Unidade de Enfermagem Materna, Obstétrica e Ginecológica (UEMOG)
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Browsing Unidade de Enfermagem Materna, Obstétrica e Ginecológica (UEMOG) by advisor "Ferreira, Manuela Maria Conceição"
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- Atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidezPublication . Fernandes, Bruno Filipe Almeida; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A interrupção voluntária da gravidez tem sido um tema controverso nas sociedades economicamente desenvolvidas, abrangendo múltiplas perspetivas, mobilizando valores humanos, éticos, sociais, psicológicos, políticos; técnicos e económicos. O conhecimento desta temática por parte dos profissionais de saúde constitui-se como essencial na promoção do planeamento familiar e do empoderamento da mulher/ casal na adesão a comportamentos assertivos com uma vivência da sexualidade responsável e saudável. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e obstétricas que são determinantes nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez; Analisar a influência da autoestima, da funcionalidade familiar, do suporte social e da satisfação com a vida conjugal nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Métodos: Estudo não experimental, quantitativo, descritivo-correlacional e explicativo, com uma amostra não probabilística por conveniência (n=101). A recolha de dados efetuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e historial obstétrico, e por uma segunda parte onde recorremos a quatro escalas: Funcionalidade familiar, SmilKstein (1978), versão portuguesa de Azevedo & Matos (1989); Self Esteem Scale, Rosenberg (1965), versão portuguesa de Santos & Maia (1999, 2003); Satisfação com o suporte social, Ribeiro (1999); Satisfação em áreas da vida conjugal, Narciso, I. & Costa, M. E. (1996). Este instrumento de colheita de dados foi aplicado a mulheres que interromperam a gravidez num hospital da região centro. Resultados: A idade das mulheres oscilou entre os 16 e os 49 anos, 61,4% são solteiras/ divorciadas, apresentam um agregado familiar médio de 3,18 elementos, (48,3%) são gesta três e têm em média de 5,81 semanas de gestação. 97% não planeou esta gravidez. Constatamos diferenças estatísticas significativas para as variáveis: Idade, são as mulheres mais novas que mais valorizam a dimensão “motivos de ordem pessoal” (p=0,001) e a “atitude total” (p=0,036); Nacionalidade, são as mulheres estrangeiras que maior importância atribuem à dimensão “motivos familiares” (p=0,035); Situação laboral, são as estudantes que revelam interromper a gravidez por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). 52,5% aponta motivos de ordem económica para a concretizar, são as mulheres mais velhas (53,6%) que maior significado atribuem à dimensão “motivos de ordem económica” (p=0,000), enquanto que as Primigestas o fazem por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). Verificamos ainda que os “motivos de ordem familiar” são os mais significativos nas mulheres com disfuncionalidade familiar leve (p=0,007), com moderada satisfação com o suporte social (p=0,014) e baixa satisfação conjugal (p=0,002). Por fim, constatamos que o Suporte social, na dimensão “intimidade” (p=0,000 - 0,006), face aos motivos de ordem familiar e total das atitudes, respetivamente, e “suporte social total” (p=0,005 ) relativamente aos motivos de ordem socioeconómica; e a Satisfação em áreas da vida conjugal, nas dimensões “sexualidade” (p=0,000) e “autonomia” (p=0,021 ), quanto aos motivos de ordem familiar e pessoal, respetivamente; têm poder preditivo sobre as atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Conclusão: Podemos assim afirmar que a idade, a situação laboral, a nacionalidade, ser primigesta, as motivações económicas, funcionalidade familiar, a satisfação com o suporte social e a satisfação conjugal apresentam evidências de sensibilidade no contexto da interrupção voluntária da gravidez. O conhecimento mais aprofundado das atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez, permitirá produzir reflexos na prática de cuidados especializados, no contexto do planeamento familiar e pré-concecional, visando a excelência das práticas em Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia. Palavras-chave: Atitudes, interrupção voluntária da gravidez, funcionalidade familiar, autoestima, suporte social e satisfação conjugal.
