ESSV - UECA - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Agressividade em meio escolar e estilos educativos parentaisPublication . Costa, Joana Pereira Rodrigues da; Bica, IsabelIntrodução: O bullying e a agressividade em meio escolar tem aumentado a sua ocorrência nos últimos anos. APAV (2012, 2016) menciona que tem havido um aumento de casos ao longo dos anos. O que justifica estudar os comportamentos agressivos em meio escolar e relaciona-los com os estilos educativos. Objetivos: Pretende-se com este estudo analisar a influência das variáveis sociodemográficas, o tipo de família e os estilos educativos nos comportamentos de agressividade nas crianças em idade escolar. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo de analise quantitativa correlacional e de corte transversal, com uma amostra de 72 crianças (N=72) com idade média 8.22 (±0.967) numa escola do agrupamento de escolas do concelho de ovar e seus pais para avaliar a influência dos estilos educativos nos comportamentos de agressividade em meio escolar em crianças (7-10 anos). Foi utilizado para as crianças o questionário de Pereira e Almeida (1994) adaptado da versão original de Olweus (1989) e para os pais o EMBU-P, versão portuguesa (Canavarro 2003) com consistência interna moderada com um alfa de cronbach de 0.65. Resultados: As crianças são na sua maioria, do sexo masculino (52.8%), observou-se que 50% referiu ser vitima de comportamentos agressivos, e 43.7% identificaram-se como agressores, dos quais 67.8% são rapazes. Os comportamentos mais referidos, com 25%, são de agressividade verbal. A maioria das famílias são nucleares (86,1%). Na amostra dos progenitores, com média de idades de 41.17±5.39, 84,7% que responderam foram mãe, nos estilos educativos, a dimensão do suporte emocional foi a mais apresentada com OM=50.29(±3.57). Não se observou relação entre as variáveis sociodemográficas, tipo de família e o estilo educativo e os comportamentos agressivos. Contudo fica mostrado que as crianças agressoras apresentam pais com scores superiores na dimensão “tentativa de controle”. Conclusão: Considerando o presente estudo, continua a ser de extrema importância a prevenção da agressividade em meio escolar. Face aos resultados é essencial conduzir uma intervenção não somente centrada nos comportamentos da criança e na escola, mas também no sistema familiar com vista à promoção da parentalidade. Palavras chave: Bullying, comportamentos agressivos, estilos educativos, crianças.
- Aleitamento materno : prevalência até ao 3º ano de vida e perceção das mãesPublication . Esteves, Cláudia Cristina Coutinho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno consiste no meio mais adequado de proporcionar alimento e proteção à criança, para além de outras vantagens e benefícios, e promove o estabelecimento do vínculo afetivo da díade mãe/filho. Em Portugal, todavia, continuam a registar-se taxas de prevalência de aleitamento materno inferiores às recomendações mundiais. Objetivos: A investigação incluiu dois estudos. No estudo 1, averiguar a prevalência do aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as variáveis sociodemográficas, variáveis maternas e variáveis contextuais à amamentação; no estudo 2, verificar a perceção das mães sobre o aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as dificuldades e os benefícios da amamentação e a influência das variáveis obstétricas. Metodologia: O estudo 1 insere-se num paradigma quantitativo, transversal, descritivo e analítico, envolve uma amostra de 83 mães de crianças até aos três anos de idade (exclusive) que recorrem à Consulta de Vigilância de Saúde Infantil de uma unidade de saúde familiar da região centro. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário realizado ad hoc, com base na revisão da literatura, revisto por um grupo de peritos. O estudo 2, de natureza qualitativa, teve a participação de 9 mães, a quem foi aplicada uma entrevista semiestrutura objeto de análise de conteúdo. Resultados: A maioria das participantes de ambos os estudos relatou ter companheiros, residir na zona urbana e ter uma profissão. A maioria referiu que frequentou as aulas de preparação para o parto. O seu bebé foi colocado à mama na primeira hora de vida, esteve junto do seu filho nas primeiras 24 horas e amamentou até aos 6 meses, exclusivamente, com leite materno. A influência dos familiares em relação ao aleitamento foi positiva, a maioria das mulheres recebeu visita domiciliária pela equipa de enfermagem durante os primeiros 15 dias de vida do bebé, considerando-a importante. Contudo, foram as aulas de preparação para o parto que se revelaram como fator preditor de aleitamento materno, no primeiro estudo. Conclusão: Os resultados apurados revelam que existe uma maior possibilidade de aleitamento materno em mulheres com aulas de preparação para o parto. O que leva a sugerir que os Enfermeiros Especialistas de Saúde Infantil e Pediatria devem continuar a promover a amamentação nos diferentes contextos, dotando as mulheres de literacia ao nível do aleitamento materno, o que pode ser um adjuvante para o aumento da prevalência de aleitamento materno e evitar o seu abandono precoce. Palavras-chave: Aleitamento materno; Prevalência; Criança; Perceção.
