ESSV - UESPFC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Insónia, depressão e qualidade de vida em professoresPublication . Almeida, Cristina Maria Abrantes; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Introdução: Os requisitos profissionais podem interferir com as atividades sociais, psicológicas e físicas, as quais podem condicionar a qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi analisar os determinantes da saúde relacionados com a qualidade de vida (QVRS) numa amostra de professores portugueses do ensino básico e secundário. Métodos: Num estudo transversal foram avaliados uma amostra de professores do ensino básico e secundário de dezassete agrupamentos/escolas públicas selecionadas aleatoriamente do distrito de Aveiro e Viseu, Portugal. Recorreu-se a um questionário autoaplicado para avaliar as variáveis sociais e demográficas, a insónia (critérios da DSM-IV), a depressão (BDI) e para avaliar a QVRS recorreu-se ao formulário SF-12, agrupado em dimensões físicas e mentais (maior pontuação melhor qualidade de vida). A amostra final era composta por 604 professores do ensino básico (443 do sexo feminino, 73,3%), idade = 43,7 ± 7,6 anos. Foi utilizado o teste do qui-quadrado para comparar proporções e Kruskal Wallis para comparar as variáveis contínuas. Resultados: As pontuações totais de qualidade de vida foram associados com o género (34,7±2,7 vs. 33,3±3,6, p<0,001), registando-se valores inferiores no sexo feminino, traduzindo melhor qualidade de vida comparativamente ao sexo masculino. Os determinantes da qualidade de vida foram associados às variáveis género (superiores no género masculino, 34,7±2,7 vs. 33,3±3,6, p<0,01), idade (<30 anos=36,2±3,0; 30-35 anos=33,9±3,0; 35-40 anos=33,7±2,9; 40-45 anos=33,8±3,5; 45-50 anos=33,5±3,9 e ≥50 anos=33,4±3,5, p=0,03), habilitações literárias (bacharelato=32,6±3,7, licenciatura=33,6±3,3, pós-graduação=34,1±3,2, mestrado=34,5±3,2, e doutoramento=35,4±2,8, p=0,03) e satisfação geral no trabalho (não=33,4±3,6 vs. sim=34,5±2,8, p<0,01), insónia (não=34,2±3,0 vs. sim=34,5±3,7, p<0,01), depressão (não=34,1±3,1 vs. sim=30,9±3,8, p<0,01) e satisfação geral dos professores (não=33,2±3,6 vs. sim=34,0±3,2, p<0,01). As dimensões físicas foram associadas ao género, idade, tempo de serviço, prática de desporto, depressão e insónia. Além disso, as dimensões mentais foram associadas ao estado civil, tempo de serviço e prática de desporto. Conclusões: O comprometimento da qualidade de vida nos professores portugueses do ensino básico e secundário encontra-se associado a variáveis socioeconómicas e profissionais. Palavras-chave: professores, qualidade de vida, satisfação profissional.
- Risco de quedas nas UCCI do distrito de Viseu : estudo comparativo escala de Morse e escala de DowtonPublication . Almeida, Catarina Inês Soares; Duarte, João Carvalho, orient.; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, co-orient.Enquadramento: O envelhecimento e as alterações na estrutura social e familiar determinam o aparecimento de novas necessidades, cuja satisfação reclama mudanças tanto a nível de saúde como a nível social, que devem ser capazes de desenvolver respostas que possam contribuir para a manutenção e restauração da dignidade e da qualidade de vida. Neste contexto através da Resolução do Conselho de Ministros nº 84/2005 foi criada na dependência do Ministério da Saúde, a Comissão para o Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde às Pessoas Idosas e às Pessoas em Situação de Dependência, com o objetivo de ser construído um modelo de intervenção em matéria de Cuidados Continuados Integrados. As quedas são um risco real, apresentando-se como uma das principais causas de morte e são muitas as pessoas que vivem com estilos de vida comprometida e situações incapacitantes, tornando assim as quedas como um importante problema de saúde pública. Representam não só a principal causa de morte acidental na última etapa da vida, mas também o motivo mais frequente de ida ao serviço de urgência, justificando internamentos com maior regularidade. (Saraiva D et al, 2008) Nos idosos, as quedas, são um problema maior de saúde pública e podem levar a situações de incapacidade, injúria e morte. Nos países ocidentais cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano e aproximadamente 15% caem mais do que duas vezes por ano. (CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAÚDE, CULTURA E SOCIEDADE, 2010) Desta constatação surgiu a