ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
Permanent URI for this community
Browse
Browsing ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU by advisor "Albuquerque, Carlos Manuel Sousa"
Now showing 1 - 10 of 54
Results Per Page
Sort Options
- Adesão ao regime terapêutico na pessoa com diabetes mellitus tipo 2 : A importância da educação terapêuticaPublication . Correia, Carla Isabel Silva; Albuquerque, Carlos Manuel Sousa; Ferreira, Manuela Maria ConceiçãoIntrodução: É expectável que as pessoas com diabetes, tal como acontece com a generalidade das doenças crónicas, ao longo das suas vidas, integrem, cumpram e sequenciem um leque de ações comportamentais, terapêuticas ou preventivas, o que sugere o risco confirmado de ocorrer uma falta de adesão globalizada, deteriorando a sua qualidade de vida e exponenciando o impacto económico. Face a este enquadramento, o objetivo central deste trabalho pretende determinar a prevalência da adesão ao esquema terapêutico prescrito, com o intuito de reconhecer a educação terapêutica como fornecedora de ferramentas essenciais ao empowerment do doente. Métodos: Conceptualizámos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivocorrelacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 102 pessoas com diabetes tipo 2, com idades compreendidas entre 40 e 85 anos (M=63,24 ±10,47Dp) e maioritariamente do sexo masculino (51,96%). Utilizámos instrumentos de medida validados para a população portuguesa: Escala de Adesão ao Tratamento, Escala de Autocuidados com a Diabetes, Questionário de Conhecimentos sobre a Diabetes, Escala de Ansiedade Depressão e Stress (EADS-21). Recorremos também aos valores de HbA1c para avaliar diretamente a adesão. Resultados: Os inquiridos apresentam uma média de adesão ao tratamento de 67,33 e na generalidade traduz-se mais elevada no sexo feminino. Constata-se a inexistência de associação significativa entre a adesão e as variáveis sociodemográficas, sexo e idade. Os indivíduos solteiros, os residentes nas zonas urbanas, os reformados e os que possuem o 3º ciclo de escolaridade ou mais aderem melhor ao tratamento. A monitorização da glicémia, o cumprimento da alimentação específica e os conhecimentos revelam um efeito estatisticamente significativo sobre a adesão (p <0,05), concretamente: quanto mais frequente for a monitorização da glicémia, o cumprimento do plano de alimentação específica e quanto mais conhecimentos possuir o diabético maior é a adesão ao tratamento. Quem pratica exercício físico, mantém cuidados aos pés e o cumpre as orientações relativas à alimentação geral, revelam maior adesão. Indivíduos ansiosos, deprimidos e com stress aderem menos ao plano terapêutico. Conclusão: As evidências encontradas salientam que é urgente reconhecer a importância da mensuração da adesão dos doentes diabéticos ao plano terapêutico para a manutenção do controlo glicémico. Sugerimos que se aposte em programas educativos de forma a potencializar uma maior adesão aos autocuidados, junto da pessoa com diabetes tipo 2. Palavras-chave: Diabetes tipo 2 insulinodependente; Autocuidados; Conhecimentos; Adesão ao Regime Terapêutico; Educação Terapêutica.
