Unidade de Enfermagem da Criança e do Adolescente (UECA)
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- Aleitamento materno : prevalência até ao 3º ano de vida e perceção das mãesPublication . Esteves, Cláudia Cristina Coutinho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno consiste no meio mais adequado de proporcionar alimento e proteção à criança, para além de outras vantagens e benefícios, e promove o estabelecimento do vínculo afetivo da díade mãe/filho. Em Portugal, todavia, continuam a registar-se taxas de prevalência de aleitamento materno inferiores às recomendações mundiais. Objetivos: A investigação incluiu dois estudos. No estudo 1, averiguar a prevalência do aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as variáveis sociodemográficas, variáveis maternas e variáveis contextuais à amamentação; no estudo 2, verificar a perceção das mães sobre o aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as dificuldades e os benefícios da amamentação e a influência das variáveis obstétricas. Metodologia: O estudo 1 insere-se num paradigma quantitativo, transversal, descritivo e analítico, envolve uma amostra de 83 mães de crianças até aos três anos de idade (exclusive) que recorrem à Consulta de Vigilância de Saúde Infantil de uma unidade de saúde familiar da região centro. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário realizado ad hoc, com base na revisão da literatura, revisto por um grupo de peritos. O estudo 2, de natureza qualitativa, teve a participação de 9 mães, a quem foi aplicada uma entrevista semiestrutura objeto de análise de conteúdo. Resultados: A maioria das participantes de ambos os estudos relatou ter companheiros, residir na zona urbana e ter uma profissão. A maioria referiu que frequentou as aulas de preparação para o parto. O seu bebé foi colocado à mama na primeira hora de vida, esteve junto do seu filho nas primeiras 24 horas e amamentou até aos 6 meses, exclusivamente, com leite materno. A influência dos familiares em relação ao aleitamento foi positiva, a maioria das mulheres recebeu visita domiciliária pela equipa de enfermagem durante os primeiros 15 dias de vida do bebé, considerando-a importante. Contudo, foram as aulas de preparação para o parto que se revelaram como fator preditor de aleitamento materno, no primeiro estudo. Conclusão: Os resultados apurados revelam que existe uma maior possibilidade de aleitamento materno em mulheres com aulas de preparação para o parto. O que leva a sugerir que os Enfermeiros Especialistas de Saúde Infantil e Pediatria devem continuar a promover a amamentação nos diferentes contextos, dotando as mulheres de literacia ao nível do aleitamento materno, o que pode ser um adjuvante para o aumento da prevalência de aleitamento materno e evitar o seu abandono precoce. Palavras-chave: Aleitamento materno; Prevalência; Criança; Perceção.
- Atitudes dos pais perante a criança com febrePublication . Lucena, Diana de Gouveia; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A fobia da febre contínua a subsistir na atualidade, levando muitos pais a ficar ansiosos perante a febre no seu filho, refletindo-se em atitudes menos adequadas. Objetivos – Identificar se as variáveis sociodemográficas se repercutem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; analisar se as variáveis contextuais da criança interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre; averiguar se as variáveis fontes de informação sobre a febre interferem nas atitudes dos pais/acompanhantes face à criança com febre. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis clínicas, fontes de informação, conhecimento e atitudes perante a criança com febre. A amostra é do tipo não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil. Resultados – Amostra é maioritariamente feminina (51.7%), sendo as mulheres, em média (M=34.78 anos .7.976 anos), mais velhas comparativamente aos homens. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico de família, o enfermeiro, os familiares e a experiência própria. O sexo, a idade, a zona de residência e as habilitações literárias são variáveis que interferem nas atitudes dos participantes perante a criança com febre. Existe uma probabilidade de 63.9% de atitudes não adequadas perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados indicam que as atitudes da maioria dos pais/acompanhantes face à criança com febre são desadequadas. O que justifica que os pais/acompanhantes têm de ser mais esclarecidos, fazendo-se uma contextualização e desdramatização sobre o significado da febre, realçando aos pais a sua importância como mecanismo protetor do organismo no combate à infeção, alertando-os para os sinais de alarme que justificam a observação profissional atempada e para a adoção de atitudes adequadas. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Atitudes.
