Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER)
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Browsing Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER) by Subject "Acidente vascular cerebral"
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- Dependência funcional dos idosos pós acidente vascular cerebralPublication . Gonçalves, Cátia Susana Almeida; Martins, Rosa Maria Lopes, orient.A Dependência Funcional dos Idosos Pós Acidente Vascular Cerebral tem consequências físicas e emocionais, comprometedoras da capacidade funcional, da independência e da autonomia, podendo igualmente ter efeitos sociais e económicos que invadem todos os aspectos da sua vida. Assim este estudo de carácter quantitativo, transversal, descritivo e correlacional foi objectivado no sentido de caracteriza o idoso pós AVC, identificar a sua funcionalidade familiar; variáveis relacionadas com a sua saúde (através de variáveis clínicas: número de doenças associadas, presença ou ausência de factores de risco do AVC, realização de programa de reabilitação); verificar o grau de dependência do idoso no desenvolvimento das actividades de vida diária; analisar a existência de uma relação estatisticamente significativa entre as variáveis independentes e a dependência funcional do idoso após AVC. O método de amostragem seguido foi o não probabilístico acidental por conveniencia, num total de 60 idosos institucionalizados em lares. Aplicou-se um formulário sociodemográfico, Escala de Graffar, Escala de Apgar Familiar e a Escala de Avaliação de Dependência Rápida e Global. Os resultados mostraram que a maioria dos Idosos apresentam dependência moderada, com maior dependência nas Actividades Locomotoras e Corporais. Verificámos a existência de uma relação estatistica significativa entre estado civil, número de doenças, presença de factores de risco e a dependência funcional do idoso após AVC. Face ao exposto, temos de assumir um papel activo na promoção de estilos de vida saudáveis junto das comunidades, estratégia fundamental na prevenção do AVC, bem como promover programas de exercícios físicos em instituições, para se reduzir o declínio motor e cognitivo dos idosos. PALAVRAS-CHAVE: Idosos; Pós Acidente Vascular Cerebral; Dependência Funcional.
- Determinantes da capacidade funcional do doente após acidente vascular cerebralPublication . Coelho, Rosa Maria Alves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado o mais prevalente e incapacitante distúrbio neurovascular, do qual resultam significativos défices neurológicos que se traduzem na perca de uma ou mais funções, com consequências directas na independência da pessoa que experimenta esta doença, bem como acarretando severas implicações na sua vida pessoal, familiar e social. Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.
- Determinantes da incapacidade funcional em doentes com AVCPublication . Girão, Sónia Marisa Morais; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução- O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a primeira causa de morte em Portugal, sendo também responsável pelo elevado índice de incapacidade e dependência funcional da população adulta portuguesa, afetando significativamente os aspetos da vida física, económica e social. Os processos de reabilitação continuados têm-se mostrado bastante eficazes na recuperação da independência funcional destes doentes. Assim sendo o objetivo geral deste estudo consiste em avaliar o nível de independência funcional e os fatores determinantes nesses níveis, em doentes sujeitos a programas de reabilitação continuados e doentes sem reabilitação. Métodos- O presente estudo é de carácter quantitativo, enquadrando-se num desenho de estudo descritivo transversal e analítico, no qual participaram 60 indivíduos que sofreram AVC, pertencendo 36 ao grupo experimental e 24 ao grupo de controle. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clinica, uma escala de APGAR Familiar e uma Escala de Medida de Independência funcional (MIF). Resultados- A análise por grupos mostra que o grupo experimental é mais independente que o grupo de controle, ou seja, o nível de independência funcional é mais elevado na sua generalidade na amostra de indivíduos sujeitos a processos de reabilitação. As variáveis que influenciaram significativamente a independência funcional foram: o género (no comportamento social no G.cont),o estado civil (solteiros/viúvo mais independentes aos níveis dos cuidados pessoais, controle dos esfíncteres, mobilidade e locomoção no G. exp), habilitações académicas (maior escolaridade maior independência no G. exp) fatores de risco (doentes sem fatores de risco no G. cont são mais independentes nos cuidados pessoais, controle de esfíncteres e locomoção), indivíduos com AVC isquémico são mais independentes nos cuidados pessoais e locomoção, e os que realizaram trombólise são mais independentes nas diferentes dimensões nos dois grupos. Conclusão- As variáveis sociodemográficas e clinicas exercem influência apenas em algumas dimensões da independência funcional dos utentes após o AVC e a reabilitação desenvolvida de forma continuada, aumenta o grau de independência dos doentes diminuindo o grau de incapacidade. Palavras-chave- Acidente Vascular Cerebral, Incapacidade, Independência Funcional, Reabilitação.