- Competências emocionais e literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundárioPublication . Mota, Patrícia José Sousa Freitas; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João Carvalho; Campos, SofiaEnquadramento: A literacia em saúde é entendida como a capacidade para tomar decisões informadas sobre a saúde. Constituiu-se como a opção quotidiana de decisões de saúde conscientes com uma particular importância no grupo dos adolescentes. Assim assume-se de primordial importância uma educação sexual integrativa a este grupo. Objetivos: Determinar se as variáveis sociodemográficas, de contexto académico e contextuais de saúde sexual e reprodutiva interferem na literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário; analisar a relação entre as competências emocionais e a literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico, envolvendo uma amostra de 213 alunos a frequentarem os 10.º, 11.º e 12.º anos do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, maioritariamente feminina (60.4 %) com idade média de 16.45 anos. A recolha de dados foi suportada num questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis de contexto académico, variáveis contextuais de saúde sexual e reprodutiva, o Questionário de Competência Emocional de Vladimir Taksic’ (2000), uma adaptação portuguesa de Faria & Lima Santos (2001) e o Questionário de Conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva de Santos (2017). Resultados: Maioritariamente, os alunos recorrem aos pais quando têm dúvidas sobre a saúde sexual e reprodutiva (30.5%) e apenas 10.8% aos profissionais de saúde. Predominam os estudantes (67.6%) que consideram ter conhecimentos bons/muito bons sobre saúde sexual e reprodutiva, sendo as raparigas quem revela mais conhecimentos em relação a esta temática. Quanto mais idade e ano de escolaridade, os estudantes têm, mais conhecimentos possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Quanto menos capacidades, têm os alunos, para lidar com a emoção, menor é a informação que estes possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Conclusão: Quanto mais precoce for assimilado o compromisso da aprendizagem sobre saúde sexual e reprodutiva, maior será a obtenção de bons resultados, refletindo-se em adolescentes mais comprometidos e seguros. Palavras-chave: Competências emocionais; Literacia; Saúde sexual e reprodutiva; Adolescentes.
- Contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vidaPublication . Vaz, Tânia Alexandra Guimas; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – O contacto pele-a-pele na primeira hora de vida tem benefícios para a mãe e para o recém-nascido, bem como um papel importante no estabelecimento da amamentação. Objetivos – Analisar a evidência científica dos benefícios do contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vida; determinar a prevalência do contacto pele-a-pele e da amamentação na primeira hora de vida; verificar quais são os fatores (variáveis sociodemográficas, contextuais da gravidez e do parto, e variáveis relativas ao recémnascido) que interferem nas práticas do contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vida. Método – Revisão sistemática da literatura no estudo empírico I. Efetuou-se uma pesquisa na PUBMED, The Cochrane Library, Scielo e Google Académico, estudos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014. Destes foram selecionados 4 estudos, posteriormente analisados, que tiveram em consideração os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliação crítica de um estudo descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatório e controlado de Carneiro (2008). No estudo empírico II seguiu-se um tipo de estudo quantitativo e descritivo simples, de coorte transversal, desenvolvido no serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem não probabilística por conveniência (n = 382). A recolha de dados efetuou-se através da consulta dos processos clínicos, entre janeiro e dezembro de 2014, das mulheres com idade ≥ 18 anos que tiveram um parto vaginal com feto vivo após as 37 semanas de gestação. Resultados – Evidência de que o contacto precoce pele-a-pele, imediatamente após o parto, é um potencial estímulo sensorial, que abrange o aquecimento do recém-nascido e a estimulação tátil e olfativa, maior estabilização da temperatura, frequência respiratória e nível de glicémia, com diminuição do choro. Está associado à promoção espontânea da amamentação. Na amostra constituída por 382 mulheres, dos 18 aos 46 anos, verificou-se que o contacto pele-a-pele ocorreu em apenas 26,6% da amostra. Cerca de 92,6% da amostragem deu de mamar na primeira hora de vida. No grupo de mulheres em que houve contacto pele-a-pele e amamentação, prevalecem as que têm idade igual ou inferior a 34 anos (66,3%) e predomínio das mulheres que tiveram 5 ou mais consultas (95,9%) de vigilância da gravidez. Conclusão – Face a estes resultados e com base na evidência científica disponível que recomenda o contacto pele-a-pele imediatamente após o parto e promoção da amamentação na primeira hora de vida, assume-se como indispensável que os profissionais invistam na sua formação e assumam um papel importante para a realização deste contacto, estimulando e facilitando esta prática, assim como a realização de mais estudos científicos com contributos para o estabelecimento e manutenção desta prática. Palavras-chave: Contacto pele-a-pele; amamentação; primeira hora de vida.
