Unidade de Enfermagem da Criança e do Adolescente (UECA)
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Browsing Unidade de Enfermagem da Criança e do Adolescente (UECA) by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas"
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- Adesão terapêutica do adolescente com diabetes mellitus tipo1 : uma revisão integrativaPublication . Cabral, Sérgio Manuel de Figueiredo Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) consiste no distúrbio metabólico endócrino mais frequente em adolescentes. O diagnóstico e gestão apresentam desafios especiais relacionados com o ambiente hormonal e emocional únicos da adolescência. A decrescente adesão terapêutica ao longo do tempo trás complicações, diminuindo a qualidade de vida e aumentando a necessidade de internamento hospitalar. Objetivo: Refletir sobre o desenvolvimento de competências do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica durante o percurso formativo durante os estágios; identificar os fatores que potenciam a adesão terapêutica dos adolescentes com DM1. Método: Este estudo de revisão integrativa partiu da questão de investigação: quais os fatores que potenciam a adesão à terapêutica do adolescente com DM1? Foram selecionados e analisados os estudos realizados a partir de 2016, publicados nas línguas portuguesa e inglesa, nas bases de dados Medline/Pubmed, SciELO e Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal, que abordassem temáticas relacionadas com adolescência, DM1 e adesão ao regime terapêutico. Resultados: Foram incluídos 5 estudos, que destacam os fatores psicológicos, a adesão à dieta e a prática de atividade física regular, na adesão à terapêutica pelos adolescentes. A falta de apoio dos pares também foi um fator que interfere na adesão à terapêutica, bem como uma maior autonomia dos adolescentes que leva a um pior controlo glicémico. A manutenção diária de insulina, a necessidade de automonitorização frequente da glicemia, a consciencialização da dieta diabética e a prática regular de atividade física, levam a melhor controlo e constituem desafios para os adolescentes. Por conseguinte, é essencial motivar cada vez mais os adolescentes para a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. Necessitam de suporte familiar e social, apoio escolar, bem como de uma educação contínua e uma abordagem multidisciplinar para se obterem resultados bem sucedidos ao nível do seu controlo metabólico. Será ideal que os adolescentes assumam a responsabilidade na gestão do seu controlo metabólico, com evidência de uma responsabilidade partilhada com os pais e colaboração com a equipa multidisciplinar. Conclusão: Foi importante o percurso de formação e reflexão sobre as práticas no desenvolvimento de competências especializadas. O estudo de investigação revelou a pertinência dos cuidados de saúde serem baseados na evidência científica, e a equipa de enfermagem tem a responsabilidade de intervir para melhorar a adesão à terapêutica dos adolescentes com DM1. Palavras chave: Adolescentes; Diabetes mellitus tipo1; Adesão ao tratamento.
- Adolescentes com perturbações mentais no serviço de urgência pediátrica : uma revisão narrativaPublication . Peres, Vânia Alexandra de Sousa; Bica, IsabelIntrodução: Os estágios são parte integrante dos cursos de pós-licenciatura de especialização em enfermagem e mestrado em enfermagem. A investigação constitui-se também como uma componente fundamental, ambas contribuindo para o desenvolvimento das competências inerentes à profissão. Desta forma, apresenta-se o percurso de formação nos estágios de Pediatria, Saúde Infantil e Familiar e de Neonatologia, e também todo o processo investigativo realizado. Objetivos: Descrever e refletir sobre as atividades realizadas durante os estágios e aquisição de competências comuns e específicas, tendo por base os objetivos definidos; descrever e discutir os motivos que levam os adolescentes com perturbações mentais ao serviço de urgência e taxas de prevalência, com base na produção científica. Metodologia: Na primeira parte do trabalho realizamos uma reflexão critica sobre as atividades desenvolvidas nos estágios para o desenvolvimento de competências especializadas e suportada na evidência científica. Na segunda parte apresentação de uma revisão narrativa cujo objetivo consistiu em verificar os motivos que levam os adolescentes com perturbações mentais ao serviço de urgência e taxas de prevalência. Resultados: O percurso de formação realizado nos estágios em contexto de cuidados de saúde primários, na área da saúde infanto-juvenil e nos cuidados de saúde diferenciados, na área do internamento de pediatria e neonatologia, foi fundamental para a aquisição de conhecimentos, aptidões e competências do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde infantil e pediátrica e mestre. Destacamos o aprimorar das competências para prestar cuidados de excelência ao recém-nascido/criança/jovem e família. Os resultados da revisão narrativa demonstram um claro aumento do recurso aos serviços de urgência por parte de adolescentes com problemas de saúde mental, nomeadamente: transtornos alimentares, depressão, perturbação obsessivo-compulsiva, ansiedade, trauma, elevados níveis de stresse e perturbações do humor. Estas evidências representam um desafio significativo para os serviços de urgência que têm de responder a uma procura crescente por parte desta população pediátrica, havendo a necessidade de uma maior coordenação entre a assistência social, os serviços de saúde mental dos adolescentes e os serviços de urgência. Conclusão: Foi possível com este trabalho responder aos objetivos propostos e desenvolver com sucesso as competências previstas. Neste relatório reflete-se também as implicações deste percurso formativo para a prática profissional. A investigação permitiu um conhecimento baseado em evidências, que ajudam a planear e implementar intervenções personalizadas para cada adolescente, auxiliando-o numa fase da sua vida, por si só, tão complexa. Palavras-chave: adolescentes; transtornos mentais; serviço de urgência; enfermagem.
