ESSV - UEMOG - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Adolescentes e sexualidade : conhecimentos e atitudesPublication . Correia, Toni Fernando Aguilar; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Emergem preocupações com todas as dimensões da sexualidade e com o contributo que cada um dos agentes educativos deve dar para a formação de adolescentes responsáveis nas suas escolhas e respeitadores da dignidade da pessoa humana. Objetivos: Descrever as características sócio-demográficas, familiares e de carácter sexual da população em estudo; Identificar os conhecimentos que os adolescentes possuem acerca do planeamento familiar; Caracterizar as atitudes adotadas pelos adolescentes face ao preservativo e pílula; Analisar a influência das variáveis sociodemográficas, das variáveis contextuais à sexualidade e conhecimentos sobre planeamento familiar nas atitudes face ao preservativo e à pílula. Material e métodos: Este estudo, caracteriza-se como sendo do tipo descritivo correlacional não experimental efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística por conveniência é constituída por 1216 adolescentes que frequentam o 9º Ano de Escolaridade em Escolas Públicas Portuguesas, enquadrado no projeto PTDC/CPECED/ 103313/2008. Resultados: Tiveram relações sexuais 15,1% dos rapazes e 10,5% das raparigas. Face ao preservativo, são os adolescentes com 14 anos que apresentam maior percentagem de atitudes muito adequadas (20,6%) e de atitudes inadequadas (21,3%). A maioria dos adolescentes que considera importante utilizar o preservativo apresenta atitudes inadequadas face à pílula (48,5%). A idade (p=0,242) e a residência (p=0,719) não influenciam as atitudes face ao preservativo; O sexo (p=0,038) influencia as atitudes face ao preservativo; A idade (p=0,324), a residência (p=0,862) e a idade de início das relações sexuais (p=0,222) não têm influência nas atitudes face à pílula; O sexo influencia as atitudes face à pílula anticoncetiva; Apresentam menor culpabilidade face ao preservativo os adolescentes que têm o pai (p=0,030) e o namorado (a) (p=0,023) como interlocutores sobre sexualidade; As variáveis de contexto não têm efeito significativo sobre as atitudes face à pílula anticoncetiva (p0,05). Verificou-se a existência de mais atitudes de culpabilidade e funcionalidade face ao preservativo e pílula anticoncetiva entre os adolescentes que possuem fracos conhecimentos sobre planeamento familiar. Conclusão: A educação sexual deve constituir uma aposta dos profissionais de saúde, pois pode ser considerada a principal forma de prevenir comportamentos de risco, não devendo esta abordar unicamente os métodos contracetivos Palavras-chave: Adolescência, Sexualidade, Contraceção.
- Amamentar : quais os contributos das avósPublication . Oliveira, Ana Mafalda Gonçalves; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.RESUMO Enquadramento: O aleitamento materno é fundamental na promoção e proteção da saúde infantil em todo o mundo. Além de biológico, constitui um ato regulado por diversos fatores nos quais se destaca a influência das avós pela transmissão da sua herança cultural. Justifica-se, assim, o trabalho “Amamentar. Quais os contributos das avós?”. Objetivos: Compreender o fenómeno amamentar em mães portuguesas e imigrantes; Identificar os contributos das avós na amamentação percecionados pelas mães portuguesas e imigrantes. Matérias e métodos: O estudo foi realizado no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Baixo Vouga II. Foram 40 as mulheres participantes, portuguesas e imigrantes, que foram mães nos últimos seis meses, que se encontram a amamentar ou amamentaram os filhos e que, aí, recorreram à consulta médica ou de Enfermagem. Na recolha e análise de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo com recurso ao NVivo 9 respetivamente. Resultados: Da análise construíram-se sete categorias: “Motivos para amamentar”; “Vantagens do leite materno”; “Tipos de ajuda percecionados pelas mães relativos à amamentação”; “Crenças e mitos face à amamentação”; “O envolvimento das avós na educação dos netos”; “A avó dá bons conselhos” e “Influência das avós na decisão e manutenção da amamentação”. Conclusão: As mães sentem a influência das avós na amamentação das suas crianças o que lhes transmite maior segurança e confiança nesta prática. Considera-se fundamental que os enfermeiros promovam, protejam e apoiem o aleitamento materno não só junto das puérperas mas também das famílias, nomeadamente das avós. Palavras-chave: amamentação; contributos das avós.