- A adesão das adolescentes brasileiras ao exame PapanicolauPublication . Roque, Mara Núbia Oliveira; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: Na última decada tem observado um significante aumento de fatores de riscos associados a infecção pelo HPV em adolescentes, onde esta patologia representa um alto índice de morbidade e mortalidade que varia de acordo com os riscos sóciodemográficos, cognitivos,comportamentais e biológicos. As adolescentes são as mais vulneráveis a infecção pelo HPV. Objectivos: Identificar o nível de conhecimento das adolescentes brasileiras a cerca do Exame Papanicolau e analisar as variáveis que interferem na adesão das adolescentes ao rastreio de HPV. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo com ênfase na coleta de dados por questionario, aplicado a 100 adolescentes com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos a frequentar uma escola de nível médio do monicipio do Cabo de Santo Agostinho. Resultados: As adolescentes tinham entre 15 e 16 anos (45%) maioritariamente evangélicas (65%). Observamos que apenas 35% das adolescentes entrevistadas realizaram o exame de Papanicolau. Demonstra, também, que o local de escolha para realização do exame Papanicolau foi na rede privada de saúde(51,4%). E por fim, o que leva às adolescentes procurarem a realização do exame Papanicolau foi a presença do corrimento vaginal(57,2%). (46,1%) não realizaram o exame por vergonha. Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de uma transformação nos comportamentos dos profissionais de saúde, vendo a adolescente de forma holística valorizando sua cultura, família e comunidade, afim de fortalecer um vínculo baseado em confiança e respeito pela suas diferenças, motivando para comportamentos promotores de saúde sexual e reprodutiva. Ressalta ainda a necessidade de melhorar as condições de acessibilidade aos serviços para que a adesão aos rastreios seja mais significativa. Palavras-chaves: Promoção à saúde; prevenção; câncer de colo de útero; adolescentes.
- Avaliação de riscos psicossociais para a saúde no trabalho: contributo de um estudo com enfermeirosPublication . Duarte, Vitor Manuel Fernandes; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A temática dos riscos psicossociais ligados ao trabalho tem assumido uma importância crescente, devido á evolução do trabalho nas empresas e às mudanças que ocorrem a nível mundial. Existe maior flexibilidade nas funções e nas competências, com intensificação do trabalho, com consequências negativas para os trabalhadores, para as organizações e para a sociedade. Surgem novos Riscos Psicossociais, pelo que, as actuais tendências na promoção da saúde devem assumir a sua prevenção nos serviços e instituições, numa perspectiva de saúde pública, contribuindo para melhorar a saúde mental no trabalho. Em Portugal, os hospitais são, actualmente, centros com uma elevadíssima concentração de recursos humanos, altamente especializados, e os enfermeiros pelas características do seu trabalho estão expostos a diversos factores de risco profissionais. Face a este enquadramento, definimos como principal objectivo: conhecer os principais factores psicossociais de risco para a saúde dos enfermeiros do distrito de Viseu e determinar quais as variáveis preditivas, de forma a enveredar esforços para minimizar a exposição e impacto destes factores de risco, sensibilizando para esta problemática. Métodos – Nesta pesquisa não experimental, de natureza quantitativa e transversal, seguindo uma via descritivo-correlacional, recorremos a uma amostra não probabilística, constituída por 154 enfermeiros, a trabalhar á mais de 12 meses, em instituições de saúde do distrito de Viseu. A maioria é do sexo feminino (64,3%), com idade média de 38,58 anos. Como instrumentos de medida utilizámos a Escala de Satisfação com o Suporte Social, o Inventario Clínico de Auto Conceito e o Questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire, para avaliar a percepção dos factores de risco psicossociais. Resultados – As dimensões em que os enfermeiros revelam maior exposição ao risco são: previsibilidade; apoio social de colegas; satisfação em relação à chefia directa; confiança vertical; satisfação com o trabalho; insegurança laboral; problemas em dormir; stress e sintomas depressivos. Os itens em que revelam menor exposição ao risco são: auto-eficácia, percepção da saúde e bullying. Os enfermeiros do sexo masculino revelam maior risco relativo às Exigências Físicas e Psicológicas. A idade, superior a 50 anos, constitui um factor de maior risco relativamente às Exigências Físicas e Psicológicas e à Saúde Física e Psicológica. O vínculo definitivo leva a uma maior percepção de riscos relativos á Satisfação no Trabalho e Apoio Social e Familiar. O aumento do tempo de serviço determina uma diminuição da percepção de risco relativamente aos Valores no trabalho e um aumento relativamente à Saúde Física e Psicológica. O aumento do suporte social percebido provoca diminuição da percepção da Satisfação no Trabalho e aumenta a percepção do risco, relativo à Saúde Física e Psicológica. O Auto conceito condiciona uma diminuição da percepção de riscos psicossociais relativos aos Valores no trabalho e um aumento da percepção dos riscos relativos à Saúde Física e Psicológica. Conclusões – Os enfermeiros são em menor número que as enfermeiras, o que reflecte a realidade nacional. Sendo os homens o grupo em minoria, são quem percepciona maior nível de riscos psicossociais. Os enfermeiros com idades superiores a 50 anos, bem como os casados e /ou união de facto têm maior percepção de riscos para a saúde. O trabalho em hospitais contribui para maior risco de insatisfação no trabalho para com o Apoio Social e Familiar. Um bom Suporte Social condiciona uma diminuição da percepção dos riscos. O auto-conceito induz diminuição do risco relativo a valores e à saúde física e psicológica. Deste modo, defendemos a sensibilização das chefias para esta problemática e a adopção, nos locais de trabalho, de medidas que minimizem a exposição aos riscos. PALAVRAS CHAVE Riscos Psicossociais; Enfermeiros; Trabalho.
