Browsing by Author "Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient."
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- Atitude dos profissionais de saúde face ao aleitamento maternoPublication . Queirós, Maria Antónia Pinto Monteiro; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O estudo das atitudes do profissional de saúde face ao aleitamento materno (AM) permite reflectir e fomentar mudanças no comportamento profissional neste âmbito. Objectivos: Avaliar as atitudes dos profissionais de saúde (enfermeiros e médicos) relativamente ao AM e identificar se factores sócio-demográticos, profissionais e contextuais influenciam as atitudes dos profissionais de saúde face ao AM. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal, constituído por uma amostra de 408 profissionais de saúde que exercem funções na região Norte de Portugal. Na colheita de dados foi utilizado um questionário que possibilitou caracterizar sóciodemográfica, profissional e contextualmente o aleitamento dos participantes. Incluímos também a escala de avaliação das atitudes dos profissionais de saúde face ao AM de MARINHO (2003). Resultados: Verificamos que 40,2% apresentam atitude positiva face ao AM 35,6% atitude negativa. As mulheres apresentam melhor atitude em relação às “crenças acerca dos benefícios da amamentação” “importância/interesse em relação à amamentação” e “aconselhamento geral sobre o AM”. Os mais novos (≤35 anos) têm pior atitude na “importância/interesse em relação à amamentação” e melhor atitude “face à decisão de não amamentar”. Os com idade ≥46 anos apresentam menor atitude no “aconselhamento geral sobre o AM”. Os casados e com filhos têm melhor atitude face à “importância/interesse em relação à amamentação”. Já os sem filhos e os que trabalham a nível hospitalar, têm melhor “atitude face à decisão de não amamentar”. Os enfermeiros têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar” e no “aconselhamento geral sobre o AM”. O ser especialista não influencia a atitude, mas a especialidade na área de saúde materno-infantil favorece a atitude face à decisão de não amamentar, crenças sobre o aleitamento, importância/interesse na amamentação e aconselhamento geral sobre o AM. Os profissionais que no exercício profissional contactam com mulheres que amamentam, têm melhor atitude em relação ao interesse/importância na amamentação. Os profissionais que frequentaram cursos sobre o AM no último ano têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar”, à “importância/interesse em relação à amamentação”, e ao “aconselhamento geral sobre o AM”. Os profissionais com menos experiência profissional (≤5 anos) apresentam uma menor atitude na “importância/interesse em relação á amamentação”, enquanto os profissionais com mais tempo de exercício profissional (≥21 anos) mostram uma pior atitude em relação ao “aconselhamento geral sobre o AM” e às “atitudes face à decisão de não amamentar”. Uma experiência prévia agradável com a amamentação relaciona-se com uma atitude mais positiva no aconselhamento geral sobre o AM, nas crenças sobre o aleitamento, sobre os benefícios da amamentação e acerca dos obstáculos à amamentação. Os enfermeiros e médicos que amamentaram os seus filhos durante mais tempo (13-24 meses) apresentam uma atitude mais positiva em relação ao aconselhamento geral sobre o AM, sendo os que amamentaram durante menos tempo (1-3 meses) os que mostram as ordenações médias mais baixas. Conclusão: Identificar determinados factores que influenciam de forma negativa a atitude dos profissionais de saúde face ao AM, permite-nos tentar minimizá-los. Palavras-chave: Atitudes, profissionais de saúde, aleitamento materno.