- Cuidar no parto : prática de episiotomiaPublication . Santos, Maria Onélia Figueira dos; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A episiotomia é uma incisão feita no períneo para aumentar o canal vaginal com o objetivo de evitar outros traumas perineais durante o parto. No entanto, esta prática, por si só, já se considera um trauma perineal pelo corte em estruturas que podem desencadear problemas futuros. A Organização Mundial de Saúde (1996) recomenda a utilização limitada da episiotomia uma vez que não existem evidências credíveis de que a utilização generalizada ou de rotina desta prática tenha um efeito benéfico. Objetivos: Demonstrar evidência científica dos determinantes da prática de episiotomia seletiva em mulheres com parto normal/eutócico; identificar a prevalência de episiotomia; analisar os fatores (variáveis sociodemográficas, variáveis relativas ao recém-nascido, variáveis contextuais da gravidez e contextuais do parto) que influenciam na ocorrência de episiotomia. Métodos: O estudo empírico I seguiu a metodologia de revisão sistemática da literatura. Efetuou-se uma pesquisa na EBSCO, PubMed, SciELO, RCAAP de estudos publicados entre janeiro de 2008 e 23 de dezembro de 2014. Os estudos encontrados foram avaliados tendo em consideração os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliação crítica de um estudo descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatorizado e controlado de Carneiro (2008). Após avaliação crítica da qualidade, foram incluídos no corpus do estudo 4 artigos nos quais se obteve um score entre 87,5% e 95%. O estudo empírico II enquadra-se num estudo quantitativo, transversal, descritivo e retrospetivo, desenvolvido no serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem não probabilística por conveniência (n = 382). A recolha de dados efetuou-se através da consulta dos processos clínicos das mulheres com idade ≥ 18 anos que tiveram um parto vaginal com feto vivo após as 37 semanas de gestação. Resultados: Evidência de que a episiotomia não deve ser realizada de forma rotineira, cujo uso deve restringir-se a situações clínicas específicas. A episiotomia seletiva, comparada com a episiotomia de rotina, está relacionada com um menor risco de trauma do períneo posterior, a uma menor necessidade de sutura e a menos complicações na cicatrização. Amostra constituída por 382 mulheres, na faixa etária dos 18-46 anos. Apenas, não se procedeu à episiotomia em 41,7% da amostra, apontando para a presença da episiotomia seletiva. Número significativo de mulheres com parto eutócico (80,5%), com sutura (95,0%), laceração de grau I (64,9%), dor perineal (89,1%) sujeitas a episiotomia (58,3%). A maioria dos recém-nascidos nasceram com peso normal (92,3%), com um valor expressivo de mulheres sujeitas a episiotomia (91,4%). Ainda se constatou a existência de casos, apesar de reduzidos, em que o recém-nascido nasceu macrossómico (5,4%), tendo-se recorrido igualmente a esta prática. Não há uma associação direta entre a realização de episiotomia e os scores do APGAR. Conclusão: Face a estes resultados e com base na evidência científica disponível que recomenda, desde há vários anos, que se faça um uso seletivo da episiotomia, sugere-se que os profissionais de saúde estejam mais despertos para esta realidade, de modo a que se possam anular as resistências e as barreiras de mudanças por parte dos mesmos face ao uso seletivo da episiotomia. Para promover essa mudança de comportamentos é importante não só mostrar as evidências científicas, bem como transpô-las para a prática, capacitando os profissionais de saúde, sobretudo os enfermeiros, na sua atuação. Palavras-chave: Parto Normal/eutócico; Episiotomia; Episiotomia seletiva; Episiotomia de rotina.
