ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
Permanent URI for this community
Browse
Browsing ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 1113
Results Per Page
Sort Options
- Eating habits and food knowledge in a sample of portuguese university studentsPublication . Guiné, Raquel; Ferreira, Manuela; Duarte, João; Nunes, Bruno; Morais, Patrícia; Sanches, Rafaela; Abrantes, RomanaThe choice to adopt a healthy diet is complex, since food choices and eating behaviours are influenced by various factors, such as biological, social, environmental, demographic and psychological aspects. The transition from secondary school to university is a critical period that involves many social and physical environmental changes, which may lead to an unhealthy lifestyle. This study investigated the eating habits, food knowledge and the level of information about a healthy diet in a sample of 670 university students in Portugal. In general, the participants had a good food knowledge and satisfactory eating habits, as well as a satisfactory level of information about a healthy diet. There were found significant differences in the participants’ food knowledge among age groups and according to the area of studies. Most of the students revealed satisfactory eating habits, with significant differences between age groups, the area of studies and the practice of high competition sport. The results pointed to the necessity of improving educational programs which can contribute to increase university students’ food knowledge and consequently improve their eating habits.
- Saúde e doença: significações e perspectivas em mudançaPublication . Albuquerque, Carlos; Oliveira, Cristina Paula Ferreira deSaúde e doença não são estados ou condições estáveis, mas sim conceitos vitais, sujeitos a constante avaliação e mudança. Num passado ainda recente a doença era frequentemente definida como "ausência de saúde", sendo a saúde definida como "ausência de doença" - definições que não eram esclarecedoras. Algumas autoridades encararam a doença e a saúde como estados de desconforto físico ou de bem-estar. Infelizmente, perspectivas redutoras como estas levaram os investigadores e os profissionais de saúde a descurar os componentes emocionais e sociais da saúde e da doença (Bolander,1998). Definições mais flexíveis quer de saúde quer de doença consideram múltiplos aspectos causais da doença e da manutenção da saúde, tais como factores psicológicos, sociais e biológicos (ibidem). Contudo, apesar dos esforços para caracterizar estes conceitos, não existem definições universais. Por outro lado, e apesar de todos os avanços na pesquisa biomédica, o nosso sonho de atingirmos ou mantermos uma saúde física e mental permanece exactamente isso - um sonho que, além de tudo, vale a pena prosseguir face aos efeitos da doença nos indivíduos e na sociedade (Diener,1984). Isto é, a presença ou ausência de doença é um problema pessoal e social. É pessoal, porque a capacidade individual para trabalhar, ser produtivo, amar e divertir-se está relacionado com a saúde física e mental da pessoa. É social, pois a doença de uma pessoa pode afectar outras pessoas significativas (p.ex.: família, amigos e colegas). Face a toda esta contextualização, será propósito deste artigo permitir que ao longo da sua redacção se possa definir e discutir o conceito de saúde e doença desde os tempos mais longínquos da nossa história. Saliente-se que os períodos históricos descritos qualificam a emergência e o desenvolvimento de cada um dos modelos de intervenção e conceptualização da saúde e das doenças, aceitando que eles coexistem e mesmo se interligam. Contudo, não será objectivo nosso descrever, por agora, estes modelos de intervenção, já que os mesmos nos merecerão, a posteriori, uma abordagem detalhada num futuro artigo científico a editar nesta mesma revista.
