ESSV - UEMOG - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESSV - UEMOG - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri) by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 68
Results Per Page
Sort Options
- Comportamentos de adesão ao rastreio do cancro do colo do úteroPublication . Areias, Paula Alexandra Pombo PereiraEnquadramento: O cancro do colo do útero é o segundo tipo de cancro mais frequente na mulher, a adesão ao rastreio possibilita a identificação do problema numa fase precoce. Objectivos: O nosso estudo tem como objectivo analisar em que medida as características sóciodemográficas e profissionais, os conhecimentos em relação ao cancro do colo do útero e rastreio, as crenças de saúde afectam a adesão ao rastreio. Métodos: Realizamos um estudo de natureza quantitativa, não experimental, explicativo, descritivo, correlacional, transversal, retrospectivo. O estudo foi realizado através da aplicação de um questionário, onde exploramos os dados sóciodemográficos, os conhecimentos acerca do cancro do colo do útero e do rastreio e as crenças de saúde. O questionário foi aplicado a 306 mulheres inscritas no ACES Dão Lafões I, com idades compreendidas entre os 24 e os 64 anos, que se encontravam nas salas de espera dos vários serviços. Resultados: Quando analisada a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero, verificou-se que a maioria das mulheres faz o rastreio. As mulheres que apresentam maior adesão ao rastreio do cancro do colo do útero, são as que se encontram casadas ou a viver em união de facto, o estado civil influencia a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero. O tipo de conhecimentos face ao cancro do colo do útero do colo do útero não afecta a adesão ao rastreio. Relativamente ás Crenças de Saúde (nota Global), apuramos que estas influenciam a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero. Conclusão: A atitude da mulher face á realização do rastreio do cancro do colo do útero é determinante para a redução deste cancro, visto que, o padrão epidemiológico da doença, se caracteriza por um período longo entre a detecção das primeiras lesões e a instalação da doença. Palavras-chave: Adesão, , rastreio, cancro do colo do útero.
- O ganho ponderal gestacionalPublication . Ferreira, Lígia Sofia Cavaleiro LoboEnquadramento: A gravidez é um período de mudança para a mulher que envolve muitas alterações, quer a nível físico, quer a nível psico-afectivo. O ganho ponderal na gravidez, excessivo ou insuficiente é um problema de saúde pública. A sua esfera de repercussões ultrapassa o processo de gravidez, o intra-parto, o pós-parto e estendem-se ao RN na sua idade adulta. Objectivo: Pretende-se analisar a relação existente entre ganho ponderal gestacional e as variáveis demográficas, as variáveis obstétricas intra-parto e pós-parto e também analisar a sua relação com as variáveis neonatais. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, analítica, descritiva do tipo retrospectivo. Foi utilizada uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 382 processos clínicos de mulheres que pariram numa maternidade central considerada hospital de apoio perinatal diferenciado. A recolha de dados decorreu de 1 de Julho e 31 de Dezembro de 2009. Resultados: O ganho ponderal real não é influenciado pela idade nas mulheres iguais ou inferiores a 34 anos e com 35 ou mais anos, e não existe associação entre ganho ponderal e idade. Concluímos que o ganho ponderal está altamente associado com o IMC inicial e que as grávidas com IMC mais elevado têm um menor ganho real mas, em relação ao seu IMC, é um ganho que se situa acima do ideal. Os resultados revelam que a idade gestacional não influencia significativamente o ganho ponderal real da grávida. As grávidas com peso final mais elevado tendem a apresentar maior ganho ponderal real (p < 0.001). Há associação altamente significativa entre os intervalos de ganho ponderal e os grupos de peso final e a proporção de casos em que o ganho ponderal foi acima do ideal tende a aumentar do grupo de peso final mais baixo (2.1%) até ao peso final mais elevado (88.5%). Existe maior probabilidade das grávidas que fizeram vigilância da gravidez no público terem um ganho ponderal real superior e uma proporção acima do ganho ponderal ideal mais elevada em relação às grávidas que fizeram a vigilância no sector privado. A associação do ganho ponderal com as variáveis intra-parto e pós parto não evidenciou estatística significativa. Não há associações entre as variáveis neo-natais e o ganho ponderal gestacional. A influência do ganho ponderal na grávida, evidenciou-se principalmente ao nível do IMC inicial, peso final e local de vigilância pré-natal público. Palavras-chave: Ganho ponderal gestacional
