médica ou de Enfermagem. Na recolha e análise de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo com recurso ao NVivo 9 respetivamente. Resultados: Da análise construíram-se sete categorias: “Motivos para amamentar”; “Vantagens do leite materno”; “Tipos de ajuda percecionados pelas mães relativos à amamentação”; “Crenças e mitos face à amamentação”; “O envolvimento das avós na educação dos netos”; “A avó dá bons conselhos” e “Influência das avós na decisão e manutenção da amamentação”. Conclusão: As mães sentem a influência das avós na amamentação das suas crianças o que lhes transmite maior segurança e confiança nesta prática. Considera-se fundamental que os enfermeiros promovam, protejam e apoiem o aleitamento materno não só junto das puérperas mas também das famílias, nomeadamente das avós. Palavras-chave: amamentação; contributos das avós.
- Atitude dos profissionais de saúde face ao aleitamento maternoPublication . Queirós, Maria Antónia Pinto Monteiro; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O estudo das atitudes do profissional de saúde face ao aleitamento materno (AM) permite reflectir e fomentar mudanças no comportamento profissional neste âmbito. Objectivos: Avaliar as atitudes dos profissionais de saúde (enfermeiros e médicos) relativamente ao AM e identificar se factores sócio-demográticos, profissionais e contextuais influenciam as atitudes dos profissionais de saúde face ao AM. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal, constituído por uma amostra de 408 profissionais de saúde que exercem funções na região Norte de Portugal. Na colheita de dados foi utilizado um questionário que possibilitou caracterizar sóciodemográfica, profissional e contextualmente o aleitamento dos participantes. Incluímos também a escala de avaliação das atitudes dos profissionais de saúde face ao AM de MARINHO (2003). Resultados: Verificamos que 40,2% apresentam atitude positiva face ao AM 35,6% atitude negativa. As mulheres apresentam melhor atitude em relação às “crenças acerca dos benefícios da amamentação” “importância/interesse em relação à amamentação” e “aconselhamento geral sobre o AM”. Os mais novos (≤35 anos) têm pior atitude na “importância/interesse em relação à amamentação” e melhor atitude “face à decisão de não amamentar”. Os com idade ≥46 anos apresentam menor atitude no “aconselhamento geral sobre o AM”. Os casados e com filhos têm melhor atitude face à “importância/interesse em relação à amamentação”. Já os sem filhos e os que trabalham a nível hospitalar, têm melhor “atitude face à decisão de não amamentar”. Os enfermeiros têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar” e no “aconselhamento geral sobre o AM”. O ser especialista não influencia a atitude, mas a especialidade na área de saúde materno-infantil favorece a atitude face à decisão de não amamentar, crenças sobre o aleitamento, importância/interesse na amamentação e aconselhamento geral sobre o AM. Os profissionais que no exercício profissional contactam com mulheres que amamentam, têm melhor atitude em relação ao interesse/importância na amamentação. Os profissionais que frequentaram cursos sobre o AM no último ano têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar”, à “importância/interesse em relação à amamentação”, e ao “aconselhamento geral sobre o AM”. Os profissionais com menos experiência profissional (≤5 anos) apresentam uma menor atitude na “importância/interesse em relação á amamentação”, enquanto os profissionais com mais tempo de exercício profissional (≥21 anos) mostram uma pior atitude em relação ao “aconselhamento geral sobre o AM” e às “atitudes face à decisão de não amamentar”. Uma experiência prévia agradável com a amamentação relaciona-se com uma atitude mais positiva no aconselhamento geral sobre o AM, nas crenças sobre o aleitamento, sobre os benefícios da amamentação e acerca dos obstáculos à amamentação. Os enfermeiros e médicos que amamentaram os seus filhos durante mais tempo (13-24 meses) apresentam uma atitude mais positiva em relação ao aconselhamento geral sobre o AM, sendo os que amamentaram durante menos tempo (1-3 meses) os que mostram as ordenações médias mais baixas. Conclusão: Identificar determinados factores que influenciam de forma negativa a atitude dos profissionais de saúde face ao AM, permite-nos tentar minimizá-los. Palavras-chave: Atitudes, profissionais de saúde, aleitamento materno.
- Atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetalPublication . Fróis, Deolinda Maria Rodrigues Gonçalves Silva; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A possibilidade de existir uma doença genética ou malformação fetal é semelhante em todos os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, porém o acesso a cuidados de saúde que permitam o seu diagnóstico e enquadramento legal que possibilite a interrupção da gravidez são bastante diferentes. Objetivos: Conhecer as atitudes das grávidas, verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, obstétricas, psicológicas e funcionalidade familiar e as atitudes das grávidas face à possibilidade de interrupção da gravidez por malformação fetal. Obter informações que visam uma melhoria da qualidade assistencial. Métodos: É um estudo transversal, quantitativo, correlacional, realizado através da aplicação de um questionário a 145 grávidas que aguardavam exame ecográfico de rotina durante a gestação. Resultados: Pela análise dos dados a idade média da nossa população é de 29,22 anos sendo o grupo etário mais representado dos 20-35 anos (84,8%), 97,9% das grávidas são de nacionalidade Portuguesa e 95,9% caucasianas.47,6% têm o 2º ciclo; 78,6% empregadas; 81,4% casadas e 77,9% planearam a gravidez, encontrando-se 70,3% no 1ºtrimestre. 61,4% São primíparas e 77,2% não tem antecedentes de interrupção de gravidez. O autoconceito médio total da amostra [75 ± 7,15] é normal, dois terços da amostra não são vulneráveis ao stress. A maioria das inquiridas (80,7%) entende ter uma família altamente funcional. Das grávidas do estudo 41.38% apresentam atitude pouco favorável à interrupção da gravidez por malformação fetal, 19,31% atitude favorável e 39.31% atitude muito favorável. A maturidade psicológica (β=-0,262;p=0,001), apgar familiar (β=-0,212;p=0,08) e a carência de apoio social (β=0,169;p=0,016) são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem pessoal e social”; A idade e a aceitação/rejeição social são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem fetal”; O apgar familiar (β=-0,268;p=0,001) e a maturidade psicológica (β=-0,22;p=0,006) são preditores das atitudes de uma forma global. As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional (X2= 8,85; p= 0,012) Conclusão: As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional da mulher, maturidade psicológica e apgar familiar factos a considerar no âmbito da vigilância pré-natal. Palavras-chave: Atitudes; Malformação fetal; Interrupção da gravidez.
- Atitudes dos adolescentes face à sexualidade : algumas variáveis intervenientesPublication . Marques, Ana Lúcia Oliveira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Quando procuramos compreender a sexualidade adolescente, temos que considerar aspetos biológicos, como o genótipo e aspetos sociais, como a família, o grupo, a sociedade e a cultura onde cada individuo se encontra inserido. Os desafios que se colocam aos adolescentes, neste âmbito, são muitos e podem levar à adoção de atitudes e condutas sexuais com implicações na sua saúde, quer a nível físico, psicológico ou social. Objetivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e as atitudes face a sexualidade, a motivação para fazer ou não fazer sexo, a cultura organizacional da família e os conhecimentos sobre contraceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo correlacional e explicativo transversal com uma amostra não probabilística por conveniência de 809 estudantes a frequentar escolas profissionais da região centro. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a escala de atitudes face à sexualidade (Nelas et al, 2010), a escala de motivação para fazer ou não fazer sexo de Alfares (1997) cit in Gouveia et al (2010), a escala de atitudes face ao preservativo e à pilula de Ramos et al (2008) e o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007). Resultados: A amostra é constituída por 343 jovens do sexo feminino e 466 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e os 23 anos. São, na sua maioria solteiros (96,9%), portugueses (84,5), moram na aldeia (61,6%), são caucasianos (83,2%) e católicos (91,4%). A idade mínima de início das relações sexuais foi 12 anos nas raparigas e 10 nos rapazes e a máxima foi 20 anos nas raparigas e 21 nos rapazes. 63,0% dos estudantes já iniciaram as relações sexuais. Existem diferenças estatisticamente significativas entre o estado civil, o curso, a organização da família, a motivação para fazer e não fazer sexo e as atitudes face à sexualidade. Conclusão: Perceber as atitudes dos jovens, face à sexualidade, implica conhecer as variáveis que as podem influenciar, nomeadamente a cultura familiar, a área de formação, a idade e o género, pois interferem significativamente nas mesmas. Sempre que se criem programas de educação sexual nas escolas profissionais, estas variáveis devem ser consideradas. PALAVRAS-CHAVE: jovens, sexualidade, atitude, motivação, métodos contracetivos, família.
