ESSV - UECA - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Impacto do Sars-Cov2 na saúde mental dos adolescentes : revisão sistemática da literaturaPublication . Gomes, Marta Sofia Meireles Ribeiro; Bica, IsabelIntrodução: Estudos anteriores analisaram o impacto do COVID-19 na saúde mental da população em geral e dos profissionais de saúde. Ademais, é sabido que os adolescentes sofrem de problemas de saúde mental, podendo essa estatística provavelmente ser afetada pela vulnerabilidade dos adolescentes durante a pandemia de COVID-19. Objetivo: Avaliar o impacto da COVID-19 na saúde mental dos adolescentes. Metodologia: A fim de reunir mais conhecimento sobre este assunto, uma revisão sistemática da literatura foi conduzida seguindo as Diretrizes PRISMA. Foram incluídos cerca de sessenta e quatro estudos com metodologia empírica que pretendem avaliar o impacto do confinamento imposto pela COVID-19 na saúde mental dos adolescentes. Resultados: De uma forma geral, os resultados da presente revisão demonstram que a ansiedade e a depressão são as variaveis psicopatologicas mais comuns entre os estudos incluídos. Apesar de, em menor quantidade, os estudos longitudinais que comparam a saúde mental antes e durante ou depois do confinamento revelam um aumento substancial dos sintomas de depressão e ansiedade. Conclusão: De uma forma geral, os estudos incluídos na presente revisão sistemática evidenciam o potencial impacto negativo da pandemia na saúde mental dos adolescentes. Os estudos parecem destacar as preocupações de organizações internacionais de saúde sobre o impacto da quarentena do COVID-19 em crianças e a saúde mental dos adolescentes e relações familiares. Palavras-chave: adolescentes, confinamento, COVID-19, saúde mental
- Experiências e desafios parentais durante a pandemia COVID-19Publication . Marmé, Luísa Maria Cunha Rodrigues; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A pandemia COVID-19, tem constituído um desafio mundial, desde janeiro de 2020. A crise sanitária que se instalou, associada ao desconhecimento epidemiológico e clínico, colocou em evidência os mais frágeis. Foram inéditas as medidas instituídas, e em contexto de intervenção social emergiram medidas de encerramento das escolas e ensino não presencial, assim como o encerramento de locais de trabalho e a promoção do trabalho à distância. Estas circunstâncias únicas criaram novos desafios e as crianças como indivíduos vulneráveis e dependentes das suas famílias, foram colocadas numa posição de risco. Objetivo: Na presente investigação foi definido como objetivo geral conhecer as experiências parentais no acompanhamento dos filhos, em idade escolar, durante a pandemia COVID-19. Métodos: Esta investigação fundamenta-se no paradigma construtivista, com bases fenomenológicas. É um estudo descritivo, exploratório de natureza qualitativa, recorrendo-se a uma entrevista semiestruturada como instrumento de colheita de dados numa amostra não probabilista, em rede ou Bola de Neve, com um total de 17 participantes com filhos dos 6 aos 10 anos, a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico. As entrevistas foram conduzidas de forma virtual, os dados obtidos através das oito questões abertas foram sujeitos à análise de conteúdo de acordo com Bardin (2020), sendo que foram consideradas 8 dimensões e da categorização emergiram 22 categorias e 28 subcategorias. Resultados: Da análise dos dados verificou-se que as alterações/rotinas diárias das crianças em idade escolar, na perceção dos pais, foram relacionadas com a Escola, Socialização, Sono, Lazer, Alimentação e Ambiente seguro. Os pais/mães percecionaram e utilizaram como estratégias de redução do impacto na pandemia nos seus filhos as Atividades lúdicas, os Recursos digitais/tecnológicos, a Desmitificação da pandemia e a Reorganização de espaços. Os inquiridos evidenciaram a grande influência, maioritariamente negativa, das exigências profissionais e das tarefas domésticas no apoio que prestaram aos seus filhos, durante a pandemia. No acompanhamento dos filhos no ensino à distância, os pais revelaram principalmente sentimentos negativos de Frustração, Impotência, Tensão e Preocupação. Os inquiridos consideraram que, na sua perspetiva, foram as Escolas e os Professores que maioritariamente fornecerem as orientações para o acompanhamento dos filhos, nos momentos de ensino não presencial. Em relação às experiências parentais relacionadas com a pandemia foram, na sua maioria, associadas Stress parental, Desequilíbrio entre a esfera familiar, profissional e apoio escolar aos seus filhos. No que diz respeito ao apoio à parentalidade, os pais/mães consideraram que emergiu principalmente do cônjuge e entre a família alargada. Conclusões: As entrevistas realizadas espelham as experiências e desafios que os pais/mães, com filhos em idade escolar, enfrentaram durante o confinamento imposto pela pandemia COVID-19. Este estudo, tendo em conta os resultados, poderá servir de base a futuras investigações, mais amplas e recorrendo a diferentes metodologias. O conhecimento nesta área temática ainda é escasso, contudo essencial para entender e intervir no real impacto da pandemia nas famílias e crianças, seja a curto, médio ou longo prazo. Capacitar nesta área é empoderar para enfrentar situações semelhantes no futuro. Palavras-chave: pandemia covid-19; pais; mães; crianças; idade escolar.
