ESEV - DCEN - Resumos de eventos científicos não indexados à WoS/Scopus
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- Smartcity lab for kids e o pensamento computacional criativoPublication . Gomes, Cristina Azevedo; Gomes, Helena Margarida dos Santos Vasconcelos; Ribeiro, António Augusto Gaspar; Rego, Belmiro; Pacheco Figueiredo, Maria; Miranda-Pinto, S. M; Morais, Nídia Salomé; Rito, P. N.; Sousa, Bárbara; Loureiro, Manuela; Rocha, PedroA criação sempre foi uma atividade humana permanente. Criar com criatividade tornou-se uma tarefa fundamental numa altura em que existem tantas ideias, tanto desenvolvimento, tanta tecnologia e acentuada evolução ao nível da inteligência artificial. Desenvolver o pensamento computacional nos primeiros anos de escolaridade tem surgido como uma atividade emergente, uma vez que é reconhecidamente uma forma de potenciar aprendizagens integradas, contextualizadas e ativas, baseadas na resolução de problemas e em projetos transdisciplinares. O pensamento computacional nos primeiros anos pode ser desenvolvido como base em três grandes ideias: o construcionismo, onde são valorizadas as aprendizagens das crianças, a partir do desenvolvimento de produtos pelas próprias crianças; a computação criativa através da qual se desenvolvem relações entre as vivências das crianças e a computação, com base na sua criatividade, na sua imaginação e nos seus interesses; a ideia de Project Based Learning, que contextualiza a aprendizagem das crianças na resolução de problemas reais e significativos onde as crianças são convidadas a definir os problemas e a projetar, experimentar e comunicar diferentes raciocínios e soluções. Os contextos assumem um papel preponderante na promoção de aprendizagens significativas realçando-se aqueles que potenciam o diálogo entre a escola e a comunidade e que, dessa forma, contrariam a ideia de que a tecnologia fecha os alunos no espaço das salas de aulas. Aprender a programar e programar para aprender é o desafio lançado a algumas turmas do 1.º CEB dos 5 agrupamentos de escolas de Viseu, tendo como base o tema criativo de smartcity enquanto mobilizador de abordagens transdisciplinares com tecnologia. Neste projeto, os alunos são desafiados a pensar Viseu como uma smartcity e a desenvolver ideias e soluções representadas a partir da programação e da robótica. Pretende-se explorar processos de aprendizagem criativa, contextualizada e significativa, dando à cidade uma visão criativa sobre o seu desenvolvimento. Nesta comunicação é apresentado o projeto “smartcity lab for kids”, que resulta de uma parceria entre a ESEV e o município de Viseu, e são discutidas algumas das abordagens e estratégias desenvolvidas com crianças dos 3.º e 4.º anos do 1.º CEB.
- I Mini-Olimpíadas Experimentais de Ciência.Publication . Oliveira, Filipa; Carvalho, Maria Paula; Novais, Anabela; Mendes, Cristiana; Abrantes, I.; Gama, Ricardo; Abreu, Maria Conceição; Aibéo, Alexandre; Alberto, Helena Vieira; Araújo, António; Carmo, Filipe; Galvão, Adelino; Galveias, Adriana; Kullberg, José Carlos; Lucas, Sofia; Maia, Miguel; Maria, Paula; Providência, Constança; Xavier, JoséAs Olimpíadas de Ciência têm o potencial de divulgar a ciência e motivar os alunos para a mesma, estimular a construção do conhecimento científico e promover o desenvolvimento de novas metodologias em contexto escolar de 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), bem como identificar indicadores relevantes na Educação em Ciências (Oliveira, & Paixão, 2018). Neste sentido, foi concebido um estudo piloto para implementar, pela 1.ª vez em Portugal, as “I Mini-Olimpíadas Experimentais de Ciência” no âmbito da disciplina de Estudo do Meio do 1.º CEB. Este projeto foi motivado pela análise dos resultados do estudo (Oliveira, 2018) que mostra que os alunos portugueses, no final do ensino secundário, têm apresentado um deficit de competências experimentais quando participam nas Olimpíadas Internacionais. Em termos metodológicos, o estudo é classificado como exploratório-descritivo (Tuckman, 2000). A amostra envolve os diretores, os professores e os alunos do 4.º ano do 1.º CEB de instituições de ensino do distrito de Viseu. Tem como objetivos: avaliar a exequibilidade das Mini-Olimpíadas ao nível do 4.