Unidade de Enfermagem Materna, Obstétrica e Ginecológica (UEMOG)
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- Contraceção em estudantes do ensino superior : conhecimentos e atitudesPublication . Tavares, Ana Sofia Silveira; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A emergente preocupação com a saúde sexual e reprodutiva dos jovens, conduz à necessidade de aprofundar temas como a contraceção, uma vez que se assiste a um crescente número de infeções sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas. Objetivos: Descrever as variáveis sociodemográficas, académicas, afetivas, contracetivas e sexuais da população em estudo; identificar os conhecimentos e as atitudes preventivas face à contraceção dos estudantes do ensino superior; identificar as relações existentes entre as variáveis sociodemográficas, académicas, afetivas, contracetivas e sexuais, e os conhecimentos e atitudes preventivas face à contraceção; Analisar a relação dos conhecimentos contracetivos nas atitudes preventivas contracetivas. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, transversal, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 293 estudantes de um Instituto Politécnico da região centro de Portugal. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, académico, afetivo, contracetivo e sexual incluindo o Inventário sobre o Conhecimento Contracetivo (versão resumida e adaptada por Reis, 2006) e a Escala de Atitudes Contracetivas (versão adaptada por Reis, 2006). Resultados: O sexo feminino demonstra simultaneamente melhores conhecimentos contracetivos (p=0,000) e atitudes preventivas (p=0,003). Aqueles que frequentam a escola superior de saúde (p=0,000) revelam maiores conhecimentos contracetivos com significância estatística, enquanto os estudantes que pertencem à escola superior de artes (p=0,006) são aqueles que evidenciam melhores atitudes preventivas face à contraceção. A maioria dos participantes demonstra bons conhecimentos contracetivos (37,2%) e atitudes pouco adequadas face à contraceção-prevenção do risco (62,1%) e os conhecimentos contracetivos parecem influenciar positivamente as atitudes preventivas, embora não se verifique significância estatística (coeficiente beta: 0,16). Conclusão: O conhecimento sobre contraceção é fundamental para os jovens apresentarem atitudes mais consistentes na área da saúde sexual e reprodutiva. É importante assegurar gabinetes de enfermagem nas universidades de forma a capacitar os jovens na tomada consciente de decisões. Palavras-chave: Conhecimentos, Atitudes, Contraceção, Jovens.
- Crenças em saúde relativas ao cancro do colo do úteroPublication . Chaves, Marisa Filipa Rodrigues; Nelas, Paula Alexandra Andrade BatistaEnquadramento: O aumento da incidência e prevalência de doenças oncológicas, nomeadamente o CCU, faz com que se considere que este seja um problema de saúde pública mundial envolvendo recursos na área da prevenção. Objetivos: Identificar os factores que influenciam as crenças em saúde relacionadas com o CCU; Determinar a influência das variáveis sociodemográficas nas crenças em saúde sobre o CCU; Determinar as variáveis de contexto ginecológico e sexual que influenciam as crenças em saúde relativasao CCU e analisar a relação entre as variáveis de contexto sociopsicológico e de saúde e as crenças em saúde relativas ao CCU. Metodologia: É um estudo quantitativo, não experimental, descritivocorrelacional e transversal. A recolha de dados foi realizada através de um questionário, o qual permitiu realizar a caracterizaçãosociodemográfica, ginecológica/sexual, psicológica de saúde e conhecimento sobre CCU. Utilizámos ainda escalas Crenças em Saúde (Patrão, I. 2000), LocusControl Saúde, Valor Saúde, Satisfação com Suporte Social (Pais-Ribeiro, 1999) e Questionário do Estado de Saúde SF8 (Pais-Ribeiro, 2005). A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 946 participantes da região centro de Portugal. Resultados:Verificamos que as crenças em saúde cancro colo do útero são, na dimensão benefícios, influenciadas pelas variáveis idade adulta, zona urbana, não usam métodos contracetivos e existência de familiares com CCU. A dimensão gravidade é influenciada pelas variáveis, zona rural, mulheres que vão periodicamente a consulta de planeamento familiar, uso de métodos contracetivos e existência de familiares com CCU. A dimensão obstáculos é influenciada pelas variáveis zona rural, uso de métodos contracetivos, existência de familiares