CI&DETS - CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E SAÚDE
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Browsing CI&DETS - CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E SAÚDE by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Economia e Gestão"
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- Caminhar na era tecnológica em direção a Santiago de Compostela: Estudo do uso de uma app por parte dos peregrinosPublication . Antunes, Ângela Isabel Lopes; Amaro, Suzanne FonsecaO Caminho de Santiago, sendo uma rota de peregrinação importante para o território Português e Galego, que envolve o ambiente paisagístico e o Património Cultural e Religioso, tem demonstrado uma grande afluência de peregrinos nos últimos anos. Aliado a este contexto, e numa era tecnológica em que se vive, pretende-se estudar o impacto das novas tecnologias neste ambiente de peregrinação da era medieval. Mais concretamente, pretende-se perceber a utilização da tecnologia móvel por parte dos peregrinos durante a realização do Caminho de Santiago, assim como quais as características que consideram importantes para uma aplicação móvel de apoio à peregrinação e se estas têm influência na intenção de uso da mesma. Para o desenvolvimento desta investigação procedeu-se a uma exaustiva revisão da literatura sobre a utilização da tecnologia móvel no setor do Turismo, visto esta se revelar escassa no que concerne à peregrinação. Aliado à revisão da literatura, considerou-se relevante fazer um levantamento dos hábitos dos peregrinos e a utilização da tecnologia durante a peregrinação, realizando-se entrevistas exploratórias a 11 peregrinos que contribuíram para a construção do questionário. Após a realização das entrevistas, foi elaborado um questionário que foi distribuído online. Foram obtidas respostas de 1.140 peregrinos que já tinham realizado o Caminho de Santiago pelo menos uma vez. Em relação ao uso das novas tecnologias no geral, a análise fatorial aplicada revelou que os motivos de utilização de dispositivos móveis durante a peregrinação se podem dividir em quatro categorias: Lazer/informações, comunicar, conveniência e entretenimento. Em relação ao uso de uma aplicação específica sobre o caminho, os resultados mostram que apesar da grande maioria de inquiridos (81%) não ter conhecimento de uma aplicação móvel sobre o Caminho Português, mais de 55% afirmou que a probabilidade de usarem uma aplicação móvel de apoio à peregrinação seria elevada. Para analisar quais as características que os peregrinos mais valorizariam numa aplicação móvel de apoio à peregrinação a Santiago, foram identificadas três categorias de conteúdos através de uma análise fatorial: Características Gerais do Caminho, Características Turísticas e Culturais e Características Religiosas. Por último, aplicou-se uma regressão linear múltipla que revelou que os conteúdos relacionados com o Caminho e com os elementos turísticos e culturais são os que mais influenciam a intenção de uso da app por parte dos peregrinos. Considerando-se este estudo pioneiro no que concerne à utilização da tecnologia móvel por parte dos peregrinos, poderá revelar-se um suporte importante para os programadores de aplicações móveis, bem como para o desenvolvimento de estudos futuros.
- Classificação como Conjunto de Interesse Público (CIP) dos Vestígios Arqueológicos de LourosaPublication . Pereira, Luís Filipe Silva Neves Santos; Seabra, Cláudia; Paiva, Odete Maria de MatosO presente projeto tem como principal objetivo a Classificação como Conjunto de Interesse Público (CIP) dos Vestígios Arqueológicos de Lourosa, associando ao estudo o potencial turístico que advém da ligação aos recursos patrimoniais. Outros objetivos: A Criação de um Centro Interpretativo da Cultura Judaica e o Reconhecimento e Notoriedade Internacional. O Turismo Cultural e Religioso, considerado como um produto emergente e inovador e uma das apostas do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) 2013/2015 continua a ser um recurso turístico do projeto Turismo 2020. A presença judaica em Portugal é tida pela comunidade científica como muito significativa e o seu valor patrimonial muito relevante. Constituem aspetos deste património histórico-cultural: as comunas e as judiarias, as sinagogas e os armários sagrados, as inscrições e as marcas de simbologia judaica e cristã-nova, as tradições e os costumes. A confluência entre a cultura, a religião e o turismo dá origem ao denominado Turismo Cultural e Religioso. A Organização Mundial do Turismo, identifica o turismo cultural como sendo: O movimento de pessoas essencialmente por motivos culturais, incluindo visitas de grupo, visitas culturais, viagens a festivais, visitas a sítios históricos e monumentos, folclore e peregrinação (OMT, 1985, citado por McKercher e du Cros, 2002). O turismo cultural tem sido considerado a área de maior crescimento no turismo global. O turismo religioso tem igualmente uma relação forte com o património existente sendo que, o principal objetivo é a participação em rituais de culto. Assim sendo, o turismo é uma atividade multifacetada que apresenta uma forte ligação com o património material e imaterial existente contribuindo desta forma, para o desenvolvimento económico e social de uma determinada região.