º ano; sinalizar as necessidades dos professores para a prática do ensino experimental das ciências; investigar o potencial das Mini-Olimpíadas para avaliar as competências de ciência e para estimular a criatividade dos alunos; motivar alunos e professores para novos desafios científicos. Teve início no ano letivo 2020/2021, continuando em curso, e foi desenvolvido com base na auscultação de diretores e professores de instituições de ensino, através da aplicação de questionários, sobre a sua realidade escolar e as práticas letivas na área das ciências, bem como sobre a exequibilidade das Mini- Olimpíadas. Prosseguiu-se com o desenvolvimento e a realização de um Curso de Formação para os professores participantes no estudo. Atualmente, estão a ser concebidas/elaboradas as duas provas olímpicas (teórica e experimental), para sua posterior aplicação aos alunos do 4.º ano. Após o tratamento dos dados, divulgar-se-ão os resultados e as conclusões, com a apresentação de propostas que permitam a reflexão sobre a Educação em Ciências no 1.º CEB. O estudo é realizado em colaboração com a Ciência Viva, as Sociedades Portuguesas da Física, da Química e da Geologia, a Ordem dos Biólogos, a Association of Polar Early Career Scientists e a International Association for Geoethics.
- A importância das I Miniolimpíadas Experimentais de Ciência na formação científica dos professores do 1.º CEB e na Educação em Ciências.Publication . Oliveira, Filipa; Carvalho, Maria Paula; Novais, Anabela; Mendes, Cristiana; Abrantes, I.; Gama, Ricardo; Abreu, Maria Conceição; Aibéo, Alexandre; Alberto, Helena Vieira; Araújo, António; Carmo, Filipe; Galvão, Adelino; Galveias, Adriana; Kullberg, José Carlos; Lucas, Sofia; Maia, Miguel; Maria, Paula; Providência, Constança; Xavier, JoséAs Olimpíadas de Ciência têm o potencial de divulgar e motivar os alunos para a ciência, estimular a construção do conhecimento científico e promover o desenvolvimento de novas metodologias em contexto escolar de 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), bem como identificar indicadores relevantes na Educação em Ciências (Oliveira & Paixão, 2018). Neste enquadramento, foi desenhado um estudo piloto para implementar, pela 1.ª vez em Portugal, as “I Mini-Olimpíadas Experimentais de Ciência” ao nível do 1.º CEB. Em termos metodológicos, o estudo é classificado como exploratório-descritivo (Tuckman, 2000). A amostra envolve os diretores, os professores e os alunos do 4.º ano do 1.º CEB do distrito de Viseu. O projeto teve início no ano letivo 2020/2021, continuando em curso, e foi desenvolvido com base na análise dos resultados obtidos após a aplicação de questionários aos diretores e professores, com o objetivo de os auscultar sobre a sua realidade escolar e as práticas letivas na área das ciências e, ainda, sobre a exequibilidade das Mini-Olimpíadas. Com base nestes resultados, foram desenvolvidos: i) um Curso de Formação já realizado, intitulado “Recursos científicos e didáticos para a Educação em Ciências no 1.º CEB” e ii) as provas olímpicas de índole teórica e experimental no âmbito da disciplina de Estudo do Meio, que serão implementadas posteriormente. Este estudo foi aprovado no contexto dos projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação Científica e Tecnológica do Instituto Politécnico de Viseu [PROJ/IPV/ ID&I/023], e é financiado pela Caixa Geral de Depósitos. Está a ser desenvolvido pela Escola Superior de Educação de Viseu em cooperação com a Ciência Viva, as Sociedades Portuguesas de Física e Química, a Sociedade Geológica de Portugal, a Ordem dos Biólogos, a Association of Polar Early Career Scientists e a International Association for Geoethics. Com a análise de posteriores resultados e consequentes conclusões, esperamos que seja possível estabelecer, entre os intervenientes da investigação, pontes de diálogo e reflexão sobre a Educação em Ciências no 1.º CEB. Finalizado o projeto, poderá haver a possibilidade de expandir a sua implementação a nível nacional, com alargamento da rede de parceiros. Nesta comunicação apresentar-se-á uma visão holística do estudo piloto e os primeiros resultados.