com CCU e já ter iniciado na sua atividade sexual. A dimensão vulnerabilidade é influenciada pelas variáveis zona rural, usode métodos contracetivos, existência de familiares com CCU e ocorrência prévia de problemas do foro ginecológico. O total das crenças é influenciado pela zona rural, uso de métodos contracetivos, existência de familiares com CCUe ocorrência prévia de problemas do foro ginecológico. No locus control acaso, é preditor da vulnerabilidade, obstáculos, gravidade e fator global. O locus controlo externo é preditor da gravidade, benefícios e obstáculos. O locus controlo interno é preditor da vulnerabilidade e benefícios. O estado de saúde na componente mental é preditor em todas as dimensões e fator global. A componente física é preditora na vulnerabilidade, gravidade, obstáculos e total crenças. No suporte social, a satisfação com os amigos é preditora da gravidade e obstáculos. A satisfação com a família é preditorada vulnerabilidade, obstáculos e fator global. A actividade social é preditora da vulnerabilidade. Conclusões: Desenvolver competências nos profissionais de saúde que permitam ampliar as ações de cidadania em saúde, capacitando desta forma os cidadãos, de modo que se tornem mais autónomos e responsáveis em relação à sua saúde, encorajando medidas de promoção da saúde e de prevenção da doença.
- Dificuldades na amamentação no 1º mês de vida : contextos sociodemográficos e psicológicosPublication . Costa, Cláudia Sofia Marques Lopes; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A amamentação nutre, protege e favorece o desenvolvimento cognitivo e a criação do vínculo afetivo entre mãe e filho. No entanto, há vários fatores que dificultam a manutenção da amamentação como os psicológicos, socioculturais, profissionais, nível de educação, ação dos profissionais de saúde entre outros. Objetivos: Determinar o perfil sociodemográfico das puérperas; identificar as dificuldades mais frequentes associadas à amamentação ao 7º e 30º dia após o nascimento; analisar a influência das variáveis sociodemográficas associadas às dificuldades na amamentação nos dois momentos de avaliação; avaliar a influência das atitudes maternas e a da vinculação pós-natal nas dificuldades associadas à amamentação nos dois momentos de avaliação. Métodos: Estudo quantitativo, longitudinal em painel de curta duração, descritivo-correlacional, numa amostra não probabilística por conveniência de 255 participantes (média de idades de 30,78 anos). Utilizou-se um questionário para caracterizar sociodemograficamente e os contextos de amamentação da amostra, a escala de atitudes maternas face à amamentação (Pereira, 2004) e a escala de vinculação pós-natal (Airosa, Silva & Bachu, 2012), versão portuguesa de Gomez e Leal (2007). Este foi aplicado às participantes em dois momentos (7º e 30º dias após o nascimento do bebé). Resultados: As participantes são maioritariamente casadas, com o ensino superior, empregadas em tempo completo e residentes na cidade. Quanto às dificuldades mais frequentes associadas à amamentação nos dois momentos de avaliação do estudo (7º e 30º dia de vida do bebé) verificamos que as dificuldades sentidas ao 7º dia se mantêm no 30º, predominando as fissuras (7.º dia 41.7%; 39.3% 30.º dia), as dificuldades na pega (7.º dia 28.8%; 31.9% 30.º dia), o ingurgitamento mamário (7.º dia 16.7%; 14.8% 30.º dia). Em relação à influência das variáveis sociodemográficas nas dificuldades associadas à amamentação ao 7º e 30º dia após o nascimento, apurou-se que as diferenças são estatisticamente significativas em relação à escolaridade (p=0,000), situação profissional (p=0,034) e local de residência (0,042), sugerindo que estas variáveis têm poder explicativo sobre as dificuldades sentidas na amamentação pelas mães nos dois momentos de avaliação. Nenhuma das dimensões relativas às atitudes maternas face à amamentação e à vinculação pós-natal se assumiu preditora das dificuldades associadas à amamentação. Conclusão: Os resultados sugerem que os enfermeiros, especialmente no âmbito da saúde materna, obstétrica e ginecológica, estejam mais despertos para as dificuldades que as mães possam ter na amamentação sobretudo no primeiro mês, considerado o mais crítico na adaptação ao aleitamento materno, de modo a conseguirem que estas ultrapassem essas complicações, evitando assim, o abandono precoce da amamentação. Palavra-chave: Amamentação, Atitudes Maternas, Vinculação pós-natal, Dificuldades na amamentação.