- Auto-percepção materna das competências no cuidar do recém-nascido de termoPublication . Ferreira, Susana Cristina Gomes; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Cuidar do recém-nascido (RN) no domicílio é uma experiência exigente que envolve os pais, altura que enfrentam muitas dificuldades relacionadas com o desenvolvimento de competências cuidativas. Objectivos: Analisar o nível de competências maternas auto-percebidas (CMAP) das puérperas no cuidar do RN de termo entre as 24 e as 72 horas pós-parto, quanto às dimensões cognitivo-motora e cognitivo-afectiva. Avaliar o nível de conhecimento das puérperas relativamente ao transporte seguro do RN de termo. Determinar a relação entre as variáveis sócio-demográficas e obstétricas e a CMAP das puérperas no cuidar o RN de termo. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal. A amostra é constituída por 212 puérperas internadas no serviço de Obstetrícia de um Centro Hospitalar da região centro de Portugal. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário subdividido em três partes: dados sócio-demográficos e obstétricos, dados sobre o transporte do RN e Escala de Auto-percepção Materna das Competências Cuidativas Neonatais de Santos & Mendes (2004). Resultados: A maior parte das puérperas (55,7%) apresenta um alto nível de competência cuidativa, no entanto, 35,4% apresenta um baixo nível e 9% um nível moderado, sendo que a dimensão cognitivo-motora apresenta uma média mais alta que a dimensão congnitivo-afectiva. Uma alta percentagem de puérperas (34%) apresenta um baixo nível de conhecimento sobre o transporte do RN. São as puérperas que têm algum conhecimento sobre a legislação relativa ao transporte do bebé no automóvel que referem uma maior CMAP em relação à “higiene e conforto”, “manutenção da temperatura corporal” e “ evitar os perigos”. As variáveis gravidez planeada, gravidez desejada e aceitação da gravidez influenciam a CMAP. Também, as mulheres imigrantes apresentam uma maior CMAP no que se refere à “alimentação”, “evitar os perigos”, “sono e repouso” e “comunicação/estimulação”. São as mulheres com menos habilitações literárias (até ao 9º ano) as que mostram uma maior CMAP na “alimentação” e na “comunicação/estimulação”. Ainda, as puérperas que vivem com o companheiro/filhos e as que têm mais filhos ostentam uma maior CMAP em todas as subescalas. De igual forma, a experiência prévia com bebés relaciona-se positivamente com a CMAP em todas as subescalas. As mulheres que vigiaram a gravidez numa instituição de carácter público, apresentam uma maior CMAP em cinco das seis subescalas (“evitar os perigos”, “alimentação”, “manutenção da temperatura corporal”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação”). Nestas quatro últimas subescalas são as mulheres que vigiaram a gravidez no privado as que apresentam a menor CMAP. Inexplicavelmente as mulheres que realizaram preparação para o parto mostram uma menor CMAP nas subescalas “alimentação”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação” que aquelas que não a realizaram. As variáveis em estudo, idade, estado civil, actividade laboral, tipo de parto actual, problema de saúde, aleitamento materno e vigilância da gravidez, não influenciam a CMAP. Conclusão: Neste estudo analisamos a auto-percepção das mães acerca do seu nível de competência e os factores que nela interferem, permitindo posteriormente dirigir os ensinos efectuados ao longo do internamento. Palavras-chave: Auto-percepção Materna, Competências Cuidativas, Recém-nascido.
- Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de ViseuPublication . Valente, Gonçalo André Almeida; Cabral, Lídia Rosário, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A adolescência caracteriza-se por ser uma etapa do ciclo vital onde o desejo de experimentação e de exploração de novas sensações conduz muitos adolescentes à iniciação no consumo de álcool, com consequências nefastas para a saúde do jovem. O comportamento auto-regulado em saúde compreende o controlo das necessidades mais imediatas (controlo de impulsos) e a mobilização de pensamentos, sentimentos e comportamentos para objectivos de saúde a longo prazo. Objectivos: Analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas, de contexto escolar, estilos de vida, envolvimento e expectativas face ao álcool e variáveis psicológicas (autoestima e autoconceito) com as competências de auto-regulação em adolescentes do ensino secundário do distrito de Viseu. Métodos: Recorreu-se a um modelo de investigação quantitativo, transversal, analítico, descritiva e correlacional. Participaram 971 estudantes do ensino secundário público e cooperativo. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a Escala de Envolvimento com o Álcool para Adolescentes de Mayer & Filstead (1979) adaptada por Fonte & Alves (1999), o Questionário Reduzido de Auto-regulação (Carey, Neal & Collins, 2004 adaptado por Castillo & Dias, 2009), o Questionário de Expectativas face ao Álcool para Adolescentes (Pilatti, Godoy & Brussino, 2010), a Escala de Auto-Estima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007), o Inventário Clínico do Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e dados sociodemográficos, escolares e estilos de vida. Resultados: Os estudantes com idades compreendidas entre os 14 – 21 anos, na sua maioria rapazes (50,80%), com idade igual ou inferior a 16 anos (43,40%), residentes em meio rural (66,40%), em coabitação com os pais (77,30%) e inseridos em agregados familiares com um rendimento médio mensal médio alto ou alto (56,70%). Revelaram-se bebedores habituais sem problemas (75,30%), com elevadas expectativas face ao álcool (45,10%), boa auto-estima (47,40%) e com um bom autoconceito (45,30%). A autoregulação (total) foi influenciada pelo envolvimento com o álcool, expectativas face ao álcool, auto-estima negativa e duas das dimensões do autoconceito (maturidade psicológica e impulsividade/actividade). Conclusão: O desenvolvimento de competências de auto-regulação revela-se um investimento em saúde uma vez que, o adolescente com um comportamento auto-regulado assume estilos de vida mais saudáveis, revelando um menor envolvimento com o álcool. Palavras-chave: Adolescência, Álcool, Auto-regulação, Expectativas face ao Álcool, Autoestima e Autoconceito.