- O crédito vencido e a insolvência financeira: Evidência empírica nas PME PortuguesasPublication . Martins, Ricardo Jorge Cabo; Rodrigues, Luís FernandesEste estudo tem como objetivo analisar o problema incumprimento bancário pelas instituições não financeiras, em Portugal, no período entre 2003 e 2014. Para obter evidência empírica adicional, estimamos a probabilidade de insolvência financeira para as PME portuguesas a partir de dados microeconómicos obtidos junto da base de dados SABI. Agregamos por setor os valores estimados segundo a desagregação setorial dos dados sobre o crédito vencido, fornecidos pelo Banco de Portugal. Este processo permitiu a criação de dois indicadores, um de probabilidade de insolvência (PI) obtido através da aplicação de um modelo de regressão logística, e um de incumprimento bancário (RCV) calculado através de dados setoriais recolhidos junto do Banco de Portugal. O estudo da evolução e a comparação destes dois indicadores, permitiu identificar os principais factos relevantes para identificar a natureza e incidência da crise em Portugal, assim como os principais desvios setoriais à tendência evidenciada pela economia. A evidência empírica revela que numerosas empresas já se defrontavam com problemas de insolvência financeira antes da grande crise financeira internacional de 2008. Tal sugere que o fator fundamental para potenciar da grande recessão em que Portugal mergulha desde 2010, tenha sido uma crise “brutal” na Banca portuguesa, que implodiu quando mercado europeu interbancário paralisou. A Banca portuguesa estava vulnerável provavelmente devido a uma má estratégia de alocação de recursos, particularmente a realizada junto de num pequeno número de grandes projetos, que podemos classificar no mínimo como de alto risco. Como esta aposta falhou e surpreendentemente não existia colateral relevante, a Banca portuguesa acaba por ser vítima dessa mesma estratégia e propagou a sua descapitalização ao resto da economia. Esta crise atinge o seu auge com o contágio e crise soberana portuguesa, que contribuiu para a entrada da economia numa grave recessão, em que as expectativas mais otimistas de que 2014 seria o ano de saída da crise foram traídas (o que esteve certamente ligado à implosão do Grupo e Banco Espírito Santo). Todo este processo induziu um corte no financiamento à economia, que teve um efeito de feed-back de intensificar o crescimento do incumprimento bancário e, provavelmente, vir a causar um processo generalizada de desalavancagem pelo menos no que respeita às PME.
- Os determinantes do investimento em FMN: o efeito moderador da probabilidade de insolvência e do ciclo de vida das empresasPublication . Viana, Pedro João Brinca Gonçalves; Rodrigues, Luís FernandesPretendemos com o nosso estudo demonstrar quais os efeitos de três determinantes no Investimento em Fundo de Maneio Necessário que é considerado por vários autores como vital tanto para o crescimento como para a sustentabilidade das empresas ao longo do seu Ciclo de Vida. Iremos também demonstrar que para além do comportamento e relação desses determinantes com o Investimento em Fundo de Maneio Necessário (FMN), registam-se influências provocadas pelos efeitos moderadores da Probabilidade de Insolvência e do próprio Ciclo de Vida das empresas. Através da análise dos nossos resultados mostraremos como a Rentabilidade Operacional, o Crédito Comercial Obtido e o Financiamento Bancário de Médio e Longo Prazo são os principais determinantes do Investimento em FMN e como estas relações se modificam ao longo do Ciclo de Vida das Empresas. O nosso estudo também vai permitir-nos estudar o efeito moderador da Probabilidade de Insolvência no tipo de financimento do investimento em FMN. O indicador da Probabilidade de Insolvência demonstra ter um feito moderador sobre o tipo de financiamento do FMN. Os fornecedores exibem uma percepção mais rápida e atempada do aparecimento das dificuldades financeiras dos seus clientes do que os financiadores bancários. Esta capacidade permite-lhes monitorizar o estado financeiro dos seus clientes sem restringir a concessão de crédito na sua totalidade. Os modelos estimados para amostras de duas fases do ciclo de vida das empresa fornecem-nos evidências empíricas de que a idade das empresas afecta a forma e a intensidade dos factores explicativos do Investimento em FMN. Nas empresas em fase de maturidade o Crédito Bancário de Médio e Longo Prazo apresenta-se como um substituto ao crédito comercial de fornecedores no financiamento do Ciclo de Exploração. Também demonstramos que os determinantes do Investimento em FMN são afectados pela fase do Ciclo de Vida, medido pela antiguidade da empresa.