necessidade de estudar o “ Risco de Quedas dos Utentes Internados nas Unidades de Cuidados Continuados do Distrito de Viseu: estudo comparativo entre a Escala de Morse e a Escala de Downton”. Objetivos: Determinar os fatores de risco de queda dos utentes internados nas Unidades de Cuidados Continuados do Distrito de Viseu; Avaliar o risco de queda dos utentes internados nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados do Distrito de Viseu; Comparar a Escala de Morse e as Escala de Downton, avaliando ambas os risco de queda. Métodos: No que concerne ao tipo de investigação estamos perante um estudo quantitativo, descritivo - correlacional, transversal e não experimental. No estudo a realizar é utilizada a técnica de amostragem não probabilística. Neste estudo, optou-se pela aplicação de um questionário para a colheita de dados, no qual foram incluídas a escala de Morse, a escala de Downton e o Índice de Katz e questões que possibilitaram a caracterização da amostra. Para o tratamento dos dados foi utilizada a estatística descritiva e inferencial e o apoio do programa SPSS 20. Resultados: A amostra é constituída por 162 indivíduos, em que a idade mínima apresentada foi de 36 anos e a idade máxima foi de 100. Segundo a escala de Morse: 25 indivíduos não apresentam risco de queda, 69 apresentam baixo risco de queda e 68 apresentam alto risco de queda; 77,8% não apresentam história prévia de queda e 58,0% são classificados como desorientados. Segundo a escala de Downton: 154 indivíduos apresentam risco de queda e apenas 8 não apresentam risco; 37,0% tomam 3 tipos de medicamentos diferentes; 89,5% apresentam alterações ao nível da deambulação e 56,2% são classificados como desorientados. Conclusão: Assim sendo a análise dos fatores desencadeantes das quedas e as circunstâncias em que estas ocorrem, assume-se como um pólo fulcral na intervenção do enfermeiro na promoção das estratégias preventivas de quedas. O desenvolvimento deste trabalho permitiu identificar vários pontos em que é muito importante investigar. È desta forma que seria pertinente e importante sugerir que as unidades de cuidados continuados para além da avaliação do risco também implementem medidas de prevenção. Medidas essas que não devem apenas reportar-se às previstas na legislação, mas também a medidas eficazes e adequadas a cada instituição para a redução das complicações. Palavras Chave: Risco de queda; Capacidade Funcional; Estado Cognitivo; escala de Morse, escala de Downton.
- Perturbações do sono e a qualidade de vida do utente hipertensoPublication . Figueiredo, Sandra Gonçalves; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, orient.; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira Azevedo, co-orient.Enquadramento: Referenciados como fatores de risco da hipertensão, história familiar, sedentarismo, erros alimentares, tabagismo, sexo, raça e idade, existe outro menos convencional como as perturbações do sono que influenciam igualmente a qualidade de vida do hipertenso. Objetivos: Identificar e relacionar as perturbações do sono com a qualidade de vida do hipertenso. Método: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional realizado numa amostra de 431 utentes hipertensos. Colheita de dados em CS da Região Centro, de junho a outubro de 2012. O protocolo de avaliação inclui a caracterização Socio-Demográfica, a avaliação dos parâmetros clínicos, o Questionário de Sono de Oviedo (QSO) e a Questionário da Qualidade de vida dos hipertensos (MINICHAL). Resultados: 56,8% dos participantes são do sexo feminino e 43,2% do sexo masculino, com idades entre os 30 e os 95 anos.72,2% são casados, residem na aldeia (40,6%), com os cônjuges (51,0%). Habilitações até ao 4.º ano de escolaridade (68,7%), encontram-se reformados (69,8%) e 87,9% praticam alguma religião 43,9%; auferem entre os 500-1000 euros de rendimento mensal. 44,5% da amostra encontra-se em pré-obesidade, 52,2% apresenta a hipertensão controla. 55,2% dos inquiridos encontram-se satisfeitos com o seu sono. São as mulheres e os mais idosos que apresentam mais perturbações do sono. Quanto maior são as perturbações do sono, pior é a qualidade de vida. Conclusão: a abordagem desta associação justifica uma atuação planeada e organizada no sistema de saúde; que tente não apenas evitar estas doenças e reduzir as incapacidades por elas causadas mas melhor a qualidade de vida dos utentes. PALAVRAS-CHAVE Perturbações do sono, qualidade de vida, utente hipertenso.