- Elementos facilitadores do processo de comunicação na prestação de cuidados de saúde em contexto pediátrico : uma revisão scopingPublication . Oliveira, Sandra Maria Branquinho Mendes de; Silva, Ernestina BatocaIntrodução: A comunicação tem um papel essencial no desempenho dos enfermeiros, sendo em pediatria um fator determinante na relação de ajuda e um indicador na avaliação de qualidade dos cuidados prestados. A comunicação em pediatria pode ser entendida como a arma crucial para o sucesso dos cuidados/tratamento e aceitação deste, tanto por parte dos pais/ cuidadores como da própria criança. Sabe-se que a doença pode ser tratada com medicamentos e cuidados integrais, mas a comunicação que se estabelece no momento de prestação destes cuidados é essencial para o sucesso dos mesmos. Objetivo: Identificar os elementos facilitadores do processo de comunicação, na prestação de cuidados de saúde em contexto pediátrico. Métodos: Foi realizada uma revisão scoping através do método proposto pela Joanna Briggs Institute. A seleção dos estudos, a extração e síntese dos dados foram realizados por dois revisores independentes. Resultados: Foram incluídos 4 estudos no corpus do estudo, que revelam alguns fatores que podem ser considerados elementos facilitadores do processo de comunicação na prestação de cuidados em contexto pediátrico. Destacamos alguns deles, tais como: uma abordagem biopsicossocial; diálogo mútuo e horizontal; escuta apurada; relação dialógica entre os intervenientes; formação, a nível institucional, das equipas de saúde; empatia; honestidade; e objetividade. A comunicação implica a existência de uma abordagem biopsicossocial, incluindo discussão de dúvidas, aspetos afetivo-emocionais e vivência psicossocial de dificuldades associadas aos cuidados. Conclusão: Reconhece-se que a comunicação em contexto pediátrico, se estabelece num ambiente em que a criança apenas participa como provadora de informação básica ou com interesse distrativo durante a prestação de cuidados. Contudo a comunicação deve ter uma dimensão central, com diálogo mútuo e uma relação dialógica. Reforça-se a importância da formação das equipas de saúde na área de comunicação em cuidados de saúde, com objetivo de melhorar esse processo e compreender a sua importância na prática de cuidados em contexto pediátrico. Palavras-chave: comunicação; pais ou cuidadores; enfermeira pediátrica ou enfermeira; relações enfermeiro / utente; contexto pediátrico; emergência
- Estratégias de promoção da saúde mental em adolescentesPublication . Camelo, Lénia Filomena Fraga Matias; Bica, IsabelOs problemas de saúde mental na adolescência são frequentes, podem afetar gravemente o desenvolvimento e a autonomia do futuro adulto, e a maior parte tende a desenvolver uma evolução crónica, com reflexões negativas e graves a nível familiar, educativo e social. A saúde mental dos jovens está profundamente ligada à organização familiar, mas por outro lado os jovens permanecem grande parte do seu tempo na escola. Objetivo: identificar quais são as estratégias mais eficazes de promoção da saúde mental em adolescentes, através de uma Revisão Sistemática da Literatura Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do The Joanna Briggs Institute (2017). Foram selecionados estudos nas bases de dados: PubMed, Cochrane Library, CINAHL e Scopus, com publicação entre janeiro de 2013 e 31 Março de 2018. Os estudos encontrados foram posteriormente avaliados, tendo em consideração os critérios de inclusão. Resultados: Foram incluídos 2 estudos na presente revisão sistemática da literatura que mostraram evidências