- Análise dos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais sobre os cuidados com a dor na criançaPublication . Pombal, Mónica Sofia Sanches; Aparício, Graça; Batalha, LuísEnquadramento: A falta de conhecimentos na área da dor tem sido vista como a maior causa para a perpetuação de mitos, crenças e preconceitos que impossibilitam uma avaliação precisa e, consequentemente, uma prevenção e tratamento eficientes. Objetivos: Analisar os conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança; identificar as variáveis sociodemográficas, profissionais e de contexto clínico que se associam aos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança; Identificar as analogias entre os conhecimentos e as práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional e de carater transversal, realizado numa amostra não probabilística de 46 enfermeiros, 84,8% sexo feminino, (média idades= 42,8 anos; SD= 9,1), que exercem funções em unidades de internamento e urgência pediátricas de dois hospitais da região centro do país. A amostra integrava igualmente 173 progenitores, 85,3% mães, (média de idades= 34,5 anos; SD= 6,4) de crianças internadas nas mesmas unidades. Foram aplicados dois questionários, um aos enfermeiros e outro aos pais, compostos por duas partes, uma relativa à caracterização sociodemográfica, profissional e clínica dos inquiridos, e o inventário de Saberes e Práticas dos Enfermeiros no alívio da Dor Pediátrica de Batalha (2001). Resultados: Os enfermeiros tinham em média 19,5 anos de profissão, (SD=8,7) e 71,1% trabalhavam em média há 14,9 anos em pediatria. Os pais tinham maioritariamente (44,7%) 1 filho e 36,6% frequentaram o ensino secundário. Avaliados os conhecimentos e práticas segundo 6 dimensões de dor: conceito, tolerância, reconhecimento e avaliação da dor, cuidados farmacológicos e cuidados não farmacológicos, verificou-se no global que os conhecimentos e práticas dos enfermeiros são adequados e o reconhecimento da dor foi a dimensão com mais respostas desadequadas. Os enfermeiros mais novos utilizam mais cuidados não farmacológicos (p= 0,042), os do sexo feminino são mais sensíveis à avaliação da dor (p= 0,013), os pertencentes ao Hospital 1 evidenciaram-se na avalição da dor e nos cuidados farmacológicos (p< 0,05) e a formação na área adequa a análise do conceito de dor, tolerância, avaliação e cuidados farmacológicos (p< 0,05) perante a dor. Os pais, demonstraram ter conhecimentos e práticas mais adequados apenas na dimensão cuidados não farmacológicos e os mais velhos e casados nos cuidados farmacológicos (p=0,002; p=0,036 respetivamente). Os que tinham três ou mais filhos revelaram melhores conhecimentos relativamente ao conceito de dor (p=0,016) e os que tinham estudos superiores responderam adequadamente às afirmações da tolerância à dor (p=0,005), cuidados farmacológicos (p=0,000) e cuidados não farmacológicos (p=0,003). Os pais de crianças internadas no Hospital 1 mostraram-se mais sensíveis à avaliação da dor (p=0,039) e os de crianças com patologia cirúrgica evidenciaram no conceito de dor (p=0,019). Apenas se verificou analogias na abordagem da dor entre os enfermeiros e pais no reconhecimento da dor e nos cuidados não farmacológicos. Conclusão: Face a outros estudos, estes resultados evidenciam uma evolução positiva e permitiram identificar pontos fortes e fracos nos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais na abordagem da dor na criança. Passar da intencionalidade à prática de excelência implica formação continua das equipas, desconstruir mitos e preconceitos e uma abordagem efectiva de parceria entre enfermeiros/criança/família, promovendo o empowerment dos pais. Controlar eficazmente a dor da criança é um dever fundamental das equipas de saúde. Palavras-chave: Dor, conhecimentos, criança, enfermeiros, pais.
