ESSV - UECA - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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Browsing ESSV - UECA - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by advisor "Silva, Ernestina Batoca"
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- Adesão terapêutica do adolescente com diabetes mellitus tipo1 : uma revisão integrativaPublication . Cabral, Sérgio Manuel de Figueiredo Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) consiste no distúrbio metabólico endócrino mais frequente em adolescentes. O diagnóstico e gestão apresentam desafios especiais relacionados com o ambiente hormonal e emocional únicos da adolescência. A decrescente adesão terapêutica ao longo do tempo trás complicações, diminuindo a qualidade de vida e aumentando a necessidade de internamento hospitalar. Objetivo: Refletir sobre o desenvolvimento de competências do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica durante o percurso formativo durante os estágios; identificar os fatores que potenciam a adesão terapêutica dos adolescentes com DM1. Método: Este estudo de revisão integrativa partiu da questão de investigação: quais os fatores que potenciam a adesão à terapêutica do adolescente com DM1? Foram selecionados e analisados os estudos realizados a partir de 2016, publicados nas línguas portuguesa e inglesa, nas bases de dados Medline/Pubmed, SciELO e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal, que abordassem temáticas relacionadas com adolescência, DM1 e adesão ao regime terapêutico. Resultados: Foram incluídos 5 estudos, que destacam os fatores psicológicos, a adesão à dieta e a prática de atividade física regular, na adesão à terapêutica pelos adolescentes. A falta de apoio dos pares também foi um fator que interfere na adesão à terapêutica, bem como uma maior autonomia dos adolescentes que leva a um pior controlo glicémico. A manutenção diária de insulina, a necessidade de automonitorização frequente da glicemia, a consciencialização da dieta diabética e a prática regular de atividade física, levam a melhor controlo e constituem desafios para os adolescentes. Por conseguinte, é essencial motivar cada vez mais os adolescentes para a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. Necessitam de suporte familiar e social, apoio escolar, bem como de uma educação contínua e uma abordagem multidisciplinar para se obterem resultados bem sucedidos ao nível do seu controlo metabólico. Será ideal que os adolescentes assumam a responsabilidade na gestão do seu controlo metabólico, com evidência de uma responsabilidade partilhada com os pais e colaboração com a equipa multidisciplinar. Conclusão: Foi importante o percurso de formação e reflexão sobre as práticas no desenvolvimento de competências especializadas. O estudo de investigação revelou a pertinência dos cuidados de saúde serem baseados na evidência científica, e a equipa de enfermagem tem a responsabilidade de intervir para melhorar a adesão à terapêutica dos adolescentes com DM1. Palavras chave: Adolescentes; Diabetes mellitus tipo1; Adesão ao tratamento.
- Enfermeiro de referência na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia : perceção dos paisPublication . Navega, Goreti Batista Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Hemofilia e o seu tratamento influenciam a vida diária das crianças e família e têm um impacto na sua qualidade de vida. A hemofilia é uma doença de tendência hemorrágica, ligada ao cromossoma X, que afeta predominantemente os homens. O seu tratamento consiste na reposição do fator em falta, que se preconiza ser sob a forma de profilaxia, objetivando a prevenção de sequelas. O enfermeiro de referência está sempre presente na vida da criança portadora de Hemofilia, promovendo a sua autonomia e incrementando a qualidade de vida e é expectável que possua especialização em saúde infantil e pediátrica. A qualidade de vida percebida pelos pais fornece indicadores objetivando a melhoria dos cuidados. Objetivos: Refletir sobre o percurso formativo para aquisição de competências especializadas em enfermagem de saúde infantil e pediátrica; caracterizar a qualidade de vida da criança portadora de hemofilia, percebida pelos pais; conhecer a satisfação dos pais com o papel do enfermeiro de referência, na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia. Metodologia: Realização de estágios de pediatria, neonatologia e saúde infantil e pediátrica. Em