- Disfagia no doente com AVC : prevalência e determinantesPublication . Silva, Teresa Margarida Marques Dias da; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: O acidente vascular cerebral (AVC) assume em Portugal elevadas taxas de morbilidade e reinternamento hospitalar. A disfagia surge como uma complicação frequente deste evento neurológico, com índices de morbilidade elevados pelo risco de desnutrição, desidratação e aspiração broncopulmonar. O diagnóstico e a sua monitorização no processo de reabilitação do doente são ações fundamentais na prevenção de aspirações alimentares, redução do internamento hospitalar e na eficácia da reabilitação do doente. Objetivo: Identificar e avaliar o grau de disfagia na pessoa com AVC e analisar a relação entre esta, e as variáveis socio-demográficas e clínicas no sentido de poder melhorar futuramente os cuidados de enfermagem de reabilitação. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 25 doentes com diagnóstico de AVC, internados na Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), em unidades de Convalescença e Reabilitação. O instrumento de colheita de dados integra uma seção de caracterização sócio-demográfica e clínica e duas escalas: Escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) e Índice de Barthel, a fim de avaliar a disfagia e a funcionalidade, respetivamente. Resultados: A amostra apresenta uma média de idade de 76,8 anos, sendo 68% do sexo feminino e 32% do sexo masculino. Verificámos que 68% dos participantes apresenta mais de dois antecedentes clínicos e apenas 24% dos participantes não apresenta disfagia. Dos restantes, 12% apresenta disfagia grave, 36% moderada e 28% disfagia ligeira. A área de lesão parece influenciar a deglutição, demonstrando a Artéria Cerebral Média (ACM) e Artéria Cerebral Posterior (ACP) como áreas de maior sensibilidade. Denotou-se que quanto maior o grau de dependência, maior gravidade de disfagia. Conclusão: Doentes com AVC isquémico apresentam disfagia, com gravidade relacionada com a área vascular. A existência de vários antecedentes clínicos pode gerar perturbações na deglutição do doente. De igual modo, quanto maior for a dependência funcional do doente, maior é o grau de disfagia e o risco de aspiração pulmonar. Palavras-chave: AVC; Disfagia; Reabilitação.
- Efeitos da realidade virtual na reabilitação da pessoa após acidente vascular cerebral: Revisão sistemática da literaturaPublication . Nascimento, Ana Sofia Sousa; Albuquerque, Carlos Manuel de SousaIntrodução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constituiu-se como um distúrbio neurológico que resulta em incapacidades e se associa a um grande impacto na qualidade de vida dos sobreviventes e seus familiares. Os programas de reabilitação, com intervenção diferenciada do enfermeiro especialista, têm vindo a ser cada vez mais atualizados através de técnicas que motivam o doente a frequentá-los, sendo a Realidade Virtual um recurso terapêutico que pode ser utilizado no processo de recuperação. Neste contexto, este estudo tem como principal objetivo determinar os efeitos da terapia baseada na Realidade Virtual na recuperação do membro superior afetado na pessoa pós AVC. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo os princípios de Cochrane Handbook. Como bases de dados recorreu-se à PUBMED, EBSCO, Google Académico e SciELO pesquisando-se estudos publicados entre janeiro de 2007 e abril de 2018, que posteriormente foram avaliados, por dois investigadores de forma independente, respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. O corpus da revisão ficou constituído por 9 artigos, dos quais apenas 3 reuniam critérios metodológicos para a meta-análise, cujo processamento estatística foi realizado recorrendo ao software RevMan 5.2.8. Resultados: A análise dos estudos demonstra que os programas de reabilitação com Realidade Virtual aumentam a recuperação do membro superior afetado da pessoa pós AVC, assumindo-se como um importante coadjuvante dos programas de reabilitação convencionais. Os doentes sujeitos à estimulação trans-craniana por corrente contínua apresentaram: melhorias na recuperação da função motora do membro superior em 50%; melhoria ao nível dos movimentos ativos e passivos, aumentando a capacidade funcional do membro superior e da amplitude do movimento; melhoria do movimento compensatório, da atividade motora e independência funcional, com efeitos benéficos nos sistemas de neuro-reabilitação. Os resultados da meta-análise atestam que os doentes submetidos a programas de Realidade Virtual atingem melhores resultados funcionais do que os submetidos aos tradicionais programas de reabilitação (standard care) (DM=11,48; IC 95%=-0,46–23,42), todavia, sem diferenças estatisticamente significativas (p=0,06). Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, poderá inferir-se que a Realidade Virtual se constitui já como um recurso terapêutico com efeitos, transversalmente positivos, na reabilitação de pessoas após AVC, o que implica novos desafios à enfermagem de reabilitação. Contudo, apesar dos resultados promissores, ainda são necessários novos estudos com amostras mais representativas e melhor qualidade metodológica.
