ESSV - UECA - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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- Intervenções para a prevenção da anorexia nervosa na adolescência : uma scoping reviewPublication . Sampaio, Rute Susana Saraiva; Bica, IsabelIntrodução: O caminho percorrido e as competências adquiridas, encontram-se descritas no presente relatório e teve por base a temática dos transtornos alimentares. Estima se que mais de 13% dos adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos, vivam com um transtorno mental diagnosticado. Das hospitalizações por transtornos alimentares no Serviço Nacional de Saúde, a maioria terão como causa, a Anorexia Nervosa que, a nível dos transtornos de saúde mental, é a que tem mais expressão a nível da mortalidade. Objetivos: Descrever o percurso formativo em estágio, refletir sobre as atividades realizadas para o desenvolvimento de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica e mapear as intervenções/programas de intervenção para a prevenção da anorexia nervosa/transtornos alimentares na adolescência. Metodologia: Descritiva e reflexiva, contemplando uma Scoping Review, no sentido de mapear as evidências das intervenções/programas para a prevenção da Anorexia Nervosa na adolescência, utilizando o método proposto pelo Joanna Briggs Institute (JBI). A pesquisa incluiu artigos de pesquisa original publicados nas bases de dados MEDLINE e CINAHL através da Plataforma EBSCOhost, e Scopus, entre janeiro de 2019 e julho de 2021, em português, espanhol e ingles. Dois revisores independentes realizaram o processo de análise da relevância, extração e síntese dos dados. Resultados: Nos três estudos, incluídos na revisão scoping, verificou-se que são vários os programas de intervenção na prevenção da Anorexia Nervosa. Os autores foram unânimes relativamente ao programa baseado em dissonância cognitiva, “Body Project”, sendo identificado como tendo os melhores resultados e eficácia na prevenção de transtornos alimentares. Programas como “Mindfulness” e programas com efeitos na autoestima, revelaram resultados significativos. Conclusão: Os resultados expuseram vários programas de prevenção dos transtornos alimentares. Os mais eficazes baseiam-se na dissonância cognitiva. Programas de prevenção mais direcionados para cada tipo de transtorno alimentar, podem oferecer resultados mais consistentes a longo prazo. O Enfermeiro Especialista e outros profissionais de saúde, devem considerar sua atuação na prevenção dos transtornos alimentares. Palavras Chave Transtornos Alimentares, anorexia nervosa, prevenção, intervenções.
- Perceção dos pais sobre o papel do enfermeiro de referência nos cuidados à criança submetida a transplante hepáticoPublication . Carvalho, Vanessa Mafalda Pinto; Silva, Ernestina BatocaIntrodução: O modelo de enfermeiro de referência constitui a base de um cuidado integral, individualizado, centrado na criança e na família, e tem a sua similaridade com o papel do enfermeiro de família nos cuidados de saúde primários. Reconhecendo a sua importância, através de uma investigação empírica, pudemos contribuir para a criação de evidências de enfermagem e uma base científica para a reflexão e melhoria da prática de cuidados de enfermagem à criança submetida a transplante hepático. Objetivos: Descrever a perceção dos pais sobre o papel do enfermeiro de referência nos cuidados à criança submetida a transplante hepático; refletir sobre a importância do modelo do enfermeiro de referência a partir das experiências dos pais de crianças submetidas a transplante hepático. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório-descritivo de cariz fenomenológico, Nível I, através da aplicação da entrevista semi-estruturada, a uma amostra não probabilística de 5 pais, sendo feita posteriormente a análise de conteúdo. Os aspetos éticos foram respeitados nomeadamente a anonimização e autonomia dos participantes. Resultados: Apesar dos participantes não identificarem o nome do modelo, reconhecem a aplicabilidade do mesmo durante o internamento do seu filho, bem com a equipa de profissionais que o executa. Salientam características do enfermeiro de referência que o diferenciam de outro profissional, valorizam o acompanhamento personalizado e individualizado, encontrando-se satisfeitos com o presente modelo de prestação de cuidados. Conclusão: Acreditamos que este estudo pode fornecer contributos para otimizar a utilização do modelo de referência na prática de cuidados de enfermagem especializados, dada a perceção positiva dos pais das crianças submetidas a transplante hepático. Palavras-chave: enfermeiro de referência; pais; cuidados de enfermagem; criança; hospitalização; transplante hepático.