- Práticas obstétricas segundo a OMS: expectativas, percepção e satisfação da mulherPublication . Fernández Arias, BettyEnquadramento: A forma como a mulher percepciona as práticas obstétricas varia em função de um amplo e diverso conjunto de factores individuais, socioculturais e situacionais. Conhecer o que a mulher considera importante dos cuidados de saúde, o que espera, o que encontra e o que sente, permite-nos adequar a assistência proporcionada às necessidades da mulher, melhorando o nível de satisfação e a qualidade dos cuidados prestados. Objectivos: Avaliar a percepção, as expectativas e satisfação da mulher relativamente às práticas obstétricas durante o Trabalho de parto (TP), parto e pós-parto (PP). Determinar a influência de factores sócio-demográficos e obstétricos nessa percepção. Analisar a relação entre a percepção e a importância dos cuidados recebidos, a nível de “cuidados prestados”, “actuação perante a dor”, “apoio sócio-familiar”, “atenção ao bem-estar” e “atenção ao PP/alta”. Determinar se as expectativas e satisfação da mulher relativamente às práticas obstétricas durante o TP, parto e PP influenciam a sua percepção. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal. A amostra é constituída por 405 mulheres internadas nos serviços de Obstetrícia / Puerpério de hospitais da região Centro. A colheita de dados foi realizada através de um questionário que numa primeira parte possibilitou fazer caracterização sócio-demográfica e obstétrica e incluímos a escala de Importância e Percepção das Práticas Obstétricas e o Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto. Resultados: A importância manifestada pela mulher perante as práticas obstétricas influencia altamente o modo esta as percepciona, sendo que a importância manifestada é maior que a sua percepção. A satisfação que as mulheres apresentam durante o TP e parto é superior às suas expectativas e à medida que o internamento decorre, as expectativas e a satisfação da mulher vão melhorando. Contudo, a expectativa da mulher durante o TP, parto e PP não se mostrou preditora da percepção, ao contrário da satisfação que se revelou preditora. Também, um elevado número (58,40%) de intervenções de rotina são realizadas e apenas 66,39% das mulheres são esclarecidas sobre estas intervenções. O estado civil, a gravidez desejada, a preparação para o parto e a paridade são factores que não influenciam a percepção da mulher. Pelo contrário, a idade é preditora da percepção, sendo as mulheres mais velhas as que apresentam uma maior percepção relativamente aos cuidados prestados. Também, as mulheres com actividade laboral, com menos habilitações literárias (1º ciclo) e que vivem só com o companheiro mostram uma melhor percepção na actuação perante a dor, na atenção ao PP/alta e na atenção ao bem-estar, respectivamente. Uma vigilância adequada da gravidez (≥6 consultas) relaciona-se com uma maior percepção no apoio sócio-familiar. As mulheres com parto eutócico, as que estiveram menos de seis horas em TP e as que não induziram o parto apresentam uma melhor percepção na atenção ao bem-estar. De igual forma, as mulheres que entraram em TP espontâneo e com parto eutócico apresentam uma maior percepção no apoio sócio-familiar, sendo que o parto normal também se relacionou com uma melhor percepção na atenção ao PP/alta. No entanto, são as mulheres com parto distócico as que manifestam uma melhor percepção na actuação perante a dor. As mulheres que tiveram oportunidade de caminhar referem uma melhor percepção nos “cuidados prestados”, na “actuação perante a dor” e no “apoio sócio-familiar”. Conclusão: Conhecer as expectativas, a satisfação e a percepção da mulher perante as práticas obstétricas, entendendo os factores que se associam a esta percepção, permite aos profissionais introduzir mudanças e desenvolver estratégias em procura da excelência no cuidar. Palavras-chave: Percepção, expectativas, satisfação, práticas obstétricas.