que as principais estratégias se baseiam no ambiente escolar e seguem uma abordagem positiva da saúde mental. É de realçar, também, a importância das plataformas digitais na promoção da saúde mental junto dos adolescentes. Assim, o enfermeiro e outros profissionais de saúde, devem considerar a escola como sendo o contexto por excelência onde vão realizar as suas intervenções de promoção de saúde mental junto da população adolescente. Apontaram ainda, 10 recomendações essenciais para reforçar a relevância das abordagens focadas na saúde mental positiva como uma importante ferramenta para a mudança positiva, através da melhoria do autoconhecimento, autoestima, autocontrolo e autoeficácia no desenvolvimento de competências interpessoais, resolução de problemas e estratégias de coping. Conclusão: A promoção da saúde mental é de extrema importância para de futuros adultos saudáveis pelo que a intervenção na adolescência é essencial. O enfermeiro assume aqui um papel de educador no sentido de promover estratégias que contribuam para a saúde mental do individuo, numa ótica da saúde e não apenas da doença.
- Triagem realizada por enfermeiros no serviço de urgência pediátrica : fatores que influenciam a satisfação dos paisPublication . Cruz, Maria do Céu de Oliveira; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaContexto: A triagem nos serviços de urgência (SU) é uma função essencial e complexa, tratando-se de um processo baseado na tomada de decisão clínica do enfermeiro. A perceção e satisfação associada aos cuidados ali prestados representam um importante indicador de qualidade. A investigação acerca da satisfação relacionada com triagem realizada por enfermeiros num serviço de urgência pediátrica ainda tem espaço para exploração e discussão de outros dados, em realidades diferentes. Objetivos: Identificar os conhecimentos referidos pelos pais sobre o processo de triagem da criança no SU pediátrica; descrever as competências que os pais reconhecem como importantes no enfermeiro que executa o processo de triagem no SU pediátrico; reconhecer os fatores que interferem na satisfação dos pais enquanto utilizadores do SU pediátrica, relativamente à triagem realizada pelo enfermeiro; refletir sobre a influência do processo de triagem realizado pelo enfermeiro na satisfação dos pais utilizadores do SU pediátrica. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, tipo exploratório-descritivo, com colheita de dados através de entrevistas semiestruturadas e gravação em áudio. Resultados: Os pais demonstraram ter um défice de conhecimentos em aspetos relacionados com o processo de triagem. Os pais reconhecem várias capacidades, incluídas nas competências clínicas, psicossociais e pessoais, ao enfermeiro que executa a triagem. Os fatores influenciadores referidos foram, de forma positiva, a segurança/confiança transmitida, a atitude afetiva/acolhedora, rapidez no atendimento e a presença constante do enfermeiro; e de forma negativa, a atitude de indiferença para com a situação, o tempo despendido com a triagem, a prioridade considerada injusta e a interrupção da triagem por motivos não relacionados com o caso. Não se verificou concertação relativamente à satisfação com a triagem como fator influenciador da satisfação com o SU. Conclusões: Os resultados evidenciam aspetos fundamentais que afetam a satisfação dos pais e mostram que as competências reconhecidos pelos pais, estão de acordo com as competências do enfermeiro da triagem e interligadas com o perfil de competências específicas do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde infantil e pediatria.
