Browsing by Author "Lacerda, Carla"
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- A abordagem interdisciplinar da Educação Sexual no 1.º ciclo do ensino básicoPublication . Lacerda, Carla; Cardoso, Ana Paula; Rocha, JoãoNum mundo em constante mudança, em que a especialização dos saberes é cada vez maior, a interdisciplinaridade surge como uma resposta promissora, na medida em que permite a quebra de fronteiras das disciplinas e a articulação dos saberes, proporcionando ao aluno uma visão mais abrangente dos mesmos. Um dos domínios em que a interdisciplinaridade assume particular relevância, nomeadamente no 1.º Ciclo do Ensino Básico é o da Educação Sexual, uma temática multidimensional e abrangente, cujos conteúdos “podem ser interligados, sem artificialidade, com os de Língua Portuguesa, do Estudo do Meio, da Matemática e das Expressões” (Ministério da Educação e Ministério da Saúde, 2000, p. 72). Neste contexto, procurámos averiguar se a prática pedagógica interdisciplinar é facilitadora das aprendizagens no 1.º Ciclo, nomeadamente no que se refere à temática da Educação Sexual. Em termos empíricos, realizámos uma investigação sobre a própria prática, no âmbito do estágio no 1.º Ciclo do Ensino Básico, com alunos de uma turma do 2.º ano de escolaridade, abordando de forma interdisciplinar três blocos desta temática: hábitos de higiene, diferenças entre o corpo masculino e o feminino e questões de género. Para a recolha de dados, recorremos à observação naturalista e ao registo de notas de campo, bem como ao inquérito por questionário. Os dados obtidos permitem concluir que a abordagem interdisciplinar da Educação Sexual promove as aprendizagens no 1.º Ciclo, em concordância com documentos de referência que defendem essa prática pedagógica como sendo facilitadora das mesmas. Comparando os dados obtidos no pré-teste e no pós-teste, verificamos uma mudança nos conhecimentos prévios dos alunos, nos vários blocos abordados, com maior destaque no que concerne às diferenças entre o corpo masculino e feminino. De sublinhar também o facto de os alunos se envolverem ativamente nas aprendizagens e demonstrarem curiosidade e interesse em saber mais.
- Aprender é Coisa Séria: contributos para a construção do saber escolar IPublication . Ramalho, Henrique; Cardoso, Ana Paula; Lacerda, Carla; Rocha, João; Figueiredo, MariaEste livro tem como finalidade remeter o/a leitor/a para o substrato académico, mas também multi-institucional, social e cultural resultante das duas primeiras edições do Ciclo de Conferências – Aprender é Coisa Séria. A primeira edição foi realizada em março, abril e maio de 2014, e a segunda em outubro e novembro de 2016, sob a coordenação da Área Disciplinar de Ciências da Educação, do Departamento de Psicologia e Ciências da Educação, da Escola Superior de Educação de Viseu, em parceria estreita com o Sindicato dos Professores da Zona Centro. Confrontados com a necessidade de rever os diferentes ângulos de problematização e compreensão do processo de ensino-aprendizagem, a discussão convocada neste livro aborda uma diversidade de temas e de questões sobre a aprendizagem, os seus múltiplos sentidos e significados e os graus de complexidade que se vão manifestando sob distintos desafios, perceções, racionalidades e práticas do ato de levar a aprender. Não obstante o facto dos/as diferentes autores/as apresentarem conceções e propostas de abordagem do ato de aprender em sala de aula, naturalmente, delimitadas pelos campos disciplinares em que atuam, certo nos parece que, depois de ler este livro, dificilmente nos poderemos alinhar com uma conceção de aprendizagem linear, simplista e definitiva. Pelo contrário, sugere-se, no quadro geral dos textos agora apresentados, que se impõe, cada vez mais, uma alteração paradigmática na forma de conceber, pensar e fazer acontecer a aprendizagem em contexto de sala de aula. Não será, portanto, despiciendo justificar a organização dos textos segundo o critério e, talvez mais importante, a necessidade de explicar e compreender a aprendizagem sob múltiplos ângulos disciplinares, seja em linha com uma abordagem teórica concetual, seja valorizando uma matriz mais prática e operacional. Terá sido por isso, também, que a abordagem ao objeto de estudo das duas primeiras edições do Ciclo de Conferências – Aprender é Coisa Séria a que reporta este livro suscitou um enquadramento abrangente da aprendizagem sob os signos do lúdico, da criatividade, das transgressões, das interações e das sinuosidades associadas aos processos de aprendizagem ocorridos em contexto de sala de aula. Este primeiro livro abre com o artigo de Maria Figueiredo subordinado à temática Investigação e Ensino: contornos e contributos na formação inicial de educadores de infância, onde a autora discorre sobre o enquadramento da formação inicial de professores em Portugal, fazendo sobressair a expectativa de que os futuros