ESEV - DCL - Artigo em ata de evento científico internacional
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Browsing ESEV - DCL - Artigo em ata de evento científico internacional by Author "Balula, João Paulo"
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- Cartografias em movimento: re(a)presentações do/no espaço em A vida no céu – romance para jovens e outros sonhadoresPublication . Melão, Dulce; Balula, João PauloNeste artigo procuramos refletir sobre cartografias em movimento e re(a)presentações do/no espaço em A vida no céu – romance para jovens e outros sonhadores (2013) de José Eduardo Agualusa, mormente sobre a importância do cenário e da natureza, seus desdobramentos e fragmentações, indagando a possível valorização dos sentidos e das cores no/do espaço para a (re)configuração do mesmo. No que respeita ao referencial teórico: i) optámos pela proposta de topoanálise de Borges Filho (2007), por considerarmos que permite operacionalizar um conjunto de parâmetros de relevo relativamente ao espaço na obra literária, possibilitando a sua categorização e enfatizando a sua versatilidade e atualidade contemporâneas; ii) convocámos igualmente Bauman (2000; 2007) pelo seu contributo para a reflexão sobre a “modernidade líquida” enquanto condição de abertura e vivência hodierna da mobilidade fluida que permeia o nosso quotidiano, podendo desvelar-se na (re)construção do espaço literário
- O contributo dos manuais de Português para as práticas de leitura literária - percursos de análise no 1.º CEBPublication . Melão, Dulce; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Castelo, Adelina; Matos, Isabel Aires; Balula, João PauloÉ reconhecido que o processo de avaliação e certificação dos manuais escolares implicou um conjunto significativo de mudanças na reorganização dos mesmos. Relativamente aos manuais de Português destinados ao 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), tais mudanças repercutiram-se, sobretudo, no reajustamento dos domínios da Oralidade, da Leitura e Escrita, da Gramática e da Educação Literária. Tendo como quadro teórico de referência o cruzamento da reconceptualização da Educação Literária no Programa e Metas Curriculares de Português (2015) com o desenvolvimento de estratégias didáticas de ensino da compreensão na leitura, traçámos os seguintes objetivos: i) analisar o modo como as atividades propostas nos manuais promovem o cumprimento dos objetivos do domínio da Educação Literária em articulação com a compreensão na leitura; ii) compreender que repercussões terão tais opções para a reconstrução conjunta, de docentes e de alunos(as), de itinerários de leitura que possibilitem cultivar o gosto pela mesma. Relativamente às opções metodológicas, a nossa abordagem foi de natureza qualitativa, tendo sido selecionados três manuais do 1.º CEB adaptados ao Programa e Metas Curriculares de Português. Recorremos à técnica da análise de conteúdo para o estabelecimento de categorias a posteriori, de modo a podermos compreender que tipo de atividades os manuais privilegiam e quais as razões que subjazem a tal escolha. Concluímos que as atividades propostas, embora contribuam para a promoção da Educação Literária, se articulam, por vezes, de forma débil, com o desenvolvimento da compreensão na leitura, o que poderá repercutir-se nos itinerários de leitura partilhados em contexto escolar.
- Da página como espaço de escuta e abrigo de afetos: a literatura para a infância na Educação Pré-EscolarPublication . Melão, Dulce; Balula, João PauloA literatura para a infância, em Portugal, tem vindo a ser, cada vez mais, alvo de atenção em contexto educativo, multiplicando-se a publicação de propostas de qualidade, para diferentes faixas etárias, e correspondendo a distintas e diversificadas opções editoriais. Tais opções permitem promover formas renovadas de interação com o livro-álbum capazes de incrementar o prazer de ler. Partimos de um corpus de análise constituído por duas obras de Isabel Minhós Martins, publicadas em 2013, “Uma onda pequenina” e “Este livro está a cha-mar-te (não ouves?)”, e traçamos os seguintes objetivos para o nosso estudo: i) indagar o contributo dos peritextos destes livros-álbum no que respeita ao fo-mento da motivação para a leitura; ii) refletir sobre as possibilidades do reforço da literacia emergente na Educação Pré-Escolar, através da combinação de estratégias que favorecem a interação do livro-álbum com os leitores, fomentadas, página a página, em espaços de escuta, abrigando afetos. Concluímos que os peritextos dos dois livros-álbum podem contribuir para o incremento da literacia emergente, sempre que enquadrados em práticas de leitura partilhada que favoreçam a sua fruição, permitindo às crianças brincar enquanto leem.