- Atitudes dos adolescentes face à sexualidade : algumas variáveis intervenientesPublication . Marques, Ana Lúcia Oliveira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Quando procuramos compreender a sexualidade adolescente, temos que considerar aspetos biológicos, como o genótipo e aspetos sociais, como a família, o grupo, a sociedade e a cultura onde cada individuo se encontra inserido. Os desafios que se colocam aos adolescentes, neste âmbito, são muitos e podem levar à adoção de atitudes e condutas sexuais com implicações na sua saúde, quer a nível físico, psicológico ou social. Objetivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e as atitudes face a sexualidade, a motivação para fazer ou não fazer sexo, a cultura organizacional da família e os conhecimentos sobre contraceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo correlacional e explicativo transversal com uma amostra não probabilística por conveniência de 809 estudantes a frequentar escolas profissionais da região centro. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a escala de atitudes face à sexualidade (Nelas et al, 2010), a escala de motivação para fazer ou não fazer sexo de Alfares (1997) cit in Gouveia et al (2010), a escala de atitudes face ao preservativo e à pilula de Ramos et al (2008) e o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007). Resultados: A amostra é constituída por 343 jovens do sexo feminino e 466 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e os 23 anos. São, na sua maioria solteiros (96,9%), portugueses (84,5), moram na aldeia (61,6%), são caucasianos (83,2%) e católicos (91,4%). A idade mínima de início das relações sexuais foi 12 anos nas raparigas e 10 nos rapazes e a máxima foi 20 anos nas raparigas e 21 nos rapazes. 63,0% dos estudantes já iniciaram as relações sexuais. Existem diferenças estatisticamente significativas entre o estado civil, o curso, a organização da família, a motivação para fazer e não fazer sexo e as atitudes face à sexualidade. Conclusão: Perceber as atitudes dos jovens, face à sexualidade, implica conhecer as variáveis que as podem influenciar, nomeadamente a cultura familiar, a área de formação, a idade e o género, pois interferem significativamente nas mesmas. Sempre que se criem programas de educação sexual nas escolas profissionais, estas variáveis devem ser consideradas. PALAVRAS-CHAVE: jovens, sexualidade, atitude, motivação, métodos contracetivos, família.
- Sobrecarga física, emocional e social dos cuidadores informais, familiaresPublication . Figueiredo, Carla Gonçalves; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: O assumir do papel de cuidador tem repercussões ao nível da vida como a sobrecarga, que interfere com o bem-estar do doente e cuidador. Objectivos: É propósito deste estudo compreender, identificar e relacionar factores que se associam com a sobrecarga física, emocional e social dos cuidadores informais/ familiares de pessoa dependente. Método: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística por conveniência de 139 cuidadores informais/familiares de pessoa com doença crónica incapacitante e dependente, internados no Hospital de Vila Franca de Xira no período de 1 de Julho a 30 de Novembro de 2011. O protocolo de avaliação inclui o Questionário Socio-Demográfico e ao utente alvo de cuidados, o Índice de Katz, a Escala Instrumental e Expressiva de Suporte Social (Paixão & Oliveira, 1996) e a Escala de Zarit. Resultados: 25,2% dos participantes são do sexo masculino e 74,8% do sexo feminino com idades compreendidas entre 32 e os 90 anos de idades A maioria dos cuidadores é casado (81,3%), apresentam baixa literacia (74,1%) e encontram-se inativos (69,8%). São essencialmente cônjuges/ companheiros da pessoa dependente (48,9%) ou filhos (as) (33,8%), 30,9% não tem qualquer tipo de apoio no cuidar, dispensam em média 19,14 horas por dia a cuidar, sendo o seu agregado familiar constituído por apenas um elemento (66,4%) e a maioria (87,1%) coabita com a pessoa dependente. A amostra de pessoas dependentes é constituída por 55,4% de indivíduos do sexo masculino e 44,6% do sexo feminino, com uma média de idades de 74,21 anos. O tempo médio de dependência é de 2,77 anos e apresentam elevado grau de dependência. Existe influência do grau de parentesco, número de elementos do agregado familiar, o grau e tempo de dependência da pessoa alvo de cuidados; o número de horas despendidas no cuidar e o tipo de apoio sobre a sobrecarga do cuidador informal. Conclusão: É fundamental para a compreensão da sobrecarga conhecer os motivos que desencadeiam esta situação, quais as repercussões negativas no bem-estar do cuidador, capazes de por em causa a continuidade e a qualidade da assistência prestada ao doente. PALAVRAS-CHAVE Cuidador informal; Pessoa dependente; Sobrecarga; Escala de Zari.