professores e educadores desenvolvam uma atitude investigativa, enquanto mote para a introdução de trabalho de investigação em ligação com as práticas de ensino supervisionadas. João Rocha, com o artigo Processos de Supervisão: acompanhamento e avaliação de professores, apresenta-nos um ensaio reflexivo em torno da análise e discussão de situações de docência, analisando as características dos supervisores eficazes, as competências de comunicação, de observação de aulas, e, mais holisticamente, da supervisão propriamente dita. Segue-se o texto Entre Participações Convergentes e Divergentes em Sala de Aula: um ensaio sociológico sobre a interação escola-sociedade-professor-aluno de Henrique Ramalho, onde são discutidas as participações convergentes e divergentes em sala de aula, analisando os seguintes aspetos: i) A experiência e a ação como referências para a (re)interpretação do lugar do aluno em contexto de sala de aula; ii) As sinuosidades do trabalho de sala de aula: entre a participação convergente e mobilização divergente, dirimindo o sentido das convergências e de divergências na relação sociedade-escola e as sinuosidades decorrentes das participações convergentes e divergentes em sala de aula. Ainda do mesmo autor, segue-se o texto O Contrato de Sala de Aula Entre Transgressões, Ruturas e Dialogicidades: uma análise sociopedagógica, dotado de um cunho teórico concetual, onde se ensaia a discussão da noção de contrato pedagógico e didático em torno dos seguintes aspetos: i) Sentidos e significados do contrato pedagógico e didático; ii) O contrato pedagógico e didático entre transgressões, dialogicidades e (des)continuidades. Numa quinta abordagem, Paulo Eira, com o texto Da Sala de Aula Para o Recreio: a organização de outros espaços para outras aprendizagens, mobiliza o argumento da ludicidade enquanto necessidade do ser humano em qualquer idade, a qual pode ser analisada como diversão e prazer das práticas, por isso, elemento facilitador das aprendizagens das crianças, propondo-se o jogo com uma utilização pedagógica fundamental. A forma inata de aprender. Com o texto de Esperança Ribeiro e de Sara Felizardo, intitulado Aprendizagem Colaborativa, Pedagogia e Interatividade, prossegue-se com uma contextualização da emergência da abordagem pedagógica colaborativa, num quadro pós-moderno de explicação da génese do conhecimento, com referência a um novo paradigma de natureza dialógica e relacional, onde se procura evidenciar os ganhos da aprendizagem colaborativa, sintetizando as condições consideradas essenciais para que a mesma ocorra. Por sua vez, Leandra Cordeiro procura desocultar o lado Por Detrás das Dificuldades de Aprendizagem, cujo argumento principal resulta de saberes cruzados entre o exercício de psicologia clínica e a docência numa abordagem holística que tenta chamar atenção para as dificuldades de aprendizagem, inclusive, as específicas, como espelho ou reflexo de um fenómeno complexo que envolve aspetos socioculturais, pedagógicos, cognitivos e psicodinâmicos. O texto Desafios Atuais para os Professores do Ensino Superior - iniciação científica dos jovens estudantes, de Ana Capelo, convoca-nos para um ensaio teórico versando o desenvolvimento de iniciativas de combate ao insucesso escolar no ensino superior, fundamentando a importância de se envolver os jovens estudantes aspirantes à profissão docente em dinâmicas de investigação. Dulce Melão, com o artigo Criatividade e Leitura: (des)construções e itinerários da profissionalidade envolve-nos numa reflexão focada nos seguintes aspetos: i) criatividade e leitura – conceitos, representações e desvios; ii) “leitura criativa” – dos mundos da literatura (para a infância). Epiloga-se, a propósito, que a criatividade e a leitura, enquanto constructos plurais, exigem permanentes desdobramentos nas práticas educativas, resultando da sua interação e diálogo, aspetos que muito contribuem para repensar o nosso posicionamento na sociedade. Com o texto O Docente que Cria Atividade na Aula de Línguas: cenários criativos, Fátima Susana Amante e Ana Isabel Silva desenvolvem a perspetiva de que é necessário ampliar o espetro de ação, de materiais, recursos e experiências dos docentes para que estes possam criar atividades potenciadoras de aprendizagens mais eficazes, propondo os seguintes alinhamentos: a) sensibilizar a comunidade docente para a importância da criatividade e demonstrar a sua aplicabilidade em contexto didático; b) redimensionar a perspetiva sobre o trabalho criativo particularmente no inglês. Para tal, as autoras apostam em estratégias de desmistificação das conceções de criatividade, de clarificação da intertextualidade como espaço rico em produção de conhecimento e, ainda, de perspetivar a escrita como cenário criativo. Num apelo à Criatividade na Atividade Matemática, Ana Patrícia Martins e Helena Gomes procuram conjugar a natureza de uma ciência como a