- Conhecimento sobre sida e sexualidade dos adolescentesPublication . Bento, Ermelinda Manuela Teixeira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, co-orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) assume-se como o mais grave problema de saúde pública da era moderna, apelidada pela OMS como a Primeira Crise Mundial da Saúde é uma doença que transpõe a sua índole de patologia do sistema imunitário anunciando-se como uma doença social, de índole comportamental que tem nos adolescentes um dos grupos de maior vulnerabilidade. De acordo com os dados da UNAIDS (2012), o grupo etário dos 15 aos 24 anos representa o agregado de maior contaminação, atingindo 41% dos novos casos. A adolescência é uma fase de mudanças, de descobertas, de conquista de autonomia e de construção de uma nova identidade em que uma nova sexualidade se vai moldando e tomando forma de vivência em vivência, de descoberta em descoberta, num contexto por vezes pouco favorável, determinado pela sua imaturidade, comportamentos sexuais de risco e por uma informação ineficiente, não legitimada, que obtiveram e utilizam de forma oculta. Foi neste contexto que se delineou o objectivo geral deste estudo, determinar as relações de causalidade entre as variáveis sociodemográficas, de contexto escolar, de contexto familiar, variáveis psicológicas e as atitudes face à sexualidade com o nível de conhecimentos sobre Sida dos adolescentes do ensino secundário do distrito de Viseu. Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 971 adolescentes, do 10º, 11º e 12º ano. Os inquiridos têm idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos, com uma média de 16,80 anos, com um desvio padrão de 1,38. Vivem maioritariamente em meio rural (66,40%), em agregados familiares com rendimento mensal médio alto ou alto (56,70%). Para avaliação dos conhecimentos foi utilizada a Escala de Conhecimentos sobre Sida para Adolescentes (Zimet et al. 1998) que validamos para a população portuguesa com propriedades psicométricas que certificam a sua validade; índice de fiabilidade, calculado pelo método das metades de Split Half apresenta um alfa de Cronbach global = 0,875; primeira metade =0,817;segunda metade=0,752. Os adolescentes que apresentam um maior nível de conhecimentos sobre Sida são do sexo feminino (t=5,25; p=0,000), têm 17 anos (F=5,63; p=0,004) e vivem em agregados com rendimentos rendimento médio alto e alto. (t=-2,05; p=0,040). Os adolescentes do 12º ano são os que revelam mais conhecimentos ( =15,62±4,51) e as diferenças situam-se entre os do 10º, e os dos 11º e 12º anos com probabilidades respectivamente de (p=0.009) e (p=0.000). Os alunos que nunca chumbaram possuem médias de conhecimentos mais elevados com significância estatística (t=5,75; p=0,000). Os jovens com baixa auto-estima possuem menos conhecimentos (X 2=26,425; p=0,000), sendo as diferenças obtidas registadas entre os de baixa e elevada auto-estima (p=0.000). Os resultados obtidos pela regressão múltipla indicam como variáveis preditivas do conhecimento as atitudes face à sexualidade (0,329), a impulsividade/actividade (0,152) e a autoeficácia (0,068) revelando que a mais conhecimentos sobre Sida corresponde um melhor autoconceito, melhor auto-eficácia e melhores atitudes face à sexualidade. A análise dos resultados obtidos leva-nos a concluir que o conhecimento, condição essencial para uma tomada de decisão responsável, é influenciado por muitos factores intrínsecos e extrínsecos às vivências do adolescente das quais destacamos o sexo, a idade, o contexto familiar e escolar, a auto-estima e o auto-conceito e as atitudes face à sexualidade. Palavras-chave: Conhecimentos sobre Sida, adolescência, auto-estima, auto-conceito, atitudes face á sexualidade.