- Atitude dos profissionais de saúde face ao aleitamento maternoPublication . Queirós, Maria Antónia Pinto Monteiro; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O estudo das atitudes do profissional de saúde face ao aleitamento materno (AM) permite reflectir e fomentar mudanças no comportamento profissional neste âmbito. Objectivos: Avaliar as atitudes dos profissionais de saúde (enfermeiros e médicos) relativamente ao AM e identificar se factores sócio-demográticos, profissionais e contextuais influenciam as atitudes dos profissionais de saúde face ao AM. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal, constituído por uma amostra de 408 profissionais de saúde que exercem funções na região Norte de Portugal. Na colheita de dados foi utilizado um questionário que possibilitou caracterizar sóciodemográfica, profissional e contextualmente o aleitamento dos participantes. Incluímos também a escala de avaliação das atitudes dos profissionais de saúde face ao AM de MARINHO (2003). Resultados: Verificamos que 40,2% apresentam atitude positiva face ao AM 35,6% atitude negativa. As mulheres apresentam melhor atitude em relação às “crenças acerca dos benefícios da amamentação” “importância/interesse em relação à amamentação” e “aconselhamento geral sobre o AM”. Os mais novos (≤35 anos) têm pior atitude na “importância/interesse em relação à amamentação” e melhor atitude “face à decisão de não amamentar”. Os com idade ≥46 anos apresentam menor atitude no “aconselhamento geral sobre o AM”. Os casados e com filhos têm melhor atitude face à “importância/interesse em relação à amamentação”. Já os sem filhos e os que trabalham a nível hospitalar, têm melhor “atitude face à decisão de não amamentar”. Os enfermeiros têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar” e no “aconselhamento geral sobre o AM”. O ser especialista não influencia a atitude, mas a especialidade na área de saúde materno-infantil favorece a atitude face à decisão de não amamentar, crenças sobre o aleitamento, importância/interesse na amamentação e aconselhamento geral sobre o AM. Os profissionais que no exercício profissional contactam com mulheres que amamentam, têm melhor atitude em relação ao interesse/importância na amamentação. Os profissionais que frequentaram cursos sobre o AM no último ano têm melhor atitude “face à decisão de não amamentar”, à “importância/interesse em relação à amamentação”, e ao “aconselhamento geral sobre o AM”. Os profissionais com menos experiência profissional (≤5 anos) apresentam uma menor atitude na “importância/interesse em relação á amamentação”, enquanto os profissionais com mais tempo de exercício profissional (≥21 anos) mostram uma pior atitude em relação ao “aconselhamento geral sobre o AM” e às “atitudes face à decisão de não amamentar”. Uma experiência prévia agradável com a amamentação relaciona-se com uma atitude mais positiva no aconselhamento geral sobre o AM, nas crenças sobre o aleitamento, sobre os benefícios da amamentação e acerca dos obstáculos à amamentação. Os enfermeiros e médicos que amamentaram os seus filhos durante mais tempo (13-24 meses) apresentam uma atitude mais positiva em relação ao aconselhamento geral sobre o AM, sendo os que amamentaram durante menos tempo (1-3 meses) os que mostram as ordenações médias mais baixas. Conclusão: Identificar determinados factores que influenciam de forma negativa a atitude dos profissionais de saúde face ao AM, permite-nos tentar minimizá-los. Palavras-chave: Atitudes, profissionais de saúde, aleitamento materno.
- Atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidezPublication . Fernandes, Bruno Filipe Almeida; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A interrupção voluntária da gravidez tem sido um tema controverso nas sociedades economicamente desenvolvidas, abrangendo múltiplas perspetivas, mobilizando valores humanos, éticos, sociais, psicológicos, políticos; técnicos e económicos. O conhecimento desta temática por parte dos profissionais de saúde constitui-se como essencial na promoção do planeamento familiar e do empoderamento da mulher/ casal na adesão a comportamentos assertivos com uma vivência da sexualidade responsável e saudável. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e obstétricas que são determinantes nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez; Analisar a influência da autoestima, da funcionalidade familiar, do suporte social e da satisfação com a vida conjugal nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Métodos: Estudo não experimental, quantitativo, descritivo-correlacional e explicativo, com uma amostra não probabilística por conveniência (n=101). A recolha de dados efetuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e historial obstétrico, e por uma segunda parte onde recorremos a quatro escalas: Funcionalidade familiar, SmilKstein (1978), versão portuguesa de Azevedo & Matos (1989); Self Esteem Scale, Rosenberg (1965), versão portuguesa de Santos & Maia (1999, 2003); Satisfação com o suporte social, Ribeiro (1999); Satisfação em áreas da vida conjugal, Narciso, I. & Costa, M. E. (1996). Este instrumento de colheita de dados foi aplicado a mulheres que interromperam a gravidez num hospital da região centro. Resultados: A idade das mulheres oscilou entre os 16 e os 49 anos, 61,4% são solteiras/ divorciadas, apresentam um agregado familiar médio de 3,18 elementos, (48,3%) são gesta três e têm em média de 5,81 semanas de gestação. 97% não planeou esta gravidez. Constatamos diferenças estatísticas significativas para as variáveis: Idade, são as mulheres mais novas que mais valorizam a dimensão “motivos de ordem pessoal” (p=0,001) e a “atitude total” (p=0,036); Nacionalidade, são as mulheres estrangeiras que maior importância atribuem à dimensão “motivos familiares” (p=0,035); Situação laboral, são as estudantes que revelam interromper a gravidez por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). 52,5% aponta motivos de ordem económica para a concretizar, são as mulheres mais velhas (53,6%) que maior significado atribuem à dimensão “motivos de ordem económica” (p=0,000), enquanto que as Primigestas o fazem por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). Verificamos ainda que os “motivos de ordem familiar” são os mais significativos nas mulheres com disfuncionalidade familiar leve (p=0,007), com moderada satisfação com o suporte social (p=0,014) e baixa satisfação conjugal (p=0,002). Por fim, constatamos que o Suporte social, na dimensão “intimidade” (p=0,000 - 0,006), face aos motivos de ordem familiar e total das atitudes, respetivamente, e “suporte social total” (p=0,005 ) relativamente aos motivos de ordem socioeconómica; e a Satisfação em áreas da vida conjugal, nas dimensões “sexualidade” (p=0,000) e “autonomia” (p=0,021 ), quanto aos motivos de ordem familiar e pessoal, respetivamente; têm poder preditivo sobre as atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Conclusão: Podemos assim afirmar que a idade, a situação laboral, a nacionalidade, ser primigesta, as motivações económicas, funcionalidade familiar, a satisfação com o suporte social e a satisfação conjugal apresentam evidências de sensibilidade no contexto da interrupção voluntária da gravidez. O conhecimento mais aprofundado das atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez, permitirá produzir reflexos na prática de cuidados especializados, no contexto do planeamento familiar e pré-concecional, visando a excelência das práticas em Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia. Palavras-chave: Atitudes, interrupção voluntária da gravidez, funcionalidade familiar, autoestima, suporte social e satisfação conjugal.
- Atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetalPublication . Fróis, Deolinda Maria Rodrigues Gonçalves Silva; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A possibilidade de existir uma doença genética ou malformação fetal é semelhante em todos os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, porém o acesso a cuidados de saúde que permitam o seu diagnóstico e enquadramento legal que possibilite a interrupção da gravidez são bastante diferentes. Objetivos: Conhecer as atitudes das grávidas, verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, obstétricas, psicológicas e funcionalidade familiar e as atitudes das grávidas face à possibilidade de interrupção da gravidez por malformação fetal. Obter informações que visam uma melhoria da qualidade assistencial. Métodos: É um estudo transversal, quantitativo, correlacional, realizado através da aplicação de um questionário a 145 grávidas que aguardavam exame ecográfico de rotina durante a gestação. Resultados: Pela análise dos dados a idade média da nossa população é de 29,22 anos sendo o grupo etário mais representado dos 20-35 anos (84,8%), 97,9% das grávidas são de nacionalidade Portuguesa e 95,9% caucasianas.47,6% têm o 2º ciclo; 78,6% empregadas; 81,4% casadas e 77,9% planearam a gravidez, encontrando-se 70,3% no 1ºtrimestre. 61,4% São primíparas e 77,2% não tem antecedentes de interrupção de gravidez. O autoconceito médio total da amostra [75 ± 7,15] é normal, dois terços da amostra não são vulneráveis ao stress. A maioria das inquiridas (80,7%) entende ter uma família altamente funcional. Das grávidas do estudo 41.38% apresentam atitude pouco favorável à interrupção da gravidez por malformação fetal, 19,31% atitude favorável e 39.31% atitude muito favorável. A maturidade psicológica (β=-0,262;p=0,001), apgar familiar (β=-0,212;p=0,08) e a carência de apoio social (β=0,169;p=0,016) são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem pessoal e social”; A idade e a aceitação/rejeição social são preditores das atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez associadas a ” motivos de ordem fetal”; O apgar familiar (β=-0,268;p=0,001) e a maturidade psicológica (β=-0,22;p=0,006) são preditores das atitudes de uma forma global. As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional (X2= 8,85; p= 0,012) Conclusão: As atitudes das grávidas face à interrupção da gravidez por malformação fetal são influenciadas pela situação profissional da mulher, maturidade psicológica e apgar familiar factos a considerar no âmbito da vigilância pré-natal. Palavras-chave: Atitudes; Malformação fetal; Interrupção da gravidez.