Matemática com métodos e processos mais abertos e mais criativos, reunindo, para o efeito, ideias da literatura e, simultaneamente, apresentando, também, perspetivas de profissionais que diariamente trabalham com a matemática. Finalmente, com a preocupação de problematizar o ensino e a aprendizagem da história, João Nunes, com o texto A História e o Ensino da História desenvolve uma problematização e abordagem críticas sobre os métodos e as formas de análise e interpretação históricas, bem como as perspetivas e dinâmicas da narrativa que lhes são subjacentes. Alega o autor que não se pretende glorificar o passado. Pretende-se conhecê-lo. Para que isso se materialize é necessário que o historiador o analise, problematize e interprete de forma crítica. Consequentemente, emerge a resposta às seguintes questões: os curricula e programas de história do sistema educativo português do Ensino Básico refletem, efetivamente, este panorama historiográfico? Ou ao invés estão desfasados dele? Eis a nossa proposta de leitura, análise e compreensão sobre o que julgamos ser alguns dos principais desafios colocados aos profissionais que se relacionam de forma mais íntima e comprometida com um qualquer cenário de aprendizagem, na maior parte dos casos circunstanciado em contexto de sala de aula. Na verdade, ainda que implicitamente, é também esse loci a que, vulgarmente, apelidamos de sala de aula, que também aqui está em discussão e reflexão enquanto microssistema pedagógico, social e cultural.
- Articulação curricular entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico: conceções e práticas.Publication . Cardoso, Ana Paula; Carugati, Florencia; Lacerda, Carla; Fidalgo, SusanaIntroduction: Curricular articulation between early childhood education and primary school is a fundamental process concerning the child’s adaptation to school. Primary teachers should establish links with pre-school educators, facilitating the transition between these two levels of education in a harmonious process, and promoting the continuity of the educational process. Objectives: To ascertain the importance and the meaning that teachers of primary school confer to curricular articulation and to know the aspects of the profile of the pupils that are favoured when consulting the individual process, as well as the most frequent initiatives regarding that articulation. Methods: A descriptive and analytical research was conducted, using a questionnaire survey applied to a sample of 45 teachers of the 1st year of primary school in the municipality of Viseu (Portugal). Results: From the data obtained, it is worth mentioning the great importance that teachers attribute to curricular articulation, the privilege conferred by them on how to behave in society (citizenship), the sense of autonomy and the children’s ability to communicate, as well as the teachers’ commitment to carry out a variety of activities and projects, in addition to the celebrations of thematic days and parties. Conclusion: Curricular articulation facilitates the transition between these two levels of education and contributes to an adequate adaptation of the children to the school, thereby promoting school success for all pupils.
- Curricular articulation between early childhood education and primary school: conceptions and practicesPublication . Cardoso, Ana Paula; Carugati, Florencia; Lacerda, Carla; Fidalgo, SusanaIntroduction: Curricular articulation between early childhood education and primary school is a fundamental process concerning the child’s adaptation to school. Primary teachers should establish links with pre-school educators, facilitating the transition between these two levels of education in a harmonious process, and promoting the continuity of the educational process. Objectives: To ascertain the importance and the meaning that teachers of primary school confer to curricular articulation and to know the aspects of the profile of the pupils that are favoured when consulting the individual process, as well as the most frequent initiatives regarding that articulation. Methods: A descriptive and analytical research was conducted, using a questionnaire survey applied to a sample of 45 teachers of the 1st year of primary school in the municipality of Viseu (Portugal). Results: From the data obtained, it is worth mentioning the great importance that teachers attribute to curricular articulation, the privilege conferred by them on how to behave in society (citizenship), the sense of autonomy and the children’s ability to communicate, as well as the teachers’ commitment to carry out a variety of activities and projects, in addition to the celebrations of thematic days and parties. Conclusions: Curricular articulation facilitates the transition between these two levels of education and contributes to an adequate adaptation of the children to the school, thereby promoting school success for all pupils.