- Agressividade em meio escolar e estilos educativos parentaisPublication . Costa, Joana Pereira Rodrigues da; Bica, IsabelIntrodução: O bullying e a agressividade em meio escolar tem aumentado a sua ocorrência nos últimos anos. APAV (2012, 2016) menciona que tem havido um aumento de casos ao longo dos anos. O que justifica estudar os comportamentos agressivos em meio escolar e relaciona-los com os estilos educativos. Objetivos: Pretende-se com este estudo analisar a influência das variáveis sociodemográficas, o tipo de família e os estilos educativos nos comportamentos de agressividade nas crianças em idade escolar. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo de analise quantitativa correlacional e de corte transversal, com uma amostra de 72 crianças (N=72) com idade média 8.22 (±0.967) numa escola do agrupamento de escolas do concelho de ovar e seus pais para avaliar a influência dos estilos educativos nos comportamentos de agressividade em meio escolar em crianças (7-10 anos). Foi utilizado para as crianças o questionário de Pereira e Almeida (1994) adaptado da versão original de Olweus (1989) e para os pais o EMBU-P, versão portuguesa (Canavarro 2003) com consistência interna moderada com um alfa de cronbach de 0.65. Resultados: As crianças são na sua maioria, do sexo masculino (52.8%), observou-se que 50% referiu ser vitima de comportamentos agressivos, e 43.7% identificaram-se como agressores, dos quais 67.8% são rapazes. Os comportamentos mais referidos, com 25%, são de agressividade verbal. A maioria das famílias são nucleares (86,1%). Na amostra dos progenitores, com média de idades de 41.17±5.39, 84,7% que responderam foram mãe, nos estilos educativos, a dimensão do suporte emocional foi a mais apresentada com OM=50.29(±3.57). Não se observou relação entre as variáveis sociodemográficas, tipo de família e o estilo educativo e os comportamentos agressivos. Contudo fica mostrado que as crianças agressoras apresentam pais com scores superiores na dimensão “tentativa de controle”. Conclusão: Considerando o presente estudo, continua a ser de extrema importância a prevenção da agressividade em meio escolar. Face aos resultados é essencial conduzir uma intervenção não somente centrada nos comportamentos da criança e na escola, mas também no sistema familiar com vista à promoção da parentalidade. Palavras chave: Bullying, comportamentos agressivos, estilos educativos, crianças.
