Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER)
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Browsing Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER) by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas"
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- Artrite reumatóide : implicações na funcionalidade das pessoasPublication . Figueiredo, Elisabete Vaz de; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: A Artrite Reumatóide (AR) é uma patologia com profundas implicações na funcionalidade das pessoas, com efeitos significativos não só ao nível do funcionamento físico, mas também a nível emocional, familiar, social e económico. Objetivos: Avaliar a funcionalidade das pessoas com artrite reumatóide e analisar a sua relação com as variáveis sócio demográficas, clínicas, dor e qualidade do sono. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 75 pessoas com o diagnóstico de artrite reumatóide, acompanhadas na Unidade de Dor, na Consulta de Reumatologia e na Medicina Física de Reabilitação do CHTV, EPE. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sócio demográfica e clínica, o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh – PSQI e o Health Assessment Questionnaire – HAQ. Resultados: Constatou-se que 60,0% dos inquiridos apresenta dificuldades/incapacidades leves no desempenho das atividades da vida diária, 32,0% apresenta já dificuldades moderadas e 8,0% incapacidade grave, sendo que o valor médio da funcionalidade global avaliado por meio do HAQ foi de 1,48, o que revela a existência de uma incapacidade moderada na nossa amostra. Das variáveis sócio demográficas, a idade (p=0,003), a situação laboral (p=0,000), a escolaridade (p=0,006) e os rendimentos mensais (p=0,001) têm influência no estado funcional das pessoas com AR. Das variáveis clínicas, a intensidade da dor (p=0,007) e o tempo de diagnóstico da doença (p=0,013) mostraram relacionarem-se com a funcionalidade. Em relação à qualidade do sono, apenas existem diferenças estatísticamente significativas nas subescalas “levantar-se” (p=0,030) e “caminhar” (p=0,034), sendo que a má qualidade de sono configurou-se em 94,7% dos inquiridos. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo referem que a idade, a situação laboral, a escolaridade, os rendimentos mensais, o tempo de diagnóstico, a intensidade da dor e a qualidade do sono, associam-se a uma pior funcionalidade nas pessoas com AR. O diagnóstico precoce, a adoção de medidas para a promoção da boa qualidade do sono, a aplicação de medidas farmacológicas e não farmacológicas para o alívio da dor, e ações de formação direcionadas aos doentes com AR, devem ser estratégias a desenvolver junto desta população, numa tentativa de minimizar o impacto negativo que esta doença acarreta. Palavras-chave: artrite reumatóide, estado funcional, qualidade do sono.
- Bem-estar e qualidade de vida da pessoa com patologia respiratória : contributos do enfermeiro especialista em reabilitaçãoPublication . Fernandes, Ana Raquel Crespo; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: As doenças respiratórias atingem uma grande parte da população portuguesa, e são responsáveis por limitar as atividades de vida da pessoa, (AVD´s), desencadeando por isso, alterações na Qualidade de vida (Qvd). O papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) através de um programa e reabilitação respiratória (RR) adequado, é essencial na melhoria desta Qvd, levando a pessoa maximizar o seu potencial funcional e a encontrar mecanismos de adaptação para a sua vida. Objetivos: Avaliar o bem-estar e a Qvd da pessoa com patologia respiratória submetidos às intervenções do EEER em programa de RR num primeiro e segundo momentos. Verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas que influenciam a Qvd e estudar o impacto das intervenções do EEER na Qvd da amostra. Métodos: Estudo quase experimental descritivo, correlacional e transversal. Os dados foram colhidos numa amostra não probabilística por conveniência de 40 pessoas com patologia respiratória diagnosticada, e internados no serviço de pneumologia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda; O