- Conhecimento dos pais perante a criança com febrePublication . Pereira, Manuela das Dores Sousa Moreira Silva; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança é reconhecida como uma manifestação de doença e encarada por muitos pais com uma conotação negativa, causando grande ansiedade e obsessão pela apirexia. Objetivos – Determinar o nível do conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre; verificar se as variáveis sociodemográficas, contextuais da febre e de caraterização da criança interferem no conhecimento dos pais/acompanhantes perante a criança com febre. Métodos – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 360 pais/acompanhantes de crianças na consulta de Saúde Infantil, em instituições de saúde públicas, na região centro de Portugal. Recorreu-se a um questionário de autopreenchimento, com caracterização sociodemográfica, da febre, da criança e do conhecimento sobre a febre. Resultados – Amostra com idade média de 34.7 anos ± 7.9, maioritariamente feminina (51.7%). Com fracos conhecimentos perante a criança com febre prevalecem os participantes com idade ≥ 38 anos (36.2%), que coabitam com companheiro(a) (77.0%), em zona rural (69.3%) e com escolaridade até ao 3º ciclo (53.9%). Os participantes com idade até 37 anos (68,2%), com companheiro(a) (89.0%), residentes em zona urbana (53.0%) e com o ensino superior (43.3%) revelaram bons conhecimentos. As principais fontes de informação sobre a febre foram o médico (65.8%) e o enfermeiro (50.6%). As mulheres, os acompanhantes de crianças com menos idade e com melhores atitudes revelaram melhores conhecimentos perante a criança com febre. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da realização de sessões de educação para a saúde aos pais/acompanhantes, de modo a aumentar o conhecimento perante a febre na criança. Palavras-chave: Conhecimento - Febre - Criança.
- Conhecimento e atitudes dos pais perante a criança com febre em contexto de serviço de urgênciaPublication . Silva, Carla Maria Alves da; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento – A febre na criança constitui uma das principais manifestações que impul-siona os pais na procura dos cuidados de saúde diferenciados, resultando na utilização ina-propriada de recursos. Objetivos – Identificar as variáveis sociodemográficas que interferem no conhecimento e nas atitudes dos pais perante a criança com febre; avaliar a influência do número de filhos no conhecimento e nas atitudes; identificar as fontes de informação que influenciam o conheci-mento e as atitudes dos pais. Material e Método – Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao questionário que inclui a caracterização sociodemográfica, contextual da criança, variá-veis clínicas de fontes de informação e questões que avaliam o conhecimento e as atitudes dos pais perante a febre na criança. A amostragem é não probabilística por conveniência (144 pais/cuidadores). Resultados – Amostra predominantemente feminina (86.8%), os homens são mais velhos (M=34.05 anos .6.45 anos); cerca de 9 em cada 10 das crianças eram acompanhadas pela mãe. Os sintomas que mais preocupam e levaram os participantes a recorrer ao Serviço de Urgência foram: vómitos/desidratação (66.4%), mau estado geral (64.6%), dificuldade respirató-ria (52.1%); em 58.5% dos casos de febre sem foco poder-se-ia ter utilizado os cuidados de saúde primários; a idade da criança e o sexo dummy revelaram-se preditoras dos conhecimen-tos e o sexo preditor das atitudes; as mulheres e os homens com mais idade e com filhos mais jovens possuem melhores conhecimentos; as mulheres têm atitudes mais adequadas. Conclusões – As mulheres possuem conhecimentos intermédios e revelam melhor atitude perante a febre. Quanto maior a escolaridade melhor é o conhecimento e os participantes que procuram como fonte de informação um profissional de saúde, possuem atitudes mais ade-quadas. Assume grande relevância a aquisição de competências que proporcionem aos pais/cuidadores ferramentas que os ajudem a lidar com a fobia da febre. Palavras-chave: Febre; Criança; Pais; Conhecimento; Atitudes; Serviço de Urgência.