- Aleitamento materno : prevalência até ao 3º ano de vida e perceção das mãesPublication . Esteves, Cláudia Cristina Coutinho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno consiste no meio mais adequado de proporcionar alimento e proteção à criança, para além de outras vantagens e benefícios, e promove o estabelecimento do vínculo afetivo da díade mãe/filho. Em Portugal, todavia, continuam a registar-se taxas de prevalência de aleitamento materno inferiores às recomendações mundiais. Objetivos: A investigação incluiu dois estudos. No estudo 1, averiguar a prevalência do aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as variáveis sociodemográficas, variáveis maternas e variáveis contextuais à amamentação; no estudo 2, verificar a perceção das mães sobre o aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as dificuldades e os benefícios da amamentação e a influência das variáveis obstétricas. Metodologia: O estudo 1 insere-se num paradigma quantitativo, transversal, descritivo e analítico, envolve uma amostra de 83 mães de crianças até aos três anos de idade (exclusive) que recorrem à Consulta de Vigilância de Saúde Infantil de uma unidade de saúde familiar da região centro. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário realizado ad hoc, com base na revisão da literatura, revisto por um grupo de peritos. O estudo 2, de natureza qualitativa, teve a participação de 9 mães, a quem foi aplicada uma entrevista semiestrutura objeto de análise de conteúdo. Resultados: A maioria das participantes de ambos os estudos relatou ter companheiros, residir na zona urbana e ter uma profissão. A maioria referiu que frequentou as aulas de preparação para o parto. O seu bebé foi colocado à mama na primeira hora de vida, esteve junto do seu filho nas primeiras 24 horas e amamentou até aos 6 meses, exclusivamente, com leite materno. A influência dos familiares em relação ao aleitamento foi positiva, a maioria das mulheres recebeu visita domiciliária pela equipa de enfermagem durante os primeiros 15 dias de vida do bebé, considerando-a importante. Contudo, foram as aulas de preparação para o parto que se revelaram como fator preditor de aleitamento materno, no primeiro estudo. Conclusão: Os resultados apurados revelam que existe uma maior possibilidade de aleitamento materno em mulheres com aulas de preparação para o parto. O que leva a sugerir que os Enfermeiros Especialistas de Saúde Infantil e Pediatria devem continuar a promover a amamentação nos diferentes contextos, dotando as mulheres de literacia ao nível do aleitamento materno, o que pode ser um adjuvante para o aumento da prevalência de aleitamento materno e evitar o seu abandono precoce. Palavras-chave: Aleitamento materno; Prevalência; Criança; Perceção.
- Análise dos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais sobre os cuidados com a dor na criançaPublication . Pombal, Mónica Sofia Sanches; Aparício, Graça; Batalha, LuísEnquadramento: A falta de conhecimentos na área da dor tem sido vista como a maior causa para a perpetuação de mitos, crenças e preconceitos que impossibilitam uma avaliação precisa e, consequentemente, uma prevenção e tratamento eficientes. Objetivos: Analisar os conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança; identificar as variáveis sociodemográficas, profissionais e de contexto clínico que se associam aos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança; Identificar as analogias entre os conhecimentos e as práticas dos enfermeiros e pais perante a dor na criança. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional e de carater transversal, realizado numa amostra não probabilística de 46 enfermeiros, 84,8% sexo feminino, (média idades= 42,8 anos; SD= 9,1), que exercem funções em unidades de internamento e urgência pediátricas de dois hospitais da região centro do país. A amostra integrava igualmente 173 progenitores, 85,3% mães, (média de idades= 34,5 anos; SD= 6,4) de crianças internadas nas mesmas unidades. Foram aplicados dois questionários, um aos enfermeiros e outro aos pais, compostos por duas partes, uma relativa à caracterização sociodemográfica, profissional e clínica dos inquiridos, e o inventário de Saberes e Práticas dos Enfermeiros no alívio da Dor Pediátrica de Batalha (2001). Resultados: Os enfermeiros tinham em média 19,5 anos de profissão, (SD=8,7) e 71,1% trabalhavam em média há 14,9 anos em pediatria. Os pais tinham maioritariamente (44,7%) 1 filho e 36,6% frequentaram o ensino secundário. Avaliados os conhecimentos e práticas segundo 6 dimensões de dor: conceito, tolerância, reconhecimento e avaliação da dor, cuidados farmacológicos e cuidados não farmacológicos, verificou-se no global que os conhecimentos e práticas dos enfermeiros são adequados e o reconhecimento da dor foi a dimensão com mais respostas desadequadas. Os enfermeiros mais novos utilizam mais cuidados não farmacológicos (p= 0,042), os do sexo feminino são mais sensíveis à avaliação da dor (p= 0,013), os pertencentes ao Hospital 1 evidenciaram-se na avalição da dor e nos cuidados farmacológicos (p< 0,05) e a formação na área adequa a análise do conceito de dor, tolerância, avaliação e cuidados farmacológicos (p< 0,05) perante a dor. Os pais, demonstraram ter conhecimentos e práticas mais adequados apenas na dimensão cuidados não farmacológicos e os mais velhos e casados nos cuidados farmacológicos (p=0,002; p=0,036 respetivamente). Os que tinham três ou mais filhos revelaram melhores conhecimentos relativamente ao conceito de dor (p=0,016) e os que tinham estudos superiores responderam adequadamente às afirmações da tolerância à dor (p=0,005), cuidados farmacológicos (p=0,000) e cuidados não farmacológicos (p=0,003). Os pais de crianças internadas no Hospital 1 mostraram-se mais sensíveis à avaliação da dor (p=0,039) e os de crianças com patologia cirúrgica evidenciaram no conceito de dor (p=0,019). Apenas se verificou analogias na abordagem da dor entre os enfermeiros e pais no reconhecimento da dor e nos cuidados não farmacológicos. Conclusão: Face a outros estudos, estes resultados evidenciam uma evolução positiva e permitiram identificar pontos fortes e fracos nos conhecimentos e práticas dos enfermeiros e pais na abordagem da dor na criança. Passar da intencionalidade à prática de excelência implica formação continua das equipas, desconstruir mitos e preconceitos e uma abordagem efectiva de parceria entre enfermeiros/criança/família, promovendo o empowerment dos pais. Controlar eficazmente a dor da criança é um dever fundamental das equipas de saúde. Palavras-chave: Dor, conhecimentos, criança, enfermeiros, pais.