- Bem-estar psicológico da pessoa portadora de espondilite anquilosante : determinantes sociodemográficos, clínicos e psicossociaisPublication . Santos, Ana Rita Duro; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução : As doenças crónicas afetam muitas dimensões do Bem-estar Psicológico (BEP), da qualidade de vida bem como as atividades físicas e sociais dos indivíduos, com todas as consequências e efeitos nefastos que poderão daí advir. Entre essas doenças está a Espondilite Anquilosante (EA), considerada uma condição sem alternativas de melhoras rápidas e de evolução progressiva. Face a este enquadramento, o objetivo central deste trabalho pretende determinar a influência das variáveis preditivas (sociodemográficas, clínicas e psicossociais) do Bem-estar Psicológico, na pessoa com EA, com o intuito de desenvolver estratégias de apoio e sensibilização para esta problemática. Métodos: Conceptualizámos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo-correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística constituída por 51 portadores, com idades compreendidas entre 19 e 79 anos (M= 47,00; Dp= 14,14) e maioritariamente do sexo masculino (70,59%). Utilizámos instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa: escala de APGAR familiar, questionário SF-36, Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) e os questionários BASDAI e BASFI. Resultados: O Bem-estar Psicológico é maioritariamente percecionado como elevado (47,1%). Na generalidade traduz-se mais elevado no sexo masculino. Foi nas dimensões crescimento pessoal e autonomia, onde os portadores demonstraram melhores índices de BEP. Outras variáveis revelam um efeito estatisticamente significativo sobre o BEP, concretamente: portadores com mais idade apresentam menor capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,05); portadores integrados em famílias mais funcionais apresentam maiores índices de BEP; maior idade de diagnóstico da doença revela menor domínio do meio (p0,05), menor capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,01) e pior score da EBEP (p0,05); ausência de sintomatologia traduz maior capacidade em estabelecer relações positivas com os outros (p0,01); quem pratica exercício físico e um programa de reabilitação, apresenta maiores índices de BEP; pior QDV, atividade da doença e capacidade funcional, traduzem no geral pior perceção de BEP. Conclusão: As evidências encontradas salientam a importância de uma reflexão multidisciplinar de forma a potencializar um melhor BEP, junto da pessoa com EA. Sugerimos que se aposte em programas de Reabilitação, intervenções junto da Família e campanhas de sensibilização, visando a promoção do BEP destes indivíduos. Palavras Chave: Espondilite Anquilosante; Bem-estar psicológico; Reabilitação; Qualidade de Vida; Família.
- Biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvicoPublication . Santos, Bárbara Sofia Miguel dos; Cunha, Madalena; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O biofeedback afigura-se como um tratamento simples, com mínimos custos e efeitos secundários no tratamento da incontinência anal em doentes com disfunção de pavimento pélvico. No entanto, a sua eficácia é muitas vezes colocada em causa. Este estudo pretende responder a esta questão, bem como procurar entender se esta técnica pode aumentar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Determinar a eficácia do biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico e a eficácia do biofeedback no aumento da qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Métodos: Na realização desta revisão sistemática efetuámos uma pesquisa entre Março e Abril de 2016 em bases de dados indexadas. Os estudos encontrados foram analisados à luz de critérios de inclusão previamente estabelecidos, e a sua qualidade avaliada por dois investigadores, de forma independente. A realização da meta- análise teve por base métodos estatísticos. Resultados: O corpus desta revisão é constituído por 10 artigos. Os resultados da meta-análise indicam haver uma melhoria, embora não estatisticamente significativa nos valores manométricos, em nenhum dos subgrupos avaliados. Bem como, os resultados de meta- análise não encontraram diferenças estatisticamente significativas na análise efetuada à eficácia do biofeedback na qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Destaca-se a importância da relação terapeuta- doente neste processo de melhoria. Conclusões: O biofeedback apresenta-se como um tratamento eficaz da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico, no entanto carece de uma maior investigação. Palavras- chave: incontinência anal, biofeedback, qualidade de vida.
- Burnout em personal trainers da cidade de Maceió-AL : estudo dos seus determinantesPublication . Figueiredo, Deyvid Henrique Souza Marinho de; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A síndrome de burnout é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional (MASLACH, 1993). O trabalho do Personal Trainer, favorece o desenvolvimento da síndrome de burnout, pois os mesmos têm relação estreita com seus clientes, podendo causar o adoecimento deste profissional. Deste modo, os mesmos merecem atenção por desenvolverem diversas funções no cotidiano de suas atividades de trabalho relacionadas aos fatores biopsicossociais, como a qualidade de vida (QV) que é um importante aspecto a ser considerado na promoção de saúde destes profissionais. Deste modo, o objetivo central consiste em estudar determinantes de contexto sóciodemográfico, laboral e biopsicossocial da síndrome de burnout em personal trainers da cidade de Maceió-AL. Métodos - Este estudo é de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 100 (cem) personal trainers, com idades entre os 22 - 47 anos (𝑥̅= 31,9; Dp= ±5,4), maioritariamente do sexo masculino (65,0%), solteiros (65%), licenciatura (60%). O instrumento de colheita de dados incorporou: Ficha Sociodemográfica: caracterização sócio–demográfica e laboral da amostra; o Maslach Burnout Inventory – General Survey (MBI-GS), Questionário de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho – QWLQ-78. Resultados – Estes personal trainers tendo por referência o escore médio, apresentam para as dimensões “exaustão emocional e física” e “cinismo”, níveis de burnout elevado. Já no que respeita à dimensão “eficácia profissional” os valores da média da nossa amostra ao serem ≥5.00 , significa que para esta dimensão os inquiridos não evidenciam níveis de burnout. No que diz respeito a qualidade de vida, observou-se que (90%) é neutro e (10%) satisfatório, ou seja, nenhum inquerido apresentou níveis baixos ou elevados. Os principais determinantes laborais para a burnout: 1 a 5 anos de profissão; maior tempo de atuação; maior numero dos locais de trabalho; trabalhar acima de 30 horas semanais. Os resultados averiguaram que quanto maior o nível de QV, menor o nível de burnout. Conclusões – Os resultados revelaram a existência de fatores determinantes da síndrome de burnout em personal trainers, daí a importância duma abordagem multidisciplinar, acompanhamento e orientação específica a estes profissionais, realçando a necessidade de aumentar o índice de saúde e qualidade de vida, de forma a prevenir quadros de sobrecarga biopsicossocial destas pessoas, para poderem assim proporcionar, com segurança, a promoção da saúde de seus clientes. Certamente, a Educação para Saúde terá aqui um importante papel a fomentar e a desenvolver. Palavras-chave: Síndrome de Burnout, Personal Trainer, Qualidade de Vida.
