ESEV - DCEN - Resumos de eventos científicos não indexados à WoS/Scopus
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- A construção do Sistema dos Números Reais por WeierstrassPublication . martins, ana patríciaApesar de já na Antiguidade Clássica se ter reconhecido a existência de grandezas incomensuráveis, não seria antes do século XIX que se estabeleceriam definições rigorosas do conceito de número irracional, sem recurso a intuições geométricas. O conceito mais geral de número real era apenas percebido intuitivamente e a sua existência apenas assegurada por considerações de natureza geométrica e algébrica. A partir do início do século XIX surgiu uma preocupação crescente em colocar a Análise sobre bases aritméticas sólidas; reconhecia-se que a falta duma teoria dos números reais tornava incorrectas (ou, pelo menos, incompletas) as demonstrações de certos resultados. Desta forma, uma etapa importante do processo de aritmetização da Análise seria a elaboração duma teoria da recta real sobre fundações puramente aritméticas. Dos três nomes que devem referenciar-se neste contexto – Charles Méray, Karl Weierstrass e Richard Dedekind – destacaremos o de Weierstrass que, contrariamente aos outros dois, não se limitou a construir os reais a partir duma pressuposta construção dos racionais. Weierstrass parte da noção mais geral de número e das operações fundamentais da Aritmética; introduz inicialmente o conceito de número natural e, de seguida, o de número racional positivo; será então a partir de “agregados” destes números que obterá grandezas para além das racionais. Por esta razão, na teoria dos números reais de Weierstrass, não se podem dissociar as naturezas dos números naturais, racionais e reais. Weierstrass constrói a sua teoria de modo inteiramente analítico, dotando-a dum rigor muito característico de toda a sua obra matemática e elaborando a teoria dos números reais mais completa do século XIX.
- Modelling forest fire weather risk in Continental PortugalPublication . Carvalheiro, Luis; Chagas, Guilherme; Orgaz, Maria; Pereira, Mário; Caramelo, Liliana; Yamazaki, YoshihiroAlong with other Southern European countries, Portugal has, each year, enormous damages resulting directly and/or indirectly from forest fire activity, with obvious ecological, financial and social implications. In the last thirty years, more than 3 million hectares of the Portuguese territory have been burnt, placing Portugal on the top-five European Countries most affected by forest fires. Prevention and planning arise as one the most important strategies to minimize the consequences of these hazardous events. To fulfil those goals, information, either to be used by decision makers or for public awareness plays a major role. Thus, the importance of the development and use of different forest fire danger estimation systems is clearly obvious. The Canadian Forest Fire Weather Index System (FWI), developed by the Canadian Forestry Service is based on daily values of temperature, relative humidity, wind at noon and 24-hour accumulated precipitation and is used to estimate the fire risk in Portugal. Advances in computer power in association with state-of-the-art numerical weather prediction models enables increasingly higher resolution weather forecasts, which can be used to replace the initial weather station data dependency, to produce finer detail on local and regional atmospheric circulation patterns, not always possible with a weather station network. The Weather Research and Forecasting model (WRF), via it’s Advanced Research WRF (ARW) core can be used to generate inputs for the estimation of the Canadian Forest Fire Weather Index (FWI). Forecasts (day +1 and day +2 ) of meteorological variables, allows the computation of the FWI system components in each gridpoint of a high resolution domain (3 km), covering the Portuguese territory. Thus, the main objectives of this preliminary study are: 1) to investigate if the WRF-based FWI components can mimic the spatial distribution of area burned, both for an exceptional and average fire seasons; 2) to evaluate if these high-resolution weather forecasts can provide an added-value for forest fire danger estimation and 3) to analyze the potential use of the coupled WRF-FWI system as a tool for producing fire weather risk maps to the community, contributing, thus, for the prevention of wildfires. The WRF model setup, data sources characteristics used for its initialization and the FWI computation scheme are thoroughly described. Results evaluation are based on the comparison of grid-based and station-based FWI and with fire-scars locations, for 2003 and 2009 fire seasons. The 2003 fire season was, both in terms of number of occurrences and area burned, the worst of the last 25 years fire season in Portugal while, on the other hand, 2009 fire season has been considered as an average year in terms of number of fires.