- Perceção das mães de recém nascidos prematuros sobre o apoio de enfermagem na amamentaçãoPublication . Moura, Fernanda Margarida Dinis de; Aparício, GraçaEnquadramento: As competências adquiridas neste período de formação especializada são o espelho de um processo que teve como tema central a amamentação de recém-nascidos prematuros e a perceção das mães sobre o apoio dos enfermeiros. A amamentação, proporciona vantagens nutricionais, imunológicas, psicológicas e económicas, considerando se que amamentar é muito mais que nutrir. A amamentação de um prematuro é complexa e desafiadora, dificultada por fatores maternos, neonatais e perinatais. Os enfermeiros devem assumir um papel que permita incluir os pais na prestação de cuidados ao seu filho e do mesmo modo apoiá-los a viver essa experiência, sem que se sintam culpados ou inúteis. Objetivo: Descrever as experiências e atividades desenvolvidas durante os diversos contextos de estágio; analisar criticamente os contributos deste percurso, para a formação pós-graduada, tendo como base o tema central: a perceção das mães de recém-nascidos prematuros, internados em Neonatologia, sobre o apoio de enfermagem na amamentação. Métodos: Descritiva e reflexiva sobre o percurso de formação desenvolvido, onde se incluí uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) com Meta-síntese segundo o protocolo do Instituto Joanna Briggs®. Iniciou-se por uma pesquisa nas bases de dados B-on, PubMed, CINAHL-Complete, MEDLINE-Complete, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e RCAAP, de estudos publicados em língua inglesa, portuguesa e espanhola, entre 1 de janeiro de 2011 e 1 de agosto de 2021. Os estudos foram posteriormente avaliados com base em critérios de inclusão definidos previamente e avaliados quanto à sua qualidade metodológica por dois investigadores. Dos 103 estudos iniciais, 7 foram incluídos. Após análise, chegou-se à meta - agregação e à síntese final das descobertas, usando-se o ConQual Score para a avaliação das sínteses dos achados. Resultados: Dos 7 estudos incluídos na RSL foram sintetizados vinte e oito achados, agrupados em cinco categorias (apoio emocional, apoio técnico e (in)formação, rigidez das rotinas hospitalares, falta de suporte/ relação difícil e falta de conhecimento/orientações contraditórias) incluídas em duas descobertas sintetizadas, que abordam perceções negativas e positivas acerca do apoio dos enfermeiros na amamentação. A evidência sugere que a perceção das mães é de que as equipas de enfermagem têm muitas vezes um papel fundamental a nível emocional e da motivação das mães no que concerne a amamentação, contudo muitas mães se queixam do horário rígido praticado nas UCINs e que nem sempre é fácil a relação com os enfermeiros, por vezes, sentindo falta de apoio e de compreensão para com as suas dificuldades. Conclusão: A presente RSL evidencia a importância de se analisar a perspetiva das mães sobre o apoio na amamentação, no sentido de se ajustarem as práticas de cuidados de enfermagem às reais necessidades das mães e recém-nascidos prematuros e de se suportarem nas melhores evidências disponíveis. Perante o conhecimento das perceções e vivências das mães de recém-nascidos prematuros, torna-se mais efetivo o apoio por parte da equipa de saúde. Palavras-Chave: Mães de recém-nascidos prematuros; apoio do enfermeiro; amamentação.