- Atitudes dos pais perante a criança com febrePublication . Lucena, Diana de Gouveia; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A fobia da febre contínua a subsistir na atualidade, levando muitos pais a ficar ansiosos perante a febre no seu filho, refletindo-se em atitudes menos adequadas. Objetivos – Identificar se as variáveis sociodemográficas se repercutem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; analisar se as variáveis contextuais da criança interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; averiguar se as variáveis fontes de informação sobre a febre interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis clínicas, fontes de informação, conhecimento e atitudes perante a criança com febre. A amostra é do tipo não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil. Resultados – Amostra é maioritariamente feminina (51.7%), sendo as mulheres, em média (M=34.78 anos .7.976 anos), mais velhas comparativamente aos homens. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico de família, o enfermeiro, os familiares e a experiência própria. O sexo, a idade, a zona de residência e as habilitações literárias são variáveis que interferem nas atitudes dos participantes perante a criança com febre. Existe uma probabilidade de 63.9% de atitudes não adequadas perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados indicam que as atitudes da maioria dos pais/acompanhantes face à criança com febre são desadequadas. O que justifica que os pais/acompanhantes têm de ser mais esclarecidos, fazendo-se uma contextualização e desdramatização sobre o significado da febre, realçando aos pais a sua importância como mecanismo protetor do organismo no combate à infeção, alertando-os para os sinais de alarme que justificam a observação profissional atempada e para a adoção de atitudes adequadas. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Atitudes.
- Avaliação do risco de lesão da pele do recém-nascido internado em unidade de cuidados intensivos neonatais : validação da escala ISSA para a população portuguesaPublication . Silva, Rita Sofia Lopes Pereira da; Aparício, Graça; Ferreira, Maria Regina Sardinheiro do Céu FurtadoIntrodução: O recém-nascido (RN) internado e em particular o RN prematuro, pelas características da pele, imaturidade dos sistemas e uso imprescindível de dispositivos médicos, está predisposto a lesões cutâneas e maior risco de infeção e consequências neurodesenvolvimentais. Os enfermeiros devem realizar uma rigorosa observação da pele do neonato com recurso a instrumentos de avaliação do risco de lesões, validados e confiáveis. Objetivos: Descrever o processo de adaptação transcultural e validação semântica para a população portuguesa da escala de avaliação do risco de lesão da pele em neonatos hospitalizados em UCIN de ISSA (2019); avaliar as propriedades psicométricas da versão adaptada para a população portuguesa da escala ISSA, na avaliação do risco de lesão da pele em neonatos hospitalizados em UCIN. Metodologia: Trata-se de um estudo Instrumental, primário, de adaptação transcultural e avaliação psicométrica da versão do instrumento original de ISSA (2019), do português do Brasil para o português europeu, autorizado pela autora da escala original e aprovado pela comissão de ética do CHUC. Realizou-se a adaptação e ajuste semântico da escala, seguido de pré-teste e aplicação da versão final, por 24 enfermeiros(as) com mais de dois anos de experiência em neonatologia, numa amostra não probabilística por conveniência, que efetivaram 131 aplicações da escala a RN com mais de 24 horas de internamento em UCIN, independentemente da sua idade gestacional e que não possuíam lesão cutânea nem patologia dermatológica à admissão. Para a análise de dados utilizou-se o programa estatístico IBM SPSS, versão 28 e software Jamovi versão 2.3.18 para Windows. Resultados: A versão portuguesa da escala, apresentou validade de conteúdo demonstrando existir pertinência prática das questões e elevado grau de concordância entre os participantes. A análise psicométrica revelou boa fiabilidade e uma consistência interna aceitável, o que permite a sua utilização na população neonatal portuguesa, permitindo colmatar as lacunas existentes nas escalas de avaliação de risco de lesão em RN. Conclusão: O instrumento possui validade semântica e qualidade psicométrica na sua adaptação para a língua portuguesa e, portanto, é um instrumento capaz de avaliar os riscos de lesão cutânea em neonatos internados em UCIN, em Portugal e ao conferir intencionalidade a uma prática de cuidados autónomos de enfermagem, pode integrar indicadores assistenciais específicos para mensuração da qualidade dos cuidados. Palavras-chave: Enfermagem Neonatal, Recém-Nascido; Nascimento Prematuro; Estudo de Validação; Lesão; Pele