- Dor perineal no pós parto: estudo de alguns factores associadosPublication . Ferreira, Carlos Manuel Mascarenhas; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.Enquadramento: A dor perineal como consequência do parto vaginal é um dos problemas mais frequentes no puerpério e pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres, interferindo na realização das suas actividades diárias. Objectivos: Pretendeu-se analisar a influência de variáveis sócio-demográficas (idade, habilitações literárias) e obstétricas (paridade, IMC, peso do recém-nascido) e ainda dos factores traumatismo perineal e técnicas de sutura no nível de dor perineal no pós-parto, bem como a relação existente entre os respectivos momentos de avaliação (2º, 10º e 45º dia) em quatro situações distintas: repouso, movimento, sentadas e a urinar. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 281 puérperas com partos eutócicos realizados num hospital do centro do país. O instrumento de recolha de dados incluiu dois questionários: um dirigido às puérperas, destinado a obter dados sócio-demográficos, obstétricos e de avaliação da dor perineal e outro dirigido aos profissionais, para obtenção de dados sobre o parto actual. Resultados: As variáveis habilitações literárias, paridade e peso do recém-nascido tiveram uma influência significativa no nível de dor perineal no pós-parto, respectivamente no décimo dia quando as puérperas estavam sentadas (p=0,041), no segundo dia quando sentadas (p=0,001) e no 45º dia a urinar (p=0,000). A variável traumatismo perineal evidenciou um efeito significativo no nível de dor perineal no segundo dia após o parto quando as puérperas se encontravam em movimento e sentadas (p=0,007 e p=0,002, respectivamente) e também no 45º dia quando estavam a urinar (p=0,039), sendo as mulheres com o traumatismo perineal mais grave (episiotomia e laceração do 1º ou 2º grau) as que referiram mais dor nestas três avaliações. A relação entre os momentos de avaliação (2º, 10º e 45º dia) no nível de dor perineal mostrou-se significativa em todas as situações consideradas (p=0,000). Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo convidam-nos à reflexão sobre estratégias a desenvolver no futuro, de modo a serem implementados programas de intervenção adequados tendo em vista a redução da dor perineal no pós-parto e, consequentemente, a promoção da saúde e do bem-estar das puérperas. Palavras-chave: parto eutócico; puerpério; dor perineal; traumatismo perineal; técnicas de sutura.
- Intenção da grávida para amamentarPublication . Brás, Cláudia Patrícia Costa; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.A Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de idade. No entanto, um grande número de mães desiste precocemente de amamentar durante o primeiro mês de vida do bebé. A disposição para realizar este comportamento encontra-se impregnada de hábitos sociais, culturais, económicos, mas depende sobretudo da intenção da grávida e de várias condições que interferem na mesma. Com esta investigação pretende-se identificar os factores preditores da intenção da grávida para amamentar. O estudo realizado é de natureza quantitativa, não experimental, transversal, descritivocorrelacional e explicativo. Foi aplicado um questionário a 216 grávidas que fizeram a vigilância pré-natal e cursos de preparação para o parto/parentalidade, constituído pela caracterização sociodemográfica, obstétrica, contextual, caracterização relacionada com a experiência em amamentação e a decisão em amamentar e por uma escala, a Escala de Motivação e Intenção da Grávida para Amamentar. Os resultados sugerem que são as mulheres multíparas (24,5%), com experiência anterior em amamentação (22,2%), e que decidiram amamentar antes da gravidez (74,3%), que revelam níveis superiores de intenção para o comportamento amamentar. As grávidas mais novas (24,1%), com baixo nível de escolaridade (13,9%) e as grávidas que decidiram amamentar até à idade preconizada pela Organização Mundial de Saúde (18,3%), encontram-se mais motivadas para o aleitamento materno, evidenciando motivação extrínseca e intrínseca, respectivamente. Este estudo sugere-nos que a atitude e o controlo comportamental percebido foram os constructos que se destacaram como factores preditores da intenção para amamentar, em detrimento da norma subjectiva. Palavras-chave: Amamentação; Intenção; Teoria do Comportamento Planeado.