- Enfermeiro de referência na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia : perceção dos paisPublication . Navega, Goreti Batista Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Hemofilia e o seu tratamento influenciam a vida diária das crianças e família e têm um impacto na sua qualidade de vida. A hemofilia é uma doença de tendência hemorrágica, ligada ao cromossoma X, que afeta predominantemente os homens. O seu tratamento consiste na reposição do fator em falta, que se preconiza ser sob a forma de profilaxia, objetivando a prevenção de sequelas. O enfermeiro de referência está sempre presente na vida da criança portadora de Hemofilia, promovendo a sua autonomia e incrementando a qualidade de vida e é expectável que possua especialização em saúde infantil e pediátrica. A qualidade de vida percebida pelos pais fornece indicadores objetivando a melhoria dos cuidados. Objetivos: Refletir sobre o percurso formativo para aquisição de competências especializadas em enfermagem de saúde infantil e pediátrica; caracterizar a qualidade de vida da criança portadora de hemofilia, percebida pelos pais; conhecer a satisfação dos pais com o papel do enfermeiro de referência, na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia. Metodologia: Realização de estágios de pediatria, neonatologia e saúde infantil e pediátrica. Em termos do estudo empírico trata-se de um estudo misto, envolvendo uma amostra de 27 pais de crianças dos 0 aos 18 anos, inscritos na APH. Como instrumento de recolha de dados, optou-se por um questionário ad hoc, constituído por respostas abertas e fechadas, com base na revisão da literatura e em questionários de avaliação da qualidade de vida das crianças e cuidadores, revisto por um conjunto de peritos. Resultados: Na aquisição de competências como enfermeira especialista em saúde infantil e pediátrica foi integrado a assistência à criança/jovem e a família, na maximização da sua saúde, passando pelo cuidado da díade em situações de especial complexidade e prestando cuidados específicos em resposta às necessidades do ciclo de vida e de desenvolvimento da criança e do jovem, responsabilidade ética e legal, melhoria continua da qualidade, gestão dos cuidados e responsabilidade pelas aprendizagens profissionais. A média de idades das crianças é 8,37(± 4,82) anos, tendo a maioria como cuidadores os pais. A maioria das crianças (85,2%) faz tratamento sob profilaxia, 22,2% crianças com inibidores, 51,9% teve uma ou mais hemorragias. Em 51,9% das crianças com articulações alvo, o tornozelo é a articulação mais afetada, apenas uma criança refere ter limitações. Metade das crianças (51,9%), segundo os relatos dos pais, não praticam desporto. Das 13 crianças com idade superior ou igual a nove anos, apenas uma autoadministra fator. A qualidade de vida da criança percebida pelos pais é boa, sendo a profilaxia o fator chave, conferindo qualidade de vida e permitindo à criança ter uma vida normal pela diminuição das intercorrências. Para alem da profilaxia, os pais consideram como fatores promotores da qualidade de vida, a criança ser normal e feliz, sem limitações. A maioria dos pais (70,4%) referem que estão muito satisfeitos com o papel do enfermeiro de referência, pela importância na relação de ajuda, nos ensinos e acompanhamento, promovendo a sua autonomia. Quanto à informação dada pelo enfermeiro de referência constatamos que 61% dos pais estão muito satisfeitos e 7,4% estão muito pouco satisfeitos quer com a satisfação da informação quer com acompanhamento, pela não presença do enfermeiro de referência, existindo um enfermeiro de apoio. Os pais identificam os sentimentos e sabem como atuar perante eventos hemorrágicos, recorrendo a mecanismos de coping. Conclusão: O referencial teórico que deu sustento ao desenvolvimento dos estágios foi a teoria de conforto Kolcaba e que está diretamente relacionado com a qualidade de vida relacionada com a saúde. A qualidade de vida das crianças percebida pelos pais é boa, sendo o fator chave a profilaxia. A valorização do papel de enfermeiro é elevada, ratificada pelo empoderamento e a literacia manifestada pelos pais e que se reflete na satisfação com os cuidados, a informação e o acompanhamento. Palavras-chave: qualidade de vida; pais; crianças; hemofilia A e B; perceção; enfermeiro de referência.