termos do estudo empírico trata-se de um estudo misto, envolvendo uma amostra de 27 pais de crianças dos 0 aos 18 anos, inscritos na APH. Como instrumento de recolha de dados, optou-se por um questionário ad hoc, constituído por respostas abertas e fechadas, com base na revisão da literatura e em questionários de avaliação da qualidade de vida das crianças e cuidadores, revisto por um conjunto de peritos. Resultados: Na aquisição de competências como enfermeira especialista em saúde infantil e pediátrica foi integrado a assistência à criança/jovem e a família, na maximização da sua saúde, passando pelo cuidado da díade em situações de especial complexidade e prestando cuidados específicos em resposta às necessidades do ciclo de vida e de desenvolvimento da criança e do jovem, responsabilidade ética e legal, melhoria continua da qualidade, gestão dos cuidados e responsabilidade pelas aprendizagens profissionais. A média de idades das crianças é 8,37(± 4,82) anos, tendo a maioria como cuidadores os pais. A maioria das crianças (85,2%) faz tratamento sob profilaxia, 22,2% crianças com inibidores, 51,9% teve uma ou mais hemorragias. Em 51,9% das crianças com articulações alvo, o tornozelo é a articulação mais afetada, apenas uma criança refere ter limitações. Metade das crianças (51,9%), segundo os relatos dos pais, não praticam desporto. Das 13 crianças com idade superior ou igual a nove anos, apenas uma autoadministra fator. A qualidade de vida da criança percebida pelos pais é boa, sendo a profilaxia o fator chave, conferindo qualidade de vida e permitindo à criança ter uma vida normal pela diminuição das intercorrências. Para alem da profilaxia, os pais consideram como fatores promotores da qualidade de vida, a criança ser normal e feliz, sem limitações. A maioria dos pais (70,4%) referem que estão muito satisfeitos com o papel do enfermeiro de referência, pela importância na relação de ajuda, nos ensinos e acompanhamento, promovendo a sua autonomia. Quanto à informação dada pelo enfermeiro de referência constatamos que 61% dos pais estão muito satisfeitos e 7,4% estão muito pouco satisfeitos quer com a satisfação da informação quer com acompanhamento, pela não presença do enfermeiro de referência, existindo um enfermeiro de apoio. Os pais identificam os sentimentos e sabem como atuar perante eventos hemorrágicos, recorrendo a mecanismos de coping. Conclusão: O referencial teórico que deu sustento ao desenvolvimento dos estágios foi a teoria de conforto Kolcaba e que está diretamente relacionado com a qualidade de vida relacionada com a saúde. A qualidade de vida das crianças percebida pelos pais é boa, sendo o fator chave a profilaxia. A valorização do papel de enfermeiro é elevada, ratificada pelo empoderamento e a literacia manifestada pelos pais e que se reflete na satisfação com os cuidados, a informação e o acompanhamento. Palavras-chave: qualidade de vida; pais; crianças; hemofilia A e B; perceção; enfermeiro de referência.
- Estratégias promotoras do sono do RN nas unidades de cuidados intensivos neonataisPublication . Monteiro, Sara Luísa Gonçalves; Silva, Ernestina BatocaIntrodução: Numa formação avançada como é o mestrado e/ou a pós-licenciatura há a oportunidade de desenvolver conhecimentos a um nível de excelência, viabilizando a aquisição de competências técnico-científicas, humanas e éticas, sendo todas essenciais no desempenho de intervenções autónomas de qualidade, no âmbito da Enfermagem especializada em Saúde Infantil e Pediátrica. O EEESIP deve ser responsável pelo desenvolvimento das práticas de enfermagem, baseadas na mais recente evidência científica. O sono é uma necessidade básica fundamental para a maturação cerebral e para o desenvolvimento de diversos processos fisiológicos do RN. A privação do sono nos RN internados nas UCIN, além de provocar desconforto, pode prejudicar o seu desenvolvimento cognitivo e neuromotor. Por isso, é importante adotar estratégias destinadas a promover e a manter o sono nas UCIN. Objetivo: Refletir sobre o percurso de aprendizagem, tendo por base os referenciais teóricos que norteiam a prática do EEESIP e a mais recente evidência científica; sintetizar as atividades realizadas e as competências desenvolvidas; mapear as estratégias que promovem o sono do RN internado na UCIN. Metodologia: Foi utilizada uma metodologia critico-reflexiva sobre as ações desenvolvidas nos diferentes estágios. Foi também realizada uma scoping