instrumento de recolha de dados consistiu num conjunto de questões de caracterização sociodemográfica, questões clínicas, intervenções do EEER, e na aplicação do Saint George´s Respiratory Questionnaire (SGRQ). Resultados: A amostra é maioritariamente do género masculino (70,0%), com idade superior aos 75 anos (55,0%) em média 72,15 anos. 55,0%, são casados ou vivem em união de facto. Mais de metade dos doentes reside em meio rural (62,5%) e 75% da amostra refere ter apoio familiar quase sempre. A avaliação da Saturação Periférica de Oxigénio (SPO2), mostrou (na 2ª avaliação), valores mais elevados, (95-100%), existindo diferenças estatisticamente significativas (p=0,027), o que significa que houve uma melhoria clínica. São os doentes com diagnostico da doença há menos de 1ano os que apresentam melhor Qvd nos vários domínios e fator global, com diferenças estatisticamente significativas no domínio das atividades (X2=8,005; p=0,046) e no fator global (X2=10,106; p=0,018). São os doentes seguidos em consulta que também manifestam melhor Qvd em todos os domínios e fator global, com diferenças estatísticas no domínio das atividades (X2=120,500; p=0,038) e no fator global (X2=108,000; p=0,017). Apurou-se igualmente que são os que recorrem a um EEER para a RR, os que apresentam melhor Qvd em todos os domínios (sintomas p= 0,059; atividades p= 0,198; impacto psicossocial p=0,753 e fator global p=0,158), em prejuízo dos que recorrem a outros profissionais de saúde. Quanto á avaliação da Qvd, constatou-se que a amostra evidenciava uma melhor Qvd no global, (M=42,8021,67) na 2ª avaliação, isto é, após o programa de RR, particularmente no domínio impacto psicossocial (M=34,60 21,61), seguindo-se o domínio dos sintomas (M=44,0421 Conclusões: Existe de facto uma melhoria na Qvd da pessoa com patologia respiratória após o programa de RR, isto é, houve diferenças positivas entre a Qvd inicial e a posterior à intervenção do EEER. As evidências encontradas destacam a importância da intervenção do EEER, aos doentes, no que respeita à melhoria na Qvd. É por isso, pertinente a implementação de um programa RR adequado, individualizado e precoce, de modo a obter um efeito favorável na saúde dos doentes, melhorar a morbilidade e a manutenção de uma Qvd adequada.
- Biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvicoPublication . Santos, Bárbara Sofia Miguel dos; Cunha, Madalena; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O biofeedback afigura-se como um tratamento simples, com mínimos custos e efeitos secundários no tratamento da incontinência anal em doentes com disfunção de pavimento pélvico. No entanto, a sua eficácia é muitas vezes colocada em causa. Este estudo pretende responder a esta questão, bem como procurar entender se esta técnica pode aumentar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Determinar a eficácia do biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico e a eficácia do biofeedback no aumento da qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Métodos: Na realização desta revisão sistemática efetuámos uma pesquisa entre Março e Abril de 2016 em bases de dados indexadas. Os estudos encontrados foram analisados à luz de critérios de inclusão previamente estabelecidos, e a sua qualidade avaliada por dois investigadores, de forma independente. A realização da meta- análise teve por base métodos estatísticos. Resultados: O corpus desta revisão é constituído por 10 artigos. Os resultados da meta-análise indicam haver uma melhoria, embora não estatisticamente significativa nos valores manométricos, em nenhum dos subgrupos avaliados. Bem como, os resultados de meta- análise não encontraram diferenças estatisticamente significativas na análise efetuada à eficácia do biofeedback na qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Destaca-se a importância da relação terapeuta- doente neste processo de melhoria. Conclusões: O biofeedback apresenta-se como um tratamento eficaz da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico, no entanto carece de uma maior investigação. Palavras- chave: incontinência anal, biofeedback, qualidade de vida.