- Envelhecimento demográficoPublication . Martins, Rosa Maria LopesDesde tempos perdidos no passado, que a problemática do envelhecimento tem sido assunto do âmbito filosófico. Disse Platão que toda a "filosofia é uma meditação relacionada com a morte". As terapias propostas eram, e foram através dos tempos, alicerçadas em crenças mágicas e obscuras e reduzidas a elixires de juventude que visavam suprimir os efeitos do curso da idade (Gyll, 1998). É nos pós-guerra Mundial (segunda) e guerra civil de Espanha que o envelhecimento da população começa a sobressair e a chamar a atenção dos responsáveis pela saúde. Em Portugal, é na década de 50, com o pioneiro José Reis, que começam a surgir as primeiras preocupações geriátricas. Apesar do esforço e da sua persistência para impulsionar o interesse por uma nova doutrina médica - a Geriatria - a favor dos seres humanos até então singularmente negligenciados continuou a pensar-se e a agir-se segundo modelos tradicionais de prevenção, de diagnóstico, de tratamento e de prognóstico, e muito poucas vezes de reabilitação. O aumento da longevidade e dos aspectos a ela inerentes fazem do fenómeno envelhecimento uma questão de estudo actual, que merece uma reflexão mais aprofundada do ponto de vista da saúde. Pensou-se durante muito tempo que a "explosão demográfica da terceira idade" era uma consequência directa do aumento da esperança de vida, no entanto esta hipótese não foi confirmada porque sabe-se hoje que o principal factor responsável por este fenómeno é o declínio da natalidade (Nazareth, 1994). As alterações na estrutura etária da população portuguesa, diz-nos Dinis (1997), traduzem-se fundamentalmente pelo aumento da população, que resulta: Da diminuição constante da taxa de natalidade: em que as gerações deixam de ser substituídas numericamente e o lugar dos adultos e dos "velhos" aumenta no total. O declínio da taxa de natalidade está associado a diversos fenómenos, como a redução da nupcialidade, o casamento tardio, a emancipação da mulher e a sua maior participação no mercado de trabalho. Também a generalização dos métodos contraceptivos e os encargos sociais acrescidos decorrentes de uma família numerosa são factores que condicionam uma baixa de nascimentos; Do aumento "significativo" da esperança de vida, resultante das melhores condições sociais e tecnológicas, dos progressos da medicina preventiva, curativa e reabilitadora. Nazareth (1998) acrescenta que: "para além da dinâmica das inter-relações entre mortalidade e natalidade não podemos ignorar o conceito de "nicho ecológico humano". O homem é um ser dotado de uma grande mobilidade e as migrações, ao serem selectivas, produzem necessariamente impactos estruturais importantes. A conjugação de todos estes factores convergem para mudanças significativas no contexto demográfico e começam a acarretar uma série de previsíveis consequências sociais, culturais e epidemiológicas que merecem, de facto, uma reflexão aprofundada.
- Características psicológicas associadas à saúde: a importância do auto-conceitoPublication . Albuquerque, Carlos; Oliveira, Cristina Paula Ferreira dePara compreensão do processo do desenvolvimento humano, torna-se imprescindível o recurso ao auto-conceito (Gecas,1982). Devido à sua importância, tal constructo tem sido estudado nas diversas áreas da Psicologia, das quais salientamos a Psicologia da Educação (Burns,1979; Crook,1984, Veiga, 1988, 1989), Psicologia Clínica (Vaz Serra,1986; Vaz Serra e Firmino,1986; Vaz Serra et al.,1986) e Psicologia Social (Gecas,1982; Neto,1986). Segundo Burns (1986), o auto-conceito é composto por imagens acerca do que nós próprios pensamos que somos, o que pensamos que conseguimos realizar e o que pensamos que os outros pensam de nós e também de como gostaríamos de ser. Para este autor, o auto-conceito consiste em todas as maneiras de como uma pessoa pensa que é nos seus julgamentos, nas avaliações e tendências de comportamento. Isto leva a que o auto-conceito seja analisado como um conjunto de várias atitudes do eu e únicas de cada pessoa. O auto-conceito tem um papel extremamente importante na medida em que tenta explicar o comportamento, ou seja, porque consegue manter uma certa consistência nesse mesmo comportamento, explicita a interpretação da experiência e fornece um certo grau de previsão (Burns,1986). Epstein (1973) afirma mesmo que "para os fenomenologistas, o auto-conceito é o constructo central da Psicologia, proporcionando a única perspectiva através da qual o comportamento humano pode ser compreendido" (p.404). Assim, é nosso propósito abordar, neste artigo, o papel que o auto-conceito desempenha no comportamento do indivíduo, tendo em conta que a interacção dos diferentes factores contribui, de forma salutar, para a sua formação e desenvolvimento e, consequentemente, para todo o desenvolvimento e comportamento pessoal e social. Começaremos por traçar uma pequena resenha histórica sobre as origens do interesse pelo auto-conceito e tentaremos clarificar alguns aspectos relevantes para a sua definição, para a sua estrutura e para o seu conteúdo. Finalmente, concluiremos esta análise destacando alguns resultados de investigações que se têm efectuado no âmbito do estudo do auto-conceito.