- Determinantes das alterações psicoemocionais do puerpério : efeitos da autoestimaPublication . Coelho, Catarina Alexandra Toipa; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoNo puerpério, a mulher depara-se com um conjunto de alterações que ocorrem ao nível biológico, psicológico e social que a confrontam com a necessidade de viver adaptações constantes e que a tornam mais vulnerável do ponto de vista psicológico e emocional. As alterações psicoemocionais do puerpério são decorrentes do designado Blues pós-parto, um fenómeno intercultural, de prevalência elevada, de carácter benigno e transitório, que ocorre em mulheres saudáveis. A avaliação da autoestima da puérpera é fundamental para identificar o risco de desenvolver estas alterações. Neste sentido, realizou-se um estudo quantitativo, em corte transversal, correlacional e explicativo, em 175 puérperas saudáveis, com média de idades de 31.21 anos, vigiadas nas unidades funcionais do ACES Dão Lafões, em que se procurou identificar as alterações psicoemocionais, entre a 4ª e a 6ª semana do pós-parto, e determinar a relação entre as diferentes variáveis (sociodemográficas, contextuais ao parto, contextuais à amamentação, autoestima) e as alterações psicoemocionais. As principais alterações identificadas foram a ansiedade moderada e severa, a destacar: sensação de esgotamento, cansaço mental e físico e insegurança na prestação dos cuidados ao bebé; seguidas de sentimentos depressivos moderados e severos, a nomear: tristeza, melancolia, desânimo, choro e solidão; e por último, a preocupação moderada e severa, nomeadamente: nervosismo e agitação. Os resultados revelaram que puérperas ativas profissionalmente (p=0.046), com ensino superior (p=0.012), sem história prévia de partos de termo (p=0.002) e com complicações com a amamentação (p=.0001) apresentaram níveis mais elevados de alterações psicoemocionais. A autoestima revelou-se preditora das alterações psicoemocionais, sendo que quanto maior a autoestima mais elevados os níveis das alterações (p= 0.000).
- Determinantes do ajustamento conjugal da puérpera : efeitos da autoestimaPublication . Esteves, Sara Alexandra Figueiredo; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: O puerpério é caracterizado por ser um período no qual a mulher vai vivenciar diferentes mudanças na sua vida quer a nível biológico, como psicológico e social. Atualmente a qualidade do relacionamento conjugal é apontado como um fator preponderante para a saúde plena da mulher, no entanto com o nascimento de m filho a relação previamente existente entre os cônjuges também irá passar por uma fase de adaptações, existindo a necessidade de ajustamento no relacionamento conjugal. Para o presente estudo, interessou principalmente avaliar em que medida a autoestima da puérpera influencia o ajustamento conjugal no puerpério. Foram ainda delineados os seguintes objetivos: identificar o nível de ajustamento conjugal da mulher durante o puerpério; identificar as variáveis sociodemográficas que influenciam o ajustamento conjugal; analisar a relação entre as variáveis contextuais ao parto e o ajustamento conjugal da puérpera; analisar a relação entre as variáveis contextuais da amamentação e o ajustamento conjugal. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, correlacional e explicativo, no qual participaram 175 puérperas, com idade média de 31,21. O instrumento de colheita de dados inclui informação de modo a realizar a caracterização sociodemográfica, das variáveis contextuais ao parto e amamentação e ainda a Escala de Ajustamento Conjugal (DAS) e a Escala de autoestima de Rosenberg. Resultados: A idade das puérperas estudadas oscilou entre os 17 e os 47 anos, estando 92,6% a coabitar com o companheiro e sendo maioritariamente, 49,7%, primíparas. Verificou-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre o ajustamento conjugal e o estado civil (p=0,002), as habilitações literárias (p=0,005), a situação laboral (p=0,007) e a existência de complicações inerentes à amamentação (p=0,003). Constatou-se que não havia correlações estatisticamente significativas entre a autoestima e o ajustamento conjugal. Conclusões: Os resultados obtidos apontam para a necessidade dos planos de cuidados à puérpera considerar o ajustamento conjugal como uma variável de relevo no seu bem-estar, sendo de realçar a influência que as complicações relativas à amamentação têm nesse ajustamento. Palavras-chave: Puerpério, autoestima, ajustamento conjugal, relacionamento conjugal.