- Entre riscos e rabiscos: da leitura à representação (gráfica) de provérbiosPublication . Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires; Balula, João PauloDe tradição oral e de origem remota, os provérbios circunscrevem a realidade cultural dos seus criadores e utilizadores. A sua riqueza reside, por um lado, na mensagem sintética e por isso, também, pragmática, ao ser utilizada como âncora em contextos específicos; reside, por outro lado, na construção de metáforas conceptuais, tradutoras de verdades e generalizações sedimentadas na observação empírica. É nestas que a língua portuguesa (LP) germina a dimensão cultural e permite a exploração de mundividências partilhadas, transparentes, translúcidas ou opacas. O trabalho que propomos apresentar descreve um conjunto de atividades realizadas com alunos do 5.o ao 8.o ano de escolaridade, no âmbito de um programa desenvolvido por um agrupamento de escolas da região de Viseu e uma instituição de ensino superior durante o ano letivo de 2013-2014. As atividades que propusemos implicaram considerar a LP a partir de diferentes prismas, perspetivando-a não só como código verbal, como herança cultural, mas também como espaço de criação e criatividade. Assim, a sedimentação de significados que foram construindo a LP é apresentada aos alunos como enigma a desvelar. Neste sentido, propomos a) analisar a representação gráfica de provérbios feita por alunos do ensino básico; b) refletir sobre a influência da LP na formação de provérbios em países de expressão portuguesa. A sua interpretação é padronizada, mas permeável a ambiguidades. Neste caso, e a partir da comparação de um exercício de equivalência entre provérbios representados pela variedade do português, revelamos a seleção dos alunos.
- O espaço e o reconhecimento do Outro em textos de Mia CoutoPublication . Pinho, Sara; Amante, Susana; Balula, João PauloAtualmente, temos de aprender a viver e a conviver numa sociedade em que a diversidade linguística, étnica e cultural é uma realidade, resultante de fenómenos sociais que se constituem como traços da globalização e que não podem ser ignorados. O efeito da globalização verifica-se, também, nas salas de aula em que encontramos alunos oriundos de diferentes países e com diferentes culturas. Daí a necessidade de os alunos, desde cedo, serem confrontados com o reconhecimento e a valorização da diversidade como uma oportunidade e uma fonte de aprendizagem para todos, respeitando o multiculturalismo das sociedades atuais. No meio escolar, o manual é um auxiliar no desenvolvimento de competências e também um meio para promover a formação cívica dos alunos, nomeadamente o reconhecimento do valor da diferença, o que pode ser conseguido através da leitura de textos literários de expressão portuguesa trabalhados nos manuais escolares do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em Portugal, como são exemplo "O beijo da palavrinha" e "O gato e o escuro", de Mia Couto, presentes nos manuais escolares do 4.º ano de escolaridade. Estes textos alertam para a necessidade de reconhecer a diferença do Outro como sendo algo positivo, de uma riqueza notável, e não como algo a excluir. Consequentemente, o seu estudo pode ser fonte de enriquecimento na construção multicultural e pode assumir grande importância como forma de partilha e de representação de mundos reais e/ou fantásticos, conhecidos e/ou desconhecidos para os alunos. Assim, nesta comunicação, pretende-se fazer uma abordagem, de caráter exploratório, sobre a relação entre o estudo do espaço na obra literária e o reconhecimento do Outro a partir da análise de "O beijo da palavrinha" e de "O gato e o escuro" que constam da lista de obras e textos recomendados para a iniciação à educação literária nas Metas Curriculares de Português do Ensino Básico, em Portugal.
