ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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Browsing ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by advisor "Nelas, Paula Alexandra de Andrade Batista"
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- A aplicação de técnicas não farmacológicas para alívio da dor no trabalho de partoPublication . Loureiro, Maria dos Anjos Lopes Peres; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: Este relatório pretende descrever o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia e 11º Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. A sua conceção tem por base uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do título de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher/família durante o ciclo gravídico-puerperal: a sala de partos, o puerpério, e a patologia da gravidez; ginecologia e neonatologia. O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas e uma reflexão crítica sobre as mesmas. Entre as intervenções realizadas, salienta-se a aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto, para promoção de conforto à parturiente e de um parto mais humanizado, respeitando sempre a sua vontade expressa. Neste sentido, optou-se, como contributo pessoa, realizar um estudo sobre a aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia. Objetivos: Analisar criticamente as atividades as atividades que permitiam adquirir e desenvolver competências específicas na prestação de cuidados à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. Determinar que variáveis sociodemográficas, profissionais e de contexto de formação interferem na aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia. Metodologia: Quanto à componente de ensinos clínicos, seguiu-se uma metodologia reflexiva da prática clinica desenvolvida, sustentada no perfil de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e os padrões de qualidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. A nível investigativo, trata-se de um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 204 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino (85,3%), com uma média de idade de 41,16 anos (±8,39). O instrumento de colheita de dados foi um questionário composto por duas partes. A primeira parte permite caracterizar a amostra nas dimensões sociodemográficas, académicas e profissionais. A segunda parte integra uma escala, construída e validada na presente investigação, com um alfa global de 0,906. Esta escala permite avaliar a utilização das diversas técnicas não farmacológicas para alívio da dor no trabalho de parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstétrica. Resultados: A realização dos ensinos clínicos permitiu constatar a importância da figura do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica na promoção de cuidados holísticos à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. As evidências do estudo de investigação mostram que, em 84,3% da amostra, a sala de partos onde exercem proporciona técnicas não farmacológicas de alívio da dor à parturiente; 59,3% referiram que as técnicas não farmacológicas de alívio da dor são disponibilizadas à parturiente desde a admissão na sala de partos e 31,9% mencionaram que estas são disponibilizadas desde o início do trabalho de parto, sendo as mais evidentes: Bola de nascimento (66,7%), hidroterapia (53,9%), massagem (43,1%), a livre deambulação (34,3%), musicoterapia (29,9%), técnicas de respiração (21,6%), termoterapia (11,8%), liberdade de movimentos (11,8%) e rebozo (10,3%). Os enfermeiros do género feminino aplicam mais as técnicas não farmacológicas sensoriais, mecânicas, emocionais e dinâmicas, enquanto os do género masculino utilizam mais as técnicas não farmacológicas de concentração; os que se encontram na faixa etária dos 36-44 anos de idade aplicam mais as técnicas não farmacológicas sensoriais, emocionais e dinâmicas, os mais novos (≤35 anos de idade) as técnicas não farmacológicas mecânicas e as de concentração são mais aplicadas pelos mais velhos (≥45 anos de idade); os que ministraram Programas de Preparação para o Parto e Parentalidade, têm entre 5-10 anos de experiência profissional, exercem funções numa sala de partos onde se proporcionam técnicas farmacológicas de alívio da dor à parturiente, que frequentaram Programas de Preparação para o Parto e Parentalidade e com formação específica na área são os que mais aplicam todas a técnicas estudadas. Conclusões: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica desempenham um papel privilegiado ao nível do acompanhamento do trabalho de parto, cabendolhes informar as grávidas/parturientes) sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor, proporcionando a sua aplicação durante o trabalho de parto, tornando, assim, o parto mais humanizado e uma experiencia mais gratificante para o EESMO. Palavras-chave: Trabalho de parto; Dor; Técnicas não farmacológicas; Parturientes; Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica.