- Conhecimentos dos profissionais da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1 na criançaPublication . Bernardo, Bruno José Varandas Ramos; Duarte, João Carvalho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A falta de capacitação que existe em muitas comunidades escolares para lidar com a criança com diabetes mellitus, enquanto esta se encontra sob a sua responsabilidade no ambiente escolar, gera dificuldades e insegurança. São necessários instrumentos válidos que permitam obter informação sobre os conhecimentos dos educadores sobre a criança com diabetes mellitus tipo 1 na escola, no sentido de planear intervenções educativas mais dirigidas. Objetivos: Avaliar os conhecimentos da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1 na criança e validar um questionário de avaliação de conhecimentos da comunidade educativa sobre a diabetes mellitus tipo 1. Métodos: O estudo delineado insere-se no tipo de investigação não experimental e descritiva, desenvolvido numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 382 indivíduos, com uma média de idades de 43,05 anos (± 8,675), pertencentes a uma comunidade educativa de Escolas Básicas e Secundárias da região centro do país. Foi aplicada a Escala de Conhecimentos Sobre Diabetes Mellitus Tipo 1 na Criança (Francisco, Silva, Bernardo & Martins, 2007), a qual foi ainda sujeita a um estudo psicométrico, que englobou dois a consistência interna e a análise fatorial. Resultados: dos participantes, maioritariamente travavam-se de professores e os restantes técnicos operacionais; a maioria (29,6%) possui entre 37 a 43 anos; 69,7% eram casados/união de facto; 82,3% dos inquiridos viviam na zona urbana, onde destes, a sua maioria era do sexo masculino (83,6%); 78,5% dos participantes possuíam o Ensino Superior. No global, 39,5% tinham conhecimentos sobre a diabetes, salientando-se pela análise inferencial que o sexo feminino, os residentes em zona urbana, os assistentes operacionais apresentaram de forma significativa melhores conhecimentos sobre a diabetes, enquanto a idade, o estado civil e as habilitações literárias não influenciaram os conhecimentos nessa área. A Escala Conhecimentos Sobre a Diabetes na Criança apresenta boa fiabilidade consistência interna. Tendo em conta o estudo psicométrico da escala, constatou-se que, para cada item constituinte da mesma, resultaram valores de Alpha de Cronbach considerados com consistência muito boa. Os fatores apresentaram valores de alfa considerados adequados: o Fator 1 apresentou um alfa de 0,921; o Fator 2 obteve um alfa de 0,865 e o Fator 3 apresentou um alfa de 0,762, o que significa que se está perante valores considerados muito bons para a aplicação futura da escala. Palavras-chave: conhecimentos; diabetes mellitus Tipo 1; criança em idade escolar; comunidade educativa.
- Crianças com diabetes mellitus tipo 1 : conhecimentos dos pais e elementos de referência na gestão do regime terapêutico com perfusão subcutânea contínua de insulinaPublication . Dias, Diana Filipa Fontes; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A incidência de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) em crianças com idades inferiores aos cinco anos tem vindo a aumentar nas últimas décadas em países mais desenvolvidos, incluindo Portugal. A fase de desenvolvimento em que a criança se encontra exige adaptabilidade e particularidades na abordagem terapêutica no sentido de promover bom controlo metabólico e um crescimento saudável. Objetivos: Identificar os conhecimentos dos pais e dos elementos de referência da escola (infantário e pré-escola), na gestão do regime terapêutico com sistema de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) na criança com DM1, assim como averiguar a opinião dos mesmos sobre a formação/processo formativo “Tratamento da diabetes com bomba de insulina na idade pediátrica”, na gestão do regime terapêutico. Método: Estudo exploratório-descritivo e qualitativo. Numa amostra não probabilística por conveniência constituída por quatro mães e quatro elementos de referência (educadoras de infância e assistente operacional) de crianças com idades compreendidas entre os 21 meses e os 5 anos, com diabetes. Todas as crianças tinham iniciado tratamento com PSCI e eram acompanhadas na consulta de endocrinologia do serviço de pediatria de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Como instrumento de recolha de dados optou-se por uma entrevista semiestruturada elaborada para o efeito e os dados emergiram da análise de conteúdo efetuado. Resultados: Unanimidade de opiniões acerca da vantagem da bomba de insulina no regime terapêutico da criança diabética e do seu interface com os glicómetros. As mães revelam conhecimentos e aprendizagens que lhes garantem ter autonomia no uso da bomba infusora. Demonstram ter conhecimento da importância em contabilizar os hidratos de carbono que a criança vai ingerir, mas existe um défice de conhecimentos em relação aos cálculos das unidades de insulina para administração do bolus de correção e para as gramas de hidratos de carbono. Défice de conhecimentos nos sinais e nos sintomas da hipoglicemia e da hiperglicemia e nas intervenções inerentes à sua correção. A alteração do método de administração da insulina para PSCI é percecionada como benéfica por provocar menos dor e angústia nas crianças/pais/cuidadores. Em contexto escolar, a monitorização da glicemia, a contabilização das gramas de hidratos de carbono e a correção da glicemia com insulina é realizada por elementos da escola, mas existe falta de literacia por parte dos mesmos. Foi consensual que a formação contribuiu para a aquisição de conhecimentos e de competências de pais e cuidadores, porém sujeita a fatores espácio-temporais e teórico-práticos a serem ponderados para melhor aprendizagem. Os pais são bons transmissores de conhecimentos e de aprendizagens aos elementos de referência, todavia transmitem o que apreenderam, o que por vezes é insuficiente, resultando em sentimentos de insegurança e de receio, que se colmatavam com o apoio pessoal da equipa de Endocrinologia. Conclusões: Os resultados apurados reforçam a importância das intervenções diferenciadas do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediatria, dotando os pais e a comunidade escolar de mais literacia sobre a temática da gestão do regime terapêutico na DM1 de forma a garantir uma prestação de cuidados seguros e adequados à criança.