- Repercussões dos estilos de vida no rendimento escolar dos adolescentesPublication . Pestana, Maria Leonor Freire de Meneses; Duarte, João Carvalho, orient.; Coutinho, Emília Carvalho, co-orient.Introdução: À adolescência atribuem-se transformações físicas, psicológicas, cognitivas e socioculturais, que contribuem para a formação da personalidade, e que expõem o adolescente a novos contextos de vida que o levam à aquisição de comportamentos, hábitos e estilos de vida determinantes da sua saúde na idade adulta. Por outro lado, em ambiente escolar, preconiza-se que o jovem estude e que tenha rendimento académico. Objetivos: Pretendemos identificar os fatores associados ao rendimento escolar dos adolescentes, nomeadamente as variáveis sociodemográficas, de contexto à escola e académicas; analisar a influência que os estilos de vida (prática de atividade física, hábitos de consumo de tabaco, drogas e álcool, comportamento alimentar, ocupação de tempos livres, hábitos de higiene e de promoção da saúde, comportamentos de risco e de segurança rodoviária, hábitos de sono e de repouso) podem ter na predição da qualidade do rendimento escolar dos adolescentes; e analisar a relação que essas variáveis estabelecem entre si. Participantes e métodos: Estudo quantitativo, de corte transversal, descritivo e correlacional, explicativo, e retrospetivo. O inquérito por questionário de administração direta e a escala de rendimento escolar de Fermin, adotada por Duarte (2008), foram os instrumentos selecionados para a recolha de informação. Recorremos a uma amostragem não probabilística por conveniência constituída por 380 adolescentes a frequentar o 7º, 8º e 9º anos de escolaridade, no ano letivo de 2011/2012, da escola básica dos 2º e 3º ciclo do concelho em Viseu. Resultados: As raparigas, os estudantes mais novos, os que vivem em zona rural, os de mais alto nível socioeconómico, os que têm pai ou mãe com o ensino secundário ou superior são os que protagonizam melhor rendimento escolar. São também, os adolescentes com menos anos de escolaridade, os que nunca reprovaram, os que residem mais próximo da escola, e os que gastam menos tempo na deslocação para a escola os que obtêm melhor rendimento escolar. Igualmente, são os que colaboram em atividades domésticas, praticam desporto / atividade física, que não fumam, não bebem, não se drogam, não consomem bebidas estimulantes, que fazem uma refeição adequada e saudável, que ocupam menos tempo por dia no computador e jogos interativos, tv, que por semana convivem moderadamente com os amigos, com boa qualidade de sono, que mais dormem, que antes de dormir vêm vídeo, estudam, fazem leituras, e não usam o computador também apresentam melhor rendimento escolar. Conclusão: O rendimento escolar associou-se a variáveis sociodemográficas, contextuais à escola e académicas, aos estilos de vida e aos hábitos de sono. Concluise portanto que os comportamentos dos jovens são determinantes quer para a manutenção de uma vida saudável como também se refletem no desenvolvimento cognitivo, nas capacidades de concentração, de memória, de raciocínio, de comunicação, de interação, de atitudes e de valores com implicações diretas no rendimento escolar e no bem-estar geral do adolescente. Palavras – chave: rendimento escolar, estilos de vida, adolescência, sono.