- Promoção do sono na criança hospitalizadaPublication . Barbosa, Ana Cláudia Carvalho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoIntrodução: A qualidade do sono é essencial para o bem-estar da criança e influenciador na recuperação e funcionamento do organismo. A nível hospitalar, é reconhecido o impacto que o internamento tem na criança/adolescente e família e num conjunto de atividades de vida, nomeadamente no sono. Durante a hospitalização da criança, um elevado número de fatores que interrompem o sono surge de causas externas que são potencialmente modificáveis. E como tal, durante o percurso formativo, foi imperioso pesquisar medidas que sejam adotadas no sentido de minimizar este impacto. Objetivos: Descrever as atividades realizadas nos diversos contextos de estágio; refletir sobre as práticas com vista ao desenvolvimento de competências comuns e específicas de enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica e mapear as intervenções não farmacológicas realizadas para a promoção do sono em crianças hospitalizadas com recurso a uma revisão scoping Metodologia: Os contextos de estágio e a aquisição de competências do EESIP são apresentadas sobre o método descritivo e reflexivo. Por outro lado, e no sentido de mapear os estudos existente sobre a promoção do sono da criança hospitalizada, foi realizada uma revisão scoping através do método proposto pela Joanna Briggs Institute, com pesquisa em bases de dados Pubmed, CINAHL e B-on e respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. A seleção dos estudos, a extração e síntese dos dados foram realizadas por dois revisores independentes. Resultados: O estudo revela que as intervenções não farmacológicas para a promoção do sono nas crianças hospitalizadas foram a massagem, a musicoterapia e o conto de histórias. A massagem aumentou número de minutos de sono nos adolescentes que a receberam. A aplicação de musica clássica aumentou a duração do sono diária e promoveu a indução do sono das crianças. A musicoterapia e o conto de histórias foram efetivos no tratamento de distúrbios do sono em crianças hospitalizadas. Nos cinco estudos incluídos na revisão ainda se apontaram os fatores que provocam distúrbios do sono, nomeadamente, o ruído, a luminosidade e prestação de cuidados pelos profissionais de saúde. Conclusão: A alteração que o sono apresenta é, portanto, uma problemática no contexto da criança hospitalizada e, este problema, exige a implementação de medidas que o minimizem. Os resultados revelaram que as intervenções não farmacológicas mostraram benefícios na minimização de distúrbios de sono aquando a hospitalização da criança. Estes resultados têm implicações clínicas prováveis, pelo que as instituições e os Enfermeiros Especialistas em Saúde Infantil e Pediátrica devem adotar medidas nas suas práticas e rotinas que promovam o sono e, consequentemente, o bem-estar e a recuperação destas crianças. Palavras-Chave: Criança, sono, estratégia não farmacológica, hospitalização.
- Papel parental durante a hospitalização da criança : perceção dos pais, mãesPublication . Monteiro, Rui Manuel Miragaia; Bica, IsabelIntrodução: A parentalidade é o assumir de responsabilidades de ser pai/mãe de uma criança durante o seu desenvolvimento, implicando um papel ativo e eficaz, o papel parental. Este papel, que nem sempre é fácil pode tornar-se mais difícil quando a criança fica doente e necessita de hospitalização. A atitude dos pais ao lidar com o internamento do seu filho depende das características pessoais, dos enfermeiros e das características das próprias crianças. Nesta situação estabelecer uma parceria de cuidados, entre enfermeiros e pais será o melhor caminho para alcançar melhores resultados. Objetivos: Descrever o percurso formativo nos diversos contextos de estágio; refletir sobre as experiências e atividades realizadas para o desenvolvimento de competências comuns e especificas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica e compreender o papel parental na minimização dos danos na criança resultantes da hospitalização. Metodologia: Descritiva e reflexiva sobre o percurso desenvolvido no contexto da prática clínica, que inclui um estudo exploratório de natureza qualitativa, no qual se aplicou como colheita de dados a entrevista semiestruturada, uma vez que se pretende descrever e interpretar as narrativas de pais de crianças hospitalizadas com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos, realizadas no internamento do serviço de pediatria de um hospital central, numa amostra de 10 pais de crianças internadas. Resultados: Da análise dos dados verificou-se que a maioria dos pais/mães referiram que a informação acerca do motivo do internamento e da doença da criança foi fornecida pelos enfermeiros na triagem. Todos os pais/mães mencionaram que a hospitalização de um filho e consequentemente os procedimentos efetuados criam neles sentimentos como angústia e ansiedade. O facto de os enfermeiros utilizarem sempre uma linguagem clara e os envolverem nos cuidados prestados à criança foi muito positivo e benéfico para esta tornando-a mais calma e segura. A perceção dos pais acerca da parceria de cuidados é muito positiva, referindo que esta transmite conforto para os pais/mães e para a criança reduzindo a ansiedade e stress neles e na criança e que contribuiu para a melhoria do seu desempenho nos cuidados prestados aos filhos. Conclusão: Os resultados revelam que o papel parental é de grande importância na minimização dos danos resultantes da hospitalização da criança, o que requer uma parceria efetiva de cuidados. Compete, assim, aos enfermeiros estarem em alerta para minimizar os danos, e saberem oferecer o melhor para os pais e filho internado, tendo o enfermeiro especialista um papel fulcral na procura de melhores soluções durante a hospitalização. Palavra-chave: Hospitalização, Criança, Enfermagem, Família, Parentalidade, Parceria de Cuidados.