- Homework in the primary school - Students' perceptionPublication . Lopes, Mónica; Cardoso, Ana Paula; Cunha, Ana Margarida; Lacerda, Carla; Novais, AnabelaHomework is one of the most widespread but controversial strategies used in the first school years. Students’ opinion and commitment tohomework vary between them. Students’ perception of homework and how variables such as sex or perceived difficulties influence it wereinvestigated in this work. For that, a descriptive, correlational, cross-sectional survey was performed on 282 primary school’s students ofViseu, Portugal. Data analysis shows that all students perform homework and their opinion about it is mostly favorable. Statistical analysis reveals an association between students’ feelings about homework, their decision to perform them, and the time spend on them. Associationsbetween some of the variables were also observed with students’ sex. Male students like homework lesser and more frequently would decidenot to perform it. On the other hand, female students reveal more difficulties on mathematic and usually have help doing homework. Acluster analysis revealed three types of students: a small group who does not like and does not understand the importance of homework butdo not present difficulties, a group who likes homework and think they are important but have difficulties in its performance, and finally agroup who likes homework and does not have performance’s difficulties. Recognition of these three types of students could help educatorschoosing different homework strategies for each group, for instance, altering the kind of homework requested or its difficulty.
- Episódios de sala de aula na formação de professores em Matemática e em Português: possibilidades da Literatura para a InfânciaPublication . Menezes, Luís; Melão, DulceEnsinar é uma atividade de resolução de problemas, pois o professor é confrontado com inúmeros desafios, em sala de aula e fora dela, que exigem capacidade de raciocínio pedagógico, conhecimento didático incluindo nele conhecimento dos temas que vai ensinar, dos currículos, dos alunos e da aprendizagem e da prática letiva (Ponte, 2012). Na formação de professores, tanto na inicial como na contínua, a reflexão sobre casos de sala de aula, na forma de episódios, que colocam os formandos perante problemas didáticos, tem sido largamente apontada na literatura como tendo elevado valor formativo (Van Es, Tunney, Goldsmit, & Seago, 2014). Estes episódios têm sido colocados em diferentes contextos e em diferentes suportes. Em termos de contexto, encontramos casos reais da experiência dos professores e casos fictícios construídos por equipas de formadores. Em termos de suporte, estes casos são escritos, na forma de diálogos, em áudio, em vídeo ou através de uma combinação destes (Canavarro, Oliveira, & Menezes, 2014). Nesta comunicação, temos como objetivo refletir sobre casos de ensino construídos e aplicados no âmbito de uma unidade curricular de mestrados em ensino (Educação de Infância, 1.º Ciclo e 2.º Ciclo (Mat/CN, Port/HGP), denominada "Linguagens e representações em Português e Matemática". Estes casos têm a especificidade de terem como contexto livros-álbum por meio dos quais se tira partido da estreita articulação entre texto e ilustração (Melão, 2019; Simpson, 2016). No que à metodologia diz respeito, os desdobramentos do tecido peritextual dos livros-álbum plasmam-se nos casos apresentados, numa análise do seu fulcro e suas repercussões, no âmbito da formação dos futuros professores. Concluímos que tais casos revelam características que alavancam a construção de conhecimento didático e a reflexão aprofundada sobre os desafios das práticas educativas que, entrelaçando o Português e a Matemática, convocam reciprocidades que reverberam nos exercícios de cidadania a que damos voz.