- As implicações do envolvimento do pai na gravidez parto na ligação emocional com o bebéPublication . Nogueira, João Rui Duarte Farias; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.Palavras-chave: ligação emocional, pai, bebé, envolvimento, gravidez, parto O estudo tem como objectivo conhecer as implicações do envolvimento do pai na gravidez/parto na ligação emocional com o bebé. A ligação emocional entre pai e filho é determinante para a transição deste para a paternidade e para o desenvolvimento do bebé. Quando o pai está fortemente ligado ao seu filho sente-se mais responsável pela sua família, por lhe providenciar apoio emocional, físico e financeiro. A literatura recente indica que a idade (não muito elevada), um bom nível de escolaridade, o planeamento da gravidez e aguardar o nascimento do 1º filho promovem o envolvimento do pai na gravidez, o que aumenta a vinculação pré-natal. É um estudo transversal, quantitativo de carácter descritivo-analítico. Pretendemos verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, o envolvimento na gravidez ou o corte do cordão umbilical com a ligação emocional do pai com o bebé. O estudo foi realizado através da aplicação de um questionário em três momentos diferentes (durante o trabalho de parto, no 1º e no 3º dia após o parto) a 222 pais, no Hospital de São Teotónio EPE - Viseu entre Novembro de 2010 e Janeiro de 2011. A ligação emocional do pai com o bebé foi medida utilizando a escala Bonding, validada para a população Portuguesa (FIGUEIREDO [et al.] 2005 a). Pela análise dos dados com um intervalo de confiança de 95%, verificámos que a idade (entre 25 e 40 anos) (p=0,024), o acompanhamento da grávida às consultas de vigilância da gravidez (p=0,011), o acompanhamento da grávida nos preparativos para o nascimento do bebé (p= 0,002), a leitura de informação sobre o bebé em desenvolvimento (p=0,006), o envolvimento na gravidez (p=0,000) e o corte do cordão umbilical (p=0,001) influenciam positivamente a ligação emocional do pai com o bebé. Os resultados apontam para uma melhoria na ligação afectiva entre o pai e o bebé se os profissionais de saúde promoverem o envolvimento do pai na gravidez, nomeadamente através do acompanhamento da grávida às consultas de vigilância da gravidez, nos preparativos para o nascimento do bebé e na leitura de informação sobre o bebé em desenvolvimento. O envolvimento do pai no parto, estando atento às suas expectativas e proporcionando o corte do cordão umbilical, também parece influenciar positivamente a sua ligação emocional com o bebé.
- Visita domiciliária no pós partoPublication . Almeida, Estela Alves Gonçalinho; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.pertinência desta temática é justificada pela importância da saúde da família e do apoio à maternidade, pois “os objetivos dos cuidados de saúde para famílias em gestação são uma gravidez saudável, um recém-nascido saudável e pais preparados e confiantes nos seus novos papéis” (RICE, 2004 p.412). Este estudo tem como objetivos avaliar a visita domiciliária efetuada às puérperas e determinar a existência de relação entre a avaliação da visita domiciliária e algumas variáveis. Participaram no estudo 175 puérperas, inscritas na UCSP de Resende, de Lamego e de Santa Marinha do Zêzere e na USF Douro Vita. O estudo realizado é quantitativo, descritivo, correlacional e transversal. O instrumento de colheita de dados inclui a escala de avaliação da visita domiciliária no pós-parto (Almeida, Duarte e Nelas, 2011) que foi construída e validada neste estudo. Os resultados obtidos da validação da escala revelam-nos 4 fatores que foram denominados: 1- Ensino; 2 – Importância; 3 – Empatia e relação; 4 – Informação. Relativamente à avaliação da visita domiciliária no pós-parto, 45,70% das puérperas considera-a insuficiente. Verificou-se ainda que as variáveis idade, escolaridade, número de gestações anteriores, funcionalidade familiar, suporte social, ansiedade e a depressão pósparto, influenciam a avaliação da visita domiciliária no pós-parto. Assim, as puérperas mais velhas, que possuem o ensino secundário, que tiveram três gestações anteriores, com famílias altamente funcionais, com suporte social alto, mais ansiosas e com suspeita de depressão são as que atribuem melhor avaliação à visita domiciliária no pós-parto. Palavras-chave: Puerpério, Visita Domiciliária, Avaliação.