- Estilo de vida, percepção e estado de saúde em estudantes do instituto politécnico de Viseu: influência da área de formaçãoPublication . Albuquerque, Carlos; Matos, Ana Paula SoaresRecentemente, as ciências sociais e humanas têm dado um contributo importante para o estudo da saúde e do bem estar das populações. Neste contexto pensa-se que uma das principais funções dos profissionais de saúde é ajudar a promover nas pessoas comportamentos saudáveis. Porém, muitos destes profissionais, quando sugerem que, por exemplo, não se beba em excesso, que se faça exercício físico ou que não se fume, etc., em pouco tempo se apercebem e interiorizam que os seus bem intencionados programas de intervenção não têm um resultado satisfatório, não se verificando, muitas vezes, mudanças significativas nos comportamentos dos indivíduos. Assim, para que seja viável promover a aprendizagem de estilos de vida saudáveis não basta a boa vontade e o bom senso. É preciso muito mais. Há que compreender a dinâmica da saúde-doença nas pessoas. Há que conhecer quais os factores – biológicos, sociais e psicológicos – que acentuam a vulnerabilidade e como agir para reforçar a resilience individual.
- Situações indutoras de stress no trabalho dos enfermeiros em ambiente hospitalarPublication . Martins, Maria da Conceição de AlmeidaAs situações indutoras de stress no trabalho dos profissionais de saúde, embora sejam, por muitos, reconhecidas, têm sido um pouco descuradas nos estudos de investigação realizados. Sabe-se, porém, que os serviços de saúde, os hospitais em particular, constituem organizações bastante peculiares, concebidas quase exclusivamente em função das necessidades dos utentes. Dotados de sistemas técnicos organizacionais muito próprios , proporcionam aos seus trabalhadores, sejam eles técnicos de saúde ou não, condições de trabalho precárias, sendo, na maior parte das vezes, piores do que as verificadas na grande maioria dos restantes sectores de actividade. Assim sendo, o trabalho em ambiente hospitalar contribui não só para a ocorrência de acidentes de trabalho, como também para desencadear frequentes situações de stress e de fadiga física e mental. Por estas e outras razões, consideramos de grande interesse proceder a uma abordagem dos factores de stress do ambiente de trabalho, particularmente a nível da Organização Hospitalar, e da sua relação com a saúde mental dos indivíduos. Isto, porque as circunstâncias indutoras de stress devem ser identificadas e analisadas adequadamente, para que seja possível uma intervenção eficaz, no sentido de as modificar ou de minimizar os seus efeitos negativos. Antes, porém, de abordarmos algumas das situações de stress, mais comuns na profissão de enfermagem, consideramos de interesse referir algumas características e funções da Organização Hospitalar, bem como os aspectos técnicos e relacionais do trabalho dos profissionais de saúde, preconizada pela OMS no seu "Programa Saúde Para Todos No Ano 2000".
- Estereótipos sobre idosos: uma representação social gerontofóbicaPublication . Martins, Rosa Maria Lopes; Rodrigues, Maria de Lurdes MartinsTópicos, ditos, refrões, frases feitas, etiquetas verbais ou adjectivações a respeito de pessoas e grupos, são alusões que frequentemente encontramos, quer nas conversas diárias da rua, quer nos meios de comunicação social. O mundo social e humano, dificilmente se nos apresenta, em sua crua realidade objectiva e objectual, sem possuir adjectivações (frequentemente estereotipadas), porque o estereótipo é precisamente uma percepção extremamente simplificada e geralmente com ausência de matrizes. Na medida em que o conhecimento humano não é capaz de ser sempre complexo, flexível e crítico podemos dizer que tendemos a cair no estereótipo (Castro, et al, 1999). Os estereótipos mais estudados actualmente são os que se referem a grupos étnicos, no entanto existem estereótipos em todos os domínios da vida social: relativos a ambos os sexos, às ocupações, ao ciclo vital, à família, à classe social, ao estado civil, aos desvios sociais e a qualquer campo da vida que desejamos diferenciar.