- Atitudes maternas face à amamentaçãoPublication . Fernandes, Cláudia Sofia Fialho Nisa; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, orient.Enquadramento: Verifica-se que a amamentação para além de nutrir, protege e favorece o desenvolvimento cognitivo, a criação do vínculo afectivo entre mãe e filho. É um momento único e rico de carinho, afecto, doação e troca. O aleitamento materno (AM) depende de vários factores, tais como: sócio culturais, profissionais, nível de educação e da acção dos profissionais de saúde e dos media e reúne benefícios para a criança, mãe, família e sociedade. Objectivos: É nossa intenção com este estudo, determinar se o perfil sócio demográfico, as variáveis obstétricas, o aleitamento materno e o contacto pele a pele na primeira horas de vida e o alojamento conjunto influenciam as atitudes maternas face à amamentação. Métodos: Trata-se de estudo de natureza quantitativa, transversal, de carácter descritivo correlacional e explicativo, sendo a amostra não probabilística por conveniência (n=312). A recolha de dados efectuou-se através de um questionário sócio demográfico, o inventário do afecto materno e a escala de atitudes maternas face à amamentação. Foi aplicado às mães na consulta de saúde infantil dos 2 anos de idade, no período de 1 de Outubro de 2010 a 30 de Dezembro de 2011 nos centros de Saúde dos concelhos da Covilhã, Fundão, Guarda e Viseu. Resultados: O estudo realizado permitiu verificar que as mulheres com melhores atitudes maternas face à amamentação são as que têm idades entre os 19-35 anos, casadas/união de facto, residentes em vila, com ensino superior e trabalhadores qualificados, numa situação profissional empregada a tempo inteiro. O estado civil e a escolaridade o nº de gestações anteriores, o tipo de parto, o tipo de gravidez (termo/prematuridade) a existência de filhos com amamentação anterior, o tempo de amamentar e a introdução da chupeta, são preditoras das atitudes maternas face à amamentação. Conclusão: Embora o aleitamento materno seja um processo biologicamente determinado é influenciado pelo ambiente que rodeia a mulher, o número de gestações anteriores, o tipo de parto, o contacto pele a pele, bem como algumas características sócio demográficas. Assim, estas variáveis devem ser consideradas nas políticas de promoção do aleitamento materno. Palavra-chave: Amamentação, Atitudes Maternas.