- Conhecimento das mulheres sobre posições de trabalho de parto e parto : Uma revisão scopingPublication . Martins, Carina Andreia de Melo; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: No âmbito da Unidade curricular, Estágio com relatório final: Enfermagem de Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia – opção 3, foi elaborado o presente relatório. Este é composto pela componente clínica e a componente de investigação. A componente clínica pretende espelhar o percurso formativo desenvolvido ao longo de todo estágio nas diferentes áreas de atuação, refletindo sobre as intervenções planeadas e executadas que contribuíram para a aquisição de competências comuns e especializadas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. A componente de investigação explana o processo de execução da revisão scoping intitulada: “Conhecimento das mulheres sobre posições de parto: uma revisão scoping”. Este trabalho de investigação surgiu da reflexão crítica da prática clínica vivenciada. Objetivos: Evidenciar o processo de desenvolvimento de competências comuns e especializadas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Na componente da investigação, pretendemos mapear a evidência científica em relação aos conhecimentos das mulheres sobre posições que podem adotar no trabalho de parto e parto. Metodologia: Na construção deste relatório, a parte clínica baseia-se numa reflexão teórica-crítica das atividades desenvolvidas e das evidências científicas disponíveis sustentadas num pensamento teórico de enfermagem (teoria das transições de Meleis). A revisão scoping foi desenvolvida segundo a metodologia proposta pelo Instituto Joanna Briggs para a realização deste tipo de revisões. Resultados: O desenvolvimento prático das diferentes áreas de estágio distintas e a reflexão teórica e crítica das mesmas, possibilitou a aquisição de competências comuns e específicas inerentes ao exercício profissional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, bem como o cumprimento das experiências mínimas legalmente exigidas. O desenvolvimento do estudo de investigação, nomeadamente de uma revisão scoping permitiu desenvolver capacidades a nível de investigação e clarificou que várias mulheres em diferentes contextos, tem poucos conhecimentos sobre posições verticais que podem adotar no parto. Conclusões: Através da realização deste relatório final evidenciou-se o processo de desenvolvimento e aquisição de competências comuns e específicas regulamentadas para o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, conducentes à atribuição do título profissional de Enfermeiro Especialista e ao grau de Mestre. Relativamente à componente de investigação conclui-se que muitas mulheres, mesmo as que possuem partos anteriores, e/ou que têm acompanhamento profissional durante a gravidez, têm défices de conhecimentos em relação as posições que podem adotar durante o primeiro e segundo estádio do trabalho de parto. Pelo que emerge a necessidade de incorporar na assistência pré-natal nomeadamente na preparação para o parto, a abordagem teórica e prática das diversas posições que a grávida pode adotar nas diferentes fases de trabalho de parto. Surge também a necessidade da formação/ atualização de conhecimentos dos profissionais que assistem a mulher durante a gravidez e durante o trabalho de parto, sobre as diversas posições maternas ao longo do trabalho parto, tornando-se um agente facilitador. Palavras chave: Conhecimentos; Posições no trabalho de parto; Parto; Parturientes; Scoping
- A crioterapia na recuperação perineal no período pós-partoPublication . Silva, Mónica Andreia Lemos; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: O presente documento constitui o relatório final de estágio, desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular “Estágio com Relatório Final: Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica”, integrada no Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia, do Instituto Politécnico de Viseu – Escola Superior de Saúde. Na primeira parte, relativa à componente clínica, irão ser apresentados, segundo uma descrição critico-reflexiva, os estágios realizados ao longo do ano, preconizados pela Ordem dos Enfermeiros (Regulamento n.º 391/2019), e pelo plano curricular do curso. De referir que durante o estágio, foi possível planear, executar e avaliar os cuidados de enfermagem especializados, fundamentados na melhor evidência científica disponível. Na segunda parte, relativa à componente de investigação, o interesse pela temática investigada surgiu do interesse crescente na área da dor no puerpério e na aplicação da crioterapia como intervenção terapêutica, pelo que o tema explanado foi “A crioterapia na recuperação perineal no período pós-parto”. Objetivos: Analisar crítica e reflexivamente as atividades desenvolvidas, os conhecimentos adquiridos e as competências desenvolvidas, baseadas nas competências gerais e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica (EEESMO), ao longo dos estágios constantes no plano formativo do curso e mapear o conhecimento sobre a utilização de crioterapia perineal, no pós-parto, para alívio da dor. Métodos: Na elaboração deste relatório seguiu-se uma metodologia descritiva, com enquadramento