- Conhecimentos dos enfermeiros sobre aleitamento maternoPublication . Lopes, Ana Elisabete Borges Santos Barbosa; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A prática exclusiva do aleitamento materno até aos seis meses de vida é uma recomendação da OMS e UNICEF. No sucesso da lactação, os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, têm um papel especialmente importante como elementos de incentivo e manutenção desta prática. Contudo, o seu abandono precoce é uma realidade, sendo influenciado por vários factores, nomeadamente a falta de conhecimentos, a falta de apoio na amamentação, os contextos pessoais de amamentação e a formação neste âmbito. Objetivo: Analisar a influência que as variáveis de contexto sociodemográfico, profissional e obstétrico, têm nos conhecimentos dos enfermeiros sobre aleitamento materno. Métodos: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo–correlacional. O protocolo de avaliação é o questionário, autoadministrado, a uma amostra não probabilística de 374 enfermeiros, a exercerem funções em serviços hospitalares e cuidados de saúde primários na área da saúde maternoinfantil. O questionário está dividido em quatro partes e permite fazer a caracterização sociodemográfica, profissional e obstétrica e a escala relativa aos conhecimentos sobre aleitamento materno, construída e validada neste estudo para o efeito. Resultados: O estado civil, a residência, o tempo de exercício profissional na área materno-infantil não influenciam os conhecimentos sobre aleitamento. A idade influencia a globalidade dos conhecimentos e os cuidados e condições maternas. As enfermeiras têm mais conhecimentos relativos aos cuidados e condições maternas. O maior grau académico influencia a globalidade dos conhecimentos, assim como os cuidados e condições maternas. Os enfermeiros especialistas apresentam diferenças significativas em todos os domínios, à exceção dos aspetos das propriedades da amamentação. Os ESMO, os que trabalham em contexto hospitalar, os que realizaram formação e a condição de conselheiro implicam maiores conhecimentos, com diferenças significativas, em todos os domínios. Os enfermeiros com menos tempo de exercício profissional possuem maiores conhecimentos nos cuidados e condições maternas e propriedades da amamentação. A condição de formador revela diferenças estatísticas significativas para os conhecimentos globais, cuidados e condições maternas e procedimentos técnicos. O facto de terem filhos influencia os procedimentos técnicos, a prática pessoal de aleitamento influencia os conhecimentos globais, os cuidados e condições maternas e propriedades da amamentação. Conclusão: Este estudo leva-nos a pensar na obrigatoriedade da formação contínua na área do aleitamento materno, no sentido de uniformizar procedimentos e informações à mulher lactante. Palavras-chave: Aleitamento materno, Conhecimentos, Enfermeiros.
- Contextos sociodemográficos, obstétricos e alimentares : impacto na idade gestacional e peso ao nascer do recém nascidoPublication . Martins, Maria Isabel Almeida; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Na gravidez existem um conjunto de determinantes sociodemográficas, obstétricas e alimentares que podem influenciar o desenvolvimento da gravidez com implicações na idade gestacional e peso ao nascimento. Objetivos: Analisar a influência de variáveis sociodemográficas, obstétricas e hábitos alimentares na idade gestacional e peso ao nascimento. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, analítica, descritiva e correlacional, com uma amostra não probabilística por conveniência constituída por 1424 mulheres de várias zonas de Portugal cujos partos ocorreram entre 2004 e 2006. Resultados: A amostra é constituída por mulheres casadas (75.86%), a viver na zona rural (57.30%), com habilitações literárias equivalentes ao 2º e 3º ciclo ou ensino secundário/tecnológico (33.29%; 33.29%), com emprego (71.45%) e baixos rendimentos (57.89%). A idade média materna foi de 29.74 anos, com um ganho ponderal gestacional médio de 11.81Kg e sem diabetes na gravidez (91.29%). A maioria das grávidas (58.42%) classificou a sua alimentação de “pouco/nada saudável”, 90.81% faz “muitas vezes/sempre” o pequeno-almoço, 56.44% o lanche (manhã), 93.92% o almoço, 71.78%, o lanche (tarde), 95.26% o jantar e 58.27% faz a ceia “nunca/raramente”. A maioria das grávidas referiu ser pouco atenta na escolha dos alimentos em função das suas caraterísticas. Verificamos que o estado civil, a escolaridade e o rendimento familiar influenciaram a idade gestacional, enquanto o peso ao nascer é influenciado pela situação profissional. A idade materna influencia a idade gestacional e nenhuma das variáveis obstétricas influenciam o peso do RN ao nascimento. Verificou-se que o pequeno-almoço, o lanche (manhã), o almoço, o lanche (tarde) e o jantar influenciam a idade gestacional. Já o peso ao nascer do RN é influenciado pela realização do lanche (manhã), do almoço e da ceia. No que concerne à caracterização dos alimentos verificou-se que não exerce influência sobre a idade gestacional, nem sobre o peso do RN ao nascer. Conclusão: As evidências encontradas realçam a necessidade de investir na sensibilização da grávida/casal relativamente a recursos sociais existentes e hábitos alimentares corretos promovendo o envolvimento da comunidade e dos grupos sociais no sentido da adoção de condutas positivas promotoras de uma gravidez saudável e harmoniosa. Assim o enfermeiro de ESMO assume um papel preponderante na promoção da saúde reprodutiva no período pré-concecional e gravidez de forma a reduzir as complicações maternas contribuindo para uma gestação de termo e peso adequado do RN ao nascimento. Palavra-chave: Gravidez, idade gestacional e peso ao nascimento.