- Planos de pensões em montepios de sobrevivência: contributos de Daniel Augusto da Silva na verificação da sua viabilidadePublication . martins, ana patríciaDaniel Augusto da Silva (1814-1878), importante matemático português do século XIX cuja produção científica se destaca nas áreas da Mecânica e Teoria dos Números, contava com cerca de cinquenta anos quando inicia o estudo da estabilidade financeira do Montepio Geral, do qual se tornara sócio. A vida efémera de grande parte dos montepios que operavam no século XIX em Lisboa e que facultavam pensões de sobrevivência era resultado da falta de princípios sobre os quais se estabeleciam as contribuições dos seus sócios e as pensões legadas aos respectivos herdeiros. O Montepio Geral, criado em 1840, era a mais próspera instituição do género mas também na década de 1860 se questionou a viabilidade do seu plano de pensões. O matemático compôs dois escritos sobre esse montepio onde conclui sobre a inadequação do plano de pensões em vigor, recorrendo à teoria de anuidades sobre a vida exposta em tratados clássicos ingleses. Escreve um artigo mais genérico para uso de montepios de sobrevivência sobre amortização de pensões, factor essencial na determinação do equilíbrio entre despesas e receitas desses montepios. Efectua também um estudo comparativo da população portuguesa com as de outros países europeus, que lhe permitiu aferir até que ponto as tábuas de mortalidade estrangeiras se adequavam a ser utilizadas em Portugal. Todos os textos constituem novidade em termos da abordagem das temáticas no país, podendo considerar-se Daniel da Silva como precursor da introdução do cálculo actuarial em Portugal. Nesta comunicação apresentamos esses escritos, com ênfase nos três primeiramente referidos. Destacamos o que de original contêm e o modo como se baseiam na teoria de cálculo de anuidades sobre a vida.
- A sustentabilidade do plano de pensões do Montepio Geral no século XIX. O contributo do matemático Daniel Augusto da SilvaPublication . martins, ana patríciaDos montepios de sobrevivência portugueses que no século XIX operavam em Lisboa, o Montepio Geral era, sem dúvida, o mais próspero. Criado em 1840, sob o nome Montepio Literário, propõe-se socorrer os sócios em caso de perda de emprego, sendo a mais significativa das assistências o proporcionar pensões de sobrevivência às famílias após o seu falecimento. Ao longo do século XIX mantiveram-se esses fins, acrescentando-se outras abrangências que de igual modo observavam os princípios de mutualidade característicos dessas associações. Em meados da década de 1860 afirmam-se receios sobre a sua estabilidade financeira, duvidando-se da capacidade de garantir os encargos futuros apesar do prodigioso crescimento verificado por um quarto de século.
- The mathematics inquiry-based classroom practice of CéliaPublication . Canavarro, Ana; Oliveira, Hélia; Menezes, LuísThis study has been developed in the context of the research project P3M Professional Practices of Mathematics Teachers. One of its main aims is to propose a framework for mathematics inquiry-based classroom practice, combining theoretical perspectives and the transversal analysis of cases of experienced teachers of different school levels (one per level) that regularly conduct inquiry-based teaching of mathematics at different school levels. Developing an inquiry-based approach is a complex practice for most of the teachers (Stein, Engle, Smith, & Hughes, 2008) and we hope that our intended framework could contribute as a tool for reflection about this practice, namely in the context of teacher education.
- Daniel Augusto da Silva, oficial e matemático; mas… actuário???Publication . martins, ana patríciaUm dos mais relevantes contributos científicos do matemático, oficial de Marinha, Daniel Augusto da Silva (1814-1878) foi na área do Cálculo Actuarial, designadamente na verificação da estabilidade financeira de montepios de sobrevivência portugueses, na década de 1860. Os princípios da Ciência Actuarial que fundamentavam os fundos de pensões dessas instituições, bem como de companhias de seguros ramo Vida, estavam estabelecidos já na primeira metade do século XVIII e em Portugal existem provas de que fossem conhecidos nos finais do mesmo século. De qualquer modo, a falta de estatísticas credíveis sobre a população portuguesa, entre outros factores, impedia o seu uso. Julgamos que Daniel da Silva foi o primeiro a empregá-los correctamente. Motivado pela resolução da instabilidade financeira identificada na década de 1860 no Montepio Geral, de que era sócio, estudou mais amplamente a organização de fundos de pensões de montepios de sobrevivência. Nesta comunicação apresentamos os trabalhos do matemático nessa área, comentando a sua pertinência, originalidade, recepção e repercussão. Destacam-se dois opúsculos sobre o Montepio Geral, um artigo sobre amortização de pensões, factor essencial na determinação da viabilidade de planos de pensões de montepios de sobrevivência, e um estudo comparativo da população portuguesa com as de outros países, que permitia aferir até que ponto as tábuas de mortalidade estrangeiras se adequavam a ser utilizadas em Portugal.