- Auto-percepção materna das competências no cuidar do recém-nascido de termoPublication . Ferreira, Susana Cristina Gomes; Coutinho, Emília Carvalho, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Cuidar do recém-nascido (RN) no domicílio é uma experiência exigente que envolve os pais, altura que enfrentam muitas dificuldades relacionadas com o desenvolvimento de competências cuidativas. Objectivos: Analisar o nível de competências maternas auto-percebidas (CMAP) das puérperas no cuidar do RN de termo entre as 24 e as 72 horas pós-parto, quanto às dimensões cognitivo-motora e cognitivo-afectiva. Avaliar o nível de conhecimento das puérperas relativamente ao transporte seguro do RN de termo. Determinar a relação entre as variáveis sócio-demográficas e obstétricas e a CMAP das puérperas no cuidar o RN de termo. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico-correlacional, de corte transversal. A amostra é constituída por 212 puérperas internadas no serviço de Obstetrícia de um Centro Hospitalar da região centro de Portugal. A colheita de dados foi realizada através da aplicação de um questionário subdividido em três partes: dados sócio-demográficos e obstétricos, dados sobre o transporte do RN e Escala de Auto-percepção Materna das Competências Cuidativas Neonatais de Santos & Mendes (2004). Resultados: A maior parte das puérperas (55,7%) apresenta um alto nível de competência cuidativa, no entanto, 35,4% apresenta um baixo nível e 9% um nível moderado, sendo que a dimensão cognitivo-motora apresenta uma média mais alta que a dimensão congnitivo-afectiva. Uma alta percentagem de puérperas (34%) apresenta um baixo nível de conhecimento sobre o transporte do RN. São as puérperas que têm algum conhecimento sobre a legislação relativa ao transporte do bebé no automóvel que referem uma maior CMAP em relação à “higiene e conforto”, “manutenção da temperatura corporal” e “ evitar os perigos”. As variáveis gravidez planeada, gravidez desejada e aceitação da gravidez influenciam a CMAP. Também, as mulheres imigrantes apresentam uma maior CMAP no que se refere à “alimentação”, “evitar os perigos”, “sono e repouso” e “comunicação/estimulação”. São as mulheres com menos habilitações literárias (até ao 9º ano) as que mostram uma maior CMAP na “alimentação” e na “comunicação/estimulação”. Ainda, as puérperas que vivem com o companheiro/filhos e as que têm mais filhos ostentam uma maior CMAP em todas as subescalas. De igual forma, a experiência prévia com bebés relaciona-se positivamente com a CMAP em todas as subescalas. As mulheres que vigiaram a gravidez numa instituição de carácter público, apresentam uma maior CMAP em cinco das seis subescalas (“evitar os perigos”, “alimentação”, “manutenção da temperatura corporal”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação”). Nestas quatro últimas subescalas são as mulheres que vigiaram a gravidez no privado as que apresentam a menor CMAP. Inexplicavelmente as mulheres que realizaram preparação para o parto mostram uma menor CMAP nas subescalas “alimentação”, “sono/repouso” e “comunicação/estimulação” que aquelas que não a realizaram. As variáveis em estudo, idade, estado civil, actividade laboral, tipo de parto actual, problema de saúde, aleitamento materno e vigilância da gravidez, não influenciam a CMAP. Conclusão: Neste estudo analisamos a auto-percepção das mães acerca do seu nível de competência e os factores que nela interferem, permitindo posteriormente dirigir os ensinos efectuados ao longo do internamento. Palavras-chave: Auto-percepção Materna, Competências Cuidativas, Recém-nascido.
- Benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno no trabalho de parto e partoPublication . Antunes, Joana Gomes Vilaça Cardoso; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento - O envolvimento paterno no trabalho de parto tem suscitado o interesse de vários profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros obstetras, dado que os benefícios da presença paterna no contexto de parto ainda não são clara e totalmente assumidos por todos os profissionais. Por outro lado reconhece-se que o pai é o acompanhante ideal da grávida durante o trabalho de parto, pelo seu apoio e lugar que ocupa na tríade. Objetivos – Identificar os benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto. Método – Efetuada revisão integrativa da literatura sobre os “Benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto” nas bases de dados: PubMed, LILACS, SciELO, Repositórios Institucionais e Bibliotecas Digitais e EBSCO Host, elaborados entre 2000 e 2014. Selecionaram-se 19 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo. Dos 19 artigos selecionados, 4 são revisões sistemáticas da literatura, 13 são estudos qualitativos e 2 são estudos quantitativos. Resultados – Evidenciou-se um “novo” pai, que acompanha a grávida desde a gravidez, e que esteve presente no trabalho de parto. É dada grande relevância aos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia, pelo seu papel na inclusão do pai na sala de parto e desmitificação de tabus. Após esta pesquisa constatou-se que, ainda há lacunas relativamente à presença do pai parto. São muitos os benefícios do envolvimento paterno no parto, mas ainda são visíveis constrangimentos por parte do pai relativamente ao contexto de parto. Conclusões - A presença do pai na sala de parto permite estreitar os laços mais íntimos, consolidando a união familiar e proporcionando bem-estar à grávida. Realça-se o papel dos profissionais de saúde na integração do pai na maternidade. Caminhamos para um contexto de parto mais alargado e do qual já não faz parte apenas a grávida e o seu filho, mas no qual o pai é também elemento chave de todo o processo. Palavras- chave: “Pai”, “Nascimento”, “Envolvimento paterno” e “Recém - Nascido”.