- Livro de resumos: Olhares sobre a EducaçãoPublication . Menezes, Luís; Pacheco Figueiredo, Maria; Rego, Belmiro; Balula, João Paulo; Felizardo, Sara; Cardoso, Ana PaulaA 6.ª edição do “Olhares sobre a Educação”, realizada pela Escola Superior de Educação de Viseu em abril de 2018, introduziu, relativamente às realizações anteriores, duas novidades. Assim, a par dos habituais painel e conferência plenária, surgiram na edição deste ano Workshops paralelos e uma sessão de Pósteres. O espaço dos Workshops decorreu em 5 sessões paralelas, abordando temáticas atuais no campo da Educação: W1 - Geometria na infância: simetria e antissimetria (Andreia Hall, Universidade de Aveiro); W2 - Técnica vocal (Cristina Aguiar, ESE de Viseu); W3 - Os Robôs vão ao Jardim de Infância e 1.º CEB: imaginação, criatividade e aprendizagem (Maribel Miranda-Pinto, ESE de Viseu); W4 - Intervenção no autismo: a metodologia ABA (Célia Guimarães, APPDA); e W5 - Intervenção na multideficiência: o Grid (José Amaral, Esc. Sec. de Tondela). O espaço de pósteres, denominado “Realidades e possibilidades educativas”, visava a apresentação de experiências de ensino que relatassem realizações educativas, projetos de intervenção ou projetos de investigação. Para isso, convidaram-se professores e estudantes dos cursos do âmbito da educação da Escola Superior de Educação de Viseu, tendo a resposta sido muito afirmativa, traduzindo-se em 13 propostas de resumos longos (até 6000 caracteres). Todos os resumos foram submetidos a double-blind peer review. Os resumos dos pósteres, que representam a fatia maior deste livro de resumos, revelam uma multiplicidade de realidades e atores educativos, cruzando-se reflexão e investigação mais estruturada (em diversas fases de desenvolvimento) e, muito importante, envolvendo, em muitos casos, colaboração de estudantes e professores da ESEV, tanto de cursos de licenciatura como de cursos de mestrado. A porta de entrada nesta 6.ª Edição do “Olhares sobre a Educação” foi a conferência plenária “Geometria de muitas maneiras”, proferida por Andreia Hall, da Universidade de Aveiro. Esta conferência representou uma troca de experiências formativas, no campo da Didática da Matemática, entre duas instituições com larga tradição na formação de professores, a Universidade de Aveiro e a Escola Superior de Educação de Viseu. A finalizar o “Olhares sobre a Educação”, decorreu o painel “Articulações educativas na escola: entre o desejável e o possível”, com a participação de Luís Nóbrega (Agrupamento de Escolas Grão Vasco), Florbela Soutinho (Agrupamento de Escolas Viseu Norte) e José Fernando Rodrigues (Agrupamento de Escolas das Olaias), moderado por João Rocha (ESEV). No final deste livro de resumos apresenta-se uma síntese das principais ideias discutidas neste painel.
- Fernando Brederode e a indústria dos seguros em Portugal: uma panorâmica geralPublication . martins, ana patríciaAté inícios do século XX a modalidade de seguros vida não era aplicada de forma sistemática pelas companhias de seguros portuguesas e somente na década de 1920 assumiu considerável importância. Fernando Brederode (1867-1939) revela-se uma figura fundamental no desenvolvimento da indústria dos seguros nas primeiras décadas do século XX, zelando pela sua regulamentação e fundamentação científica. Destacou-se pela ligação a companhias de seguros vida, nomeadamente na função de actuário, sendo fundador de A Nacional, em 1906; enquanto membro do Conselho de Seguros, criado em 1907; pela divulgação da actividade de seguros, nomeadamente com publicações, das quais destacamos a revista Seguros e Finanças (1906-1927); pela elaboração de bases conjuntas para a fundamentação de companhias de seguros vida, em conjunto com outros actuários; pelo interesse demonstrado no âmbito da instrução em Actuariado em Portugal; pela participação no Congresso Internacional de Actuários; ou pela ligação à primeira associação profissional de actuários, a Associação de Actuários Portugueses (1926). Nesta comunicação damos uma visão geral dos contributos de Fernando Brederode, comentando-os à luz do desenvolvimento da actividade actuarial em Portugal nas primeiras três décadas do século XX.