- Risco de quedas em mulheres idosas com incontinência urinária na comunidadePublication . Carvalho, Paula Margarida Ribeiro Gonçalves; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, orient.; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira Azevedo, co-orient.Enquadramento: O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade, sendo mais frequente nas mulheres, o que coloca a queda como um dos grandes problemas de saúde pública (Blanco, 2007 & DGS, 2012). Alguns fatores sobrepõem-se a outros havendo necessidade de entender quais os fatores responsáveis por uma queda. Sherrington, Hylton e Close (2007), referem como fatores predisponentes das quedas nas mulheres outra síndrome geriátrica: a incapacidade de controlo da função urinária. Objetivos: Pretendemos avaliar a prevalência de IU nas mulheres com idade superior ou igual a 65 anos residentes na comunidade Campo/Caramulo; verificar se a IU aumenta o risco de quedas; saber em que medida as variáveis sociodemográficas influenciam o risco de quedas nas idosas com idades ≥ a 65 anos; avaliar o efeito das variáveis «características clínicas» sobre o risco de quedas nas idosas com idades superior ou igual a 65 anos; avaliar qual o impacto que a IU assume no risco de quedas nas mulheres idosas que recorrem à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Campo/Caramulo. Métodos: Estudo exploratório, descritivo e transversal com uma componente correlacional. A amostragem é não-probabilística por conveniência, constituída por 68 mulheres idosas entre os 65 e os 95 anos de idade. O instrumento de colheita de dados permite a caracterização sociodemográfica, clínica, obstétrica e ginecológica e ainda avalia impacto de incontinência urinária (IU), atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e o risco de quedas das mulheres. Resultados: Realça-se que 52,9% das mulheres têm companheiro e 38,2 % tem baixa escolaridade, 83,8% das mulheres estão inativas/reformadas e apenas 16,2% estão em atividade. Ao longo da vida, as suas profissões foram distribuídas por trabalhos não qualificados (58,8%); A zona de residência é maioritariamente rural (67,6%). Vivem em casa própria (66,2%) ou num lar (25%) e vivem com companhia (82,4%). As mulheres realçam um impacto de IU muito grave (35,3%) e 26,5% IU moderada. As mulheres sem companheiro tendem a ter IU muito grave e as mulheres com companheiro tendem a ter IU leve. As mulheres que têm impacto de IU grave ou muito grave usam mais pensos absorventes diariamente. A nível de dependência 41,2% das mulheres classifica-a como moderada; 19,1% têm dependência severa e 39,7% são independentes. As mulheres com dependência severa tendem a ter idades entre os 75 e os 95 anos e vivem sem companheiro. As mulheres com dependência severa têm escolaridade baixa. As mulheres independentes residem em zonas urbanas. As mulheres que vivem no lar tendem a ter um nível de dependência severo comparativamente às que vivem em casa própria ou arrendada. As mulheres com infeções urinárias apresentem uma dependência moderada. As mulheres com menos micções são independentes enquanto as que têm mais de 2 micções noturnas têm uma dependência moderada. Pôde observar-se que 50% das mulheres têm um risco de quedas elevado; 32,4% têm um risco baixo e 17,6% não apresentam risco de quedas. As mulheres com ensino secundário ou superior não têm risco de quedas. As mulheres sem perda de urina não têm risco de quedas. Quanto maior o impacto da IU das mulheres maior é o seu grau de dependência nas AIVD. Os determinantes do risco de quedas nas mulheres idosas residentes na comunidade Campo/Caramulo são as habilitações literárias, a perda de urina e o impacto da IU com um peso preditivo de 9,3%. Conclusão: A incontinência urinária (IU) continua a ser um problema que afeta muitas mulheres idosas, não apenas em relação à gravidade da sintomatologia mas também ao impacto psicológico e social, estando relacionada com a forma como lesa as atividades de vida diária. Após identificação dos fatores relacionados pode-se avançar com estratégias de prevenção e minimização do problema. Palavra-Chave: Atividades instrumentais de vida diária; Incontinência urinária; Risco de quedas; Saúde da mulher; Envelhecimento.