- Competências emocionais e literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundárioPublication . Mota, Patrícia José Sousa Freitas; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João Carvalho; Campos, SofiaEnquadramento: A literacia em saúde é entendida como a capacidade para tomar decisões informadas sobre a saúde. Constituiu-se como a opção quotidiana de decisões de saúde conscientes com uma particular importância no grupo dos adolescentes. Assim assume-se de primordial importância uma educação sexual integrativa a este grupo. Objetivos: Determinar se as variáveis sociodemográficas, de contexto académico e contextuais de saúde sexual e reprodutiva interferem na literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário; analisar a relação entre as competências emocionais e a literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico, envolvendo uma amostra de 213 alunos a frequentarem os 10.º, 11.º e 12.º anos do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, maioritariamente feminina (60.4 %) com idade média de 16.45 anos. A recolha de dados foi suportada num questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis de contexto académico, variáveis contextuais de saúde sexual e reprodutiva, o Questionário de Competência Emocional de Vladimir Taksic’ (2000), uma adaptação portuguesa de Faria & Lima Santos (2001) e o Questionário de Conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva de Santos (2017). Resultados: Maioritariamente, os alunos recorrem aos pais quando têm dúvidas sobre a saúde sexual e reprodutiva (30.5%) e apenas 10.8% aos profissionais de saúde. Predominam os estudantes (67.6%) que consideram ter conhecimentos bons/muito bons sobre saúde sexual e reprodutiva, sendo as raparigas quem revela mais conhecimentos em relação a esta temática. Quanto mais idade e ano de escolaridade, os estudantes têm, mais conhecimentos possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Quanto menos capacidades, têm os alunos, para lidar com a emoção, menor é a informação que estes possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Conclusão: Quanto mais precoce for assimilado o compromisso da aprendizagem sobre saúde sexual e reprodutiva, maior será a obtenção de bons resultados, refletindo-se em adolescentes mais comprometidos e seguros. Palavras-chave: Competências emocionais; Literacia; Saúde sexual e reprodutiva; Adolescentes.
- Comportamentos de adesão ao rastreio do cancro do colo do úteroPublication . Areias, Paula Alexandra Pombo PereiraEnquadramento: O cancro do colo do útero é o segundo tipo de cancro mais frequente na mulher, a adesão ao rastreio possibilita a identificação do problema numa fase precoce. Objectivos: O nosso estudo tem como objectivo analisar em que medida as características sóciodemográficas e profissionais, os conhecimentos em relação ao cancro do colo do útero e rastreio, as crenças de saúde afectam a adesão ao rastreio. Métodos: Realizamos um estudo de natureza quantitativa, não experimental, explicativo, descritivo, correlacional, transversal, retrospectivo. O estudo foi realizado através da aplicação de um questionário, onde exploramos os dados sóciodemográficos, os conhecimentos acerca do cancro do colo do útero e do rastreio e as crenças de saúde. O questionário foi aplicado a 306 mulheres inscritas no ACES Dão Lafões I, com idades compreendidas entre os 24 e os 64 anos, que se encontravam nas salas de espera dos vários serviços. Resultados: Quando analisada a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero, verificou-se que a maioria das mulheres faz o rastreio. As mulheres que apresentam maior adesão ao rastreio do cancro do colo do útero, são as que se encontram casadas ou a viver em união de facto, o estado civil influencia a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero. O tipo de conhecimentos face ao cancro do colo do útero do colo do útero não afecta a adesão ao rastreio. Relativamente ás Crenças de Saúde (nota Global), apuramos que estas influenciam a adesão ao rastreio do cancro do colo do útero. Conclusão: A atitude da mulher face á realização do rastreio do cancro do colo do útero é determinante para a redução deste cancro, visto que, o padrão epidemiológico da doença, se caracteriza por um período longo entre a detecção das primeiras lesões e a instalação da doença. Palavras-chave: Adesão, , rastreio, cancro do colo do útero.