- Determinantes do afecto maternoPublication . Gomes, Bruno Sérgio Ezequiel; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O afecto materno é uma relação emocional única, específica e duradoura, que se estabelece de um modo gradual, desde os primeiros contactos entre a mãe e o bebé, traduzindo-se num processo de adaptação mútuo, no qual, mãe e bebé, participam activamente. Objectivos: Determinar se as variáveis sociodemográficas têm impacto no afeto materno; Avaliar a influência das variáveis obstétricas no afecto materno; Verificar o impacto que o aleitamento materno tem no afecto materno; Verificar se o contacto pele a pele na 1ª hora de vida e a alojamento conjunto influenciam o afecto materno. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, transversal, de carácter descritivo-correlacional e explicativo, sendo a amostra não probabilística por conveniência (n=312). A recolha de dados efectuou-se através de um questionário, que se divide em duas partes. A primeira faz a caracterização sociodemográfica, obstétrica, do aleitamento materno e variáveis da díada. A segunda inclui o inventário de afecto materno e a escala de atitudes maternas face à amamentação. Este instrumento de colheita de dados foi aplicado às mães na consulta de saúde infantil dos 2 anos de idade. Resultados: Verificou-se que a escolaridade materna (p=0,010), a escolaridade paterna (p=0,006) a experiência anterior de amamentação (p=0,025) a introdução da chupeta (p=0,035) e o comportamento (componente das atitudes face a amamentação p=0,006) tem poder explicativo sobre o afecto materno sendo que só este último apresentou poder preditivo. Conclusão: Os profissionais de saúde devem potenciar o processo pelo qual as mães se ligam ao bebé, respeitarem os caminhos que conduzem ao envolvimento emocional e aumentam os ganhos em saúde. Palavras-chave: Afecto materno; Relação mãe-filho; determinantes.
- Ganho ponderal gestacional : impacto na saúde da mulherPublication . Silva, Paula Cristina Oliveira da; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O aumento ponderal elevado durante a gravidez pode ocasionar frequentemente aumento de peso no pós-parto e posterior obesidade na mulher, tal como nos revelam os mais diversos estudos científicos nacionais e internacionais. Objetivos: Analisar a relação existente entre o ganho ponderal gestacional e as variáveis sociodemográficas e obstétricas bem como analisar a sua relação com o estado nutricional atual da mulher. Métodos: Trata-se de um estudo retrospetivo, quantitativo, descritivo e correlacional, de uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 1424 mulheres cujos filhos nasceram entre 2004 e 2006. Resultados: A maioria das participantes tinha entre 19 e 35 anos quando engravidou, residem numa zona urbana, são casadas, com o ensino secundário/tecnológico e empregadas. A maioria não teve diabetes gestacional e o ganho ponderal gestacional, foi em média de 11,81 kg. A maioria teve um ganho ponderal abaixo do recomendado. Quanto ao estado nutricional atual, encontramos uma média de peso de 64,71 kg, que representa um IMC = 25.03 com um valor mínimo de 39 kg (IMC=15.90) e um valor máximo de 122 kg (IMC=43.67). A maioria apresenta atualmente um peso eutrófico. A escolaridade, a residência, a idade materna e a diabetes gestacionais são variáveis que influenciam o ganho ponderal gestacional. Apenas as variáveis sociodemográficas (escolaridade, residência e situação laboral) apresentam uma relação estatisticamente significativa com o estado nutricional atual da mulher. Analisando a relação entre o estado nutricional atual da mulher com o ganho ponderal gestacional, verificamos que estas apresentam uma relação de dependência estatisticamente significativa, ou seja, as mulheres que apresentam atualmente peso eutrófico, foram as que tiveram um ganho ponderal gestacional abaixo do recomendado, enquanto as que têm pré-obesidade e obesidade tiveram aumento ponderal gestacional acima do recomendado. Conclusão: Perante uma epidemia mundial de obesidade, bem como um aumento da prevalência da obesidade nas mulheres em idade reprodutiva e um aumento do ganho de peso na gravidez, torna-se imperioso que o enfermeiro de ESMOG estabeleça um plano de intervenções precoces e eficazes antes, durante e após a gravidez, de forma a reduzir os riscos maternos e fetais, presentes e futuros. Os fatores obstétricos, sociodemográficos e comportamentais, são determinantes para o ganho de peso gestacional e consequentes repercussões na saúde da mulher. Palavra-chave: Ganho Ponderal gestacional; Obesidade; gravidez; IMC.