- Atitudes dos pais perante a criança com febrePublication . Lucena, Diana de Gouveia; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A fobia da febre contínua a subsistir na atualidade, levando muitos pais a ficar ansiosos perante a febre no seu filho, refletindo-se em atitudes menos adequadas. Objetivos – Identificar se as variáveis sociodemográficas se repercutem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; analisar se as variáveis contextuais da criança interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; averiguar se as variáveis fontes de informação sobre a febre interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis clínicas, fontes de informação, conhecimento e atitudes perante a criança com febre. A amostra é do tipo não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil. Resultados – Amostra é maioritariamente feminina (51.7%), sendo as mulheres, em média (M=34.78 anos .7.976 anos), mais velhas comparativamente aos homens. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico de família, o enfermeiro, os familiares e a experiência própria. O sexo, a idade, a zona de residência e as habilitações literárias são variáveis que interferem nas atitudes dos participantes perante a criança com febre. Existe uma probabilidade de 63.9% de atitudes não adequadas perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados indicam que as atitudes da maioria dos pais/acompanhantes face à criança com febre são desadequadas. O que justifica que os pais/acompanhantes têm de ser mais esclarecidos, fazendo-se uma contextualização e desdramatização sobre o significado da febre, realçando aos pais a sua importância como mecanismo protetor do organismo no combate à infeção, alertando-os para os sinais de alarme que justificam a observação profissional atempada e para a adoção de atitudes adequadas. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Atitudes.
- Colheita de urina não invasiva em crianças: Revisão sistemática da literaturaPublication . Almeida, Andreia Catarina Coelho de; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEm pediatria, a colheita de urina deve respeitar os cuidados atraumáticos e a segurança da criança com vista à qualidade dos cuidados. O clean-catch (CC) tem sido recentemente descrito como método de colheita de urina para crianças que não controlam esfíncteres, não invasivo, para diagnóstico de ITU em detrimento do cateterismo vesical/punção supra-púbica (CV/PSP). Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do Manual Cochrane 5.1.0 de Higgins & Green (2011) sobre estudos que comparam a taxa de contaminação da amostra de urina, entre o CC e CV/PSP. Foram selecionados estudos nas bases de dados: PUBMED, EBSCO, Web of Science e Scielo, com data de publicação entre janeiro de 2000 e junho de 2017 segundo os critérios de inclusão/exclusão previamente estabelecidos. Dois investigadores avaliaram a qualidade metodológica dos estudos. Resultados: Do total de 297 estudos foram incluídos dois Randomised Controlled Trial (RCT) que preenchiam os critérios de inclusão definidos. Num total de 117 amostras por CC e 122 obtidas por CV/PSP, verificou-se no primeiro estudo (Labrosse et al., 2016) que a taxa de contaminação do grupo CC era de 16% vs 6% para as colheitas por CV/PSP, enquanto no segundo estudo (Herreros, et al., 2015) foi de de 5% vs 8% para CC e CV respetivamente. Conclusão: Os resultados dos estudos são animadores. Contudo mais investigações precisam ser realizados para que este método revele evidência científica para a prática de enfermagem, dadas as limitações relacionadas com o número reduzido de estudos encontrados com qualidade metodológica para diagnosticar ITU por clean-catch, nas crianças que não controlam os esfíncteres Palavras-chave: Colheita de urina, recém-nascido, lactente, infeção do trato urinário.