- Fernando Brederode e a indústria dos seguros em Portugal: uma panorâmica geralPublication . martins, ana patríciaAté inícios do século XX a modalidade de seguros vida não era aplicada de forma sistemática pelas companhias de seguros portuguesas e somente na década de 1920 assumiu considerável importância. Fernando Brederode (1867-1939) revela-se uma figura fundamental no desenvolvimento da indústria dos seguros nas primeiras décadas do século XX, zelando pela sua regulamentação e fundamentação científica. Destacou-se pela ligação a companhias de seguros vida, nomeadamente na função de actuário, sendo fundador de A Nacional, em 1906; enquanto membro do Conselho de Seguros, criado em 1907; pela divulgação da actividade de seguros, nomeadamente com publicações, das quais destacamos a revista Seguros e Finanças (1906-1927); pela elaboração de bases conjuntas para a fundamentação de companhias de seguros vida, em conjunto com outros actuários; pelo interesse demonstrado no âmbito da instrução em Actuariado em Portugal; pela participação no Congresso Internacional de Actuários; ou pela ligação à primeira associação profissional de actuários, a Associação de Actuários Portugueses (1926). Nesta comunicação damos uma visão geral dos contributos de Fernando Brederode, comentando-os à luz do desenvolvimento da actividade actuarial em Portugal nas primeiras três décadas do século XX.
- José Maria Dantas Pereira – os seus escritos sobre segurosPublication . martins, ana patríciaReflexões sobre o commercio dos seguros foi publicado anonimamente em 1810 no Rio de Janeiro, sendo composto de duas partes. A primeira, um “Discurso relativo aos seguros em geral, e aos Navaes em particular”; a segunda, “Applicação do calculo ás diversas questões de seguros pelo Marquez de Condorcet”, uma tradução do artigo “Assurances maritimes” da autoria de Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat Condorcet (1743-1794), publicado em 1784 na Encyclopedie Méthodique. Em 1812, é possível adquiri-lo em Lisboa, preenchendo uma lacuna de textos escritos em Português sobre seguros, em particular seguros navais. Desde 1831, e até aos dias de hoje, encontram-se referências à sua autoria – o economista, historiador, jurista e político brasileiro José da Silva Lisboa (1756-1835). Uma associação que não é correta. O texto é, antes, do oficial de Marinha e matemático José Maria Dantas Pereira (1772-1826). Os assuntos de seguros interessavam a Dantas Pereira, pelo menos, desde a década de 1790 – em 1797 foi publicada uma tradução sua, do francês, de um texto sobre pensões vitalícias. No “Discurso relativo aos seguros em geral, e aos Navaes em particular”, faz menção a uma “Noticia Geral do Commercio”, da sua autoria, onde trata “muito amplamente” dos diversos seguros que vigoravam na Europa e suas leis. Sobre tal notícia nada se sabe; apresentaremos algumas pistas que a apontam como uma continuação do Curso de estudos para uso do Commercio, e da Fazenda. Primeiro compendio, que trata da Arithmetica universal anunciada no prólogo. Nesta comunicação comentamos os contributos de Dantas Pereira em assuntos de seguros, fazendo uma contextualização do desenvolvimento da temática na época.