review, através de pesquisa em diversas bases de dados e motores de busca: MEDLINE via PubMed; LILACS, IBECS e BDENF – Enfermagem via BVS; CINAHL Complete e Nursing & Allied Collection via EBSCOhost; Scopus, Science Direct e Diretory of Open Access Journals via B-On e Scielo em fevereiro de 2022. Foram definidos como limitadores de pesquisa os artigos publicados nos últimos 5 anos (2017 a fevereiro de 2022), disponibilizados em texto integral e nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: O percurso de aprendizagem resultou num enriquecimento pessoal e profissional, de aquisição de conhecimentos baseados em evidência científica, de desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências, de esclarecimento de dúvidas, e consequentemente de melhoria na assistência ao recém-nascido/criança e sua família. Na investigação realizada, a amostra final incluiu 9 estudos, após a análise dos quais emergiram as seguintes estratégias promotoras do sono: gestão do ambiente da UCIN, estímulos auditivos calmos, concentração de cuidados, respeito pelo sono vigília do RN, contenção, sucção não nutritiva, massagem, posicionamento, canguru, técnica de Yakson e toque humano suave. Conclusão: Foi baseado no conhecimento científico, relacional e técnico subjacente à prática do cuidar que pensamos ter desenvolvido e aperfeiçoado competências científicas, técnicas, relacionais e humanas no âmbito do cuidar da criança/jovem e família nas situações de especial complexidade. Da mesma forma, e no âmbito do cuidar do recém-nascido de alto risco e sua família, e também no âmbito da assistência à criança/jovem com a família, na maximização da sua saúde, desenvolvemos atividades que favoreceram o desenvolvimento de competências especializadas. Apesar da promoção do sono ser imprescindível para o desenvolvimento do RN, foi importante mapear evidências que sustentam a sensibilização e formação das equipas de enfermagem sobre o tema. Nesse sentido, consideramos que esta pesquisa constituí a base para a construção de documentos orientadores para os profissionais de saúde e que permitam a uniformização de cuidados que promovam o seu desenvolvimento saudável e que ao mesmo tempo sejam neuro protetores. Palavras-chave: enfermagem pediátrica; recém-nascido pré-termo; recém-nascido; sono; unidades de cuidados intensivos neonatais.
- Perceção dos pais sobre o papel do enfermeiro de referência nos cuidados à criança submetida a transplante hepáticoPublication . Carvalho, Vanessa Mafalda Pinto; Silva, Ernestina BatocaIntrodução: O modelo de enfermeiro de referência constitui a base de um cuidado integral, individualizado, centrado na criança e na família, e tem a sua similaridade com o papel do enfermeiro de família nos cuidados de saúde primários. Reconhecendo a sua importância, através de uma investigação empírica, pudemos contribuir para a criação de evidências de enfermagem e uma base científica para a reflexão e melhoria da prática de cuidados de enfermagem à criança submetida a transplante hepático. Objetivos: Descrever a perceção dos pais sobre o papel do enfermeiro de referência nos cuidados à criança submetida a transplante hepático; refletir sobre a importância do modelo do enfermeiro de referência a partir das experiências dos pais de crianças submetidas a transplante hepático. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório-descritivo de cariz fenomenológico, Nível I, através da aplicação da entrevista semi-estruturada, a uma amostra não probabilística de 5 pais, sendo feita posteriormente a análise de conteúdo. Os aspetos éticos foram respeitados nomeadamente a anonimização e autonomia dos participantes. Resultados: Apesar dos participantes não identificarem o nome do modelo, reconhecem a aplicabilidade do mesmo durante o internamento do seu filho, bem com a equipa de profissionais que o executa. Salientam características do enfermeiro de referência que o diferenciam de outro profissional, valorizam o acompanhamento personalizado e individualizado, encontrando-se satisfeitos com o presente modelo de prestação de cuidados. Conclusão: Acreditamos que este estudo pode fornecer contributos para otimizar a utilização do modelo de referência na prática de cuidados de enfermagem especializados, dada a perceção positiva dos pais das crianças submetidas a transplante hepático. Palavras-chave: enfermeiro de referência; pais; cuidados de enfermagem; criança; hospitalização; transplante hepático.