Loading...
9 results
Search Results
Now showing 1 - 9 of 9
- Decolonialidade em Quadrinhos: uma visão afrofuturista de Contos do OrixásPublication . F. Miranda Jr, Edmilson; Callahan, DavidPropõe-se o Afrofuturismo como chave de leitura para apontar Contos dos Orixás, de Hugo Canuto como uma expressão decolonial. A publicação assimila um elemento cultural – o estilo do quadrinista Jack Kirby – para desenhar a mitologia dos orixás numa perspectiva brasileira da cultura Yorùbá. A metodologia aplica o “cruzo” de Simas e Rufino para articular Afrofuturismo, Design e Estudos Culturais numa análise que lida com conhecimentos provenientes do que Grosfoguel compreende como o lado subalternizado da diferença colonial. Conclui-se que a iconografia Yorùbá foi atualizada no cruzo com o design futurista de Kirby a partir de elementos afro-brasileiros.
- Afrofuturismo como alternativa para a construção de outros currículos de lazerPublication . F. Miranda Jr, EdmilsonO presente trabalho representa o cruzamento dos Estudos Culturais com os Estudos do Currículo e do Lazer. Nesse cruzo, discutem-se estratégias de formação curricular e subjetivação no mundo pós-colonial, a partir da relação entre os conceitos de des-locamento e entre-lugares de Stuart Hall e Homi Bhabha. A noção de currículo, segundo Marlucy Paraíso, articulada com a diáspora dos povos africanos, na leitura de Paul Gilroy, pavimentam o estudo que propõe uma aproximação entre experiências pessoais descritas por Hall, Ebony Thomas e o autor deste artigo, para perceber o Afrofuturismo como uma alternativa para a construção de formas de currículo para o Lazer, as quais, ao invés de aprisionar, reativem forças, comprometendo-se com as relações étnico-raciais.
- Comic pornotopia: the theatricalized fiction of sexuality in Magda, Deus aos domingos and garota SilatPublication . F. Miranda Jr, Edmilson; Maria Manuel Baptista; Rui Alexandre Grácio; Renata Castelo Branco Araújo; Thaís Azevedo; Francisco Welligton Barbosa JrThis paper employs Paul B. Preciado’s concept of pornotopia, along with Theresa Tensuan’s critical approach to comics, to analyze the representation of the characters Magda, Deus and Garota Silat, created by the comics artist Rafael Campos Rocha. The investigation also employs the perspective of Marlucy Paraíso, in which the three characters are protagonists in cultural texts oriented to leisure and entertainment. Based on the content analysis methodology outlined by Bardin, pornotopias are posited as models of masculinity invented for the production and consumption of pleasure by way of their presence in comics simultaneously reproductive and critical of that very masculinity. In this view, the representation of the female body reproduces Preciado’s theatricalized fiction of sexuality and, at the same time, challenges this fiction through presenting discourses that interface with discourses of decoloniality, questioning hegemonic patriarchal symbolic structures. In this sense, the characters confirm Tensuan’s reading of the comics, offering a vision of performative practices, family rituals and cultural conventions that articulate individual and collective differences in the context in which they are inserted, the context of a Brazil permeated by complex disputes over the culturally constructed concept of gender.
- Afrofuturismo e cultura de resistência em histórias em quadrinhos brasileirasPublication . F. Miranda Jr, Edmilson; Danielle Ferreira Medeiro da Silva de Araújo; Eva Dayane Almeida de Góes; Walkyria Chagas da Silva Santos; Maria do Carmo Rebouças dos Santos; Richard SantosA imagem do povo negro em narrativas de Histórias em Quadrinhos afrofuturistas é o foco da pesquisa que aqui se apresenta. Nesse recorte, percebo que o pensamento hegemônico82 – marcado pelo colonialismo – vê o negro de um jeito e o Afrofuturismo propõe ver de outro, mais positivo, não mais um subalterno. Esse negro, na proposta afrofuturista, é protagonista e traz consigo elementos de diferentes culturas cuja origem remete às tradições africanas, reposicionando também aspectos religiosos e estéticos, reapresentados em uma imagem diferente do que até então fora comum em narrativas dos mais diferentes gêneros na cultura de massa.