- O comportamento no autocuidado da pessoa com patologia cardíacaPublication . Barreiros, Ana Margarida Cardoso; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: Capacitar as pessoas para a gestão da sua saúde e dos sintomas, na presença de doença crónica e para atingir o nível máximo de independência funcional promovendo o autocuidado é um dos desígnios dos profissionais de enfermagem de reabilitação. Nesta perspetiva o desenvolvimento deste estudo parte do pressuposto básico de que a variável autocuidado é influenciada pelas capacidades e limitações em termos de atividades de vida diárias, estratégias de conservação de energia, posições de descanso em fase de descompensação e sinais de alerta. Objetivo: Avaliar a relação entre as variáveis sociodemográficas, clinicas ou psicológicas e o comportamento do autocuidado dos doentes com problemas cardíacos. Metodologia: foi delineado um estudo de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo e correlacional. A amostra foi constituída por 74 indivíduos com patologia cardíaca, que frequentam a consulta externa de Cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. O instrumento utilizado para a recolha de dados integra um questionário sociodemográfico e clínico, escala de apoio social (Matos e Ferreira), questionário de estado de saúde (SF-36V2) e a escala europeia do comportamento do autocuidado na insuficiência cardíaca. Resultados: prevalece o sexo masculino (com cerca de 71 anos de idade, casados ou a viver em união de fato e a patologia cardíaca que predomina é a insuficiência cardíaca, seguida do EAM com IC e por último a Angina com IC. Existe relação significativa entre as variáveis sociodemográficas com o comportamento do autocuidado. Quando aumenta o apoio social diminui o comportamento adequado dos utentes face ao seu autocuidado e quando o comportamento no autocuidado diminui aumento a saúde mental e física contudo é mais significativa na saúde física. Conclusão: o comportamento no autocuidado em doentes com patologia cardíaca sofre influência de variáveis sociodemográficas, clínicas e psicológicas. Palavras – Chave: Autocuidado, comportamento, patologias cardíacas, Reabilitação Cardíaca.
- Conhecer para capacitar o cuidador informal da pessoa dependente em contexto de cuidados continuados: Intervenções do enfermeiro de reabilitaçãoPublication . Almeida, Francisco José Freixinho de; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: O Cuidador Informal (CI) enfrenta múltiplas dificuldades no cuidado da pessoa dependente. O Enfermeiro de Reabilitação, pode desempenhar um papel determinante na capacitação destes cuidadores, direcionando as suas intervenções a partir das dificuldades apresentadas. Assim, é propósito deste estudo identificar as dificuldades do CI de pessoa com dependência que beneficiou do apoio da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Métodos: Estudo não-experimental, quantitativo, transversal e de carácter descritivocorrelacional, recorrendo a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 119 CI de pessoa dependente, na sua maioria mulheres, filhas da pessoa dependente e com idade média de 60,14 anos (± 13,71). Os dados foram recolhidos na sub-região Viseu Dão Lafões, através do autopreenchimento de um questionário. Da aplicação deste instrumento resultou o estudo psicométrico da Escala de Avaliação das Dificuldades do Cuidador Informal, que apresenta um nível de fidelidade muito bom (α = 0,953), possuindo os quatro fatores correlações com a escala total, fortes a muito fortes, oscilando entre R = 0,737 (Fator 4) e R = 0,892 (Fator 2). Resultados: Estes CI manifestam, maioritariamente, dificuldades moderadas, sendo estas mais elevadas ao nível do fator cuidar de mim, em particular nos itens “exercícios de relaxamento e de alongamento muscular que pode realizar para prevenir lesões músculoesqueléticas” e “como gerir o tempo necessário para si próprio” e do fator atividades de vida diária, em especial no “banho”, “subir e descer escadas” e “transferências”. Prestar cuidados a pessoas com maior grau de dependência, em habitações com mais barreiras e por cuidadores com mais idade, revelam-se como preditores das dificuldades do CI. Conclusão: estes resultados indicam que os CI apresentam dificuldades a vários níveis do cuidar da pessoa dependente, fortalecendo a necessidade dos Enfermeiros de Reabilitação, no contexto da RNCCI, conhecerem essas dificuldades e planearem programas de apoio e intervenção a eles dirigidos, no sentido da sua capacitação. Palavras-chave: cuidador informal; dificuldades; enfermeiro de reabilitação; cuidados continuados.