- A efetividade da intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação na deglutição comprometida em doentes pós acidente vascular cerebralPublication . Gomes, Sofia Isabel Ferreira; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: A disfagia é uma morbidade comumente documentada após acidente vascular cerebral (AVC). Esta tem sido associada a um aumento do risco de complicações pulmonares e até mortalidade. As evidências emergentes referem que a deteção precoce da disfagia em doentes pós AVC agudo reduz essas complicações, o tempo de internamento hospitalar e os gastos em saúde. Assim, torna-se indispensável a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, sendo esta uma das áreas prioritárias da Ordem dos Enfermeiros. Objetivos: Verificar as intervenções do enfermeiro especialista em reabilitação face à pessoa com alteração da deglutição (disfagia), em situação de AVC, promovem a sua independência na atividade comer e beber. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do The Joanna Briggs Institute (2017). Foram selecionados estudos nas bases de dados: PubMed, Cochrane Library, CINAHL e Scopus, com publicação entre 2008 a 2018. Os estudos encontrados foram posteriormente avaliados, tendo em consideração os critérios de inclusão e de exclusão. Resultados: A análise dos 5 estudos incluídos na revisão sistemática da literatura demonstra que os enfermeiros especialistas em reabilitação constituem-se como elementos pivôs para garantir os cuidados especializados na pessoa com alteração da deglutição, devendo ser estes profissionais os primeiros a realizarem a avaliação da alteração da deglutição, antes dos outros profissionais. A higiene oral e o estado nutricional assumem-se como elementos fulcrais na gestão da disfagia e a posição correta da cabeça no momento da alimentação e hidratação, impedindo os riscos de aspiração de alimentos sólidos/líquidos. A utilização da terapia isométrica de resistência progressiva orofaríngea associada à dilatação do esfíncter superior do esófago melhora significativamente a segurança da deglutição, com consequente promoção da maneira mais independente possível para que a pessoa possa comer/beber, mantendo-se em segurança a função da deglutição. Após a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, os doentes revelam uma diminuição na aspiração com alimento líquido e alimento semi-sólido. O método combinado da manobra de Mendelsohn e da deglutição de esforço têm um efeito positivo na aspiração em doentes com disfagia após o AVC. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, concluiu-se que os programas de reabilitação para doentes pós AVC com disfagia são um recurso terapêutico com efeitos positivos, sendo um desafio para a enfermagem de reabilitação. Apesar dos seus benefícios clínicos, estes programas de reabilitação são ainda uma realidade sub-representada, o que implica a necessidade da sua promoção e implementação.
- Factores determinantes na independência funcional em doentes pós AVC : estudo comparativoPublication . Borges, Sofia Pinho; Martins, Rosa Maria Lopes, orient.Introdução – Apesar dos avanços conseguidos na prevenção e intervenção do acidente vascular cerebral, este continua a ser a condição mais prevalente e com maior impacto na sociedade, com alterações significativas no estado de saúde dos indivíduos. Os processos de reabilitação continuados têm-se mostrado bastante eficazes na recuperação da independência funcional destes doentes. Assim o objectivo geral deste estudo consiste em avaliar o nível de independência funcional, e os factores determinantes nesses níveis, em doentes sujeitos a programas de reabilitação continuados e doentes sem reabilitação. Métodos – Efetuou-se um estudo do tipo transversal, analítico-correlacional, de natureza quantitativa e de cariz descritivo, no qual participaram 80 doentes, 40 dos quais integrados em processos continuados de reabilitação. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clinica, uma escala de APGAR Familiar e uma Escala de Medida de Independência funcional (MIF). Resultados – As evidências encontradas neste estudo, demonstram que o nível de independência funcional é mais elevado na sua generalidade na amostra de indivíduos sujeitos a processos de reabilitação. As variáveis que influenciaram significativamente a independência funcional, foram a idade (no grexp em todas as dimensões, no grcont nos cuidados pessoais, comunicação e comportamento social), estado civil ( em ambos os grupos nas dimensões de cuidados pessoais e controle de esfíncteres, e no grcont ainda na mobilidade, comunicação e comportamento social), habilitações académicas ( grexp em todas as dimensões, no grcont apenas na comunicação),prática de exercício físico( grexp nas dimensões de cuidados pessoais, controle de esfíncteres e comportamento social), a localização do AVC ( grexp na dimensão de mobilidade e comportamento social), a frequência do AVC (grexp. em todas as dimensões excepto controle de esfíncteres). Conclusão – As variáveis clinicas e sociodemográficas exercem uma maior influencia na independência funcional, quando testadas dimensão a dimensão. Face ao supracitado, podemos concluir que o programa de reabilitação, exerce um papel fulcral na independência funcional do doente, pelo que este deve ser iniciado o mais precoce possível e continuado de forma sistemática. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Fatores de risco, determinantes, Reabilitação e Independência Funcional.