- Fatores indutores da produtividade: Uma visão qualitativa e quantitativa no seio das empresas portuguesasPublication . Correia, Daniel de Albuquerque; Pinto, António Pedro Martins Soares; Reis, Pedro Manuel NogueiraA produtividade apresenta-se como um indicador central nos sistemas económicos dos países e nas respetivas empresas. Compreender a sua amplitude torna-se imperativo para a melhoria contínua dos níveis de produtividade. Muitas vezes este conceito vem associado ao conceito de produtividade do trabalho, no entanto, estes não têm o mesmo significado. A produtividade do trabalho na realidade nacional tem-se pautado por valores reduzidos, imputados diretamente ao capital humano. Este estudo, pretende dar um contributo em torno desta problemática, avaliando um conjunto de indutores, que permitam aferir em medida os baixos níveis de produtividade são unicamente da responsabilidade dos trabalhadores. Analisamos se fatores, como a comunicação, a formação, o compromisso de todos, a liderança praticada e a existência de gratificações dentro das empresas, podem desempenhar um papel crucial e preponderante para a produtividade do trabalho e para o resultado final da empresa. Aliado a estes fatores existe a influência que a gestão das empresas pode ter nestes indicadores, valorizando ou diminuindo o nível de produtividade do trabalho, e, portanto, não podendo imputar apenas ao capital humano a responsabilidade dos resultados. Os resultados obtidos sugerem que estes fatores detêm significância estatística efetiva sobre os níveis de produtividade nas empresas, quer na ótica do colaborador como na ótica do gestor. Na ótica dos colaboradores, os indutores liderança e motivação, que acabam por surgir agrupados, detêm um impacto positivo na produtividade, enquanto que o compromisso apresenta um impacto negativo. Na ótica da gestão, os indutores motivação, comunicação e formação apresentam impactos positivos na produtividade surgindo a liderança como um indutor de impacto negativo. Ao nível das remunerações e custo com empregados, ambos os modelos demonstram que estas duas variáveis quantitativas detêm impacto positivo na produtividade.
- As motivações do turista para a prática de turismo náutico na região Centro de PortugalPublication . Duarte, Isabel Norte de Sequeira; Novais, Cristina Maria de Jesus Barroco; Vicente, MargaridaO Turismo Náutico mundial está em crescente e franca expansão e em Portugal integra a lista dos 10 produtos estratégicos do Plano Estratégico Nacional do Turismo. Apesar de existirem condições propícias à prática de atividades náuticas em todas as regiões de Portugal, escolheu-se a Região Centro como principal foco de estudo por ainda ser pouco conhecida e explorada enquanto um destino turístico náutico. Para a elaboração deste estudo, realizou-se uma vasta revisão da literatura sobre os principais temas: o Turismo Náutico, evidenciando as suas diferentes tipologias e o comportamento do consumidor, abordando as motivações e a imagem do destino. Esta análise teve por objetivos avaliar a importância do Turismo Náutico em Portugal e identificar o seu posicionamento estratégico enquanto destino de Turismo Náutico. Ao focar o estudo na Região Centro, procurou-se compreender quais são os seus fatores críticos de sucesso associados ao Turismo Náutico, de forma a poder desmistificar a ideia que o Turismo Náutico de Recreio e Desportivo só pode ser praticado em regiões do Litoral. Como forma de identificar o perfil do praticante de atividades náuticas e a averiguar quais são os atributos e motivações mais valorizados quando se desloca para a Região Centro, considerou-se fundamental a elaboração de um inquérito por questionário. Participaram neste estudo duzentos e cinquenta e oito indivíduos com diferentes perfis, praticantes de diversas atividades náuticas em diferentes zonas da Região Centro. Através da análise dos resultados foi possível concluir-se que as principais motivações do turista náutico estão relacionadas com o divertimento, com a experiência na prática das atividades náuticas, com o conhecimento do destino, com o relaxamento e com o potencial do local. Relativamente à perceção que têm sobre a Região Centro como um destino turístico, atribuem valor a esta região por ser um bom destino de férias no qual têm confiança, onde a natureza está bastante presente e onde existem várias oportunidades de entretenimento. Por último, concluiu-se que por ser um estudo pioneiro em Portugal, poderá revelar-se bastante importante para as entidades responsáveis dinamizarem o Turismo Náutico na Região Centro bem como para a possível elaboração de estudos futuros.