crítico reflexivo, no que se refere às atividades desenvolvidas, tendo como linha orientadora os objetivos propostos para cada um dos estágios, sustentado no perfil de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e os padrões de qualidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, assim como na melhor evidência científica. Na componente de investigação, foi desenvolvida uma Scoping Review, de acordo com o protocolo do Joanna Briggs Institute. Resultados: No presente relatório é passível a verificação do desenvolvimento de competências comuns e específicas da Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, no contexto do mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Estamos certos de que as competências adquiridas e as reflexões efetuadas neste percurso contribuam para a formação de excelência nesta área de especialização. Em todo o processo formativo foi tida em consideração a prática segundo o código deontológico, inerente ao EESMO e a prática sustentada em evidência científica. A segunda parte do relatório, integra a componente de investigação e verificamos que, apesar da totalidade dos estudos selecionados na revisão, não apoiarem a utilização da crioterapia por não se verificar efeito analgésico, pela sua utilização na prática e pelo que é verbalizado pelas puérperas, podemos concluir que a aplicação de gelo é uma estratégia eficaz no alívio da dor. Conclui-se também, que 10 minutos de crioterapia foi suficiente para obter o efeito antiálgico. Conclusões: O percurso formativo respeitou o preconizado pelo Regulamento n.º 391/2019 da Ordem dos Enfermeiros e pela diretiva europeia 2005/36/CE de 7 de setembro, tendo todo ele sido sustentado em evidência científica. Com a finalização deste percurso, verifiquei que relativamente ao que é verbalizado e percecionado pelas puérperas, aquando da aplicação de gelo é que existem melhorias relativamente ao desconforto, contudo na pesquisa pela melhor evidência, pude constatar que ainda existem algumas lacunas e que não necessários mais estudos na área. O EESMO desempenha um papel crucial no acompanhamento da mulher na recuperação pós-parto, proporcionando cuidados personalizados e de alta qualidade, empoderando a mulher relativamente ao autocuidado, facilitando uma melhor recuperação, promotora para uma parentalidade segura e positiva. Palavras-chave: crioterapia; gestão da dor; pós-parto; períneo; puérpera.
- Motivação das puérperas para a amamentação no momento da alta hospitalarPublication . Tojal, Daniela Filipa de Almeida; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: O presente documento, estágio com relatório final, tem como finalidade apresentar o desenvolvimento de conhecimentos e a aquisição de competências para a obtenção do título de enfermeiro especialista e o grau de mestre em Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica. Na primeira parte, relativa à componente clínica, irão ser apresentados, segundo uma descrição critico-reflexiva, os estágios realizados ao longo do ano, preconizados pela Ordem dos Enfermeiros e pelo plano curricular do curso. Na componente de investigação será abordada a motivação das puérperas para a amamentação, no momento da alta hospitalar. Objetivos: Analisar crítica e reflexivamente as atividades desenvolvidas, os conhecimentos adquiridos e as competências desenvolvidas, baseadas nas competências gerais e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica (EEESMO), ao longo dos seis estágios e avaliar a motivação das puérperas para amamentar no momento da alta hospitalar, em função das variáveis sociodemográficas, suporte e recursos, contexto obstétrico e depressão pós-parto. Métodos: No âmbito do relatório do estágio de natureza profissional, seguiu-se uma metodologia descritiva, com enquadramento crítico-reflexivo, relativamente às atividades desenvolvidas, tendo como linha orientadora os objetivos propostos para cada um dos estágios, tendo como padrão o perfil de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica, bem como as evidências científicas. Na componente de investigação, foi efetuado um estudo quantitativo, descritivo, transversal e correlacional, com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 254 puérperas. A média de idades da amostra foi de 31,9 anos. Foi aplicado um questionário, que permitiu fazer a caraterização sociodemográfica, de suporte e recursos e obstétrica. Foi ainda incluída a escala da motivação para a amamentação (Nelas et al, 2008) e a escala de depressão pós-parto de Edimburgo (Cox et al, 1987), validada para a população portuguesa por Santos et al (2007). No estudo, foram assegurados todos os procedimentos éticos e legais, de acordo com a legislação nacional e da EU em vigor (Lei n.º 58/2019, Diário da República n.