- Os benefícios da colostroterapia para o recém-nascido prematuro hospitalizado em unidades de cuidados intensivos e intermédios neonataisPublication . Tavares, Joana Filipa Pires Gomes; Bica, IsabelEnquadramento: Ao longo do trajeto realizado com vista à aquisição de competências comuns e específicas relativas ao Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, várias temáticas se tornam pertinentes para a prática de cuidados ao binómio criança/família, podendo ser exploradas através da investigação, essencial para a evolução da disciplina de Enfermagem. No mundo, 1 em cada 10 RN nasce prematuro, o que pode acarretar sequelas no futuro da criança, devendo os cuidados ao RN ser antecipatórios e individualizados, promovendo o seu conforto e bem-estar. Incentivar o aleitamento materno é essencial para a maximização da saúde da criança e para a vinculação pais-bebé, sendo uma prática acessível e segura, dotada de vários benefícios. A literatura menciona que o colostro, o primeiro leite da mãe, contém diversos nutrientes essenciais, bem como fatores de proteção que protegem a mucosa oral do contacto com certos microrganismos, reforçando o sistema imunológico, o que é útil ao RN prematuro hospitalizado, suscetível a variadas complicações decorrentes da prematuridade. Objetivos: Descrever o percurso formativo nos diferentes contextos de estágio; refletir de forma crítica sobre as atividades concretizadas para o desenvolvimento de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica; identificar os benefícios da colostroterapia para o RNP hospitalizado em unidades de cuidados intensivos e intermédios neonatais. Metodologia: Descritivo-reflexiva sobre o percurso formativo nos diversos contextos de estágio. Foi realizada uma Scoping Review, de acordo com o protocolo proposto pela Joanna Briggs Institute®. A pesquisa foi efetuada no motor de busca B-On e nas bases de dados MEDLINE e CINAHL, considerando um horizonte temporal de 2017 a 2023, incluindo estudos publicados na íntegra nos idiomas português, inglês e espanhol. A seleção dos estudos, a extração e a síntese dos dados foram efetuadas por dois revisores independentes. Resultados: Nos seis estudos incluídos na Scoping Review, foi possível constatar que a colostroterapia, além de ser uma intervenção fácil de concretizar (administração de apenas 0,1mL de colostro cru na mucosa oral do RN prematuro), é barata e segura. Revelou elevados benefícios para o RNP, como a diminuição da incidência de complicações, favorecendo a ação antimicrobiana, o ganho ponderal e a alimentação enteral. A colostroterapia reveste-se, assim, de grande potencial na redução da incidência de várias patologias associadas à prematuridade, reduzindo inclusive a taxa de mortalidade neonatal. Conclusão: O trabalho desenvolvido ao longo dos estágios e no presente relatório considera-se como um contributo para a melhoria contínua dos cuidados de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, trazendo para a prática os conhecimentos obtidos em contexto formativo, bem como os adquiridos com a execução do trabalho de investigação. Assim, face aos resultados, é imperativo que os enfermeiros sejam sensibilizados e capacitados para a implementação desta prática, dotada de inúmeros benefícios para o RN/Família. Palavras-chave: recém-nascido prematuro, colostroterapia, orofarínge, unidades de cuidados intensivos neonatais