- Adesão terapêutica do adolescente com diabetes mellitus tipo1 : uma revisão integrativaPublication . Cabral, Sérgio Manuel de Figueiredo Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) consiste no distúrbio metabólico endócrino mais frequente em adolescentes. O diagnóstico e gestão apresentam desafios especiais relacionados com o ambiente hormonal e emocional únicos da adolescência. A decrescente adesão terapêutica ao longo do tempo trás complicações, diminuindo a qualidade de vida e aumentando a necessidade de internamento hospitalar. Objetivo: Refletir sobre o desenvolvimento de competências do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica durante o percurso formativo durante os estágios; identificar os fatores que potenciam a adesão terapêutica dos adolescentes com DM1. Método: Este estudo de revisão integrativa partiu da questão de investigação: quais os fatores que potenciam a adesão à terapêutica do adolescente com DM1? Foram selecionados e analisados os estudos realizados a partir de 2016, publicados nas línguas portuguesa e inglesa, nas bases de dados Medline/Pubmed, SciELO e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal, que abordassem temáticas relacionadas com adolescência, DM1 e adesão ao regime terapêutico. Resultados: Foram incluídos 5 estudos, que destacam os fatores psicológicos, a adesão à dieta e a prática de atividade física regular, na adesão à terapêutica pelos adolescentes. A falta de apoio dos pares também foi um fator que interfere na adesão à terapêutica, bem como uma maior autonomia dos adolescentes que leva a um pior controlo glicémico. A manutenção diária de insulina, a necessidade de automonitorização frequente da glicemia, a consciencialização da dieta diabética e a prática regular de atividade física, levam a melhor controlo e constituem desafios para os adolescentes. Por conseguinte, é essencial motivar cada vez mais os adolescentes para a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. Necessitam de suporte familiar e social, apoio escolar, bem como de uma educação contínua e uma abordagem multidisciplinar para se obterem resultados bem sucedidos ao nível do seu controlo metabólico. Será ideal que os adolescentes assumam a responsabilidade na gestão do seu controlo metabólico, com evidência de uma responsabilidade partilhada com os pais e colaboração com a equipa multidisciplinar. Conclusão: Foi importante o percurso de formação e reflexão sobre as práticas no desenvolvimento de competências especializadas. O estudo de investigação revelou a pertinência dos cuidados de saúde serem baseados na evidência científica, e a equipa de enfermagem tem a responsabilidade de intervir para melhorar a adesão à terapêutica dos adolescentes com DM1. Palavras chave: Adolescentes; Diabetes mellitus tipo1; Adesão ao tratamento.