- Curriculum integration in teacher training: a reflection focused on supervised teaching practice at the higher school of education of ViseuPublication . Cardoso, Ana Paula; Jales Ribeiro, Esperança; Menezes, Luís; Lacerda, Carla; Rocha, João; Pacheco Figueiredo, MariaThe Master's degree in Pre-School Education and Teaching in the 1st Cycle of Basic Education, in accordance with the present legislation, includes the component of Supervised Teaching Practice (STP). The way to organize this training component, although regulated by some principles contained in the legal documents, is of the responsibility of each institution of higher education that teaches the course. In this communication, we present a study that aims to reflect on the model of organization and functioning of the STP implemented in the Higher School of Education of Viseu (Portugal).
- Homework in primary education from the perspective of teachers and pupilsPublication . Costa, Marina; Cardoso, Ana Paula; Lacerda, Carla; Costa Lopes, Ana Maria; Gomes, CelesteThis study aims to understand the perceptions of teachers and students of the 4th year of schooling regarding homework and its relationship with the act of studying. A comparative research of a descriptive-correlational nature was undertaken, comprising two questionnaires one to the teachers and another to their pupils. The study covered a sample of fourteen primary teachers from all Nelas municipality state schools (central region of Portugal), and 128 pupils, aged from 9 to 11 years and of both sexes, in identical percentage. Data obtained show that all teachers ask their students to do homework, especially in the areas of Portuguese and Mathematics and consider it essential for learning. The students generally like to do their homework and consider it important. For the most part, if they could decide, students would do homework because it helps them to consolidate the content taught. Knowing the teachers and students perceptions about the homework is fundamental to developing teaching strategies that contribute to the academic success of all students.
- Homework in the primary school - Students' perceptionPublication . Lopes, Mónica; Cardoso, Ana Paula; Cunha, Ana Margarida; Lacerda, Carla; Novais, AnabelaHomework is one of the most widespread but controversial strategies used in the first school years. Students’ opinion and commitment tohomework vary between them. Students’ perception of homework and how variables such as sex or perceived difficulties influence it wereinvestigated in this work. For that, a descriptive, correlational, cross-sectional survey was performed on 282 primary school’s students ofViseu, Portugal. Data analysis shows that all students perform homework and their opinion about it is mostly favorable. Statistical analysis reveals an association between students’ feelings about homework, their decision to perform them, and the time spend on them. Associationsbetween some of the variables were also observed with students’ sex. Male students like homework lesser and more frequently would decidenot to perform it. On the other hand, female students reveal more difficulties on mathematic and usually have help doing homework. Acluster analysis revealed three types of students: a small group who does not like and does not understand the importance of homework butdo not present difficulties, a group who likes homework and think they are important but have difficulties in its performance, and finally agroup who likes homework and does not have performance’s difficulties. Recognition of these three types of students could help educatorschoosing different homework strategies for each group, for instance, altering the kind of homework requested or its difficulty.
- Homework in the primary school: teachers and students' perception.Publication . Lopes, Mónica; Cardoso, Ana Paula; Lacerda, Carla; Novais, Anabela; Cunha, Ana MargaridaHomework is some of the most widespread, but also controversial, strategy used in the first school years. Homework is perceived differently by teachers and students. In this work, primary school teachers and students’ perception on homework and its relation with some variables was studied. For that, a descriptive, correlational, cross-sectional survey was performed on 17 teachers and 282 students from year 5 and 6 of Viseu. Data analysis shows that all teachers give homework regularly and they consider it important to learning’s consolidation and performance’s improvement. Assigned homework mostly covers Mathematic and Portuguese curricular units and the majority of teachers do not give any type of reward for homework completion. Concerning students, was observed that the majority of them likes to do homework and performs it at home with help. When questioned about the possibility of not performing homework there was an association between the decision to do homework and the enjoyment of doing it, as well as with the time available to do other activities. On the other hand, the possibility of not performing homework was not associated with the time spent doing homework. Even though most students enjoy doing homework, they wish they included other areas. For these reasons, it is important to adjust the quantity of homework, as well as to diversify it, both in typology and aims, so that the interest and needs of students are met.