- O perfil do enoturista da região vitivinícola do DãoPublication . Carvalho, Lídia Maria Fernandes de; Barroco, Cristina; Antunes, JoaquimO Enoturismo é ainda uma atividade recente em Portugal, no entanto, considera-se que seja um país com fatores muito favoráveis ao desenvolvimento desse tipo de turismo, diminuindo a sazonalidade e contribuindo para o desenvolvimento das regiões menos turísticas ou com menos recursos e atrações para o turismo em geral. Nota-se que nos últimos anos, o vinho Português tem ganho prestígio, nome, corpo e alma. Hoje não será apenas o vinho do Douro e do Alentejo a fazer sucesso e a levar a qualidade dos vinhos portugueses além-fronteiras. Os vinhos do Dão, por exemplo, iniciam uma longa e cuidada viagem nesse sentido, obtendo já sucessos e trazendo à região o poder do Enoturismo. A Rota dos Vinhos do Dão, embora ainda jovem, começa finalmente a dar os primeiros passos certeiros na direção da boa oferta em serviços e em produtos. Aliando as atividades culturais à dinâmica do vinho, a promoção e visibilidade da marca Dão tem vindo a ganhar terreno. Este trabalho pretende reunir informações e diretrizes pertinentes para impulsionar o Enoturismo na região vitivinícola do Dão de uma forma coordenada e direcionada para o mercado correto. A oferta na direção da procura, gera procura na direção da oferta. Se o Enoturismo começa a fluir, trabalhemos então para que seja de máxima qualidade. Para que possamos ter diretrizes de desenvolvimento da região, é fundamental perceber qual o perfil do enoturista: quem é, o que pretende da região e o que nela desenvolve. Dessa forma, poderemos obter informações mais concisas para a avançar com planos estratégicos e de desenvolvimento para a região vitivinícola do Dão. As diretrizes baseiam-se no resultado dos inquéritos realizados, em que o público jovem feminino português surge no topo da procura da Rota dos Vinhos do Dão, e onde se apurou que as três motivações principais para a sua deslocação a este destino estão intimamente relacionadas com a riqueza histórica e cultural da região, com o relaxamento que o destino lhes transmite e pela autenticidade do local. As atividades mais praticadas passam pelos passeios a pé, a visita a espaços museológicos e as provas de produtos regionais do Dão, em que esta ultima atividade é a que representa um maior grau de satisfação pelo enoturista. Desta forma, entende-se que as conclusões reunidas serão um bom ponto de partida para reformular a oferta na região vitivinícola do Dão.