- Risco de quedas em mulheres idosas com incontinência urinária institucionalizadasPublication . Sousa, Sónia Marisa Loureiro da Silva; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, orient.; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira Azevedo, co-orient.Enquadramento: As mulheres que apresentam a chamada incontinência de urgência apresentam um risco mais elevado de quedas e fraturas. Pessoas com esta condição sentem uma necessidade inadiável de esvaziar a bexiga. Os músculos pélvicos enfraquecidos, disfunção da bexiga e alguns medicamentos podem estar subjacentes ao problema. Objetivos: Caracterizar os indicadores sociodemográficos, clínicos, obstétricos e ginecológicos e verificar se têm influência no risco de quedas das mulheres com incontinência uriária (IU) institucionalizadas; Caracterizar o impacto da incontinência e as atividades instrumentais de vida diária e verificar se têm influência no risco de quedas das mulheres com IU institucionalizadas. Metodo: Estudo exploratório, descritivo e transversal com componente correlacional. Amostra por conveniência constituída por 67 mulheres idosas (X= 75,51 anos de idade), do Centro Hospitalar Baixo Vouga. Foram recolhidos dados socio-demográficos, obstétricos, ginecológicos, clínicos, sobre o impacto de IU (International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), sobre as Actividades Instrumentais de Vida Diária (Lawton & Brody, 1969; Versão Portuguesa de Sequeira, 2007) e sobre o risco de quedas ( escala de Morse J., 1997). Resultados: Das mulheres idosas institucionalizadas 68, 7 % têm companheiro; 49,3% com baixa escolaridade; 53,7% têm pré-obesidade; em 74,6% prevalecem doenças cardiovasculares; 79,1% tomam 5 ou mais medicamentos; 94 % sofrem de IU; 95,5 % manifestaram obstipação; 83, 6 % das mulheres com IU institucionalizadas tem risco de queda elevado. As mulheres com elevado risco de quedas tendem a concentrar-se na zona rural (c2=5,416; p=0,020), e tiveram trabalho de parto com mais de 10 horas. As mulheres com risco baixo tendem a transportar pesos superiores a 3Kg com frequência. Os níveis de risco de quedas não é influenciado pela idade, estado civil, habilitações literárias, profissão, IMC, nº de gravidezes, nº de filhos, tipo de parto, existência de laceração ou rasgadura, o local onde o parto foi realizado, a quantidade de medicamentos que tomam, a perda de urina, os anos de perda, a existência de infeções urinárias, o nº de micções, o uso de pensos absorventes, a obstipação das mulheres com IU institucionalizadas. O impacto da incontinência urinária nas mulheres institucionalizadas é considerado muito grave, influenciado pela residência, a zona rural com valores mais elevados. Quanto maior o impacto da IU mais pensos absorventes têm que usar diariamente. As mulheres que não sofrem de obstipação têm um impacto de IU grave. A ocorrência de infeções urinárias tende a ter impacto de IU moderado. As mulheres que transportam com frequência pesos superiores a 3Kg tendem apresentar impacto de IU leve. O impacto da IU não é influenciado pela idade, pelo estado civil, pelas habilitações literárias nem pela profissão, pelo IMC, pelo nº de gravidezes, pelo nº de filhos, pelo tipo de parto ou pela existência de laceração ou rasgadura e pelo nº de horas necessárias para o trabalho de parto e o local onde foi realizado e pela toma de medicação das mulheres institucionalizadas. As mulheres com IU têm uma dependência nas AIVD moderada ou severa. As mulheres com dependência severa tendem a ter idades entre os 75 e os 95 anos e vivem sem companheiro. Quanto maior o impacto da IU das mulheres institucionalizadas maior é o seu risco de quedas e maior o seu grau de dependência nas AIVD. O impacto da IU tem um peso preditivo de 14% sobre o risco de quedas. Conclusão: Defendemos que a intervenção de enfermagem seja direcionada para a prevenção e educação, num trabalho colaborativo e articulado com as pacientes no hospital e em casa. Palavra-Chave: Atividades instrumentais de vida diária; Incontinência urinária; Risco de quedas; Saúde da mulher; Enfermagem.
- Cultura organizacional da família e sexualidade na adolescênciaPublication . Grilo, Célia Maria Jesus Ferreira; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A adolescência é uma etapa da vida que se caracteriza pela progressiva aquisição de autonomia e mudanças nas relações familiares, mas também muitas vezes por imaturidade emocional e susceptibilidade à influência de pares que facilmente podem resultar na adoção de comportamentos e atitudes considerados de risco para a sua integridade. Objectivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e de contexto sexual, a cultura organizacional da família e as atitudes adotadas pelos adolescentes face a sexualidade. Método: Estudo observacional descritivo correlacional, efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística de 1216 adolescentes que frequentam o 9º ano em escolas públicas do interior centro de Portugal realizado no âmbito do projecto MISIJ –FCTFPTDC/ CPE-CED/103313/2008. Foi aplicado o questionário sobre a caraterização sociodemográfica e de contexto sexual; o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007) e a escala de atitudes face à sexualidade de Nelas et al (2010). Resultados: A maioria (54.77%) é do sexo feminino e (45.23%) do sexo masculino, entre 14 e 18 anos. A média de idades foi de 14.69 anos; a maioria reside em aldeia (48.8%). 12.6% já iniciaram relações sexuais; entre os 10 e os 18 anos com média de 13,83 anos, os rapazes (15.1%) mais do que as raparigas (10.5%). Dos que fazem contraceção 39.4% são do sexo feminino e 60.6 % são do sexo masculino; 12,9% os rapazes não utilizam o preservativo em todas as relações, e o mesmo se verifica para 17,8% das raparigas. A maioria (48.1%) apresenta atitudes favoráveis face à sexualidade e 24.9% revelou atitudes desfavoráveis. Os rapazes (53.7%) apresentam atitudes mais favoráveis face à sexualidade no global do que as raparigas (46.3%), (X2=36.348, p=0.000 Existem diferenças estatisticamente significativas entre o sexo (p=0.000), a idade (p=0.004), a cultura organizacional da família (p<0.005), o diálogo sobre sexualidade com professores (p=0.000), com profissionais de saúde (p=0.000), e as atitudes dos adolescentes face à sexualidade. Conclusão: Família e sociedade devem assumir a importância da sexualidade como factor de equilíbrio do ser humano ao longo da vida e criar modelos de saúde e espaços de confiança que sustentem a educação sexual das crianças e adolescentes, tornando-os mais empoderados, saudáveis e felizes. PALAVRAS-CHAVE: adolescência, família, sexualidade, atitudes.