- Intervenções não farmacológicas no controlo da dor em urgência pediátrica em crianças dos 2 aos 12 anosPublication . Pimentel, Sara Isabel Marques; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: O processo de desenvolvimento de competências neste período de formação avançada teve como temática central a dor, considerada uma das mais importantes causas de sofrimento mundial, devendo a sua gestão ser encarada como uma prioridade de todos os enfermeiros. Esta exige competências especializadas e autónomas, com abordagem e recurso de forma sistemática a técnicas não farmacológicas. Estas são intervenções autónomas e seguras, sendo da responsabilidade do enfermeiro a sua prescrição, execução e avaliação, permitindo uma melhoria da qualidade dos cuidados e um reconhecimento da importância do enfermeiro especialista para uma prática diferenciadora. Objetivos: Descrever o percurso formativo realizado em contexto de prática clínica; refletir sobre as competências científicas, técnicas e humanas desenvolvidas à luz de referenciais teóricos de enfermagem e da temática central definida; identificar boas práticas não farmacológicas no alívio da dor em contexto de urgência pediátrica, pela realização de uma revisão scoping. Metodologia: Foi efetuada uma scoping review, baseada no modelo do Instituto Joanna Briggs® (2017). Os motores de busca científica utilizados foram PubMed, B-ON e CINAHL Complete. Para limitar a procura de estudos, foram selecionados os idiomas em português, inglês e espanhol com data de publicação entre 1 janeiro de 2015 e maio de 2021. Dos 62 estudos foram incluídos 5 tendo por base os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Resultados: Os estudos evidenciam que a avaliação e tratamento da dor em contexto de urgência pediátrica não é efetuado de forma sistemática. Como estratégias mais utilizadas, destacaram-se as técnicas de distração diversas, tais como a música, o Buzzy, o shotbloker, os exercícios de respiração, as técnicas de soprar bolhas de sabão; respeitar a presença e o envolvimento dos pais, nomeadamente no pegar ao colo ou nas carícias; o posicionamento; uso da hipnose; dos doutores palhaços; o ambiente físico e o uso da amamentação e da sacarose e o uso de sacos de calor e frio. Conclusão: A prática dos enfermeiros deve assentar em evidências científicas e em recomendações para a prática atuais. Este trabalho mapeou estudos afim de sintetizar as estratégias não farmacológicas de alívio da dor mais utilizadas em contexto de urgência pediátrica. Não sendo um estudo para avaliar a eficácia das mesmas, pretende despertar para a necessidade de se criarem protocolos de utilização, como forma de uniformizar cuidados nesta área e melhorar a qualidade dos cuidados com vista a uma prática de excelência. Palavras-Chave: Prática baseada na evidencia; Conhecimento; Especialização; Cuidados de Enfermagem; Dor; Criança; Criança em idade pré-escolar; Emergência Pediátrica.
- Conhecimento dos pais sobre recomendações para a higiene do sono em crianças pré-escolaresPublication . Duque, Marta Alexandra Antunes; Aparício, GraçaEnquadramento: O presente relatório de estágio é o culminar de um percurso de formação que reflete a aquisição e o desenvolvimento de competências especializadas, que tiveram como tema central a higiene do sono em crianças pré-escolares, com foco no conhecimento dos pais. Enquanto necessidade humana básica, o sono é vital para o crescimento e desenvolvimento infantil, uma vez que é durante o sono que ocorrem vários processos metabólicos necessários ao equilíbrio do organismo a curto, médio ou longo prazo. Objetivos: Descrever objetivamente as experiências e atividades desenvolvidas durante os diversos contextos de estágio para o desenvolvimento de competências especializadas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica; Analisar criticamente os contributos deste percurso, tendo como base o tema central sobre as recomendações para a higiene do sono em crianças pré-escolares; Identificar os conhecimentos dos pais sobre as recomendações para a higiene do sono em crianças pré-escolares, através da realização de um estudo de Revisão Sistemática da Literatura (RSL) neste âmbito. Metodologia: sobretudo descritiva e reflexiva centrada nas atividades realizadas no percurso formativo para o desenvolvimento de competências especializadas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Integra um estudo de Revisão Sistemática da Literatura segundo o protocolo do Instituto Joanna Briggs®, tendo por base uma pesquisa nas bases de dados MEDLINE e CINAHL via EBSCOhost, de estudos