- Dependência no autocuidado dos idosos residentes em larPublication . Rodrigues, Ana Maria de Almeida Marques; Martins, Rosa Maria LopesO autocuidado é indispensável à conservação da vida e resulta do crescimento diário da pessoa, na experiência como cuidador de si mesmo e de quem faz parte das suas relações. É a chave dos cuidados de saúde, sendo interpretado como uma orientação para a ação de enfermagem que, através das ações de autocuidado, podem implementar intervenções para a promoção da saúde e/ou prevenção da doença. Os objetivos do estudo direcionam-se para a importância na identificação do perfil de autocuidado dos idosos, ou seja, na determinação dos diferentes níveis de dependência no autocuidado dos idosos a residir em lar. Entendemos este conhecimento, (proveniente dos resultados do estudo) como um contributo relevante no sentido de melhorar o modo como o apoio e/ou a ajuda pode ser ajustada a cada indivíduo, uma vez que estas adaptações só são possíveis perante o diagnóstico real da dependência das pessoas. Metodologia: Este estudo inclui-se num paradigma de investigação quantitativa, do tipo não experimental, transversal, descritivo e correlacional. A população em estudo são os idosos residentes no lar Residência Rainha D. Leonor em Viseu. Utilizou-se uma amostra não probabilística acidental, em função do peso relativo dos idosos desta instituição constituída por 136 idosos. O instrumento de colheita de dados inclui a escala de dependência no autocuidado. Resultados: Os idosos são maioritariamente mulheres, viúvas, com baixa instrução literária e com média de idade de 86 anos. Verificamos que as patologias predominantes são do foro cardíaco (70,6%), osteoarticular (62,5%) e neurológico (55,1%). Considerando o nível global de dependência no autocuidado, verificamos que 46,4% da amostra é independente, 36,0% é dependente em grau elevado e 17,6% dependente em grau parcial, ou seja, 53,6% apresenta algum grau de dependência no autocuidado. Conclusão: Os resultados deste estudo permitem a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências que são de extrema importância na prática de cuidados de enfermagem de reabilitação, pois as necessidades de saúde desta população sofrem contínuas modificações ao longo do processo de envelhecimento, exigindo práticas atualizadas, no sentido de abranger a promoção dos processos de preservação e de autonomia. Palavras-Chave: Autocuidado, Idoso, Institucionalização.
- Determinantes da adesão a hábitos e estilos de vida saudáveis na gravidezPublication . Bernardino, Sara Ferreira; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A adoção de um estilo de vida saudável durante a gravidez é importante na prevenção de complicações gestacionais. O enfermeiro desempenha um papel relevante na vigilância da gravidez, o que lhe permite indagar o seu conhecimento, orientar a grávida, reforçar a sua motivação e antecipar as complicações, embora a escolha por um estilo de vida saudável seja sempre individual. O principal objetivo deste trabalho é conhecer a adesão das grávidas a hábitos e estilos de vida saudáveis (alimentação equilibrada e diversificada, não consumo de substâncias lícitas como o álcool e tabaco e prática regular de atividade física), e subsequentemente os seus determinantes. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 131 grávidas seguidas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, maioritariamente casadas (61,07%), da classe média, residentes equitativamente em meio rural (50,38%) e urbano (49,62%) e com uma média de idades de 32,89 anos (Dp= 4,85). O instrumento de colheita de dados, incorporou seis secções destinadas à mensuração de variáveis de contexto sociodemográfico, laboral, antropométrico, dados clínicos inerentes à gravidez, prática de consumos e estilos comportamentais e ainda o Questionário sobre Atividade Física e Gravidez, aferido e validado para a população portuguesa. Resultados: Relativamente à alimentação, a maioria das gestantes (59,54%) cumpre 3 ou 4 das 9 recomendações da Direção-Geral da Saúde analisadas. Verificámos uma tendência para a diminuição de comportamentos de risco ao longo da gestação, nomeadamente no consumo de álcool, tabaco e café. A intensidade da atividade física praticada pelas grávidas é, predominantemente, leve e do tipo doméstica. Do estudo dos determinantes inferiu-se que a adoção de estilos de vida mais saudáveis está sobretudo associada a grávidas mais novas, da classe I (classe socioeconómica superior alta), residentes em meio rural, empregadas e que se mantêm no ativo, obesas (segundo o IMC prévio à gravidez), primíparas, que vigiam a gravidez em várias instituições de saúde em simultâneo, com aconselhamento nutricional e para a prática de atividade física personalizado e que têm algum tipo de complicação decorrente da gravidez. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo sugerem que a gravidez motiva a adesão a estilos de vida mais saudáveis, no entanto, a prática de atividade física e os hábitos alimentares encontram-se aquém do recomendado. Parece-nos importante promover e incentivar as gestantes a modificarem/adotarem estilos de vida mais saudáveis e persistentes no tempo, propondo que essa vigilância e monitorização seja realizada por equipas cada vez mais multidisciplinares, com a inclusão de um EEER. Palavras-chave: Gravidez, Estilo de Vida Saudável, Promoção da Saúde.