- Formar leitores na Sociedade do ConhecimentoPublication . Balula, João PauloA apropriação da informação escrita, a partir de uma rápida e eficiente pesquisa, tornou-se vital. Neste contexto, cabe à Escola proporcionar a todos os indivíduos o desenvolvimento da compreensão do escrito. Nesta comunicação, pretendemos reflectir sobre o papel desempenhado pela Escola na formação de leitores. Do Jardim de Infância à Escola Secundária, existe o imperativo de contribuir para que a leitura seja utilizada por todos os alunos, não só para se apropriarem da informação produzida por outrem, como também para a organizar e produzir novos significados e novos conhecimentos, tornando-se num recurso insubstituível para transformar o próprio conhecimento, reorganizando-o e elaborando-o. Pretendemos também fazer uma análise do que está previsto nos documentos legais que regulam o funcionamento da escola para o confrontarmos com os indicadores disponíveis sobre as práticas e apresentar algumas propostas para ultrapassar as dificuldades que persistem, de modo a que a formação de leitores, ao longo do percurso escolar, se torne numa verdadeira estratégia para o sucesso educativo.
- Humor gráfico, criatividade e ensino da MatemáticaPublication . Menezes, Luís; Balula, João Paulo; Matos, Isabel; Simões, Dabiel; Carvalho, MartaEste artigo apresenta uma investigação sobre a própria prática desenvolvida por dois futuros professores, no contexto da sua formação inicial. No estudo, procura-se compreender as potencialidades da utilização de tarefas matemáticas baseadas em humor gráfico (tiras de Banda Desenhada) para o ensino e a aprendizagem da Matemática no 5.º ano de escolaridade. Em particular, visa-se compreender: (i) a adesão dos alunos às tarefas e ao humor gráfico; (ii) as dificuldades encontradas pelos alunos na sua interpretação e resolução; e (iii) as funções do humor na aprendizagem da Matemática. A análise dos dados recolhidos através de observação direta, apoiada por gravações áudio e vídeo, e técnica documental revela boas potencialidades destas tarefas para a aprendizagem da Matemática, tendo os alunos aderido bem às propostas apresentadas, levando-os a terem emoções positivas, a pensar e a comunicar. Em paralelo, os alunos mostram algumas dificuldades na interpretação do humor, talvez porque este tipo de propostas não era habitual para eles.
- Ler e escrever no século XXI. Apontamentos de um percurso de educação não-formalPublication . Balula, João Paulo; Martins, Luísa Maria LopesA preparação do Homem para a Sociedade do Conhecimento passa, no século XXI, necessariamente, pelo desenvolvimento de competências relacionadas com o processamento da informação escrita. A língua escrita continua a ser uma fonte de informação privilegiada. A leitura apresenta-se, cada vez mais, como uma actividade determinante em toda a vida do indivíduo, quer no que diz respeito à sociedade em geral, quer no que diz respeito à escola em particular. Por isso, impõe-se uma renovada atenção ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita, à sua promoção e desenvolvimento, muito para além da mera alfabetização. Nesta comunicação, pretendemos apresentar algumas notas de um percurso de educação não formal, desenvolvido de 2007 a 2009 numa instituição portuguesa de ensino secundário público, que consistiu na implementação do Projecto Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA), um programa internacional de educação para o desenvolvimento sustentável que envolve vários países da Foundation for Environmental Education. Esta implementação teve em conta que a sociedade espera que a escola forme cidadãos activos e críticos e que para o conseguir é necessário mobilizar todos os meios disponíveis, num trabalho de equipa que encontra na apresentação à comunidade uma boa parte da sua importância. O trabalho desenvolvido no âmbito do projecto JRA, muito assente na utilização da leitura e da escrita em diferentes suportes e com diferentes finalidades, rompeu com uma prática de abordagem compartimentada e fechada dentro da sala de aula e abordou temáticas que atravessam toda a formação de cidadãos que se desejam responsáveis e cientificamente cultos. A apresentação dos resultados obtidos visa realçar a importância de um trabalho interdisciplinar, preparado e desenvolvido dentro da escola, em contexto de educação não-formal, com visibilidade local, nacional e internacional, com vista à formação de cidadãos cientificamente cultos, capazes de equacionar soluções para os problemas contemporâneos.