- Motivação para a amamentação, recursos familiares e satisfação com o suporte socialPublication . Ferreira, Margarida Costa Loureiro Dias; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A taxa de prevalência da amamentação à saída da maternidade é elevada, no entanto esta decresce ao longo dos meses de vida das crianças, sendo inúmeros os fatores identificados. O marido, a mãe da lactante e os profissionais de saúde são importantes no processo de aleitamento materno e na motivação para esta prática. Assim, torna-se importante a identificação das causas do desmame precoce. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, correlacional e analítico. O tipo de amostragem é não probabilístico por conveniência. Utilizámos como instrumento de colheita de dados o questionário, aplicado a 271 puérperas, no dia da alta hospitalar. O questionário permite numa primeira parte fazer a caracterização da amostra em termos sociodemográficos, profissionais, obstétricos e de vivências anteriores de amamentação. A segunda parte é constituída por três escalas: a escala de Motivação para Amamentação de Nelas, Ferreira & Duarte (2008), a escala de Recursos Familiares, cuja versão Portuguesa é de Serra, Firmino, Ramalheira & Canavarro (1990), e a escala de Satisfação com o Suporte Social de Pais-Ribeiro (1999). Resultados: Os resultados revelam uma idade média de 31 anos, sendo que 67,9% tem idade ≥ 29 anos. A maioria das puérperas é casada ou vive em união de facto, pertence a uma família nuclear, é de nacionalidade portuguesa, tem uma situação profissional que indica um emprego integral, o ensino superior é encontrado em 33,2% e reside maioritariamente na aldeia. A maior parte das inquiridas é mãe pela primeira vez, planeou a gravidez, desejou e vigiou a gravidez, teve um parto vaginal e de termo. As participantes que tiveram filhos anteriormente referem ter amamentado e por mais de 3 meses, tendo sido esta uma experiência agradável. A maioria das mulheres teve contato pele a pele com o bebé quando este nasceu, iniciou o aleitamento materno nos primeiros 30 minutos, não estipula horários para amamentar, não introduziu chupeta e refere dificuldades na pega. A amostra estudada encontra-se motivada para amamentar na dimensão psicossocial e motivação geral. As puérperas licenciadas têm maior motivação fisiológica. A idade, o estado civil e a zona de residência não influenciam a motivação geral para a amamentação. As participantes que tiveram dois ou mais partos anteriores apresentam maior motivação na dimensão cognitiva, no entanto não foi provada a relação entre as outras variáveis obstétricas e a motivação para a amamentação assim como a sua relação com as variáveis que compõem a história do aleitamento anterior e atual. A satisfação com as atividades sociais é preditora da motivação para a amamentação. Os recursos familiares também são preditores da motivação cognitiva, fisiológica, e nota global. A satisfação com as amizades é preditora da dimensão psicossocial da motivação, verificando-se que a maior satisfação com as amizades corresponde uma menor motivação psicossocial para amamentar. Conclusões: Perante estes resultados, e sabendo da importância que as mulheres estudadas dão às atividades sociais, é de sugerir a criação de um espaço físico na obstetrícia onde as mães que apresentem dificuldades na amamentação possam ter o apoio necessário e durante o tempo necessário. Palavras-chave: Amamentação, Motivação, Recursos familiares, Satisfação com o suporte social.