- Factores de risco psicossociais para a saúde mentalPublication . Martins, Maria da Conceição de AlmeidaO conceito de saúde mental deve envolver o homem no seu todo biopsicossocial, o contexto social em que está inserido assim como a fase de desenvolvimento em que se encontra. Neste sentido, podemos considerar a saúde mental como um equilíbrio dinâmico que resulta da interacção do indivíduo com os seus vários ecossistemas: O seu meio interno e externo; as suas características orgânicas e os seus antecedentes pessoais e familiares (Fonseca, 1985). Numa abordagem à influência de factores sociais na saúde mental, foi referido que a saúde mental deixou de ser a ausência de doença, problemas mentais e psíquicos, mas sim a percepção e consciência dos mesmos, e a possibilidade pessoal e/ou colectiva de os solucionar, de os modificar, de intervir sobre eles (Uribe Vasco et al., 1994). A nível laboral, vários estudos têm demonstrado que as condições em que se desempenha um posto de trabalho, a oportunidade de controlo, a adequação entre as exigências do cargo e as capacidades da pessoa que o desempenha, as relações interpessoais, a remuneração e a segurança física, entre outros, são factores de relevo para o bem estar psicológico dos trabalhadores e para a sua saúde mental.
- Direitos e valores fundamentais no início da vida humanaPublication . Silva, Ernestina Maria; Silva, Daniel Marques daCom o aumento dos conhecimentos sobre a vida intra-uterina, ao permitir visualizar, avaliar e intervir durante esse tempo da vida humana, hoje é possível uma melhor protecção dos direitos humanos desde o seu início. Reconhecem-se hoje os direitos da criança desde o período germinal, período embrionário e fetal. Vivemos também um período de crescimento de toda uma cultura que valoriza a relação mãe/filho desde o início da gestação. Aparentemente, os resultados do progresso dos conhecimentos e da tecnologia seriam para defender a vida humana de agressões lesivas da sua própria humanidade. Porém, na realidade, o conhecimento antecipado de que ele sofre de doenças graves ou que corre riscos de nascer prematuro permitirá algumas vezes a sua cura ou encaminhamento da mãe para centros diferenciados, mas noutros casos permitirá reconhecer a sua inviabilidade ou que possui uma deficiência definitiva e irremediável que poderá provocar sentimentos de ambivalência nos pais sendo angustiante a decisão de abortar ou não. Entendemos que os pais, por vezes, enfrentam dilemas éticos de difícil resolução e que no uso da sua autonomia e após ter sido fornecido o consentimento informado, é a eles que cabe a decisão dos caminhos a traçar. Neste sentido, pretendemos sensibilizar os profissionais de saúde para o respeito da autonomia e dignidade dos pais, mas ao mesmo tempo motivar para a defesa e salvaguarda dos Direitos e valores subjacentes à vida humana seja do embrião, feto, recém-nascido – CRIANÇA
- Homem, a ciência e a bioéticaPublication . Nogueira, João Rui; Loureiro, Rui Pedro; Silva, Ernestina MariaO Homem actual continua com a (e pela) ciência, a gozar das inovações que quase diariamente ela lhe proporciona, a acreditar no seu potencial benéfico, a investir no seu fomento, a aceitá-la como indiscutível e dogmático factor do seu próprio desenvolvimento. Mas o uso de algumas descobertas científicas, vieram demonstrar que a ciência nem sempre se faz a favor, mas algumas vezes contra o Homem. A ficção tornou-se realidade e ao Homem parece nada ser impossível. Os únicos limites apontados à ciência são os que ela própria encerra, decorrentes de conhecimentos ainda não plenamente desenvolvidos e capacidades ainda não totalmente dominadas. Mas estes limites intrínsecos à ciência afinal são sempre provisórios e ultrapassáveis. É neste progresso desenfreado que urge dominar, orientar o seu desenvolvimento, o que exige o estabelecimento prioritário de limites nas área de investigação a empreender. O problema do aparente irreprimível progresso científicotecnológico vem a ser travado pela bioética, entendida então primariamente como um meio de imposição de limites à ciência, através da criação de orientações diversas de pensamento e de acção que determinam modos de pensar e agir, de interpretar e de intervir, às vezes bem distintos entre si, e de normas que regulamentam algumas intervenções. O problema que se evidencia então como prioritário é o de defender a dignidade do Homem, de preservar a sua identidade face ao perigo eminente da sua artificialização. Exige-se assim uma reflexão sobre a especificidade do ser Homem que venha a possibilitar, com uma legitimidade acrescida fundada na identidade do Homem, o estabelecimento de parâmetros para a intervenção científico-tecnológica. Esta só se justificará na medida em que promova as condições de realização do Homem, que contribua para a perfectibilidade do seu modo de ser e de existir.