- Capacidade funcional em utentes com espondilite anquilosantePublication . Marques, Sónia Alexandra Lima; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A Espondilite Anquilosante (EA), é uma doença inflamatória osteoarticular crónica e sistémica de etiologia desconhecida, que, clinicamente se carateriza por um acometimento progressivo das articulações sacroilíacas e esqueleto axial, resultando em imobilidade e rigidez articular. A perda progressiva da Capacidade Funcional aleada á marcada sintomatologia, levam a que o portador desta patologia, vá diminuindo a sua atividade física, se sinta mais fatigado, diminuindo consequentemente a sua qualidade de vida. Objectivo: Estabelecer quais os determinantes sociodemográficos/clínicos mais significativos da Capacidade Funcional dos utentes com Espondilite Anquilosante, numa lógica de produção de conhecimentos que facilite o desenho de programas de intervenção formativos e informativos que visem a promoção da qualidade de vida. Simultaneamente contribuir para a adaptação e validação cultural do Índice Funcional de Dougados. Método: Num estudo transversal, de natureza quantitativa, inquirimos uma amostra de 128 indivíduos com EA, residentes no território nacional, dos quais 72 indivíduos eram do sexo masculino e 56 indivíduos do sexo feminino, pertencentes às Associações Nacionais de Espondilite Anquilosante (ANEA) de Viseu, Ovar, Pombal e Lisboa, e também aos serviços de reumatologia e medicina física de reabilitação, dos Hospitais de Viseu, Braga e Aveiro. A informação foi obtida através de um instrumento de colheita de dados de auto preenchimento, o qual incorpora medidas de avaliação aferidas e validadas para a população portuguesa. Resultados: Constatou-se que o perfil sociodemográfico e profissional dos utentes com EA, revela ser, maioritariamente, do género masculino (56,2%), com cerca de 50 anos de idade, casado ou em união de facto (82,8%), a residir em meio urbano (57,0%), com o 1ºCiclo do ensino básico (28.1%) e com atividade profissional (61.7%), não tendo faltado ao trabalho no último ano (68,8%). Relativamente ao perfil clínico constatou-se que, quanto ao tempo de diagnóstico da EA, a média é de aproximadamente 15,40 anos e ao tempo de início dos sintomas de EA, o tempo médio aumenta para aproximadamente 20 anos. A maioria é seguida pelo Reumatologista (75,8%), para aliviar a sintomatologia, mais de metade da amostra recorre a anti-inflamatórios, (65,6%) e apenas cerca de cerca de 17.2% faz medicação biológica, cerca de 72,7% está inserido na Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA) e mais de metade não tem familiares com EA (67,2%). Conclusões: Destacamos particularmente a importância da realização de campanhas de prevenção e sensibilização das pessoas sobre esta patologia, onde se responsabilize o portador de EA pela sua doença, de modo a evitar a sua evolução para maiores incapacidades funcionais. Com este estudo, propusemo-nos também dar um contributo para a adaptacão e validação cultural de um instrumento de medida, que avalia a Capacidade Funcional em doentes com EA, considerando os valores apresentados é possível disponibilizar um instrumento de medida da capacidade funcional em doentes com EA, com um contributo de adaptação á realidade portuguesa. Palavras-Chave: Espondilite Anquilosante; Capacidade Funcional; Índice Funcional de Dougados.
- Contribuição da saúde no ambiente escolar : uma perspectiva das concepções de gestores em educaçãoPublication . Brandão, Heldah Sulamita Teixeira Rodrigues; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A relação da contribuição da saúde no ambiente escolar é uma perspectiva que motiva os gestores de um modo em geral. A formação em saúde no Brasil vem sendo alvo de discussão dentre aqueles que se preocupam com a qualidade da formação profissional. Além disso, é necessário inicialmente resgatar e entender o processo histórico de desenvolvimento da formação da Educação e saúde no espaço escolar, em seguida, refletir sobre as reais necessidades de mudanças curriculares visíveis e implícitas no processo de ensino-aprendizagem. Objetivos: Identificar, nos resultados das investigações empíricas, se a implementação e desenvolvimento de programas de educação para a saúde, desenvolvidas por gestores educacionais na rede estadual de ensino brasileiro, contribuem para a qualidade de vida dos atores presentes no ambiente escolar. Métodos: Recorreu-se a uma revisão integrativa da literatura, tendo sido obtidas 9 publicações, com texto completo, no perído de 2009 a 2015. Para a selecção dos artigos foram utilizadas as bases de dados do Portal Capes, da LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), das Ciências da Saúde em Geral da Bireme e Scielo, como também do Google Acadêmico, recorrendo-se aos descritores: Qualidade de vida, Saúde Escolar, Educação em Saúde e Gestão escolar. Resultados: Os dados revelam que existem orientações específicas sobre a importância e utilidade da implementação de programas estruturados de educação para a saúde em meio escolar. Por outro lado, a eleição da promoção da saúde como eixo estratégico da saúde escolar tem impulsionado também ela mudanças no seio da Família e da Comunidade. Apesar dos avanços e reconhecimento da importância da formação em saúde disponibilizada na escola, persistem desafios a serem superados, sobretudo na necessidade de maior consciencialização por parte dos gestores escolares sobre a potencialidade de uma escola promotora de saúde. Conclusões: Os artigos analisados sobre Educação em Saúde no espaço escolar evidenciam melhorar a qualidade de vida dos atores inseridos no espaço escolar, sobretudo, crianças e jovens em processo de desenvolvimento biopsicossocial. PALAVRAS CHAVE: Qualidade de vida. Saúde Escolar. Educação em Saúde.