- Crianças com diabetes mellitus tipo 1 : conhecimentos dos pais e elementos de referência na gestão do regime terapêutico com perfusão subcutânea contínua de insulinaPublication . Dias, Diana Filipa Fontes; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A incidência de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) em crianças com idades inferiores aos cinco anos tem vindo a aumentar nas últimas décadas em países mais desenvolvidos, incluindo Portugal. A fase de desenvolvimento em que a criança se encontra exige adaptabilidade e particularidades na abordagem terapêutica no sentido de promover bom controlo metabólico e um crescimento saudável. Objetivos: Identificar os conhecimentos dos pais e dos elementos de referência da escola (infantário e pré-escola), na gestão do regime terapêutico com sistema de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) na criança com DM1, assim como averiguar a opinião dos mesmos sobre a formação/processo formativo “Tratamento da diabetes com bomba de insulina na idade pediátrica”, na gestão do regime terapêutico. Método: Estudo exploratório-descritivo e qualitativo. Numa amostra não probabilística por conveniência constituída por quatro mães e quatro elementos de referência (educadoras de infância e assistente operacional) de crianças com idades compreendidas entre os 21 meses e os 5 anos, com diabetes. Todas as crianças tinham iniciado tratamento com PSCI e eram acompanhadas na consulta de endocrinologia do serviço de pediatria de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Como instrumento de recolha de dados optou-se por uma entrevista semiestruturada elaborada para o efeito e os dados emergiram da análise de conteúdo efetuado. Resultados: Unanimidade de opiniões acerca da vantagem da bomba de insulina no regime terapêutico da criança diabética e do seu interface com os glicómetros. As mães revelam conhecimentos e aprendizagens que lhes garantem ter autonomia no uso da bomba infusora. Demonstram ter conhecimento da importância em contabilizar os hidratos de carbono que a criança vai ingerir, mas existe um défice de conhecimentos em relação aos cálculos das unidades de insulina para administração do bolus de correção e para as gramas de hidratos de carbono. Défice de conhecimentos nos sinais e nos sintomas da hipoglicemia e da hiperglicemia e nas intervenções inerentes à sua correção. A alteração do método de administração da insulina para PSCI é percecionada como benéfica por provocar menos dor e angústia nas crianças/pais/cuidadores. Em contexto escolar, a monitorização da glicemia, a contabilização das gramas de hidratos de carbono e a correção da glicemia com insulina é realizada por elementos da escola, mas existe falta de literacia por parte dos mesmos. Foi consensual que a formação contribuiu para a aquisição de conhecimentos e de competências de pais e cuidadores, porém sujeita a fatores espácio-temporais e teórico-práticos a serem ponderados para melhor aprendizagem. Os pais são bons transmissores de conhecimentos e de aprendizagens aos elementos de referência, todavia transmitem o que apreenderam, o que por vezes é insuficiente, resultando em sentimentos de insegurança e de receio, que se colmatavam com o apoio pessoal da equipa de Endocrinologia. Conclusões: Os resultados apurados reforçam a importância das intervenções diferenciadas do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediatria, dotando os pais e a comunidade escolar de mais literacia sobre a temática da gestão do regime terapêutico na DM1 de forma a garantir uma prestação de cuidados seguros e adequados à criança.
- Erros de medicação em pediatria : estratégias de prevenção adotadas pelos enfermeiros : revisão sistemática da literaturaPublication . Branco, Sara Liliana Melo; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaContexto: As crianças, e sobretudo os recém-nascidos, representam um grupo peculiar e de risco acrescido no universo do erro de medicação É consensual a existência de vulnerabilidade desta população no entanto contrasta fortemente com a perceção da ocorrência de erros de medicação por parte dos próprios enfermeiros de pediatria. Objetivo: Identificar a eficácia das estratégias de prevenção de erros de medicação por enfermeiros de pediatria. Métodos: Foi efetuada uma revisão sistemática da literatura com recurso às bases de dados da SciELO, CINAHL®, MedicLatina e MEDLINE, no período de tempo entre 1 de janeiro de 2011 e 28 de Fevereiro de 2018, estudos publicados em Português, Espanhol e Inglês, da qual resultaram 2907 estudos. Dois revisores de forma independente procederam a análise metodológica dos estudos e aplicaram os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Foram três os estudos que resultaram da avaliação metodológica, segundo os critérios estabelecidos pelo JBI. Dois estudos são observacionais e um é de intervenção. Verificou-se uma grande heterogeneidade dos estudos em termos de objetivos, intervenções, metodologias, contextos de cuidados e a tipologia dos erros de medicação aferidos. No entanto os três estudos apresentam semelhança no que respeita à eficácia da implementação de estratégias na prevenção e diminuição dos erros de medicação na população pediátrica, reconhecendo que existem múltiplos fatores que interferem no processo de medicação, desde a preparação até à administração e que são os enfermeiros os responsáveis da administração dos medicamentos ao doente pediátrico. Conclusões: Reconhece-se que adoção de estratégias de cariz educacional, desde que sejam adaptadas ao contexto através de uma prévia avaliação, possibilitam uma redução significativa da taxa de erros de medicação.