- Dificuldades na amamentação no primeiro mês de vida : impacto do contexto da amamentação e dos contextos de vidaPublication . Pinho, Sílvia Margarida de Almeida; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno não é determinado simplesmente de forma biológica, mas também envolve fatores emocionais e socioculturais. Objetivos: Caraterizar o perfil sociodemográfico das puérperas em estudo; identificar as dificuldades mais frequentes associadas à amamentação no primeiro mês de vida do bebé; avaliar a relação das dificuldades na amamentação com o contexto de amamentação, o suporte familiar e a satisfação com a vida das puérperas. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, caracterização da amamentação, Escala de Satisfação com a Vida (Simões, 1992) e Escala de Apgar familiar (Smilkstein, 1984). A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 255 puérperas que amamentam, inscritas nas Unidades de Saúde Familiar e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados das cidades de Viseu e Aveiro. Resultados: As participantes apresentam uma média de idade de 20,7 anos, sendo maioritariamente casadas, com escolaridade inferior ao 3º ciclo, empregadas em tempo completo e residentes na cidade. Quanto às dificuldades mais frequentes associadas à amamentação nos dois momentos de avaliação que as mulheres tinham ao 7º dia e continuaram a ter ao 30º dia, predominam as fissuras (77.5%), o ingurgitamento mamário (66.7%), a mastite (63.6%), as dificuldades na pega (82.4%), na posição e postura para amamentar (50.0%). Conclusões: Perante estes resultados, e sabendo que as mulheres apresentam dificuldades relacionadas com a amamentação nos dois momentos de avaliação, é importante o apoio por parte dos enfermeiros de modo a que as mesmas possam ultrapassá-las e que não se constituam como motivo de abandono da amamentação. Palavras-Chave: Amamentação; Dificuldades; Manutenção; Apoio familiar; Satisfação com a vida.
- Epidemiologia do contexto gravídico : o caso particular da prevalência das RPM associadas às fases lunaresPublication . Mota, Telmo Filipe Alves Amorim da; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Ao longo dos anos, têm sido realizados estudos com objetivo de analisar se existem fatores desencadeastes do trabalho de parto, nomeadamente a relação entre a Roturas Prematuras de Membrana (RPM) e as fases lunares. Objetivo: Analisar a prevalência da RPM associada às fases lunares, analisar a relação entre a RPM e o grupo etário; determinar a prevalência de RPM por ano civil e faixa etária, determinar a prevalência de partos eutócicos e distócicos por ano civil, determinar se existe relação entre o tipo de parto e o número de gestações. Metodologia: Estudo quantitativo, longitudinal, descritivo e correlacional. A amostra é constituída por 6437 participantes que pariram no CHBV (entre 2014 e 2017). Desta amostra 1582 foram admitidas com o diagnóstico de Rotura Prematura de Membranas. Os dados foram colhidos na plataforma informática “SClínico”, tendo em consideração as variáveis: nº processo, diagnósticos; nº de gestações; tipo de parto; idade; data e hora do parto. Os dados foram tratados com recurso ao SPSS versão 24.0. Os procedimentos éticos e legais foram assegurados. Resultados: Verifica-se uma predominância do Quarto Minguante em metade dos anos analisados, com diferença estatística significativa (p= 0.041). Verificou-se também uma discrepância acentuada entre partos eutócicos, e distócicos, verificando-se uma diferença de 34% para 66%, com a maior percentagem a recair sobre os partos distócicos. Conclusões: Podemos concluir que há predomínio do Quarto Minguante em metade dos anos analisados, com diferença estatística significativa (p = 0,041). Concluímos também que existe uma instrumentalização cada vez mais acentuada do parto, isto é, o número de partos distócicos realizados sempre a aumentar, atingindo 73.3% nas primigestas e 66% na generalidade dos casos. Palavra chave: Epidemiologia; Fases da Lua; Rotura Prematura das Membranas; Gravidez; Parto.