- Personalidade materna e motivação para o aleitamento maternoPublication . Amaral, Catarina Sofia Paiva Fonseca Gomes de Freitas; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.RESUMO Enquadramento: No percurso entre o desejo de amamentar e a concretização desta prática, a motivação é o que permeia este processo de decisão materna de modo favorável ou contraditório. A motivação é condicionada pelo contexto de aleitamento em que a mulher se desenvolveu. Objetivos: Compreender a motivação das puérperas para a amamentação em função de variáveis sociodemográficas, obstétricas, de contextos de aleitamento e dos sintomas de desajustamento emocional. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal, com uma amostra de 208 mulheres. O protocolo de colheita de dados é um questionário que permite fazer a caracterização sociodemográfica, obstétrica e de aleitamento, da amostra, inclui ainda a Escala SCL-90 (Derogatis, Riickels & Rock, 1976) a Escala de Motivação para a Amamentação (EMA) (Nelas, Ferreira & Duarte, 2008). Resultados: A nível das variáveis sociodemográficas observaram-se diferenças estatisticamente significativas entre o estado civil e a dimensão fisiológica e entre a escolaridade e as dimensões fisiológicas e psicossocial. No que se refere às variáveis de contexto obstétrico, apenas se obtiveram diferenças estatisticamente significativas entre a vigilância na gravidez e as dimensões fisiológicas e a motivação global. Constatou-se, ainda, que existe uma correlação baixa e significativa entre a dimensão fisiológica e o sintoma obsessão-compulsiva. Verificou-se uma associação baixa, mas significativa, entre a dimensão psicossocial e o número de partos. Por último, averiguou-se a existência de uma correlação significativa, mas de associação baixa, entre a dimensão global da motivação para amamentar e o sintoma obsessão-compulsiva. Conclusão: Os resultados obtidos sustentam a necessidade de se rastrearem as puérperas com sintomas de desajustamento emocional, no sentido de reunir estratégias para as motivar para a prática do aleitamento materno, planificando-se ações de motivação e estratégias de motivação (toolbox) junto das mesmas. Palavras-Chave: Sintomas de desajustamento emocional, motivação, aleitamento.
- Qualidade de vida da mulher incontinente urináriaPublication . Dias, Andreia Catarina da Cruz; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A incontinência urinária feminina é uma patologia muito frequente, com interferência significativa na qualidade de vida. O tratamento desta patologia é hoje possível na maior parte das doentes. No entanto, o primeiro passo para o sucesso terapêutico é a correcta caracterização do tipo de incontinência, fundamentalmente através do exame clínico (história e exame físico) da doente. Devem ser identificadas as eventuais causas reversíveis ou agravantes e realizar o seu tratamento específico. Objetivos: Este estudo tem como objetivos determinar a qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária; analisar a influência dos indicadores pessoais obstétricos, ginecológicos, estilo de vida, e impacto da incontinência na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária e determinar a influência da vulnerabilidade ao stresse na qualidade de vida das mulheres com IU. Metodologia: O estudo é exploratório, descritivo e transversal com uma componente correlacional, em 200 mulheres que procuraram o ambulatório de urologia e ginecologia dos hospitais de Viseu, Covilhã e Guarda, no período de março a dezembro de 2012. Como critérios de inclusão temos o facto de as mulheres referirem episódios de perdas urinárias de pelo menos uma vez por semana, nos últimos três meses. Foram excluídas pacientes em período gestacional ou em período de amamentação. Utilizou-se um questionário que permitiu a caracterização socio-demografica, caracterização obstétrica e ginecológica e estilos de vida e as escalas: Impacto da IU (ICIQ-SF), Valorização da IU; Qualidade de Vida em Mulheres com IU (KHQ) e Vulnerabilidade ao Stresse (23 QVS). Resultados: Há uma percentagem significativa de mulheres acima dos 