- Colheita de urina não invasiva em crianças: Revisão sistemática da literaturaPublication . Almeida, Andreia Catarina Coelho de; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEm pediatria, a colheita de urina deve respeitar os cuidados atraumáticos e a segurança da criança com vista à qualidade dos cuidados. O clean-catch (CC) tem sido recentemente descrito como método de colheita de urina para crianças que não controlam esfíncteres, não invasivo, para diagnóstico de ITU em detrimento do cateterismo vesical/punção supra-púbica (CV/PSP). Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do Manual Cochrane 5.1.0 de Higgins & Green (2011) sobre estudos que comparam a taxa de contaminação da amostra de urina, entre o CC e CV/PSP. Foram selecionados estudos nas bases de dados: PUBMED, EBSCO, Web of Science e Scielo, com data de publicação entre janeiro de 2000 e junho de 2017 segundo os critérios de inclusão/exclusão previamente estabelecidos. Dois investigadores avaliaram a qualidade metodológica dos estudos. Resultados: Do total de 297 estudos foram incluídos dois Randomised Controlled Trial (RCT) que preenchiam os critérios de inclusão definidos. Num total de 117 amostras por CC e 122 obtidas por CV/PSP, verificou-se no primeiro estudo (Labrosse et al., 2016) que a taxa de contaminação do grupo CC era de 16% vs 6% para as colheitas por CV/PSP, enquanto no segundo estudo (Herreros, et al., 2015) foi de de 5% vs 8% para CC e CV respetivamente. Conclusão: Os resultados dos estudos são animadores. Contudo mais investigações precisam ser realizados para que este método revele evidência científica para a prática de enfermagem, dadas as limitações relacionadas com o número reduzido de estudos encontrados com qualidade metodológica para diagnosticar ITU por clean-catch, nas crianças que não controlam os esfíncteres Palavras-chave: Colheita de urina, recém-nascido, lactente, infeção do trato urinário.
- Comparação das temperaturas axilares e cutâneas em recém-nascidos prematuros : revisão sistemática da literaturaPublication . Gameiro, Fernando José da Silva; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaContexto: A manutenção da temperatura corporal dentro dos limites de normalidade é um dos objetivos primordiais para assegurar a sobrevivência de recém-nascidos prematuros. O controlo constante e persistente da temperatura, a necessidade de reduzir o número de manipulações de modo a evitar stress e diminuir a taxa de infeções, induzem a necessidade de procurar aferir a fiabilidade da monitorização da temperatura axilar com a da temperatura cutânea que habitualmente está presente e que serve de controlo à manutenção de um ambiente seguro. Objetivo: Identificar se existe diferença nos valores da temperatura axilar quando comparados com os valores obtidos por sensor cutâneo no controlo da estabilidade térmica do recém-nascido prematuro. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com base nas orientações do Cochrane Handbook, sobre estudos que comparavam diferentes métodos de monitorização da temperatura corporal para recém-nascidos prematuros. Efetuada pesquisa na EBSCO e PUBMED, entre 30 de Junho de 2017 e 31 Janeiro de 2018, da qual resultaram 344 estudos. De forma independente, dois revisores analisaram os estudos e foram responsáveis pela inclusão ou exclusão dos mesmos com base nos critérios definidos. A qualidade foi avaliada através da aplicação da grelha de avaliação crítica de estudos descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatorizado e controlado conforme orientação do CEMBE da FML e o “JBI Critical Appraisal Checklist for Randomised Control/Pseudo-randomised Trial”. Resultados: Dois estudos preencheram os critérios de inclusão sendo eles, um estudo de caso controlo individual e um randomizado e controlado. Não foi possível efetuar metanálise comparando os dados dos dois estudos uma vez que se tratam de estudos que não seguiram procedimentos homogéneos, com desenhos e análises estatísticas diferentes. Nos estudos selecionados não existem diferenças estatisticamente significativas entre a temperatura axilar (avaliada com termómetro de vidro, sensor cutâneo ou termómetro digital) e as temperaturas obtidas por sensor cutâneo abdominal em diferentes locais. Conclusões: Para recém-nascidos prematuros clinicamente estáveis, em decúbito dorsal, a temperatura obtida por sensor cutâneo em diferentes locais do abdómen permite aos enfermeiros a rotação dos locais de monitorização, promovendo a estabilidade e a integridade da pele dos recém-nascidos em condições de segurança. Palavras chave: Recém-nascido prematuro; Temperatura corporal; Axila.