- A Língua portuguesa em cenários inclusivos: relato de experiências no âmbito do programa investir na capacidadePublication . Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Matos, Isabel Aires; Balula, João PauloO desiderato da escola inclusiva, equitativa e democrática, bem como o eixo de ação dedicado à educação inclusiva do Quadro Estratégico para a Educação e a Formação para 2020 trazem desafios que se colocam às políticas e práticas educativas corroboradas, também, no Relatório Conjunto da Comissão Europeia e dos Países Membros da União Europeia (2014). A sociedade de conhecimento dificilmente se poderá desligar deste modelo de educação inclusiva, com ela partilhando espaços e tensões que implicam a adaptação de conteúdos curriculares e a (re)criação de instrumentos didáticos. Ainda que o acesso à informação seja mais democrático, rápido e instantâneo, tal inibe o domínio de um assunto com profundidade, bem como a construção de redes de intertextualidades ou de representações mentais. A profundidade, a velocidade, a consistência e a densidade com que se tece o conhecimento e como este se mobiliza são algumas das características apontadas às crianças sobredotadas e talentosas, cujo desempenho e performance poderão ser descritos como extraordinários. Não obstante a prematuridade da investigação no espaço educativo, cabe à escola para todos abrir espaço a crianças precoces e com capacidades acima da média, bem como abrir caminho à reflexão sobre as suas capacidades e talentos. Neste contexto, capitalizar as capacidades das crianças sobredotadas ou talentosas é, também, um objetivo da educação inclusiva. Propomos, nesta comunicação, fazer o relato de experiências levadas a cabo, entre os anos de 2013 e 2015, na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) a partir de uma parceria desenvolvida com um agrupamento de escolas (AEN) do mesmo distrito. Convidada para a operacionalização do Programa Investir na Capacidade (PIC), a participação e envolvimento da ESEV implicaram a conceção e a implementação de um programa de atividades que redimensionam a Língua Portuguesa como espaço de reflexão e como ferramenta para o desenvolvimento da criatividade. A abordagem deste programa de atividades privilegiou o envolvimento dos alunos em tarefas de enriquecimento de conteúdos, pelo acesso a tópicos não abordados no currículo, e pelo facto de se implicarem de forma mais profunda do que a que ocorreria no quotidiano, meta almejada pelo PIC. Tendo como objetivo desenvolver as capacidades de um grupo de alunos do ensino básico, propomo-nos a: a. apresentar as atividades inseridas nos domínios de Criatividade e Comunicação, realizadas com alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos; b. refletir sobre a forma como os alunos desenvolveram as suas capacidades, a partir das diversas dimensões da Língua Portuguesa na resolução de problemas. Como principais resultados evidenciados, salientamos a ampliação do capital lexical nas suas múltiplas dimensões e mobilização para diferentes contextos semântico-pragmáticos; a otimização de estratégias de seleção e organização de informação oral e escrita em diferentes suportes; a exploração e desenvolvimento de estratégias de planificação e o redimensionamento das redes de intertextualidades autorizadas pela exploração estética e semântica de textos de literatura para a infância.
- O manual escolar de Português: das políticas às práticasPublication . Balula, João Paulo; Matos, Isabel Aires; Silva, Ana Isabel; Amante, SusanaO manual escolar sobreviveu ao longo dos tempos, independentemente das diferenças políticas, culturais e de ritmos de mudança, bem como de todas as polémicas a ele associadas. Situado, muitas vezes, entre dois planos separados - por um lado, o plano da conceção e, por outro lado, o plano da aplicação – pode ser visto como uma forma de saber. Considerando que, em Portugal, o processo de elaboração e adoção deste recurso didático visa, entre outros aspetos, garantir a sua conformidade com os programas e as orientações curriculares, pretendemos, com este trabalho, analisar e discutir as alterações dos manuais escolares causadas pelas mudanças ao nível das orientações programáticas. Os resultados da análise de conteúdo efetuada indicam que, apesar do ritmo acelerado de mudança da sociedade atual, as orientações programáticas, determinadas politicamente, são o principal fator que influencia as alterações nos manuais escolares de Português e que a informação sobre as práticas está pouco presente neste processo.