- Dificuldades no aleitamento maternoPublication . Sousa, Ana Sofia Barradas de; Ferreira, Manuela Maria ConceiçãoEnquadramento: Apesar de o leite materno ser globalmente aceite como o alimento mais completo e efetivo para assegurar a saúde do bebé, além dos claros benefícios para a mãe, continua-se a verificar que a taxa de amamentação está ainda longe da pretendida. Objetivos: Identificar a evidência científica dos determinantes da interrupção do aleitamento materno aos 6 meses de vida do bebé. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre as dificuldades que levam à interrupção do aleitamento materno aos 6 meses de vida do bebé. Efetuou-se uma pesquisa na PUBMED, The Cochrane Library, Scielo e Google Académic de estudos publicados entre janeiro de 2010 a outubro de 2015, partindo dos critérios de inclusão previamente definidos, os estudos selecionados foram posteriormente avaliados. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir, utilizando a grelha para a avaliação crítica de um estudo. Após a avaliação crítica da qualidade, foram incluídos no corpus de estudo 4 artigos com scores entre 87.5% e 95.0%. Resultados: Como metasíntese e seleção da análise dos artigos, inferiu-se que os fatores que levam à interrupção do aleitamento materno aos 6 meses de vida do bebé são: as preocupações com a lactação, perda de peso do bebé, doença da mãe ou a necessidade de tomar medicação, bloqueio dos ductos mamários, problemas relacionados com a gestão psicossocial, conflitos no seu estilo de vida, o posicionamento e pega inadequados, queixa de leite insuficiente ou fraco, dor à amamentação, fissuras, ingurgitamento mamário, a ansiedade materna e o choro da criança. Conclusões: Perante a evidência científica, as causas de abandono do aleitamento materno são multifatoriais e estão associadas à mãe, ao bebé e à saúde. A promoção do aleitamento materno exige programas de educação baseados na evidência, contribuindo para melhoria dos índices nacionais de prevalência da amamentação até, pelo menos aos 6 meses de vida do bebé, que se deseja cada vez mais consentânea com as melhores práticas internacionais. Palavras-Chave: Aleitamento materno; Dificuldades; Interrupção.
- Empoderamento dos enfermeiros: estudo de alguns intervenientesPublication . Nogueira, Filomena da Conceição Paulo; Ferreira, Manuela Maria ConceiçãoEnquadramento: O empoderamento é um processo que resulta em fortalecimento pessoal e profissional, na forma de aquisição de competências, motivação, satisfação e tomada de decisão. Está vinculado á autonomia profissional e é percebida como a capacidade de assumir iniciativas e á investigação e produção de conhecimento, como forma de desenvolver a base de um poder que se concretiza na tomada de decisão autónoma do enfermeiro Objetivos: Quantificar o nível de Empoderamento dos Enfermeiros; Identificar as variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que influenciam o Empoderamento dos enfermeiros; Determinar a influência das variáveis de contexto formativo e de motivação para o exercício profissional, no Empoderamento dos enfermeiros. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, descritiva-analítico e correlacional com amostra não probabilística constituída por 240 enfermeiros. Colheita de dados realizada de Junho de 2014 a Dezembro de 2014, com aplicação de um instrumento composto pelo questionário sociodemográfica e profissional, pela escala “ Perceptions of Empowerment in Midwifery Scale” (Mathews, Scott e Gallagher) e pela escala da motivação para o exercício profissional. Resultados: Os enfermeiros questionados tinham idades compreendidas entre os 26 e os 66 anos, e maioritariamente com vinculo por tempo indeterminado á instituição onde trabalham. Revelam uma boa perceção sobre o Empoderamento oscilando entre os 50,0% no reconhecimento organizacional e os 100% no reconhecimento por pares. Os Enfermeiros mais jovens possuem melhor perceção sobre o Empoderamento no reconhecimento por pares, organizacional e global, e os Enfermeiros com mais idade melhor Empoderamento na dimensão pessoal. São os Enfermeiros com mestrado e doutoramento que possuem uma menor perceção na dimensão multidimensional, reconhecimento por pares e reconhecimento organizacional. 40,0%dos participantes do estudo encontram-se muito motivados, e 70,0% dos inquiridos continua a investir na sua formação. Conclusão: Pelos Resultados obtidos podemos concluir que são os enfermeiros com maior motivação e com mais formação que revelam melhor perceção sobre o Empoderamento. Cabe ao Enfermeiro a sua evolução na conceção da sua autonomia e responsabilidade de suas ações e comportamentos que promovam o aumento dos níveis do Empoderamento nas diferentes dimensões a ele associado, melhorando a capacidade de decisão Palavras-chave: empoderamento, motivação, formação.