- A importância da educação permanente na inclusão das pessoas com incapacidade intelectual no mercado de trabalho: Um estudo na região centro de PortugalPublication . Sousa, Marta; Cardoso, Ana Paula; Lacerda, CarlaO presente estudo pretende analisar de que forma é feita a inclusão das pessoas com incapacidade intelectual no mercado de trabalho num concelho interior da região centro de Portugal, estudando três grupos de participantes: pessoas com incapacidade intelectual; os responsáveis por cada entidade empregadora onde essas pessoas trabalham; e ainda uma técnica do Centro de Recursos de uma instituição de solidariedade social. De acordo com as normas da APA (2014), a incapacidade intelectual é uma perturbação de origem neurobiológica, que está na base de disfunções a nível cognitivo: o funcionamento intelectual e o comportamento adaptativo estão afetados, sendo que a autonomia do sujeito pode ficar limitada. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a sete pessoas com incapacidade intelectual, a seis responsáveis pelas entidades empregadoras e à técnica do Centro de Recursos. A informação recolhida foi objeto de análise de conteúdo (Bardin, 2015) e posterior triangulação dos dados. Os resultados obtidos revelaram que o mercado de trabalho no concelho em estudo está cada vez mais recetivo à contratação de pessoas com incapacidade intelectual. Dos sete casos estudados, todos eles estão a contrato emprego-inserção e os seus contratos já foram renovados, pelo menos uma vez. Em grande medida isso deve-se à capacidade de superação dos problemas que as pessoas com incapacidade intelectual demonstram e a sua força de vontade em querer corresponder da melhor forma às expectativas das entidades empregadoras. Os resultados desta investigação vão ao encontro da importância do planeamento centrado na pessoa, isto é, uma planificação que leva o técnico a alcançar a orientação da vida da pessoa, ao identificar os seus interesses, talentos e desejos (Mendes, 2017). Esta abordagem ajuda o técnico a construir uma rede de apoio em parceria com as famílias, os amigos e os profissionais para que assim seja possível lhes garantir um futuro mais auspicioso. De salientar, neste contexto, a importância da educação permanente (UNESCO, 2010) para o desenvolvimento de competências necessárias e adequadas às funções que as pessoas com incapacidade intelectual desempenham.
- A iniciação à prática profissional no curso de Educação Básica: uma reflexão sobre a experiência da Escola Superior de Educação de ViseuPublication . Menezes, Luís; Figueiredo, Maria Pacheco; Gomes, Cristina Azevedo; Balula, João Paulo; Novais, Anabela; Jales Ribeiro, Esperança; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Rocha, João; Nunes, João; Lacerda, Carla; Rodrigues, CátiaOs cursos de Educação Básica (EB) integram, de acordo com a legislação em vigor, uma componente de Iniciação à Prática Profissional (IPP). A forma de organizar essa componente da formação, embora regulamentada por alguns princípios consignados nos documentos legais, é da responsabilidade de cada uma das instituições de ensino superior que ministram o curso. Neste artigo, apresentamos um estudo que tem como objetivos: (i) refletir sobre o modelo de organização e funcionamento da componente de formação da Iniciação à Prática Profissional que implementamos na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV); (ii) conhecer as perspetivas dos alunos do curso da licenciatura em Educação Básica sobre a IPP. Este estudo ocorre no momento em que o terceiro grupo de estudantes está a terminar o curso de Educação Básica (2010, 2011 e 2012) e em que os primeiros estudantes terminaram ou estão a terminar os seus mestrados profissionalizantes no âmbito da formação de professores e educadores de infância (cursos que permitem dar seguimento ao curso de EB). O estudo adota uma metodologia de natureza interpretativa. Participam no estudo alunos (finalistas da licenciatura de EB) e diplomados em EB (a frequentar os mestrados de formação de professores). Os dados foram recolhidos através de inquérito, por questionário e por entrevista, e análise SWOT. Os resultados do estudo apontam para uma boa aceitação por parte dos alunos do modelo de IPP, reconhecendo a importância de contactarem com os três níveis de ensino, em instituições educativas diversas. Para além disso, valorizam as tarefas desenvolvidas no âmbito da IPP, assim como o apoio da equipa multidisciplinar.