- Determinantes da incapacidade funcional em doentes com AVCPublication . Girão, Sónia Marisa Morais; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução- O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a primeira causa de morte em Portugal, sendo também responsável pelo elevado índice de incapacidade e dependência funcional da população adulta portuguesa, afetando significativamente os aspetos da vida física, económica e social. Os processos de reabilitação continuados têm-se mostrado bastante eficazes na recuperação da independência funcional destes doentes. Assim sendo o objetivo geral deste estudo consiste em avaliar o nível de independência funcional e os fatores determinantes nesses níveis, em doentes sujeitos a programas de reabilitação continuados e doentes sem reabilitação. Métodos- O presente estudo é de carácter quantitativo, enquadrando-se num desenho de estudo descritivo transversal e analítico, no qual participaram 60 indivíduos que sofreram AVC, pertencendo 36 ao grupo experimental e 24 ao grupo de controle. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clinica, uma escala de APGAR Familiar e uma Escala de Medida de Independência funcional (MIF). Resultados- A análise por grupos mostra que o grupo experimental é mais independente que o grupo de controle, ou seja, o nível de independência funcional é mais elevado na sua generalidade na amostra de indivíduos sujeitos a processos de reabilitação. As variáveis que influenciaram significativamente a independência funcional foram: o género (no comportamento social no G.cont),o estado civil (solteiros/viúvo mais independentes aos níveis dos cuidados pessoais, controle dos esfíncteres, mobilidade e locomoção no G. exp), habilitações académicas (maior escolaridade maior independência no G. exp) fatores de risco (doentes sem fatores de risco no G. cont são mais independentes nos cuidados pessoais, controle de esfíncteres e locomoção), indivíduos com AVC isquémico são mais independentes nos cuidados pessoais e locomoção, e os que realizaram trombólise são mais independentes nas diferentes dimensões nos dois grupos. Conclusão- As variáveis sociodemográficas e clinicas exercem influência apenas em algumas dimensões da independência funcional dos utentes após o AVC e a reabilitação desenvolvida de forma continuada, aumenta o grau de independência dos doentes diminuindo o grau de incapacidade. Palavras-chave- Acidente Vascular Cerebral, Incapacidade, Independência Funcional, Reabilitação.
- Determinantes das perturbações musculoesqueléticas nos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idosoPublication . Veiga, Ricardo Jorge Santos; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional com competências e conhecimentos para, após o diagnóstico, implementar e monitorizar os resultados dos programas de redução do risco das perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho (PME), junto dos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idoso, avaliando e introduzindo no processo de prestação de cuidados os necessários ajustamentos, promovendo assim, práticas mais seguras e eficazes. Assim, o presente estudo centrou-se em identificar os determinantes das PME nestes trabalhadores e suas repercussões na saúde. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 120 indivíduos, na sua maioria do género feminino (95,8%) e com uma média de idades de 43,21 anos (Dp=10,812 anos). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se o inquérito de saúde e trabalho (INSAT), aferido para este domínio de investigação. Resultados: Estes cuidadores formais manifestam défices de saúde com principal relevância para os relacionados com a mobilidade física e dor, quer pela existência de constrangimentos de natureza física e biomecânica, organizacional e psicossocial, bem como de natureza individual. Os problemas de saúde identificados por estes trabalhadores, resultantes das condições e características do trabalho foram: dores de costas (90,8%), dores musculares e articulares (82,5%), varizes (64,2%), dores de cabeça (49,2%) e ansiedade ou irritabilidade (47,5%). Ser do género feminino, ter idade entre os 49-58 anos, ser viúvo ou divorciado, ter doenças crónicas, tomar medicação e efetuar horário diurno, revelaram-se como determinantes percursores das PME assim como, a nível laboral, as características e os constrangimentos organizacionais e relacionais relacionados com o esforço físico, a intensidade e tempo de trabalho, as exigências emocionais, a insuficiência de autonomia e a má qualidade das relações sociais. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de estratégias preventivas das PME neste grupo profissional, onde é fundamental a intervenção do enfermeiro de reabilitação na implementação de programas de promoção da saúde, gestão do stresse e riscos psicossociais e formação profissional. Palavras-chave: Doenças musculosqueléticas; Enfermagem de Reabilitação; Saúde Ocupacional.