- Pornotopia em quadrinhos: a ficção teatralizada da sexualidade em Magda, Deus aos domingos e garota SilatPublication . F. Miranda Jr, Edmilson; Maria Manuel Baptista; Rui Alexandre Grácio; Renata Castelo Branco Araújo; Thaís Azevedo; Francisco Welligton Barbosa JrEste trabalho emprega o conceito de pornotopia de Paul B. Preciado e a abordagem crítica de Theresa Tensuan sobre as histórias em quadrinhos para analisar a representação das personagens Magda, Deus aos domingos e Garota Silat, criadas pelo quadrinista Rafael Campos Rocha. A investigação também emprega a perspectiva de Marlucy Paraíso, para assumir os quadrinhos nos quais as três personagens são protagonistas como textos culturais voltados para o lazer e entretenimento. Com base na metodologia de análise de conteúdo descrita por Bardin, pretende-se demonstrar pornotopias como modelos de masculinidade inventados para produção e consumo de prazer afirmando-se em histórias em quadrinhos simultaneamente reprodutoras e críticas dessa mesma masculinidade. Isto é, o modo como as personagens têm seu corpo feminino representado reproduzem a ficção teatralizada da sexualidade sobre a qual fala Preciado e, ao mesmo tempo, desafiam essa mesma ficção ao apresentar discursos que flertam com a proposta decolonial, questionadora de estruturas simbólicas hegemônicas patriarcais. Nesse sentido, as personagens confirmam a leitura de Tensuan sobre os quadrinhos, oferecendo uma visão das práticas performáticas, rituais familiares e convenções culturais que delineiam diferenças individuais e coletivas no contexto nas quais se inserem, o contexto de um Brasil permeado por complexas disputas sobre o conceito de gênero culturalmente construído.
- O Artista Deve Fazer o Que Não Sabe:Publication . F. Miranda Jr, EdmilsonEste ensaio propõe um jogo para investigar processos de criação a partir do questionamento sobre meu próprio método criativo. Trata-se da especulação sobre um projeto futuro que este texto pretende fundamentar. Para tanto, assumo a tarefa de aprender o método de outros artistas na produção de suas obras e aplicar esses métodos em releituras, buscando – a partir da observação, estudo, comparação e avaliação desses processos – desenvolver minha própria metodologia e produzir uma obra inédita. Método cartográfico e a experiência na prática da performance unem-se para construir uma experiência de criação coletiva. Proponho a metáfora de um jogo de sombras, que prevê, ao final do jogo, o deslocamento dessas sombras de seus corpos originais.
- Cinema africano e imaginário decolonial: sobre Africanofuturismo no curta-metragem AfronautsPublication . F. Miranda Jr, EdmilsonThis paper uses Homi K. Bhabha’s (2013) concept of Postcolonial – added to the contributions of W.E.B. Du Bois (2016), Aimé Cesaire (1978) and Frantz Fanon (2008) – to analyze the short film Afronauts (Bodomo, 2014) directed by Nuotama Frances Bodomo. The work of Gayatri Spivak (2010) is also used to discuss how the postcolonial affects subalternized peoples and its connection with the historical condition of black peoples in Diaspora as described by Paul Gilroy (2001); a dialogue is thus established with the diasporic and decolonial art studied and produced by Kobena Mercer (1994) and Grada Kilomba (2014). The methodology is based on Nnedi Okorafor’s Africanfuturism, to understand the decolonial aspects present in a film based on a true story. In this sense, Glissant’s (1997) concept of imaginary supports the presentation of the following thoughts: Aníbal Quijano’s (2005) concept of coloniality of power; the critical border thinking proposed by Walter D. Mignolo (2018); and Ramón Grosfoguel’s (2009) decolonial epistemic perspective. Concepts that organize the perception of the short film as a decolonial cultural expression and allow discussing the likely implications that Africanfuturist works have on the imaginary in dispute in the contemporary cinematic medium.
- (In)Visíveis interstícios: aproximações entre dupla-consciência e sarjeta em Roseira, Medalha, Engenho e Outras HistóriasPublication . F. Miranda Jr, EdmilsonInvestiga relações entre a concepção de “dupla-consciência” de W.E.B. Du Bois e a sarjeta – componente específica da linguagem das histórias em quadrinhos. Para tanto, utiliza-se um método fundamentado no conceito de “encruzilhada” de Simas e Rufino (2019) para articular o cruzamento entre o afrofuturismo e a história em quadrinhos Roseira, Medalha, Engenho e Outras Histórias, de Jefferson Costa. O resultado apresenta aproximações entre fissuras no pensamento hegemônico expostas pelo afrofuturismo, e os “entre-lugares” de Homi Bhabha – espaço/tempo de produção de subjetividades. A sarjeta torna-se, então, uma metáfora para a alternativa contra-hegemônica de práticas discursivas de produção de identidade associadas com o Afrofuturismo.
- Ser o inverso do que os outros pensam: Circularidade e Afrofuturismo no curta-metragem BluesmanPublication . Oliveira, Alan Santos de; F. Miranda Jr, Edmilson; Lourenço, Larissa Evellyn; Sidnei Nogueira; Ellen de Souza; Gabriela TebetDiogo Álvaro Ferreiro Moncorvo tem grande parte da sua trajetória de vida comum à de muitos jovens negros no Brasil. O rapper e compositor brasileiro conhecido como Baco Exu do Blues nasceu em 1996, em Salvador, na Bahia, e é filho de uma família inter-racial – pai negro e mãe branca – morou com seu pai até os sete anos, quando este faleceu, daí em diante foi criado pela parte branca da família. Foi matriculado em dez escolas, foi expulso de muitas, desistiu da escola aos 16 anos quando cursava a sexta série. Considerado um fracasso escolar, era uma criança negra em uma escola de brancos, com diagnóstico de hiperatividade.