- Cuidador informal de idosos dependentes: dificuldades e sobrecargaPublication . Cordeiro, Luis Alexandre Gonçalves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A temática do idoso tem assumido uma crescente importância devido ao envelhecimento da população que, segundo dados oficiais, não irá abrandar. Devido à situação social e financeira da população portuguesa a manutenção do idoso no domicílio, com maior ou menor dependência, assume um carácter privilegiado, assegurando-se assim, a defesa dos interesses dos idosos e também dos seus familiares. O cuidador informal desempenha um papel preponderante no bem-estar e na qualidade de vida do idoso dependente, no entanto, vários estudos demonstram que é sobre este que recai a maior sobrecarga associada às exigências do cuidar. Assim, o cuidador informal deverá ser alvo de uma especial atenção, diagnosticando precocemente as suas dificuldades e o risco de desenvolver níveis elevados de sobrecarga com o intuito de evitar que ele chegue a uma situação de rutura que poderá por em risco a sua saúde e a saúde daqueles que dele dependem. Face a este enquadramento, definimos como principal objetivo: conhecer os principais fatores de sobrecarga e dificuldades do cuidador informal e determinar quais as variáveis preditivas de sobrecarga e dificuldades, com o intuito de criar uma maior sensibilização para esta problemática e ajudar no desenvolvimento de estratégias de apoio ao cuidador. Métodos – Nesta pesquisa não experimental de natureza quantitativa e transversal, seguindo uma via descritivo-correlacional. Recorremos a uma amostra não probabilística constituída por 63 cuidadores informais, da área dos Centros de Saúde de Santarém, extensão de Saúde de Benfica do Ribatejo e do Hospital Distrital de Santarém, EPE., sendo a maioria do sexo feminino (74.6%), com idade média de 60.05 anos. Como instrumentos de medida utilizámos os índices de Barthel e de Lawton para avaliar o grau de dependência dos idosos; o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI) e o Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador (CADI). Resultados – O grau de dependência do idoso, nas ABVD e nas AIVD, apresenta um efeito significativo sobre os índices totais de dificuldades e sobrecarga dos cuidadores. Das características do cuidador as variáveis: “situação profissional” e a “perceção do seu estado de saúde”, apresentam valor prognóstico nos níveis de sobrecarga e dificuldades, visto termos encontrado significância estatística nos nossos resultados. No contexto da prestação dos cuidados, as variáveis “intensidade dos cuidados”, a “existência de ajuda” e a “co-residência”, apresentam, também, uma influência significativa nos níveis de sobrecarga e dificuldades do cuidador. Na globalidade os cuidadores apresentam mais sobrecarga, respectivamente, nos fatores implicação na vida pessoal, perceção dos mecanismos de eficácia e de controlo, sobrecarga emocional e sobrecarga financeira, e verificam-se mais dificuldades relacionadas com os fatores exigências do cuidar, reações ao cuidar e restrições sociais. Por outro lado, verificamos que os níveis mais baixos de dificuldades e sobrecarga estão associados aos sentimentos do cuidador para com o idoso dependente, à sua satisfação com o desempenho do papel e com a ajuda e apoio que presta ao idoso. Estes dados sugerem que níveis consideráveis de sobrecarga e dificuldades podem co-existir com bons níveis de satisfação com o papel desempenhado. Conclusões – Os cuidadores informais que cuidam de idosos com dependência severa ou total nas atividade de vida diárias (contexto do idoso); cônjuges ou filhos (a) sem atividade laboral, e por isso com rendimentos