- Comparação das temperaturas axilares e cutâneas em recém-nascidos prematuros : revisão sistemática da literaturaPublication . Gameiro, Fernando José da Silva; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaContexto: A manutenção da temperatura corporal dentro dos limites de normalidade é um dos objetivos primordiais para assegurar a sobrevivência de recém-nascidos prematuros. O controlo constante e persistente da temperatura, a necessidade de reduzir o número de manipulações de modo a evitar stress e diminuir a taxa de infeções, induzem a necessidade de procurar aferir a fiabilidade da monitorização da temperatura axilar com a da temperatura cutânea que habitualmente está presente e que serve de controlo à manutenção de um ambiente seguro. Objetivo: Identificar se existe diferença nos valores da temperatura axilar quando comparados com os valores obtidos por sensor cutâneo no controlo da estabilidade térmica do recém-nascido prematuro. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com base nas orientações do Cochrane Handbook, sobre estudos que comparavam diferentes métodos de monitorização da temperatura corporal para recém-nascidos prematuros. Efetuada pesquisa na EBSCO e PUBMED, entre 30 de Junho de 2017 e 31 Janeiro de 2018, da qual resultaram 344 estudos. De forma independente, dois revisores analisaram os estudos e foram responsáveis pela inclusão ou exclusão dos mesmos com base nos critérios definidos. A qualidade foi avaliada através da aplicação da grelha de avaliação crítica de estudos descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatorizado e controlado conforme orientação do CEMBE da FML e o “JBI Critical Appraisal Checklist for Randomised Control/Pseudo-randomised Trial”. Resultados: Dois estudos preencheram os critérios de inclusão sendo eles, um estudo de caso controlo individual e um randomizado e controlado. Não foi possível efetuar metanálise comparando os dados dos dois estudos uma vez que se tratam de estudos que não seguiram procedimentos homogéneos, com desenhos e análises estatísticas diferentes. Nos estudos selecionados não existem diferenças estatisticamente significativas entre a temperatura axilar (avaliada com termómetro de vidro, sensor cutâneo ou termómetro digital) e as temperaturas obtidas por sensor cutâneo abdominal em diferentes locais. Conclusões: Para recém-nascidos prematuros clinicamente estáveis, em decúbito dorsal, a temperatura obtida por sensor cutâneo em diferentes locais do abdómen permite aos enfermeiros a rotação dos locais de monitorização, promovendo a estabilidade e a integridade da pele dos recém-nascidos em condições de segurança. Palavras chave: Recém-nascido prematuro; Temperatura corporal; Axila.
- Conhecimento dos pais perante a criança com febrePublication . Pereira, Manuela das Dores Sousa Moreira Silva; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança é reconhecida como uma manifestação de doença e encarada por muitos pais com uma conotação negativa, causando grande ansiedade e obsessão pela apirexia. Objetivos – Determinar o nível do conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre; verificar se as variáveis sociodemográficas, contextuais da febre e de caraterização da criança interferem no conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre. Métodos – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Saúde Infantil, em instituições de saúde públicas, na região centro de Portugal. Recorreu-se a um questionário de autopreenchimento, com caracterização sociodemográfica, da febre, da criança e do conhecimento sobre a febre. Resultados – Amostra com idade média de 34.7 anos ± 7.9, maioritariamente feminina (51.7%). Com fracos conhecimentos perante a criança com febre prevalecem os participantes com idade ≥ 38 anos (36.2%), que coabitam com companheiro(a) (77.0%), em zona rural (69.3%) e com escolaridade até ao 3º ciclo (53.9%). Os participantes com idade até 37 anos (68,2%), com companheiro(a) (89.0%), residentes em zona urbana (53.0%) e com o ensino superior (43.3%) revelaram bons conhecimentos. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico (65.8%) e o enfermeiro (50.6%). As mulheres, os acompanhantes de crianças com menos idade e com melhores atitudes revelaram melhores conhecimentos perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da realização de sessões de educação para a saúde aos pais/acompanhantes, de modo a aumentar o conhecimento perante a febre na criança. Palavras-chave: Conhecimento - Febre - Criança.