- Influência da vinculação do adulto no estabelecimento do bonding pai-filho no nascimentoPublication . Marques, Ana Cláudia CamposEnquadramento: O bonding paterno ao bebé, uma ligação emocional única e duradoura, não tem recebido o devido interesse na investigação. Contudo, reconhece-se a influência de diversas variáveis no envolvimento emocional entre o pai e o bebé, entre elas, a vinculação paterna. Este estudo visa contribuir para melhorar a compreensão desses factores, procurando esclarecer especificamente a importância da vinculação paterna no estabelecimento do bonding. Objectivos: O objectivo do estudo é avaliar o estabelecimento do bonding entre pai e filho e quais as variáveis, entre elas, a vinculação paterna, que influenciam o envolvimento emocional da díade. Método: A amostra em estudo foi constituída por 349 progenitores masculinos, com idades compreendidas entre os 19 aos 55 anos (DP=0,33). Foi aplicado aos participantes, até às 48 horas após o parto do filho, um questionário constituído pela caracterização sócio-demográfica, obstétrica e do envolvimento do pai, e por duas escalas, a Escala de Vinculação do Adulto (CANAVARRO, DIAS & LIMA, 2006) e a Escala Bonding (FIGUEIREDO et al., 2005a). Resultados: Os resultados sugerem que são os pais mais novos (p=0,010), com menor grau de escolaridade (p=0,045), que estão a ter o seu primeiro filho (p=0,027), que presenciaram a primeira ecografia (p=0,005) e falaram com o bebé durante a gravidez (p=0,005), que apresentam mais bonding positivo. A dimensão ansiedade, da Escala de Vinculação do Adulto, é preditora do bonding negativo (p=0,024), a dimensão confiança nos outros é preditora do bonding not clear (p=0,001) e do bonding total (p=0,001). Conclusões: Constatamos que o bonding paterno é influenciado por variáveis sócio-demográficas, obstétricas, e psicológicas (vinculação paterna). Como profissionais de saúde, temos de estar alerta para os pais com um perfil de risco, para podermos intervir e auxiliá-los na adaptação e ajustamento à nova etapa das suas vidas. Palavras-chave: bonding, vinculação paterna, bebé, pai, parto ABSTRACT Background: Father bonding toward the infant, a unique and lasting emotional tie, has not been received the interest in research. Nevertheless, it acknowledges the influence of several variables in emotional involvement between parent and baby, like as, father attachment. This study intends to implement our knowledge about these factors, essentially assess the importance of father attachment in bonding toward the child. Objectives: This study aims to assess father bonding toward the infant, and which variables, father attachment among them, influence the emotional involvement of this dyad. Method: The study sample was 349 fathers, between 19 and 55 years (SD=0,33). Was administered a questionnaire, until 48 hours after the birth of their child, consisting in socio-demographic, obstetric and father involvement characterization, and two scales, Adult Attachment Scale-R (CANAVARRO, DIAS & LIMA, 2006) and Bonding Scale (FIGUEIREDO et al., 2005a). Results: The results suggest that younger fathers (p=0,010), with less education (p=0,045), which are having their first child (p=0,027), which were present the first ultrasound (p=0,005) and spoke with his child during pregnancy (p=0,005) shows more positive bonding. The anxiety dimension, in Adult Attachment Scale-R, predict negative bonding (p=0,024), and the depend dimension predict not clear bonding (p=0,001) and total bonding (p=0,001). Conclusions: We conclude that paternal bonding is influenced by socio-demographic, obstetric and psychological variables (father attachment). As health professionals, we must be alert to fathers with a risk profile, so we can intervene and help them in adaptation and adjustment in this new stage of their lives. Keywords: bonding, father attachment, infant, father, birth
- Empoderamento da grávida durante a vigilância da gravidezPublication . Santos, Ilda Maria BarrocaTítulo do Trabalho: Empoderamento da grávida durante a vigilância da gravidez. Enquadramento: Sendo a gravidez um período de adaptação física e psicológica, surge o conceito de promoção da saúde da grávida. Esta deve dispor de informação suficiente e objetiva em cada etapa do processo de maternidade de forma a adquirir autonomia e empoderamento. Torna-se pertinente estudar os fatores que influenciam o empoderamento da grávida, no sentido de o melhorar. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico e obstétrico da grávida; Relacionar as variáveis sociodemográficas e obstétricas com o empoderamento da grávida; Relacionar a transmissão de informação durante a gravidez com o empoderamento da grávida. Métodos: Trata-se de um estudo não-experimental, quantitativo, transversal, descritivo e correlacional com uma amostra não probabilística por conveniência (n=195). A recolha de dados efetuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e história obstétrica (anterior e atual) e uma escala de empoderamento da grávida (KAMEDA; SHIMADA, 2008). Este instrumento de colheita de dados foi aplicado a grávidas no terceiro trimestre de gravidez. Resultados: O empoderamento da grávida é influenciado pelas variáveis sociodemográficas e as variáveis obstétricas. A informação transmitida durante a gravidez apenas influencia o empoderamento da grávida na informação