- Impacto do AVC no estado de saúde do indivíduoPublication . Antunes, Pedro José Neves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – O Acidente Vascular Cerebral é hoje uma patologia que para além de representar a principal causa isolada de mortalidade, constitui também a principal causa de morbilidade no conjunto das doenças cardiovasculares, o que significa que as consequências relacionadas com a incapacidade resultante têm representação preponderante na medida de impacto na saúde do indivíduo. Neste pressuposto, o objectivo central deste trabalho pretende identificar as variáveis determinantes do impacto do AVC no estado de saúde do individuo vitima desta patologia. Métodos – Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo – correlacional, tendo recorrido a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 55 indivíduos com idades compreendidas entre os 60 anos e 92 anos (M= 76.64; Dp= 7.79), residentes no Concelho do Sabugal e vítimas de AVC. O instrumento de colheita de dados incorpora uma secção de caracterização socio-demográfica, outra secção de caracterização clínica; uma secção de caracterização da funcionalidade familiar (escala de APGAR familiar) e uma secção de caracterização da medida de impacto do AVC (Questionário de impacto do AVC – QIAVC, aferido e validado para a população portuguesa). Resultados – Verificamos que existem determinadas variáveis de índole sociodemográfica, clínicas e de contexto familiar que se revestem determinantes na percepção do impacto do AVC no estado de saúde do indivíduo, relativamente a vários domínios avaliados pelo QIAVC. Destacamos: o género, a idade, o rendimento mensal, a coabitação, o tipo de AVC e a funcionalidade familiar. O presente trabalho demonstra que a percepção do Impacto do AVC no estado de saúde é menor nos indivíduos do sexo masculino, mais jovens (60 – 70 anos), com melhores rendimentos mensais (superiores a 1485€), que convivem sobretudo com o companheiro (a) ou conjugue, que sofreram um AIT, e pertencentes tendencialmente a famílias altamente funcionais. Conclusão – A importância da percepção do Impacto do AVC no estado de Saúde do indivíduo como dimensão da Qualidade de Vida do mesmo, implica conhecer as determinantes ou variáveis que influenciam essa percepção. Contudo algumas não são modificáveis (ex: género, idade ou tipo de AVC). Partindo deste prossuposto, destacamos particularmente o papel da funcionalidade familiar neste domínio, como elemento potenciador da melhor percepção nos vários domínios sujeitos ao estudo. As implicações práticas dirigem-se no sentido de colocar a família no alvo da prestação de cuidados de modo a se melhorarem as dinâmicas familiares (como muitos autores preconizam).É pertinente também a congregação esforços e estratégias de coordenar meios e modelos de intervenção, onde se possa incluir a família como elemento integrante no processo assistencial, numa lógica de empowerment, particularmente neste domínio. PALAVRAS-CHAVE AVC, Percepção do impacto do AVC no estado de saúde, Família.
- Incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVCPublication . Morgado, José António Alves Reduto; Albuquerque, Carlos Manuel Sousa; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira AzevedoIntrodução: O AVC pode ser definido como um comprometimento neurológico focal (ou global), de início súbito, com sintomas persistindo para além de 24 horas, ou levando à morte, de provável origem vascular. É reconhecido como um dos problemas mais importantes de saúde pública, não apenas pelo seu caráter multidimensional, mas também devido às graves consequências que acarreta para o doente e para a sociedade. A reabilitação funcional do doente é um dos requisitos básicos no tratamento pós- AVC. Assim o objetivo geral deste estudo consiste em identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVC. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo não experimental, de natureza quantitativa, transversal e do tipo descritivo-correlacional. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 52 doentes, maioritariamente masculinos (61.5%), com uma faixa etária igual ou superior a 80 anos (50%), casados ou em união de facto (51.9%), com menos de quatro anos de escolaridade (46.2%) e a residirem com o cônjuge (30.8%), A recolha de dados foi efetuada através de um formulário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clínica, de contexto familiar, acessibilidades aos cuidados de saúde, Índice de Barthel e Índice de Lawton e Brody. Resultados: Verificámos que a maioria dos doentes, não fizeram reabilitação durante o internamento (92.3%), realizaram um programa de reabilitação após a alta hospitalar (63.5%), desses, a reabilitação teve inicio um mês após o AVC (69.7%), com uma duração entre dois e três meses (33.4%). Constatámos que apenas as determinantes sociodemográficas (grupo etário, estado civil, habilitações literárias, rendimento familiar) e clínicas (tipo de AVC, prática de atividade física e a duração do programa de reabilitação) influenciaram a incapacidade funcional dos doentes. Os doentes com maiores níveis de incapacidade funcional foram, os que pertenciam o grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos, viúvos, que não sabem ler nem escrever, que apresentam um rendimento familiar entre os 250 e 500€, que sofreram AVC Hemorrágico, que não praticam atividade física e que o programa de reabilitação durou menos de um mês. Relativamente à realização das Atividades Básicas de Vida Diária, 40.4% dos doentes eram independentes e 28.8% apresentavam incapacidade grave. Quanto às Atividades Instrumentais de Vida Diária, 55.8% dos doentes apresentavam uma incapacidade grave para a sua realização e apenas 11.5% eram independentes. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo revelaram a existência de fatores determinantes na incapacidade funcional. Este conhecimento permite-nos desenvolver e implementar intervenções personalizadas, que visem a diminuição da incapacidade funcional. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, com intervenções continuadas e direcionadas para as necessidades do doente, propõe-se a promover a autonomia funcional, a potencializar a sua recuperação e a facilitar a sua integração na dinâmica familiar e comunitária o mais precoce possível. Palavras-chave: AVC, Reabilitação; Enfermagem em Reabilitação; Incapacidade Funcional.
- Incapacidade funcional em doentes com acidente vascular cerebral seis meses após a sua ocorrênciaPublication . Correia, Ricardo Miguel Lourenço; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia com profundas implicações na funcionalidade das pessoas, com efeitos significativos não só ao nível do funcionamento físico, mas também a nível emocional, familiar, social e económico. Objetivos: Avaliar níveis de funcionalidade nas pessoas com AVC seis meses após a sua ocorrência e analisar a sua relação com as variáveis sócio demográficas, clínicas e funcionalidade familiar. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 72 pessoas com AVC há mais de seis meses, que são acompanhadas na Consulta Externa do Hospital Sousa Martins da Guarda. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sócio demográfica e clínica, o Índice de Barthel e a Escala de Apgar Familiar. Resultados: Constatou-se que após seis meses da ocorrência do AVC 44,4% dos inquiridos apresenta uma incapacidade ligeira, 36,1% uma incapacidade moderada e 19,4% uma incapacidade grave. Verificámos que, a idade (p=0,000), o género (p=0,006), a coabitação (p=0,002) e o rendimento familiar (p=0,019) se correlacionam significativamente com a capacidade funcional das pessoas, em algumas dimensões. Paralelamente, o alcoolismo (p=0,006), tabagismo (p=0,050), diabetes mellitus (p=0,000), stresse (p=0,050) e hipertensão arterial (p=0,050) interferem igualmente nessa capacidade, assim como o local de AVC. Em relação à realização de programas de reabilitação existe uma correlação negativa mas significativa (p=0,028). Conclusão: As evidências encontradas neste estudo reforçam o paradigma de que os fatores de risco se associam a uma pior capacidade funcional nas pessoas com AVC. Neste sentido, a adoção de medidas preventivas no controle destes fatores, a promoção de hábitos de vida saudáveis e a implementação precoce de programas de reabilitação estruturados são estratégias fundamentais na minimização do impacto negativo que esta doença acarreta na qualidade de vida das Pessoas. Palavras-chave: Doente, Acidente Vascular Cerebral, (in)capacidade funcional.