- Conhecimentos dos enfermeiros sobre aleitamento maternoPublication . Lopes, Ana Elisabete Borges Santos Barbosa; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A prática exclusiva do aleitamento materno até aos seis meses de vida é uma recomendação da OMS e UNICEF. No sucesso da lactação, os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, têm um papel especialmente importante como elementos de incentivo e manutenção desta prática. Contudo, o seu abandono precoce é uma realidade, sendo influenciado por vários factores, nomeadamente a falta de conhecimentos, a falta de apoio na amamentação, os contextos pessoais de amamentação e a formação neste âmbito. Objetivo: Analisar a influência que as variáveis de contexto sociodemográfico, profissional e obstétrico, têm nos conhecimentos dos enfermeiros sobre aleitamento materno. Métodos: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo–correlacional. O protocolo de avaliação é o questionário, autoadministrado, a uma amostra não probabilística de 374 enfermeiros, a exercerem funções em serviços hospitalares e cuidados de saúde primários na área da saúde maternoinfantil. O questionário está dividido em quatro partes e permite fazer a caracterização sociodemográfica, profissional e obstétrica e a escala relativa aos conhecimentos sobre aleitamento materno, construída e validada neste estudo para o efeito. Resultados: O estado civil, a residência, o tempo de exercício profissional na área materno-infantil não influenciam os conhecimentos sobre aleitamento. A idade influencia a globalidade dos conhecimentos e os cuidados e condições maternas. As enfermeiras têm mais conhecimentos relativos aos cuidados e condições maternas. O maior grau académico influencia a globalidade dos conhecimentos, assim como os cuidados e condições maternas. Os enfermeiros especialistas apresentam diferenças significativas em todos os domínios, à exceção dos aspetos das propriedades da amamentação. Os ESMO, os que trabalham em contexto hospitalar, os que realizaram formação e a condição de conselheiro implicam maiores conhecimentos, com diferenças significativas, em todos os domínios. Os enfermeiros com menos tempo de exercício profissional possuem maiores conhecimentos nos cuidados e condições maternas e propriedades da amamentação. A condição de formador revela diferenças estatísticas significativas para os conhecimentos globais, cuidados e condições maternas e procedimentos técnicos. O facto de terem filhos influencia os procedimentos técnicos, a prática pessoal de aleitamento influencia os conhecimentos globais, os cuidados e condições maternas e propriedades da amamentação. Conclusão: Este estudo leva-nos a pensar na obrigatoriedade da formação contínua na área do aleitamento materno, no sentido de uniformizar procedimentos e informações à mulher lactante. Palavras-chave: Aleitamento materno, Conhecimentos, Enfermeiros.
- Consumo de bebidas alcoólicas em crianças do 1º ciclo e seus fatores influenciadoresPublication . Gomes, Teresa Maria Correia; Cabral, Lídia Rosário, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.O álcool é uma substância psicotrópica lícita que está enraizada na nossa cultura, presente e disponível em variados locais e alguns rituais, possui uma grande aceitação social. A precocidade do início do consumo e, o consumo excessivo tornou-se um problema que afeta toda a população. Assim como em outros países do mundo, o alcoolismo e os problemas ligados ao álcool são um grave problema de saúde pública em Portugal. O presente estudo descritivo/correlacional, tem como objetivos verificar se as crianças consomem bebidas alcoólicas, quais os tipos de bebidas alcoólicas, com que frequência o fazem e, quais são os fatores que influenciam este consumo. Utilizou-se para a recolha de dados um questionário aplicado a uma amostra de alunos que frequentam o 2º, 3º e 4º anos do 1º Ciclo do Ensino Básico, Agrupamento de Escolas de Sátão, ano letivo 2011/2012. Resultados: a idade de início de consumo é, em média, 6 anos; o padrão de consumo de álcool difere quanto ao género, sendo os rapazes os que apresentam o padrão mais elevado: consumo diário/semanal. As raparigas têm maior percentagem de não consumidores, consumidores mensais e ocasionais. O local de início do consumo dá-se em casa seguido do café. Habitualmente 92,5% dos rapazes e 87,5% das raparigas consomem bebidas alcoólicas com familiares. Cerca de 70% dos pais e cerca de 30% das mães consomem bebidas alcoólicas. É significativo o valor percentual obtido de irmãos e avós que consomem bebidas alcoólicas. A distribuição do consumo de bebidas alcoólicas pelas crianças com consumo de bebidas alcoólicas pelos pais demonstra-se estatisticamente significativa. O consumo de bebidas alcoólicas tanto pela mãe como pelo pai influencia o consumo de bebidas alcoólicas das crianças comparativamente às crianças que não consomem. Não se observou relação estatisticamente significativa entre as restantes variáveis independentes e o consumo de bebidas alcoólicas pelos alunos da amostra em estudo. Palavras-chave: Criança, Bebidas alcoólicas, Saúde Escolar, Promoção da Saúde.