- Identificar práticas de enfermagem de qualidade no ambulatório de pediatria : estudo da revisão sistemática da literaturaPublication . Martins, Maria do Patrocínio Quaresma; Costa, Maria Graça Ferreira AparícioEnquadramento: A filosofia dos cuidados em regime ambulatório, pelas vantagens para a criança e sua família tem vindo a ter um crescendo ao longo dos anos. Tendo em conta a premissa de cuidados em Pediatria, a adoção do regime ambulatório tem uma grande vantagem que é o regresso a casa precocemente, diminuindo o impacto da separação do seu ambiente familiar, das suas rotinas e hábitos. É ainda positivo do ponto de vista financeiro, sendo o internamento em regime ambulatório menos dispendioso que um internamento normal. Esta mudança de paradigma, que tem sido progressiva, implica uma adequação dos serviços e das práticas de cuidados, que se pretendem de qualidade e objetivamente eficientes e preparar a continuidade de cuidados no domicílio. Objetivo: Identificar recomendações efetivas, baseadas na evidência científica, de boas práticas de cuidados à criança/família em regime de ambulatório, que permitam a formulação de normas/indicadores de qualidade Método: Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura com base nas orientações do Cochrane Handbook, de estudos publicados entre 2004 e 2017 e com pesquisa efetuada na EBSCO e PUBMED, da qual resultaram 97 estudos. Após os testes de relevância foram excluídos 80, ficando 17 incluídos para avaliação crítica da metodologia de forma independente por dois revisores, com base nos critérios definidos. No final, cinco artigos foram incluídos nesta revisão. Resultados: As recomendações identificadas como decisivas para a qualidade dos cuidados de enfermagem em regime ambulatório são sobretudo direccionadas para situações cirúrgicas, nomeadamente, cuidados de prevenção e controlo das infeções, dada a grande rotatividade das crianças; a utilização de estratégias digitais de preparação préoperatória, evitando a ansiedade na criança e na família e promovendo a alta precoce, empoderando a família; contacto telefónico para apoio aos cuidados em ambiente familiar e garantindo a continuidade de cuidados; avaliação da condição pós cirúrgica utilizando a check-list Ped-PADSS, garantindo uma alta precoce responsável. Conclusão: Os recursos limitados da saúde devem constituir um desafio para práticas baseadas na evidência científica, diminuindo assim a incerteza na tomada de decisão clínica. Os resultados deste estudo permitiram obter recomendações passíveis de utilização na prática de cuidados em regime ambulatório e a consequente melhoria da qualidade dos cuidados prestados à criança e família nesse âmbito.