- Experiências e desafios parentais durante a pandemia COVID-19Publication . Marmé, Luísa Maria Cunha Rodrigues; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A pandemia COVID-19, tem constituído um desafio mundial, desde janeiro de 2020. A crise sanitária que se instalou, associada ao desconhecimento epidemiológico e clínico, colocou em evidência os mais frágeis. Foram inéditas as medidas instituídas, e em contexto de intervenção social emergiram medidas de encerramento das escolas e ensino não presencial, assim como o encerramento de locais de trabalho e a promoção do trabalho à distância. Estas circunstâncias únicas criaram novos desafios e as crianças como indivíduos vulneráveis e dependentes das suas famílias, foram colocadas numa posição de risco. Objetivo: Na presente investigação foi definido como objetivo geral conhecer as experiências parentais no acompanhamento dos filhos, em idade escolar, durante a pandemia COVID-19. Métodos: Esta investigação fundamenta-se no paradigma construtivista, com bases fenomenológicas. É um estudo descritivo, exploratório de natureza qualitativa, recorrendo-se a uma entrevista semiestruturada como instrumento de colheita de dados numa amostra não probabilista, em rede ou Bola de Neve, com um total de 17 participantes com filhos dos 6 aos 10 anos, a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico. As entrevistas foram conduzidas de forma virtual, os dados obtidos através das oito questões abertas foram sujeitos à análise de conteúdo de acordo com Bardin (2020), sendo que foram consideradas 8 dimensões e da categorização emergiram 22 categorias e 28 subcategorias. Resultados: Da análise dos dados verificou-se que as alterações/rotinas diárias das crianças em idade escolar, na perceção dos pais, foram relacionadas com a Escola, Socialização, Sono, Lazer, Alimentação e Ambiente seguro. Os pais/mães percecionaram e utilizaram como estratégias de redução do impacto na pandemia nos seus filhos as Atividades lúdicas, os Recursos digitais/tecnológicos, a Desmitificação da pandemia e a Reorganização de espaços. Os inquiridos evidenciaram a grande influência, maioritariamente negativa, das exigências profissionais e das tarefas domésticas no apoio que prestaram aos seus filhos, durante a pandemia. No acompanhamento dos filhos no ensino à distância, os pais revelaram principalmente sentimentos negativos de Frustração, Impotência, Tensão e Preocupação. Os inquiridos consideraram que, na sua perspetiva, foram as Escolas e os Professores que maioritariamente fornecerem as orientações para o acompanhamento dos filhos, nos momentos de ensino não presencial. Em relação às experiências parentais relacionadas com a pandemia foram, na sua maioria, associadas Stress parental, Desequilíbrio entre a esfera familiar, profissional e apoio escolar aos seus filhos. No que diz respeito ao apoio à parentalidade, os pais/mães consideraram que emergiu principalmente do cônjuge e entre a família alargada. Conclusões: As entrevistas realizadas espelham as experiências e desafios que os pais/mães, com filhos em idade escolar, enfrentaram durante o confinamento imposto pela pandemia COVID-19. Este estudo, tendo em conta os resultados, poderá servir de base a futuras investigações, mais amplas e recorrendo a diferentes metodologias. O conhecimento nesta área temática ainda é escasso, contudo essencial para entender e intervir no real impacto da pandemia nas famílias e crianças, seja a curto, médio ou longo prazo. Capacitar nesta área é empoderar para enfrentar situações semelhantes no futuro. Palavras-chave: pandemia covid-19; pais; mães; crianças; idade escolar.