- José Maria Dantas Pereira – os seus escritos sobre segurosPublication . martins, ana patríciaReflexões sobre o commercio dos seguros foi publicado anonimamente em 1810 no Rio de Janeiro, sendo composto de duas partes. A primeira, um “Discurso relativo aos seguros em geral, e aos Navaes em particular”; a segunda, “Applicação do calculo ás diversas questões de seguros pelo Marquez de Condorcet”, uma tradução do artigo “Assurances maritimes” da autoria de Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat Condorcet (1743-1794), publicado em 1784 na Encyclopedie Méthodique. Em 1812, é possível adquiri-lo em Lisboa, preenchendo uma lacuna de textos escritos em Português sobre seguros, em particular seguros navais. Desde 1831, e até aos dias de hoje, encontram-se referências à sua autoria – o economista, historiador, jurista e político brasileiro José da Silva Lisboa (1756-1835). Uma associação que não é correta. O texto é, antes, do oficial de Marinha e matemático José Maria Dantas Pereira (1772-1826). Os assuntos de seguros interessavam a Dantas Pereira, pelo menos, desde a década de 1790 – em 1797 foi publicada uma tradução sua, do francês, de um texto sobre pensões vitalícias. No “Discurso relativo aos seguros em geral, e aos Navaes em particular”, faz menção a uma “Noticia Geral do Commercio”, da sua autoria, onde trata “muito amplamente” dos diversos seguros que vigoravam na Europa e suas leis. Sobre tal notícia nada se sabe; apresentaremos algumas pistas que a apontam como uma continuação do Curso de estudos para uso do Commercio, e da Fazenda. Primeiro compendio, que trata da Arithmetica universal anunciada no prólogo. Nesta comunicação comentamos os contributos de Dantas Pereira em assuntos de seguros, fazendo uma contextualização do desenvolvimento da temática na época.
- The mathematics inquiry-based classroom practice of CéliaPublication . Canavarro, Ana; Oliveira, Hélia; Menezes, LuísThis study has been developed in the context of the research project P3M Professional Practices of Mathematics Teachers. One of its main aims is to propose a framework for mathematics inquiry-based classroom practice, combining theoretical perspectives and the transversal analysis of cases of experienced teachers of different school levels (one per level) that regularly conduct inquiry-based teaching of mathematics at different school levels. Developing an inquiry-based approach is a complex practice for most of the teachers (Stein, Engle, Smith, & Hughes, 2008) and we hope that our intended framework could contribute as a tool for reflection about this practice, namely in the context of teacher education.
- Daniel Augusto da Silva, oficial e matemático; mas… actuário???Publication . martins, ana patríciaUm dos mais relevantes contributos científicos do matemático, oficial de Marinha, Daniel Augusto da Silva (1814-1878) foi na área do Cálculo Actuarial, designadamente na verificação da estabilidade financeira de montepios de sobrevivência portugueses, na década de 1860. Os princípios da Ciência Actuarial que fundamentavam os fundos de pensões dessas instituições, bem como de companhias de seguros ramo Vida, estavam estabelecidos já na primeira metade do século XVIII e em Portugal existem provas de que fossem conhecidos nos finais do mesmo século. De qualquer modo, a falta de estatísticas credíveis sobre a população portuguesa, entre outros factores, impedia o seu uso. Julgamos que Daniel da Silva foi o primeiro a empregá-los correctamente. Motivado pela resolução da instabilidade financeira identificada na década de 1860 no Montepio Geral, de que era sócio, estudou mais amplamente a organização de fundos de pensões de montepios de sobrevivência. Nesta comunicação apresentamos os trabalhos do matemático nessa área, comentando a sua pertinência, originalidade, recepção e repercussão. Destacam-se dois opúsculos sobre o Montepio Geral, um artigo sobre amortização de pensões, factor essencial na determinação da viabilidade de planos de pensões de montepios de sobrevivência, e um estudo comparativo da população portuguesa com as de outros países, que permitia aferir até que ponto as tábuas de mortalidade estrangeiras se adequavam a ser utilizadas em Portugal.