- Principais fatores motivacionais na compra de livros de ficçãoPublication . Leitão, Luís António Ferreira; Amaro, Suzanne Fonseca; Henriques, Carla Manuela RibeiroO presente projeto de Mestrado assenta no estudo dos principais fatores motivacionais na compra de livros de ficção, aprofundando a dicotomia uso próprio versus oferta, englobando duas perspetivas complementares: a sustentação bibliográfica e uma pesquisa quantitativa que foi concretizada através da distribuição de um inquérito por questionário, em formato digital, que permitiu obter 487 respostas válidas e completas. Os dados obtidos foram tratados no SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), utilizando análises descritivas, que foram complementadas com técnicas de inferência estatística. Os resultados permitiram concluir que, apesar de homens e mulheres oferecerem um número idêntico de livros, as mulheres compram e leem mais. Além disso, cerca de um terço dos livros comprados destina-se a oferta. Ficou ainda provado que a interação com os autores nas redes sociais apresenta uma associação positiva com a importância atribuida a esse fator na hora de comprar o(s) livro(s). As mulheres são mais sensíveis às “Políticas de Marketing” (Atendimento Personalizado; Facilidade de Pagamento; Local com Cartão de Fidelização; Preços e Descontos; Elevada quantidade de livros), enquanto critérios de seleção do local de compra. Importa referir que a compra é concretizada de forma menos impulsiva quando o livro é para oferta. Os atributos da capa mais relevantes no processo de decisão de compra são o “Título” e a “Sinopse”. Contudo, os diferentes fatores da capa estudados não apresentam diferenças significativas na compra para uso próprio comparativamente à oferta, no que respeita à sua importância. “Autores com prémios literários” e “Nobel” e “Ser uma novidade” (livro) são outros fatores (não da capa) que apresentam diferenças significativas favoráveis à compra para oferta. Por outro lado, “Recomendação de Amigos e Familiares” e “Presença/Ligação/Interação com o Autor nas redes sociais” são mais favoráveis à compra para uso próprio. As conclusões são relevantes para enquadrar as preferências dos consumidores, possibilitando aos profissionais do marketing algumas referências para definir estratégias que respondam às suas necessidades e ambições. Além disso, ao explorar a dimensão dos submercados (Uso próprio versus Oferta), será possível ir ao encontro das exigências dos compradores, tornando a subjetividade da aquisição/utilização numa ferramenta eficaz da própria idealização e personalização dos livros, permitindo conceber e implementar ideias empreendedoras que visem estimular a compra e, consequentemente, melhorar os hábitos de leitura de todos os portugueses.
- O turismo de aventura acessível: Análise da oferta na região Centro de PortugalPublication . Lopes, Rita Alexandra Azevedo; Novais, Cristina Maria de Jesus Barroco; Antunes, Joaquim GonçalvesA prática crescente do Turismo de Aventura reflete uma alteração do comportamento dos turistas, com motivações assentes na natureza e na prática de atividades mais ativas e desafiantes. Apesar destas atividades poderem envolver alguns riscos e dificuldades, a sua procura tem vindo a aumentar por parte dos indivíduos portadores de deficiência. Neste sentido, a oferta de produtos acessíveis a indivíduos portadores de deficiências tem sido uma preocupação crescente por parte das organizações turísticas, procurando corresponder a uma procura cada vez maior e mais predisposta. Contudo, esta dimensão nem sempre é acolhida e valorizada por todas as organizações, justificando a pouca relevância atribuída, em parte, pela falta de informação, por questões económicas ou por falta de apoios financeiros para a sua implementação. O principal objetivo deste estudo é analisar se as empresas de Turismo de Aventura da região Centro estão conscientes da existência do potencial mercado com mobilidade reduzida e, consequentemente, se os seus serviços e atividades estão devidamente adaptados. Assim sendo, numa análise qualitativa levou-se a cabo entrevistas a três responsáveis de empresas de Turismo de Aventura da região Centro, bem como a um indivíduo portador de deficiência motora, a uma pessoa com deficiência visual e a um grupo de idosos. Estas entrevistas tiveram como finalidade compreender tanto o ponto de vista da oferta como da procura no que diz respeito à temática do Turismo de Aventura Acessível. Posteriormente, numa análise quantitativa, desenvolveu-se um inquérito por questionário que foi enviado online a 451 empresas de Turismo de Aventura da região Centro de Portugal. Conclui-se que, das 73 empresas de Turismo de Aventura que responderam ao inquérito, cerca de metade possuem atividades e/ou serviços adaptados a indivíduos portadores de deficiência. Apesar de se denotar algum interesse por parte das empresas em apostar na acessibilidade das suas atividades e serviços num futuro próximo, muitas delas veem o processo de adaptação como sendo um processo dispendioso e moroso que, de um modo geral, não implica um aumento do número de participantes nas suas atividades e, previsivelmente, não provoca um acréscimo das vendas da empresa e dos seus proveitos. O presente trabalho permitirá às empresas de Turismo de Aventura possuirem mais conhecimento sobre a acessibilidade e assim se posicionarem no mercado em espaços ainda não preenchidos.