- Intervenções de enfermagem na abordagem da criança vítima de maus tratos em contexto hospitalarPublication . Rodrigues, Maria Rosa Correia; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: Os maus-tratos caracterizam-se por atos intencionais contínuos e que ocasionam dano físico, psicológico ou social à criança, sendo praticados por um agente agressor em condições de superioridade. Embora não se restrinja ao âmbito doméstico, a prática de maus-tratos pelos pais ou responsáveis constituem a forma mais frequente de violência contra as crianças em contexto hospitalar. Objetivo: Identificar as intervenções dos enfermeiros na abordagem de crianças vítimas de maus tratos em contexto hospitalar. Métodos: Considerando a diversidade de informação relativa à abordagem dos maus tratos a crianças e de forma a serem identificadas as melhores intervenções na prática de enfermagem, baseadas em recomendações científicas, que se definiu levar a efeito uma revisão integrativa da literatura sobre essa temática. Quanto aos métodos de seleção da evidência científica deste estudo, a primeira etapa foi realizada pela utilização da Biblioteca Virtual em Saúde – Descritores em Ciências da Saúde – a fim de se poder validar os descritores, o que deu acesso a outros motores de pesquisa, tais como: PubMed - indexed for MEDLINE, SciELO; B-on, Latindex e Lilacs. Os descritores ou palavras-chave foram: a) “Child” b) “abuse victims” c) “nurse's role”; “a+b” e) “a+c”. Resultados: No que respeita às intervenções necessárias à abordagem da criança vítima de maus tratos, os estudos salientam a importância de: notificação da situação, de forma a ser dada visibilidade ao problema e ao despoletar de toda a intervenção legal; Encaminhamento para outros profissionais, que garanta uma cobertura multiprofissional, nomeadamente do serviço social e psicologia; Existência de protocolos de atuação que sirvam de guia para a tomada de decisão; Capacitação da equipa de saúde, sobretudo dos enfermeiros na abordagem específica destas situações, que garanta cuidados adequados; Acolhimento da criança/família que deve ter em consideração a particularidade da sua situação emocional; Cuidados clínicos imediatos. No que respeita às dificuldades sentidas destaca-se: Ausência de protocolos institucionais; Ausência de conhecimento/capacitação técnica da equipa sobre a violência contra as crianças, o que dificulta a abordagem e o encaminhamento da situação; Reconhecimento/identificação dos sinais de alerta, sobretudo nos casos em que a criança/família negam a situação; Desconhecimento das normas legais instituídas; Falta de consenso na atuação, resultante da falta de preparação e de discussão sobre a temática. Conclusão: Os enfermeiros, por inerência da missão que lhes cabe, devem ser conhecedores dos riscos de carácter psicossocial que estão presentes nas crianças vítimas de maus tratos, de modo a que as suas intervenções sejam consentâneas com cada caso e a fim de se poder minimizar as sequelas que daí possam advir. Têm a responsabilidade particular na deteção precoce de contextos, fatores de risco e de sinais de alarme, nesta matéria, no acompanhamento dos casos e na sinalização dos mesmos. Palavras-chave: Maus tratos; Crianças; Intervenções de enfermagem; Contexto hospitalar.