publicados entre 2017 e 2021 nos idiomas inglês, português e espanhol. Os estudos foram posteriormente avaliados com base em critérios de inclusão definidos previamente e avaliados quanto à sua qualidade metodológica por dois investigadores. Dos 448 estudos iniciais foram incluídos 5, cuja meta-agregação permitiu realizar a síntese das evidências. Resultados: As competências desenvolvidas, enquanto futura enfermeira especialista, serão um subsídio para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados à criança/família nos diversos contextos onde se encontra. Dos cinco estudos incluídos na RSL foram extraídos 12 achados, sintetizados em três categorias. As evidências sugerem que há pais que demonstram conhecer algumas estratégias/ recomendações para uma boa higiene do sono e aplicam rotinas de dormir. Contudo, há os que que referem nunca ter tido ensinos sobre o tema; os que desvalorizam as rotinas para uma boa higiene do sono na idade pré-escolar e, ainda, os que não têm conhecimento e não aplicam estratégias/recomendações para a boa higiene do sono. Conclusão: O desenvolvimento de competências permitiu criar evidências sobre a temática central em estudo e responder à questão de partida, apurando-se conhecimentos diversos no âmbito do papel parental para uma boa higiene do sono. Os enfermeiros necessitam, frequentemente, realizar ensinos sistemáticos neste âmbito, no sentido de desenvolver habilidades parentais, neste domínio, com repercussões na saúde e qualidade de vida da criança e da família. Palavras-Chave: Crianças pré-escolares; Conhecimento; Estratégias; Pais; Higiene do sono; Perceção; Recomendações
- A visita domiciliária como uma estratégia de intervenção de enfermagem de apoio à parentalidade na manutenção da amamentaçãoPublication . Gomes, Susana Margarida Carvalho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoIntrodução: O caminho percorrido na prática clínica e as competências adquiridas ao longo do percurso, encontram-se descrita no presente relatório, tendo por base a temática da parentalidade, nomeadamente a amamentação. O enfermeiro Especialista cuida da criança e da família em toda a fase do ciclo. O nascimento de um filho é uma etapa importante na vida da pessoa, sendo percecionado como um momento de mudança onde o desempenho de um novo papel se impõe. A transição para a parentalidade requer a interiorização e aprendizagem de novos conhecimentos e habilidades, levando a mudanças e ajustes para os quais muitos pais não estão preparados. Objetivos: Descrever as experiências e atividades desenvolvidas nos diferentes contextos de estágio; Refletir sobre os contributos do percurso formativo para o desenvolvimento de competências comuns e especificas de Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediatria; Avaliar a eficácia das visitas domiciliárias na manutenção da amamentação até aos 24 meses, através da realização de um estudo de Revisão Sistemática da Literatura neste âmbito. Metodologia: Descritiva e reflexiva sobre o percurso formativo desenvolvido no âmbito da área de especialização, que incluiu uma Revisão Sistemática da Literatura baseada na metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. A pesquisa realizada nas bases de dados CINAHL®, Complete, B-On e PubMed de estudos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021 que foram posteriormente avaliados, respeitando os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Dois revisores independentes realizaram o processo de análise da relevância, extração e síntese dos dados. Resultados: Os 4 estudos incluidos na RSL têm programas de intervenção diferentes entre si, no entanto, os autores foram unânimes, concluindo que a VD realizada por enfermeiros ao recém-nascido/lactente/família, têm impacto positivo na amamentação. Estes sugerem benefícios clinicamente significativos na manutenção da amamentação. Contudo a evidência até aos 24 meses ainda se encontra pouco estudada, pelo que se sugere o desenvolvimentos de estudos até essa idade. Conclusão: Os Resultados sugerem que a visita domiciliária é benéfica para a promoção e manutenção da amamentação a curto e longo prazo. Esta prática deve ser realizada por profissionais de saúde capacitados. Compete ao Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediatria o desafio de promover um ambiente rico em aprendizagens em que o próprio se transforma num campo fértil, no sentido da melhoria da qualidade de cuidados prestados. Palavras-Chave: Visita Domiciliária, Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, Recém nascido/Família, parentalidade e amamentação.