sobre dúvidas relativas à gravidez e parto. O emissor de informação durante a gravidez (aleitamento materno; alimentação e aumento de peso na gravidez; hábitos nocivos na gravidez e atividade/repouso) interage na predição do empoderamento da grávida. Conclusão: A educação para a saúde durante a gravidez, é essencial, no sentido da autonomia e empoderamento da grávida. O profissional de saúde tem um papel de destaque na transmissão de informação durante a gravidez, como confirmado pelos resultados obtidos. Palavras-chave: Informação na gravidez; Empoderamento da grávida. ABSTRACT Title: Pregnant women’s empowerment during pregnancy surveillance. Background: Since the pregnancy is a period of physical and psychological adaptation, the concept of health promotion for pregnant women emerges. She must have sufficient and objective information in each stage of motherhood in order to achieve autonomy and empowerment. It becomes pertinent to study the factors that influence pregnant women’s empowerment in order to improve it. Objectives: To describe the sociodemographic and obstetric profile of pregnant women; Relate the sociodemographic and obstetric variables with the empowerment of pregnant women; Relate information transmission during pregnancy with pregnant women’s empowerment. Method: This is a non-experimental, quantitative, cross-sectional, descriptive and correlational study with a non-probability convenience sample (n=195). Data collection was made through a questionnaire comprising a sociodemographic component and obstetric history (previous and current) and a pregnant women’s empowerment scale (KAMEDA; SHIMADA, 2008). This data collection instrument was administrated to pregnant women in the third pregnancy trimester. Results: The pregnant women’s empowerment is influenced by sociodemographic and obstetric variables. The information transmitted during pregnancy only affects pregnant women’s empowerment in the information on questions relating to pregnancy and childbirth. The information’s transmitter during the pregnancy (breastfeeding; feeding and weight gain in pregnancy; harmful habits in pregnancy and activity/rest) interact in the prediction of the pregnant women’s empowerment. Conclusion: The health education during pregnancy is essential to the autonomy and empowerment of the pregnant women. Health professionals have an important role in information transmission during pregnancy, as confirmed by the results. Keywords: Information in pregnancy; Pregnant women’s empowerment.
- Diferentes olhares sobre a presença de uma pessoa significativa no parto : visão da puérpera, pessoal de saúde, pessoa significativaPublication . Pinheiro, Sofia Catarina Martins; Coutinho, Emília Carvalho, orient.Enquadramento: O parto é um processo natural que envolve fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. Assim, constituiu para a mulher/família uma experiência de impacto emocional significativo. O processo de humanização do parto e nascimento promove o envolvimento afetivo da parturiente como sujeito ativo capaz de escolhas, contribuindo para que ela tenha consciência dos seus direitos e da sua autonomia. A presença de uma pessoa significativa está patente na humanização do parto, sendo expressa pela satisfação das mulheres com o parto. Para o profissional que pretende uma atuação humanista, respeitar, entender os direitos, as necessidades e limites do ser humano é condição indispensável para uma assistência humanizada e de qualidade. Desta forma torna-se fundamental que os enfermeiros de Saúde Materna e Obstetrícia, enquanto prestadores de cuidados, conheçam as vivências que têm as parturientes e acompanhantes ao longo do trabalho de parto e parto, e por tal, melhorem a qualidade da assistência. Objetivo: Compreender o significado atribuído pela parturiente, pessoa significativa e enfermeiro especialista de saúde materna e obstetrícia à presença de uma pessoa significativa no parto. Material e métodos: Estudo de natureza qualitativa, com abordagem descritiva, baseado na recolha de informação detalhada, pela aplicação de uma entrevista semiestruturada. A amostra é constituída por três grupos de participantes, 10 puérperas; 10 pessoas significativas e 8 enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia. Resultados: Os resultados deste estudo permitiram compreender que as vivências do trabalho de parto e parto pela puérpera não divergem muito da pessoa significativa que está cada vez mais preocupado em estar junto da mulher, partilhando as suas vivências. Por sua vez o enfermeiro, embora reconheça a importância do papel da pessoa significativa, ainda necessita de maior sensibilização para a relevância da presença do acompanhante, bem como da forma como lidar com esta presença, fazendo com que este se sinta parte integrante do processo. Conclusão: O apoio emocional de um acompanhante à escolha da parturiente é essencial para que a mulher possa conviver melhor com a dor e ansiedade, durante todo o processo do trabalho de parto e parto. O conhecimento das vivências das puérperas, pessoas significativas e enfermeiros sobre os cuidados ao longo do trabalho de parto, permite que os enfermeiros mudem a visão em relação à pessoa significativa, procurando a melhoria contínua da assistência humanizada e satisfação durante o parto. Palavras-chave: Parto; Humanização; Pessoa significativa.