- Empowerment da grávida : Fatores de capacitação para a maternidadePublication . Silva, Daniela Neves; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: À gravidez associam-se grandes transformações físicas e psicossociais, é um período repleto de sentimentos ambíguos, dúvidas e receios, que determinam a constituição da maternidade. No terceiro trimestre, fatores sociodemográficos, obstétricos e psicossociais parecem influenciar a autonomia, autoeficácia e poder de decisão da grávida, portanto, a sua capacitação para o parto e maternidade. Torna-se pertinente perceber a relação entre estes fatores e o empowerment da grávida. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto obstétrico que afetam o empowerment da grávida no último trimestre da gestação; Determinar a influência das variáveis psicossociais no empowerment da grávida. Métodos: Estudo não experimental, transversal, quantitativo, descritivo e correlacional com amostra não probabilística por conveniência (n=235). Colheita de dados realizada com aplicação de um instrumento composto pelo questionário sociodemográfico e dados obstétricos, Escala de apoio social (Sherbourne, Stewart, 1991), Escala da expectativa do parto (Wijma e Wijma, 2005), que avalia o medo do parto e Escala do empowerment da grávida (Kameda e Shimada, 2008), a grávidas no terceiro trimestre. Resultados: A maioria das participantes eram nulíparas (56,3%), porém, estava grávida pela segunda vez (54,5%), com aproximadamente 32 anos de idade, em média. O empowerment da grávida é influenciado, nas suas dimensões, pela experiência de gravidez (t =3,615; p <0,001) e parto anterior (t=-2,913; p <0,01), pelo apoio social (t=5,145; p=0,000), bem como por sentimentos positivos (t=-2,834; p=0,005) e negativos (t=2,312; p=0,022) perante o parto. Conclusões: O apoio social, as expectativas positivas e negativas perante o parto, no final da gravidez, determinam o empowerment da grávida. O enfermeiro é o profissional de referência para um cuidado empoderador, o qual transmite informação, confiança, autonomia e poder para a tomada de decisão, capacitando a mulher para o parto e maternidade. Palavras-chave: Empowerment na grávida, Apoio social, Medo do parto.
- Envolvimento do pai no nascimentoPublication . Gonçalves, Carla Sofia Pinto; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – O envolvimento do pai durante e após o nascimento de um filho promove a construção da paternidade responsável e o envolvimento a longo prazo na vida dos seus filhos. A presença do pai na sala de partos é uma experiência importante e permite ao casal compartilhar o momento do parto e do nascimento. Estas questões expedem para um olhar mais profundo sobre a problemática do envolvimento do pai no nascimento. Objetivos - Identificar que variáveis sociodemográficas, de caterização obstétrica e contextuais ao envolvimento do pai durante a gravidez influenciam o envolvimento do pai no nascimento; verificar se existe relação entre as variáveis sociodemográficas, bonding, vinculação do adulto e satisfação em áreas da vida conjugal e a participação do pai no nascimento. Métodos - Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Para a recolha de dados, optou-se por um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica, obstétrica, envolvimento do pai durante a gravidez, pela Escala de Bonding (Figueiredo, Marques, Costa, Pacheco, Paisou et. al., 2005), The Birth Participation Scale (Martin, 2008) adaptada por Lopes (2012), Escala Vinculação do Adulto (EVA) (Canavarro, Dias & Lima, 2006), Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVIC (Narciso & Costa, 1996). A amostra é constituída por 233 pais que frequentam aulas de preparação para o parto e parentalidade nos vários Centros Hospitalares abrangidos pela investigação, com uma média de 32,68±5,64 anos. Resultados – Apurou-se que os pais na faixa etária dos 31-35 anos são os que revelam mais Medos relacionados com o desempenho do papel: expressão da emoção/complicações obstétricas e Desejo de estar presente e desempenhar o papel de pai (p=0,001); os pais com mais idade (≥36 anos) manifestam mais desejo de desempenhar o papel de pai – observador. Os residentes em meio urbano revelam valores de ordenação média mais elevados em todas as dimensões. Os pais que já têm outro filho apresentam valores de ordenação média mais elevados (Pressão social para o desempenho do papel p=0,013; Medos relacionados com o desempenho do papel: sentimento de ineficácia p=0,038). Aqueles que já assistiram a algum nascimento manifestam mais Desejo de estar presente e desempenhar o papel de pai (p=0,010) e Medos relacionados com o desempenho do papel: sentimento de ineficácia (p=0,043), com mais participação global (p=0,019). As variáveis preditoras do envolvimento do pai são os sentimentos e expressão de sentimentos, o conforto com a proximidade, Bonding not clear, autonomia, características físicas e psicológicas, ansiedade e idade. Conclusão - Face a estes resultados, considera-se que o envolvimento do pai no nascimento, para além de possibilitar um suporte psicossocial à companheira, ocorre a partilha da experiência pelo casal e a formação de vínculo pai-bebé. As variáveis preditoras do envolvimento do pai devem ser consideradas pelos enfermeiros especialistas nos programas de preparação para o parto e parentalidade Palavras-chave - Pais, Nascimento, Participação do pai.