- Determinantes de alterações músculo-esqueléticas nos adolescentes : implicações para a enfermagem de reabilitaçãoPublication . Almeida, Carina Rodrigues de; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O tendencial aumento da incidência e prevalência de alterações músculo esqueléticas tem sido encarado como algo preocupante, sobretudo na faixa etária da adolescência, dada a sua evolução para a cronicidade. Porém, uma intervenção atempada, dirigida às necessidades específicas desta faixa etária, tal como é preconizado no Programa de Saúde Escolar, promove a capacitação na educação postural, área em que o enfermeiro de reabilitação pode ter um papel crucial. Neste contexto, este estudo tem como principais objectivos: avaliar a prevalência das alterações músculo-esqueléticas em adolescentes; e identificar um conjunto de determinantes sociodemográficos, antropométricos e circunstanciais associados a essas mesmas alterações músculo-esqueléticas. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra probabilística aleatória simples, composta por 200 adolescentes que frequentam três escolas do concelho de Viseu, na sua maioria do sexo feminino (52%), residentes em meio rural (70,5%) e com uma média de idades de 12,54 anos (Dp=1,76). O instrumento de colheita de dados incorpora 4 secções: caracterização sociodemografica, antropométrica, circunstancial; e avaliação das perturbações músculoesqueléticas, com recurso ao Questionário Nórdico Músculo-Esquelético. Resultados: Da análise dos dados sobressai que em 57% dos casos, o peso da mochila excede os 10% do peso corporal e 45,5% adotam uma posição ergonómica desadequada, percepcionando os adolescentes atingimento das alterações músculoesqueléticas, sobretudo a nível do pescoço, nos últimos 12 meses: (35%), seguido do ombro (27,5%), tornozelo (26%), zona lombar (22,5%), joelhos (19,5%), punho/mão (13%), anca (11%), tórax (10,5%) e, finalmente, cotovelo (4,5%). Como determinantes das perturbações músculo-esqueléticas foram identificados: o ano letivo, o género, a prática de desporto, a qualidade de sono, o tipo de colchão, o peso da mochila, o mobiliário escolar e a posição ergonómica. Especificando, são os adolescentes que frequentam o 7º ano, do género masculino, que praticam desporto, com má qualidade de sono, que dormem em colchões duros, que têm peso da mochila superior a 10% do peso corporal, que consideram o mobiliário escolar desconfortável e com postura desadequada (posição da coluna curvada, longe da cadeira e posição dos pés pendurados/esticados) que apresentam uma maior incidência de altrações musculo-esqueléticas. Já o efeito da idade, local de residência, estabelecimento de ensino, antecedentes patológicos, uso de cacifo, meio de transporte casa-escola e escolacasa, método de transporte do material escolar e tempo gasto no transporte do material escolar não se revelou estatisticamente significativo. Conclusão: Este estudo evidencia a ideia de que as perturbações músculoesqueléticas estão presentes num grupo significativo de adolescentes. Facto que permite constatar a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção na área da saúde escolar, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação em articulação com a educação pode ser determinante. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações músculo-esqueléticas, prevenção, enfermagem de reabilitação.