- Qualidade na gestão da dor em pediatria : revisão sistemática da literaturaPublication . Correia, Soraia Liliana Barbosa; Costa, Maria Graça Ferreira AparícioEnquadramento: A qualidade é um pilar fundamental no sector da saúde. O crescente interesse pelas questões da qualidade segue, ao longo das últimas décadas, uma tendência mundial nos sistemas de saúde. Objetivo: Identificar recomendações baseadas na evidência científica, para práticas de qualidade na prestação de cuidados de enfermagem à criança/família hospitalizada, para o manejo da dor Métodos: Revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do Manual Cochrane 5.1.0 de Higgins & Green (2011). Foram pesquisados estudos nas bases de dados: Medline, Cochrane, Scielo, B-on, Lilacs, Uptodate, American Academy of Pediatrics, Proquest, World Health Organization, PubMed, publicados nos idiomas portugueses e inglês, posteriormente ao ano 2013, segundo critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. Dos 726 estudos selecionados, 11 foram sujeitos ao teste de relevância II e avaliação crítica da qualidade metodológica por dois investigadores independentes, tendo sido incluídos 4 estudos, dos quais 2 de evidência científica A e 2 de evidência B. Resultados: As principais recomendações sugeridas após análise dos estudos são: A abordagem da dor deve ser multidisciplinar; deve efetuar-se a avaliação sistemática da dor, tal como os restantes sinais vitais; intervir até que a criança não apresente dor, recorrendo a medidas farmacológicas e não farmacológicas; o uso de lidocaína tópica é uma estratégia fundamental para diminuir a dor em procedimentos invasivos; ajustar o algoritmo das escalas de avaliação da dor; considerar outros fatores, como idioma, etnia e fatores culturais que possam influenciar a expressão e a avaliação da dor; fornecer aos pais/cuidador informações escritas sobre aconselhamento e avaliação da dor na alta da criança; o auto-relato das crianças deve ser sempre que possível obtido; a formação contínua dos enfermeiros na gestão e controlo da dor tem impacto na valorização da dor e na administração de analgésicos. Conclusões: Os enfermeiros devem procurar orientar a sua prática com base nas evidências científicas. Este trabalho salienta as principais recomendações divulgadas nos estudos de qualidade científica que foram alvo da análise, representando assim uma linha orientadora na gestão e controlo da dor em crianças/ adolescentes hospitalizadas, de forma a uniformizar cuidados nesta área levando a uma prática de excelência e contribuindo para a melhoria da qualidade nas práticas profissionais dos enfermeiros.
- Práticas parentais de pais de crianças do 1º ciclo do ensino básico : Contributos para a elaboração de um projecto de intervençãoPublication . Fernandes, Diana Isabel Martins; Bica, IsabelIntrodução:.Para garantir os melhores resultados ao nível do desenvolvimento afetivo, social e físico das crianças, os pais devem encontrar equilíbrio entre suas exigências no que diz respeito à maturidade da criança e à disciplina necessária para sua integração ao sistema familiar, escolar e social. Neste sentido, tornou-se pertinente aprofundar conhecimentos sobre as dificuldades e necessidades dos pais no exercício das suas funções com vista à promoção de uma parentalidade positiva como intervenção de enfermagem promotora de um adequado desenvolvimento psicoafetivo da criança. Objetivos: Identificar as práticas parentais mais comuns dos pais de crianças em idade escolar; Verificar a influencia das variáveis sócio - demográficas, de contexto familiar e de contexto escolar e extraescolar da criança nas práticas parentais; Avaliar a necessidade de um Programa de Incentivo à Parentalidade Positiva. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra incluiu 327 pais de crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas Públicas de Viseu. A recolha de dados foi efetuada através do questionário de caraterização geral e o Questionário de Práticas Parentais (QPP), Versão Portuguesa de Gaspar & Santos, 2008, revisto em 2013. Resultados: A amostra é maioritariamente feminina (85,93%) cuja média de idades se situa nos 38,5 anos ±4,69. Verificou-se ainda que possuem no mínimo 1 filho e no máximo 5 filhos com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos. Relativamente às práticas parentais as mais representativas são a disciplina apropriada (M=93,22±12.18), seguindo-se a parentalidade positiva (M=58,36±6,67). A parentalidade positiva apresenta relação estatística significativa com as variáveis sociodemográficas (sexo, estado civil, habilitações literárias e situação profissional), com as variáveis de contexto familiar (número de filhos e pessoas com quem habita) e com as variáveis de contexto extraescolar (atividades lúdicas). No entanto sem relação estatística com as variáveis de contexto escolar. Conclusão: A promoção de ações que potenciem mais literacia aos pais sobre as suas práticas em relação aos filhos, tendo em conta que o estilo parental adotado é determinante, assume um grande peso no desenvolvimento e na formação da criança e pode determinar características essenciais para um futuro promissor. Assim é fundamental que os Enfermeiros Especialista em Saúde Infantil e Pediatria apoiem os pais no progresso de uma parentalidade positiva, focando-se nas suas potencialidades, tendo em consideração os seus pontos fortes e as suas particularidades, bem como o desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Criança, Competência, Ensino Básico, Pais, Responsabilidade Parental.