mais baixos, com uma fraca perceção do seu estado de saúde (contexto do cuidador), que têm ajudas do sistema formal mas sem outras ajudas do sistema informal; com uma intensidade de cuidados superior a 12 horas diárias e com elevadas dificuldades na prestação de cuidados (contexto da prestação de cuidados) estão mais susceptíveis de desenvolver níveis consideráveis de sobrecarga. Deste modo, defendemos que qualquer profissional deve conhecer este perfil assim como os sinais e sintomas de sobrecarga de forma a poder prestar uma melhor assistência não só aos idosos dependentes, como também aqueles que cuidam deles, garantindo que quem cuida não fica por cuidar. PALAVRAS CHAVE Cuidador Informal; Idoso; Dependência; Sobrecarga; Dificuldades.
- Determinantes da adesão a hábitos e estilos de vida saudáveis na gravidezPublication . Bernardino, Sara Ferreira; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A adoção de um estilo de vida saudável durante a gravidez é importante na prevenção de complicações gestacionais. O enfermeiro desempenha um papel relevante na vigilância da gravidez, o que lhe permite indagar o seu conhecimento, orientar a grávida, reforçar a sua motivação e antecipar as complicações, embora a escolha por um estilo de vida saudável seja sempre individual. O principal objetivo deste trabalho é conhecer a adesão das grávidas a hábitos e estilos de vida saudáveis (alimentação equilibrada e diversificada, não consumo de substâncias lícitas como o álcool e tabaco e prática regular de atividade física), e subsequentemente os seus determinantes. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 131 grávidas seguidas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, maioritariamente casadas (61,07%), da classe média, residentes equitativamente em meio rural (50,38%) e urbano (49,62%) e com uma média de idades de 32,89 anos (Dp= 4,85). O instrumento de colheita de dados, incorporou seis secções destinadas à mensuração de variáveis de contexto sociodemográfico, laboral, antropométrico, dados clínicos inerentes à gravidez, prática de consumos e estilos comportamentais e ainda o Questionário sobre Atividade Física e Gravidez, aferido e validado para a população portuguesa. Resultados: Relativamente à alimentação, a maioria das gestantes (59,54%) cumpre 3 ou 4 das 9 recomendações da Direção-Geral da Saúde analisadas. Verificámos uma tendência para a diminuição de comportamentos de risco ao longo da gestação, nomeadamente no consumo de álcool, tabaco e café. A intensidade da atividade física praticada pelas grávidas é, predominantemente, leve e do tipo doméstica. Do estudo dos determinantes inferiu-se que a adoção de estilos de vida mais saudáveis está sobretudo associada a grávidas mais novas, da classe I (classe socioeconómica superior alta), residentes em meio rural, empregadas e que se mantêm no ativo, obesas (segundo o IMC prévio à gravidez), primíparas, que vigiam a gravidez em várias instituições de saúde em simultâneo, com aconselhamento nutricional e para a prática de atividade física personalizado e que têm algum tipo de complicação decorrente da gravidez. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo sugerem que a gravidez motiva a adesão a estilos de vida mais saudáveis, no entanto, a prática de atividade física e os hábitos alimentares encontram-se aquém do recomendado. Parece-nos importante promover e incentivar as gestantes a modificarem/adotarem estilos de vida mais saudáveis e persistentes no tempo, propondo que essa vigilância e monitorização seja realizada por equipas cada vez mais multidisciplinares, com a inclusão de um EEER. Palavras-chave: Gravidez, Estilo de Vida Saudável, Promoção da Saúde.