- Conhecimento dos pais sobre alimentação infantil : relação com as caraterísticas sociodemográficas e estado nutricional da criançaPublication . Pinto, Luísa Pereira; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As famílias têm grande influência na saúde das crianças, é importante que estas possuam conhecimentos para uma adequada alimentação dos seus filhos. Reconhece-se que as crianças devem ser ajudadas precocemente a desenvolver hábitos alimentares saudáveis, pois é na idade pré-escolar que os padrões básicos da alimentação são adquiridos e na idade escolar são consolidados. Objetivos: Classificar o estado nutricional da criança; analisar a influência das variáveis sociodemográficas no conhecimento dos pais sobre alimentação da criança; relacionar o estado nutricional da criança com o conhecimento dos pais sobre alimentação. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística, por conveniência de 114 pais e crianças, mães com média de idade de 34,40 anos (Dp=5,777) e pais 36,50 (Dp=9,155). Das crianças, 56,1% tinham idade pré-escolar e 43,9% idade escolar, variando entre os 3 anos e 9 anos, (média= 5,53; Dp=1,93). Para a recolha de informação utilizou-se o questionário “Conhecimento dos Pais sobre Alimentação Infantil (QAI)” da autoria de Aparício, Nunes, Duarte e Pereira (2012). Para classificação do IMC, foi efetuada a avaliação antropométrica das crianças no jardimde-infância, escolas do 1º ciclo do ensino básico e nas consultas de vigilância de saúde infantil da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de um Concelho do distrito de Viseu e utilizados os pontos de corte do NCHCS (CDC, 2000) para a classificação do estado nutricional. Resultados: No global da amostra, 57,0% das crianças eram normoponderais, 16,7% tinham excesso de peso, 13,2% obesidade e 13,2% estavam em situação de baixo peso. Por grupo etário, apurou-se que 60,9% das crianças em idade pré-escolar eram normoponderais, com uma prevalência de excesso de peso de 17,2% (9,4% obesidade e 7,8% pré-obesidade) e 21,9% de baixo peso. Na idade escolar, 52,0% tinham peso normal, 46,0% excesso de peso (28,0% pré-obesidade e 18,0% obesidade) e 2,0% baixo peso. A caraterização dos conhecimentos sobre alimentação infantil revelou que 43,9% dos progenitores tinham conhecimentos suficientes, 30,7% bons e 25,4% insuficientes. Concluiuse haver relação entre os conhecimentos dos pais e a idade, escolaridade, profissão, residência e número de filhos. Os pais das crianças com peso normal apresentaram melhores valores médios no QAI e pelos resultados obtidos, inferiu-se que melhores conhecimentos conduzem a melhores atitudes na alimentação da criança. O modelo de regressão multivariada explica cerca de 9% da variância observada no fator regras alimentares e 23% no fator alimentação e saúde. Conclusões: Os resultados indicam que os conhecimentos dos pais sobre a alimentação da criança continuam insuficientes e associados ao contexto sociodemoráfico de desigualdades em saúde. Assim, torna-se importante promover o empowerment da família, podendo esta ser uma das estratégias para a prevenção da obesidade infantil e minimização das iniquidades em saúde. Palavras-Chave: Obesidade Infantil; Conhecimentos sobre alimentação; Estado nutricional; Criança.
- Conhecimento e atitudes dos pais perante a criança com febre em contexto de serviço de urgênciaPublication . Silva, Carla Maria Alves da; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança constitui uma das principais manifestações que impul-siona os pais na procura dos cuidados de saúde diferenciados, resultando na utilização ina-propriada de recursos. Objetivos – Identificar as variáveis sociodemográficas que interferem no conhecimento e nas atitudes dos pais perante a criança com febre; avaliar a influência do número de filhos no conhecimento e nas atitudes; identificar as fontes de informação que influenciam o conheci-mento e as atitudes dos pais. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário que inclui a caracterização sociodemográfica, contextual da criança, variá-veis clínicas de fontes de informação e questões que avaliam o conhecimento e as atitudes dos pais perante a febre na criança. A amostragem é não probabilística por conveniência (144 pais/cuidadores). Resultados – Amostra predominantemente feminina (86.8%), os homens são mais velhos (M=34.05 anos .6.45 anos); cerca de 9 em cada 10 das crianças eram acompanhadas pela mãe. Os sintomas que mais preocupam e levaram os participantes a recorrer ao Serviço de Urgência foram: vómitos/desidratação (66.4%), mau estado geral (64.6%), dificuldade respirató-ria (52.1%); em 58.5% dos casos de febre sem foco poder-se-ia ter utilizado os cuidados de saúde primários; a idade da criança e o sexo dummy revelaram-se preditoras dos conhecimen-tos e o sexo preditor das atitudes; as mulheres e os homens com mais idade e com filhos mais jovens possuem melhores conhecimentos; as mulheres têm atitudes mais adequadas. Conclusões – As mulheres possuem conhecimentos intermédios e revelam melhor atitude perante a febre. Quanto maior a escolaridade melhor é o conhecimento e os participantes que procuram como fonte de informação um profissional de saúde, possuem atitudes mais ade-quadas. Assume grande relevância a aquisição de competências que proporcionem aos pais/cuidadores ferramentas que os ajudem a lidar com a fobia da febre. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Conhecimento; Atitudes; Serviço de Urgência.