- Importância atribuída pela puérpera à visita domiciliária no pós-partoPublication . Amaral, Joana Catarina Pereira; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A visita domiciliária no pós-parto, à puérpera, recém-nascido e família, permite uma intervenção precoce, identificando fatores de risco. Possibilita ainda a avaliação das competências parentais, num momento de transição para a parentalidade. Assim, a visita domiciliária no pós-parto promove a transição para a parentalidade ajudando no desenvolvimento de competências, poder de decisão e autonomia que possibilitem decisões livres e esclarecidas, promotoras da saúde, qualidade de vida e bemestar. Objetivos: Caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico das puérperas, identificar alguns fatores que intervêm na importância que a puérpera atribui à visita domiciliária no pós-parto, e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas, obstétricas, puerperais e psicológicas (sintomas depressivos) influenciam a importância que a puérpera atribui à visita domiciliária nos pós-parto. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo e correlacional com amostra não probabilística de 122 puérperas, com uma média de idades de 32,1 (±4,70) anos. O instrumento de colheita de dados foi o questionário constituído por questões sociodemográficas, obstétricas, pela escala de avaliação da visita domiciliária no pósparto (EAVDPP) (Almeida, Nelas, & Duarte, 2011) e Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) (Augusto, Kumar, Calheiros, Matos, & Figueiredo, 1996). Resultados: Relativamente à satisfação das puérperas perante a visita domiciliária 43,4% considera-a muito adequada e 38,5% considera inadequada. A importância atribuída à visita domiciliária é influenciada pelas variáveis sociodemográficas (idade, nacionalidade e estado civil), variáveis obstétricas (número de partos, número de abortos, tipo de parto, curso de preparação para o parto e parentalidade) e dúvidas da puérpera sobre o puerpério. Conclusões: A visita domiciliária no pós-parto é um contributo valioso enquanto estratégia promotora da transição para a parentalidade. Esta, possibilita a identificação precoce de potencias riscos maternos, neonatais ou familiares, permitindo uma intervenção atempada e adequada no sentido de promover a saúde e o bem-estar no período puerperal. Palavras-chave Puerpério, puérpera, visita domiciliária, transição para a parentalidade.