- Prevalência do risco de quedas nos utentes institucionalizados na UCCI de VouzelaPublication . Correia, Ana Marta Ferreira da Costa; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: Entre os múltiplos problemas que afetam o utente institucionalizado, emerge uma questão de fundo relacionada com as quedas que ocorrem nas instituições, os fatores predisponentes que possam estar relacionados e as consequências que daí advém. Objetivos: Analisar a influência de variáveis sociodemográficas no risco de quedas dos utentes da UCCI de Vouzela; analisar a relação entre as variáveis contextuais de internamento e o risco de quedas destes utentes; analisar se o grau de dependência interfere no risco de quedas nestes utentes. Métodos: estudo de natureza quantitativa, retrospetivo, comparativo e descritivo- correlacional. Amostra é constituída por 298 utentes, referente a 81,64 % da totalidade da população. Colheita de dados visou o contexto sociodemográfico, dados referentes ao internamento (Escala Numérica da Dor), dados relativos ao nível de dependência (Índice de Lawton e Brody e Índice de Katz) e ao risco de queda (Escala de Morse). Resultados: Verificou-se que 63,43% são utentes do sexo feminino, sendo 36,57% do sexo masculino, com uma média de 78,61 anos de idade. Dos utentes 59,7% não tem companheiro. Predominam os utentes (53,7%) que não possuem instrução primária. Trata-se de utentes maioritariamente reformados (99,1%). Quanto ao tempo de permanência obteve-se uma média de 126,95 dias. No que concerne à proveniência, 70,3% vêm do domicílio. A causa de solicitação de internamento foi 94,3% por situação de fragilidade do utente. 36,3% dos utentes institucionalizados tem doença crónica com episódio de agudização. A maioria dos utentes (84,2%) tem necessidade de continuidade de cuidados. Apenas 7,7% dos utentes precisam, durante o período de internamento, da prestação de cuidados paliativos. Verificou-se que 77,7% dos utentes tem necessidade de ensino ao utente e/ou aos cuidadores. A principal patologia diagnosticada nos utentes é doenças do aparelho circulatório (39,1%). Concluiu-se que a idade, o estado civil e a proveniência, influenciam o risco de quedas dos utentes. Em relação ao tempo de permanência influencia o risco de quedas aquando a alta (p=0,036), assim como a presença de sonda vesical na admissão e na alta (p=0,002; p=0,001); o diagnóstico principal (X2= 15,035; p=0,010) e os tratamentos complexos influenciam o risco de queda na admissão (X2= 11,344; p=0,003) e na alta (X2= 10,082; p=0,006). Averiguou-se que há uma prevalência significativa de utentes classificados como médio e alto risco de quedas (X2= 450,91; p=0,000). Verifica-se que o nível de dependência influencia o risco de queda na admissão (X2= 10,820; p=0,029) e na alta (X2= 15,262; p=0,004). Conclusão: Alcançou-se um maior conhecimento sobre o fenómeno em estudo, o que resultará numa melhor atuação na prática profissional quotidiana. Palavra-chave: Quedas, Dependência, Institucionalização, Rede Nacional de Cuidados Continuados.