- Conhecimentos dos enfermeiros sobre técnicas não farmacológicas no alívio da dor na criançaPublication . Sanches, Alda Maria Melo; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As técnicas não farmacológicas (TNF) são geralmente intervenções de carácter psicológico descritas como eficazes em situação de dor ligeira, procedimentos dolorosos ou como complemento dos analgésicos. A importância do recurso a estas intervenções reside no facto de muitas delas modificarem o significado e vivência da dor, constituindo assim um recurso primordial no controlo da dor da criança/adolescente. Na sua prática, o enfermeiro deve tomar como foco de atenção a dor e adotar as estratégias ao seu alcance para a prevenir e controlar em todas as situações que provoquem sofrimento sensorial e/ou emocional (OE, 2013). Objetivo: Avaliar a frequência com que os enfermeiros aplicam as TNF e descrever os conhecimentos sobre a aplicação das mesmas, no alívio da dor na criança; Analisar a influência das variáveis sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros nos conhecimentos e na frequência da aplicação das TNF no alívio da dor na criança. Métodos: Estudo descritivo-correlacional, de corte transversal e de abordagem quantitativa, no qual participaram 81 enfermeiros de três unidades de um centro hospitalar da zona norte de Portugal, com média de idades de 43,28 anos (Dp=8,16) selecionados de forma não probabilística por conveniência. Na recolha de dados utilizou-se um questionário de autopreenchimento, composto por uma parte de caracterização sociodemográfica e profissional e de uma adaptação da Escala de Conhecimentos na Aplicação das TNF de Sousa (2009). Resultados: A maioria da amostra (97,5%) pertencia ao sexo feminino, 50,6% enquadrava-se no grupo etário dos 45-64 anos, 84,0% exercia funções há 10 ou mais anos, (média=20,19; p=8,219), 65,4% com a categoria de enfermeiro, 25,9% era especialista. A maioria dos enfermeiros (60,5%) não possuía formação específica sobre a dor e TNF, mas realizava a avaliação da dor de forma sistemática (96,3%) e 66,7% aplicava as TNF algumas vezes. A maioria (44,4%) demonstrou conhecimento fraco sobre a aplicação das TNF e 42,0% conhecimento elevado. O local onde os enfermeiros exercem funções (p=0,011) e a formação específica nesse âmbito (p=0,002) exercem influência na frequência de aplicação das TNF no alívio da dor na criança. O grupo etário (p=0,009), o tempo de exercício profissional (p=0,013), a categoria profissional (p=0,001) e a frequência com que aplicam as TNF têm relação com os conhecimentos na aplicação das TNF, verificando-se que os enfermeiros mais velhos, com mais tempo de serviço, com categoria de enfermeiro especialista e que aplicam sempre as TNF detêm mais conhecimentos nesse âmbito. Conclusão: A formação específica sobre a dor e as TNF influencia a frequência da sua aplicação, constituindo um forte impulsionador da sua aplicação nestes contextos da prática. O maior grupo de enfermeiros demonstrou possuir conhecimento fraco sobre a aplicação das TNF, sendo que este conhecimento resulta essencialmente da experiência profissional. Este estudo poderá contribuir para a melhoria dos cuidados prestados à criança no alívio da dor, para uma prática mais reflexiva e para que a sua base possa assentar em evidência científica. Palavras-chave: Dor, Técnicas não farmacológicas, Criança, Enfermeiro, Conhecimentos.