- Literacia em saúde mental positiva da puérperaPublication . Pissarra, Carla Susana Marques; Duarte, João Carvalho; Nelas, Paula Alexandra Andrade BatistaEnquadramento: O Plano de Ação para a Saúde Mental para 2013-2020 refere que uma boa saúde mental é uma condição fundamental para o aumento do potencial, da capacidade de lidar com o stress da vida, do aumento da produtividade e do bem-estar, priorizando, a literacia em saúde mental, como um objetivo de saúde pública a atingir no século XXI. Assim, uma adequada literacia no puerpério é essencial para promover a transição para a parentalidade incluindo o desenvolvimento de competências, poder de decisão e autonomia que possibilitem decisões livres e esclarecidas que promovam a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar. Objetivos: Determinar o nível de literacia em saúde mental da puérpera, identificar as variáveis sociodemográficas, obstétricas e as alterações psicoemocionais associadas ao nível de literacia em saúde mental da puérpera. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, descritivo-correlacional com amostra não probabilística, intencional por conveniência de 208 puérperas, com uma média de idades de 32 anos e desvio padrão 4,79. O instrumento de colheita de dados foi o questionário constituído por questões sociodemográficas, obstétricas, pela escala de avaliação das alterações psicoemocionais do puerpério – EAAPP (Sousa & Leal, 2010) e escala de conhecimento para uma Boa Saúde Mental – EBSM (Bjørnsen, Eilertsen, Ringdal, Espnes, & Moksnes, 2017). Resultados: Relativamente aos conhecimentos para uma boa saúde mental, as puérperas apresentam com igual percentagem (35,1%), conhecimentos suficientes e fracos. Já 29,8% têm bons conhecimentos. A literacia em saúde mental positiva da puérpera é influenciada: para o fator exigências ou vivencias externas pelas variáveis obstétricas, informação fornecida pelos médicos e tipo de ajuda; para o fator património interno da puérpera, pelas variáveis sociodemográficas, local de residência, habilitações literárias e pelas variáveis obstétricas, acompanhante no parto, curso de preparação para o parto/parentalidade, esclarecimento de dúvidas sobre o puerpério, informação fornecida pelos enfermeiros e pessoa que ajuda; para o fator global boa saúde mental, pelas variáveis sociodemográficas situação laboral, internet na residência e pelas variáveis obstétricas planeamento da gravidez, acompanhante no parto, curso de preparação para o parto/parentalidade, esclarecimento de dúvidas sobre o puerpério, informação fornecida pelos médico e tipo de ajuda. As variáveis alterações psicoemocionais, nomeadamente, a ansiedade tem significância marginal na literacia em saúde mental da puérpera para o património interno. Conclusões: Obteve-se um nível global de literacia em saúde mental positiva problemático, que se associou a variáveis sociodemográficas, obstétricas e psicológicas. A melhoria deste resultado, no puerpério, é essencial para uma boa transição para a parentalidade, permitindo o desenvolvimento de competências e conhecimentos para que a puérpera tenha poder de decisão e autonomia para tomar decisões livres e esclarecidas. Neste âmbito, o enfermeiro deve promover a literacia em saúde mental durante as consultas pré-concecionais e pré-natais.
- Motivação para amamentação em função da escolaridade maternaPublication . Santos, Carla Isabel Almeida dos; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Atualmente a prevalência da amamentação à saída da maternidade é elevada, no entanto não temos valores semelhantes quanto ao aleitamento materno exclusivo, nem no seu prolongamento até aos dois anos. Objetivos: Verificar as relações entre a motivação das puérperas para a amamentação e variáveis sociodemográficas e obstétricas e analisar a influência das variáveis sociodemográficas e obstétricas na motivação para a amamentação quando mediadas pela escolaridade da puérpera. Material e métodos: Estudo não experimental, quantitativo, descritivo correlacional e analítico. O tipo de amostragem é não probabilístico por conveniência. O instrumento de colheita de dados foi o questionário, aplicado a 479 puérperas (média de idade 30,56 anos) no dia da alta hospitalar. O questionário permitiu fazer a caracterização da amostra em termos sociodemográficos e obstétricos. Foi ainda utilizada a escala de Motivação para Amamentação de Nelas, Ferreira & Duarte (2008). Resultados: Os resultados obtidos revelam que 86,6% são casadas ou vivem em união de fato e pertencem a uma família nuclear (89,1%). Na amostra, 59,5% tem o Ensino Superior e 73.9% encontra-se empregada e 55,3% reside em meio urbano. A maioria (43,0%), esteve grávida só uma vez e 34.4% já tinha tido uma gestação anterior. São mães pela primeira vez 48,0%, 79,3% realizou seis ou mais consultas tal como o preconizado, e 92,4% planeou a gravidez. A maioria dos partos foi de termo (68,4%). A quase totalidade (9 em cada 10) revela elevada motivação para amamentar. A idade, o estado civil, a residência e as habilitações literárias não influenciam a motivação geral para a amamentação As puérperas desempregadas são as mais motivadas. As puérperas mais motivadas tiveram duas ou mais gestações, e são multíparas. Não foi provada a relação entre as outras variáveis obstétricas e a motivação para a amamentação. A variável mediadora apenas teve impacto com o local de residência, onde as participantes residentes em meio urbano e com ensino superior são as mais motivadas na dimensão fisiológica, seguidas das residentes em meio urbano e com habilitações literárias até ao ensino secundário. Conclusões: Sugerimos a criação de um grupo de trabalho com atuação na comunidade escolar para capacitar os jovens sobre a importância do aleitamento materno, recriando uma 8 cultura de amamentação assente nas orientações emanadas na política de aleitamento materno dos Hospitais amigos dos bebés. Palavras-chave: Amamentação, Motivação, Escolaridade.