º 151/2019, Série I de 2019-08-08; e Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento e do Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados. Os dados foram analisados com recurso ao programa IBM® SPSS® Statistics 28.0. Resultados: O presente relatório demonstra a evolução no desenvolvimento de competências comuns e específicas do EEESMO, no contexto do mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, e acreditamos que as competências adquiridas e as reflexões efetuadas neste percurso contribuam para a formação de excelência nesta área de especialização. Durante este percurso formativo, foi tida em consideração o respeito pela individualidade e prática segundo o código deontológico inerente ao Enfermeiro Obstetra. A prática sustentada em evidência científica, também foi tida em consideração. A segunda parte do relatório integra a componente de investigação. Neste estudo, verifica-se que as puérperas estão motivadas para a amamentação no momento da alta hospitalar. Quanto aos preditores que podem influenciar a motivação, podemos referir o estado civil, os recursos disponíveis e a relação inversa que existe com a DPP. Conclusões: O conhecimento científico e o desenvolvimento de competências especializadas é fundamental para a prática de excelência, sustentada em evidência científica. Foram alcançados todos os números de experiências preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros para a atribuição do título de EEESMO, de acordo com a diretiva europeia 2005/36/CE de 7 de setembro. O estudo empírico sugere que apesar da motivação das puérperas para amamentar devem ser realizados mais estudos no sentido de apurar que outros contextos podem influenciar o sucesso da amamentação, tal como preconizado pela OMS e UNICEF. Palavras-chave: Amamentação; Motivação; Puérperas; Alta hospitalar; Depressão pós-parto.
- Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dorPublication . Teixeira, Ana Cristina Esteves; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaIntrodução: Este relatório pretende descrever o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLESMO. A sua conceção tem por base uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do título de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher /família durante o ciclo gravídico-puerperal: a sala de partos; promoção de saúde da mulher, o puerpério; patologia da gravidez; ginecologia e neonatologia. O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas, o seu confronto com a melhor evidência científica, bem como a análise crítica e reflexiva, a qual possibilitou não só o meu crescimento enquanto futura EEESMO, como o meu crescimento pessoal. No presente relatório apresentamos ainda um estudo de investigação com o tema “Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor” uma vez que consideramos que a gestão da dor durante o trabalho de parto é um dever dos profissionais de saúde e um direito das parturientes. Esta é uma forma de promoção de uma vivência gratificante e positiva de um dos momentos mais marcantes na vida de uma mulher/casal, pelo que optamos pelo estudo da perceção da dor após aplicação de técnicas não farmacológicas. Objetivos: Os objetivos principais deste estudo são avaliar quais as técnicas não farmacológicas de alívio de dor mais implementadas, qual o impacto destas técnicas no alívio da dor, qual o impacto das variáveis sociais (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor e qual o impacto das variáveis obstétricas (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e parentalidade e tipo de parto) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor. Métodos: Este é um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 200 puérperas, com uma média de idade de 29,67 anos (Dp=5,43). O instrumento de colheita de dados foi um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias), obstétrica (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e tipo de parto) da amostra. Foi ainda incluída uma escala “Impacto das técnicas não farmacológicas no alívio da dor no trabalho de parto” (construída para o efeito). Resultados: Foram encontrados os seguintes valores de alpha global para cada técnica não farmacológica (Bola de pilates = 0,852; Deambulação = 0,849; Massagem = 0,920; Duche quente = 0,904; Musicoterapia = 0,964. As técnicas não farmacológicas de alívio da dor mais implementadas e motivadas pelos enfermeiros foram o duche quente (25%), a deambulação (28,5%) e a bola de pilates (33%). A contrapressão revelou-se a técnica mais eficaz, seguida do duche quente e da deambulação. Segue-se a bola de pilates e a massagem. Constatou-se um claro domínio das participantes em que o nível da dor diminuiu após aplicação das técnicas. As variáveis sóciodemográficas que influenciaram a perceção da dor, após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor foi apenas a situação profissional, nomeadamente para o duche quente (p=0.016). As variáveis obstétricas que influenciaram a perceção da dor, após aplicação das técnicas não farmacológicas foi apenas o número de gravidezes, nomeadamente para a massagem (p=0.050) e os programas de preparação para o parto, na deambulação (p=0,050). Conclusão: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, pelo papel privilegiado que desempenham no acompanhamento da parturiente, têm o dever de informar as mulheres sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor existentes, colocando-as ao dispor e em prática, durante o trabalho de parto, contribuindo desta forma para uma experiência mais gratificante do trabalho de parto e parto e também para uma transição positiva para a parentalidade. Palavras-chave: Dor; Trabalho de parto; Parturientes; Técnicas não farmacológicas.
