ESEV - DCL - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus
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Browsing ESEV - DCL - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus by Subject "Análise Literária"
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- Anos 20 : maldição ou bênção para Babbitt?Publication . Lopes, Ana MariaO romance Babbitt, de Sinclair Lewis, foi publicado no ano de 1922, dealbar de uma época reconhecidamente conturbada e controversa: a década de 20. O presente trabalho tem por objectivo averiguar em que medida a mundividência de Babbitt deixa transparecer factores de pendor ideológico, núcleos temáticos e sócio - culturais que, corroborados com outros vectores periodológicos, constituem um universo imaginário, onde as suas coordenadas podem perfeitamente servir de base para que a época em questão possa ser reconstituída. É que, não obstante estarmos conscientes de que o texto literário tem como característica primeira a ficcionalidade, sabemos também que o discurso estético mantém com o mundo empírico uma inevitável e indelével correlação semântica. Também considerámos que seria pertinente incluir algumas breves achegas relativas aos temas que Sinclair Lewis privilegiou nas suas obras, por nos parecerem elementos elucidativos para uma visão mais sólida do seu universo ficcional.
- A propósito das teses sobre A Cidade e as Serras : será esta obra de Eça um «romance de tese»?Publication . Lopes, Fernando Alexandre de Matos PereiraQuando, no dealbar da minha adolescência, o interesse pela leitura de obras literárias ia nascendo naturalmente com um espaço de sedução, eu sentia que era um imperativo vocacional dever conhecer, de forma crescente, o imaginário que os autores, naquela altura indicados como modelos canónicos, tinham criado para meu conhecimento e fruição artística. Efectivamente, o meu entusiasmo juvenil pela literatura, de forma alguma, me poderia conferir o estatuto de leitor crítico, até porque quaisquer que fossem as minhas convicções de uma hermenêutica consistente, face a um Eça, a um Camilo, a um Júlio Dinis ou a um Torga, não poderiam passar, obviamente, de fantasistas aventuras icáricas.
- Tradição e inovação na pena de John Ruskin e Alexandre HerculanoPublication . Melão, DulceAlexandre Herculano (1810-1877) e John Ruskin (1819-1900) conferiram uma nova vitalidade ao passado, entretecendo-o de ficções e realidades que cativaram os leitores do seu tempo e lhes abriram novos horizontes. Se é certo que não foram os únicos a lançar mão do passado para sanar os males do seu século, o modo como exploraram tal filão, metamorfoseando épocas passadas numa amálgama rica em tradições inovadas, merece um olhar atento. Ruskin foi muitas vezes guiado por Walter Scott quer em termos pessoais, quer em termos da obra que produziu, considerando a Idade Média a época que mais riquezas trouxe à humanidade. Herculano, como é sabido, inspirou-se em Scott para criar o seu romance histórico e nunca escondeu a sua admiração pelo escritor Escocês. Tal como Ruskin, Herculano não poupou elogios à Idade Média demonstrando, quer nos seus romances históricos, quer em diferentes momentos da sua vida nas reflexões que deu a lume, ser essa a época onde urgia buscar antídoto para combater os males da sociedade sua contemporânea. O passado funcionou para Ruskin e Herculano como alternativa não passiva ao presente corrupto e degradado que denunciaram sem temor. Não sendo possível, nem sequer desejável, demonstrar de forma absoluta o modo com Herculano e Ruskin (re)interpretaram o passado em Portugal e Inglaterra, respectivamente, optámos por reflectir sobre a forma como ambos encararam o passado nacional e lançar um olhar interessado ao modo como Ruskin equaciona o seu passado individual. Em primeiro lugar, teremos em consideração as estratégias que ambos adoptaram para (re)ver o passado e o modo como os dois escritores apresentaram propostas válidas de mudança à sociedade do seu tempo. Em segundo lugar, acompanharemos de perto a forma como na sua autobiografia Ruskin estabelece pactos com passados reais e imaginados no intuito de se descobrir a si próprio.