- Livro de resumos: Olhares sobre a EducaçãoPublication . Menezes, Luís; Pacheco Figueiredo, Maria; Rego, Belmiro; Balula, João Paulo; Felizardo, Sara; Cardoso, Ana PaulaA 6.ª edição do “Olhares sobre a Educação”, realizada pela Escola Superior de Educação de Viseu em abril de 2018, introduziu, relativamente às realizações anteriores, duas novidades. Assim, a par dos habituais painel e conferência plenária, surgiram na edição deste ano Workshops paralelos e uma sessão de Pósteres. O espaço dos Workshops decorreu em 5 sessões paralelas, abordando temáticas atuais no campo da Educação: W1 - Geometria na infância: simetria e antissimetria (Andreia Hall, Universidade de Aveiro); W2 - Técnica vocal (Cristina Aguiar, ESE de Viseu); W3 - Os Robôs vão ao Jardim de Infância e 1.º CEB: imaginação, criatividade e aprendizagem (Maribel Miranda-Pinto, ESE de Viseu); W4 - Intervenção no autismo: a metodologia ABA (Célia Guimarães, APPDA); e W5 - Intervenção na multideficiência: o Grid (José Amaral, Esc. Sec. de Tondela). O espaço de pósteres, denominado “Realidades e possibilidades educativas”, visava a apresentação de experiências de ensino que relatassem realizações educativas, projetos de intervenção ou projetos de investigação. Para isso, convidaram-se professores e estudantes dos cursos do âmbito da educação da Escola Superior de Educação de Viseu, tendo a resposta sido muito afirmativa, traduzindo-se em 13 propostas de resumos longos (até 6000 caracteres). Todos os resumos foram submetidos a double-blind peer review. Os resumos dos pósteres, que representam a fatia maior deste livro de resumos, revelam uma multiplicidade de realidades e atores educativos, cruzando-se reflexão e investigação mais estruturada (em diversas fases de desenvolvimento) e, muito importante, envolvendo, em muitos casos, colaboração de estudantes e professores da ESEV, tanto de cursos de licenciatura como de cursos de mestrado. A porta de entrada nesta 6.ª Edição do “Olhares sobre a Educação” foi a conferência plenária “Geometria de muitas maneiras”, proferida por Andreia Hall, da Universidade de Aveiro. Esta conferência representou uma troca de experiências formativas, no campo da Didática da Matemática, entre duas instituições com larga tradição na formação de professores, a Universidade de Aveiro e a Escola Superior de Educação de Viseu. A finalizar o “Olhares sobre a Educação”, decorreu o painel “Articulações educativas na escola: entre o desejável e o possível”, com a participação de Luís Nóbrega (Agrupamento de Escolas Grão Vasco), Florbela Soutinho (Agrupamento de Escolas Viseu Norte) e José Fernando Rodrigues (Agrupamento de Escolas das Olaias), moderado por João Rocha (ESEV). No final deste livro de resumos apresenta-se uma síntese das principais ideias discutidas neste painel.
- Smartcity lab for kids e o pensamento computacional criativoPublication . Gomes, Cristina Azevedo; Gomes, Helena Margarida dos Santos Vasconcelos; Ribeiro, António Augusto Gaspar; Rego, Belmiro; Pacheco Figueiredo, Maria; Miranda-Pinto, S. M; Morais, Nídia Salomé; Rito, P. N.; Sousa, Bárbara; Loureiro, Manuela; Rocha, PedroA criação sempre foi uma atividade humana permanente. Criar com criatividade tornou-se uma tarefa fundamental numa altura em que existem tantas ideias, tanto desenvolvimento, tanta tecnologia e acentuada evolução ao nível da inteligência artificial. Desenvolver o pensamento computacional nos primeiros anos de escolaridade tem surgido como uma atividade emergente, uma vez que é reconhecidamente uma forma de potenciar aprendizagens integradas, contextualizadas e ativas, baseadas na resolução de problemas e em projetos transdisciplinares. O pensamento computacional nos primeiros anos pode ser desenvolvido como base em três grandes ideias: o construcionismo, onde são valorizadas as aprendizagens das crianças, a partir do desenvolvimento de produtos pelas próprias crianças; a computação criativa através da qual se desenvolvem relações entre as vivências das crianças e a computação, com base na sua criatividade, na sua imaginação e nos seus interesses; a ideia de Project Based Learning, que contextualiza a aprendizagem das crianças na resolução de problemas reais e significativos onde as crianças são convidadas a definir os problemas e a projetar, experimentar e comunicar diferentes raciocínios e soluções. Os contextos assumem um papel preponderante na promoção de aprendizagens significativas realçando-se aqueles que potenciam o diálogo entre a escola e a comunidade e que, dessa forma, contrariam a ideia de que a tecnologia fecha os alunos no espaço das salas de aulas. Aprender a programar e programar para aprender é o desafio lançado a algumas turmas do 1.º CEB dos 5 agrupamentos de escolas de Viseu, tendo como base o tema criativo de smartcity enquanto mobilizador de abordagens transdisciplinares com tecnologia. Neste projeto, os alunos são desafiados a pensar Viseu como uma smartcity e a desenvolver ideias e soluções representadas a partir da programação e da robótica. Pretende-se explorar processos de aprendizagem criativa, contextualizada e significativa, dando à cidade uma visão criativa sobre o seu desenvolvimento. Nesta comunicação é apresentado o projeto “smartcity lab for kids”, que resulta de uma parceria entre a ESEV e o município de Viseu, e são discutidas algumas das abordagens e estratégias desenvolvidas com crianças dos 3.º e 4.º anos do 1.º CEB.