- Parentalidade positiva em crianças dos 0 aos 3 anos : a intervenção do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátricaPublication . Valente, Ana Cristina Santos; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoIntrodução: A prática especializada em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria requer o desenvolvimento de competências comuns e específicas perante a criança e família para se poder dar resposta às suas necessidades. Nesse contexto, os estágios realizados foram exemplo de uma prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, baseados na melhor evidência disponível, o que serviu de mote para uma investigação sobre “Parentalidade Positiva em Crianças dos 0 aos 3 anos: a intervenção do Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica”. Objetivos: Descrever as atividades realizadas no decorrer dos diversos contextos de estágio; refletir sobre o desenvolvimento de competências comuns e especificas ao Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediátrica e analisar a autoperceção dos pais (pai/mãe) de crianças dos 0 aos 3 anos de idade sobre o exercício da parentalidade positiva. Métodos: Descritivo e reflexivo sobre o percurso desenvolvido no âmbito da especialização que incluiu um estudo quantitativo, descritivo-correlacional com enfoque transversal, numa amostra selecionada por conveniência envolvendo 90 pais (pai/mãe) de crianças dos 0 aos 3 anos a frequentar a creche/jardim-de-infância da região centro do país. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário com a caracterização geral do pai/mãe (ad hoc), caracterização referente à criança e a Escala de Parentalidade Positiva validada para a população portuguesa (Lopes, 2012). Resultados: Participantes (pai/mãe) com idades superiores a 35 anos (mãe 58,8% vs. pai 63,4%) de 56,7% crianças do género feminino e 43,3% do masculino, com 47,8% na faixa etária dos 12-24 meses. A autoperceção das dificuldades tem um valor médio mais elevado (M=109,32±25,53), sendo a autoperceção da confiança a que apresenta um valor médio ligeiramente mais baixo (M=104,99±31,85). O estado civil da mãe interfere na autoperceção da confiança no exercício da parentalidade positiva (p=0,025); a situação profissional da mãe tem relevância estatisticamente significativa na autoperceção da necessidade de conhecimentos (p=0,008); existem diferenças estatisticamente significativas na relação entre a situação profissional do pai e a autoperceção da confiança (p=0,006). Conclusão: Os resultados sugerem que a parentalidade positiva é essencial para o bem-estar infantil e o Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica deve promover intervenções/atividades para a capacitação dos pais, no âmbito das necessidades físicas da criança, saúde e segurança da criança, desenvolvimento, comportamento e estimulação da criança, comunicação positiva com a criança e disciplina positiva. Palavras-chave: Parentalidade Positiva; Criança, Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica.
- Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantilPublication . Cunha, Sandra Isabel Gomes; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Duarte, João CarvalhoIntrodução: Direitos fundamentais como a integridade física e emocional das crianças são hoje, amplamente reconhecidos pela sociedade. Os professores, pela posição privilegiada relativamente ao contacto direto com as crianças, têm responsabilidades específicas, em matéria de proteção à infância e juventude, funcionando como agentes de deteção e/ou receção de situações de maus tratos. A articulação entre os diversos setores da sociedade, nomeadamente o da saúde e educação, torna-se imperativa para poder diminuir este flagelo. Objetivos: Avaliar a perceção dos professores face ao mau trato infantil e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas e de contexto formativo influenciam essa perceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, explicativo e transversal, efetuado numa amostra de 172 professores do 1º ciclo do distrito de Castelo Branco na sua maioria mulheres (84,3%), com idades entre os 41-50 anos e com uma experiência profissional média de 25,7 anos (Dp=6,83)). A recolha de dados foi efetuada através de um questionário de caracterização sociodemográfica e formativa e por três escalas que visam avaliar os conhecimentos e as atitudes face ao mau trato infantil. Resultados: Observou-se que 34,3% dos professores tinham formação sobre maus tratos infantis na sua formação base e 16,3% na sua formação contínua; embora 98% tenha considerado a formação como importante. Somente 15,7% conhecia o “guia de orientação para profissionais de educação na abordagem de situações de mau trato ou outras situações de perigo”. Os resultados demonstraram que metade dos professores inquiridos apresentaram uma perceção adequada face ao mau trato sendo que: 46,5% revelaram bons conhecimentos sobre os fatores de proteção/risco, 43,6% sobre os indicadores e 32,5% boas atitudes. Surgiram como variáveis significativas da perceção dos professores face ao mau trato a importância atribuída à formação (p=0,008) e o conhecimento do guia (p=0,016). Conclusão: Face aos resultados obtidos sugere-se um incremento da formação nesta área junto dos professores e de toda a comunidade educativa por uma equipa multidisciplinar, onde o enfermeiro se constitua peça fundamental, visando conferir empowerment na área dos maus tratos. Palavras-Chave: Maus tratos infantis; Perceção; Professores; Educação para a saúde.