58 anos com IU moderada. As mulheres abaixo dos 57 anos tendem a apresentar valores mais elevados de IU de urgência. As mulheres com profissões intelectuais e técnicas apresentam IU de esforço. As mulheres com IU de urgência tiveram parto normal. As mulheres com IU grave têm IU de esforço e IU de urgência. Não foi encontrada associação entre a IU de esforço e a IU de urgência quanto ao estado civil, área de residência, IMC, nº de gravidezes e nº de filhos. Relativamente à vulnerabilidade ao stresse, as mulheres com IU não são vulneráveis contudo, as entrevistadas referiram a existência de stresse no trabalho e nos afetos. As participantes com menos de 57 anos apresentam maior vulnerabilidade ao stresse face ao perfecionismo, inibição, condição de vida e subjugação. As que residem em zona urbana com profissões intelectuais tendem a ser mais vulneráveis ao stresse. As mulheres com IU acima dos 58 anos têm melhor QDV face à sua limitação física e às suas medidas de gravidade. As mulheres com QDV moderada têm profissões técnicas, têm 1 filho e têm um impacto de IU muito grave. As mulheres com QDV fraca fizeram cesariana. As mulheres com QDV elevada têm um impacto da IU moderada. São fatores preditores das dimensões da QDV: (1) perceção da saúde - nível do IMC, perfecionismo e impacto da IU de esforço; (2) impacto da IU - vulnerabilidade ao stresse, IU de urgência e dramatização; (3) limitação no desempenho das tarefas - IU de urgência, vulnerabilidade ao stresse, dramatização e perfecionismo; (4) limitação física - vulnerabilidade ao stresse e IU de urgência; (5) limitação social - impacto da IU de urgência, à deprivação, à dramatização e ao perfecionismo; (6) relações pessoais - inibição, idade e IU de urgência; (7) emoções - inibição, IU de urgência, deprivação, dramatização e carência; (8) sono e energia - idade, carência e deprivação; (9) medidas de gravidade - dramatização, carência, perfecionismo e vulnerabilidade ao stresse. Conclusão: A qualidade de vida das mulheres com IU é influenciada pela idade, profissão, nº de filhos, tipo de parto, impacto da IU, pela deprivação e dramatização associada ao stresse e, ainda, pelo impacto da IU de urgência. Palavra-Chave: Incontinência urinária; Fatores de risco; Qualidade de vida; Saúde da mulher; Enfermagem.
- Visita domiciliária no pós partoPublication . Almeida, Estela Alves Gonçalinho; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.pertinência desta temática é justificada pela importância da saúde da família e do apoio à maternidade, pois “os objetivos dos cuidados de saúde para famílias em gestação são uma gravidez saudável, um recém-nascido saudável e pais preparados e confiantes nos seus novos papéis” (RICE, 2004 p.412). Este estudo tem como objetivos avaliar a visita domiciliária efetuada às puérperas e determinar a existência de relação entre a avaliação da visita domiciliária e algumas variáveis. Participaram no estudo 175 puérperas, inscritas na UCSP de Resende, de Lamego e de Santa Marinha do Zêzere e na USF Douro Vita. O estudo realizado é quantitativo, descritivo, correlacional e transversal. O instrumento de colheita de dados inclui a escala de avaliação da visita domiciliária no pós-parto (Almeida, Duarte e Nelas, 2011) que foi construída e validada neste estudo. Os resultados obtidos da validação da escala revelam-nos 4 fatores que foram denominados: 1- Ensino; 2 – Importância; 3 – Empatia e relação; 4 – Informação. Relativamente à avaliação da visita domiciliária no pós-parto, 45,70% das puérperas considera-a insuficiente. Verificou-se ainda que as variáveis idade, escolaridade, número de gestações anteriores, funcionalidade familiar, suporte social, ansiedade e a depressão pósparto, influenciam a avaliação da visita domiciliária no pós-parto. Assim, as puérperas mais velhas, que possuem o ensino secundário, que tiveram três gestações anteriores, com famílias altamente funcionais, com suporte social alto, mais ansiosas e com suspeita de depressão são as que atribuem melhor avaliação à visita domiciliária no pós-parto. Palavras-chave: Puerpério, Visita Domiciliária, Avaliação.