- Perceção dos enfermeiros obstetras sobre violência obstétricaPublication . Bernardo, Gisela Teixeira de Barros Tavares Ferreira; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEste relatório descreve o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLEESMO, realizado no Centro Hospitalar Tondela Viseu E.P.E e na Unidade de Saúde Familiar Infante D. Henrique de 1 de março de 2021 a 28 de janeiro de 2022. Trata-se de uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do titulo de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher/família durante o ciclo gravídico-puerperal: sala de partos, puerpério, patologia da gravidez, ginecologia e neonatologia. Aqui, foram desenvolvidas atividades que permitiram adquirir e desenvolver competências especificas na prestação de cuidados à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. O presente relatório, descreve as experiências vividas, as competências desenvolvidas, durante o estágio, assim como, as intervenções realizadas e seu confronto com a melhor evidência cientifica. Foi ainda realizada uma análise critica e reflexiva que possibilitou o crescimento como futuro EEESMO. De salientar o contexto pandémico por Covid-19 vivido que condicionou, em parte, as práticas especializadas. No âmbito da Unidade Curricular, Estágio com Relatório Final, desenvolvemos uma investigação, com o tema Perceção dos enfermeiros obstetras sobre violência obstétrica, pois existem relatórios oficiais que reconhecem a presença desta realidade nas instituições de saúde portuguesas. Em 2014 a OMS definiu as práticas que constituem desrespeito à mulher e que dão visibilidade à violência obstétrica e a sua politica dos cuidados tem-se focado na humanização. São os enfermeiros obstetras que cuidam a mulher durante o trabalho de parto e parto, daí, ser importante perceber as suas perceções relativamente a esta realidade São objetivos deste estudo, traduzir e validar a escala PercOV-S, identificar a perceção dos enfermeiros obstetras relativa à violência obstétrica e analisar a relação entre a perceção dos Enfermeiros Obstetras sobre violência obstétrica e as variáveis de contexto sociodemográfico, formativo e profissional. Metodologia: Estudo, de natureza quantitativa, descritivo correlacional, analítico, de foco retrospetivo. A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 172 EEESMOS (Média de idade de 42 anos). O instrumento de colheita de dados foi o questionário que permitiu caracterizar a amostra nos aspetos sociodemográficos, profissionais e formativos. Foi ainda incluída a escala PercOV-S (Mena-Tudela et al., 2020) Resultados: a idade, o respeito pelas expetativas do casal durante o atendimento, o reconhecimento de ter presenciado violência obstétrica, a formação sobre violência obstétrica e a pertinência dessa formação são as variáveis que influenciam a perceção sobre violência obstétrica nos enfermeiros obstetras. Conclusão: podemos referir a importância da sensibilização para práticas onde a violência obstétrica se encontra presente, nos cuidados prestados por EEESMOS, uma vez que a eliminação da violência obstétrica melhora os cuidados especializados prestados em todas as áreas do cuidado à mulher, do ciclo gravídico-puerperal passando pelas situações de aborto. Palavras-chave: Saúde Materna; Enfermagem Obstétrica, Enfermeiro Obstetra, Violência Obstétrica.