- O que influencia o desejo de ter um filho nos jovens adultosPublication . Silva, Elsa Isabel Oliveira da; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: O Índice Sintético de Fecundidade (ISF) português é dos mais baixos da Europa. No entanto, o desejo de cada individuo jovem ter um filho, sem qualquer restrição é superior ao valor de referência para a substituição de gerações. Objectivos: Compreender a relação entre as variáveis sociodemográficas, as variáveis de contexto sexual e reprodutivo e as variáveis psicológicas com o desejo de ter um filho. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional. A amostra é não probabilistica por conveniência com uma média de idade de 20,79 anos (dp=2,785). O protocolo de investigação foi um questionário que caracteriza o perfil sociodemográfico, sexual e reprodutivo da amostra. Foi incluído o “QVPM” (Matos& Costa, 2001), “QVA” (Matos& Costa, 2001), “Questionário de desejo de ter um filho” (Leal, 1999) e escala de Auto estima de (Rosenberg, 1965, adaptado 1999). Resultados: É no sexo feminino e no grupo etário ≤ 19 anos que o desejo de ter um filho é maior. O desejo de ter um filho diminui com a idade. Ter namorado(a), pertencer a uma família alargada, não ter irmãos e ser proveniente de uma zona rural estão relacionados com maior desejo de ter um filho, no entanto sem diferenças estatísticas significativas. Os estudantes do primeiro ano apresentam maior desejo de ter um filho no futuro e este diminui conforme a progressão no ensino (ano de curso) e aproximação do mercado de trabalho. Os que apresentam maior desejo de ser pais com base em sentimentos relativos à parentalidade frequentam menos a consulta de planeamento familiar. Observaram-se diferenças estatísticas significativas entre o número de filhos desejado no futuro e o desejo de ter um filho. O nível de conhecimento sobre fertilidade não influencia o desejo de ter um filho. Quanto maior a ansiedade de separação da mãe (vinculação à mãe), a dependência da vinculação amorosa, a ansiedade de separação do pai (vinculação ao pai) e a auto estima, maior é o desejo de ter um filho. Conclusões: O desejo de ter um filho é um construto ao longo da vida, pelo que os enfermeiros acompanhando o ciclo vital do individuo contribuem para a promoção e capacitação da parentalidade nomeadamente através da: avaliação e promoção do vinculo parental e promoção da saúde sexual e reprodutiva. Palavras chave: Jovem adulto, parentalidade, vinculação amorosa, auto estima.
- Relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher submetida a histerectomiaPublication . Terras, Patrícia Andreia Gonçalves Moço; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A investigação do impacto da histerectomia na vida sexual da mulher ainda não é conclusiva, havendo evidências que apontam para o facto da remoção do útero poder ter efeitos adversos no funcionamento sexual feminino, em decorrência das alterações anatómicas pélvicas e a consequentes alterações psicológicas. Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.